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domingo, julho 13, 2025

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Manifesto do ICL, contra a desigualdade de riqueza no Brasil, passa de 260 mil assinaturas

Manifesto do Instituto Conhecimento Liberta, contra a desigualdade de riqueza no Brasil, passa de 225 mil assinaturas

O manifesto Somos 99%, lançado na segunda-feira (7/7) por Eduardo Moreira, fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), ultrapassou 260 mil assinaturas. O abaixo-assinado, que critica os privilégios do 1% mais rico da população brasileira (que concentra 63% da riqueza do país), traz uma série de medidas para combater desigualdades de riqueza no Brasil.

Entre as reivindicações do documento estão: Fim dos supersalários no setor público; extinção das emendas secretas; redução da carga tributária sobre os trabalhadores; tributação mais justa sobre os mais ricos; combate à impunidade entre políticos, juízes, empresários, banqueiros e militares; divulgação ampla do Portal da Transparência; cobrança de dívidas bilionárias de grandes latifundiários e empresas; proibição de eventos públicos considerados “vergonhosos” e sem transparência, entre outros.

“Não é de se estranhar que com tanta moleza, 1% mais rico do Brasil tenha quase o dobro da riqueza que os outros 99% somados. Dá golpes de bilhões de reais e não vai preso. Deve bilhões de reais e não paga. São donos dos bancos, são donos dos juízes, são donos do congresso, dos jornais e das terras”, declarou Eduardo Moreira, em vídeo de lançamento da campanha publicado nas redes sociais.

Além do abaixo-assinado, a campanha Somos 99% está disponibilizando vídeos e materiais para incentivar a divulgação do tema nas plataformas digitais. Os organizadores pedem que seja utilizada a hashtag #somos99.

Leia o manifesto na íntegra e assine o abaixo-assinado aqui.

Juliana Dal Piva será homenageada com o Prêmio Coragem no Jornalismo, da IWMF

Abraji denuncia o uso desinformações para gerar ataques a Juliana Dal Piva
Crédito: Reprodução/Linkedin

Em 36 anos da iniciativa, Juliana será a primeira jornalista brasileira a receber a premiação

A Fundação Internacional de Mulheres na Mídia (IWMF, na sigla em inglês) anunciou as vencedoras do 36º Prêmio Coragem no Jornalismo. A iniciativa, que homenageia mulheres que, mesmo sob coação, “reportaram a verdade em seus países”, reconhecerá nesta edição o trabalho de Juliana Dal Piva, repórter investigativa do Centro Latino-americano para Investigações Jornalísticas e colunista do ICL Notícias. É a primeira vez que uma brasileira será agraciada com a premiação.

Além de Juliana, foram premiadas as jornalistas Sana Atef, que opera sob um pseudônimo no Afeganistão; Yousra Elbagir, jornalista de radiodifusão internacional sudanesa-britânica; e Maritza L. Félix, fundadora de um serviço de notícias entre EUA e México.

Já a jornalista azerbaijana Aynur Elgunesh, editora-chefe da Meydan TV, receberá o Prêmio Wallis Annenberg de Justiça para Mulheres Jornalistas, concedido anualmente a jornalistas injustamente detidas, presas ou encarceradas.

“A IWMF homenageia Aynur, Juliana, Maritza, Sana e Yousra este ano pelo esforço que fizeram para cobrir reportagens e pelas dificuldades que enfrentaram para cobrir questões que definem o mundo de hoje”, destacou Elisa Lees Muñoz, diretora Executiva da IWMF. “Em um momento em que a liberdade de imprensa está sitiada, a coragem dessas mulheres rompe o silêncio e o medo. Jornalismo como o delas não apenas informa, mas também defende a democracia”.

Entre as justificativas da entidade para entregar o prêmio à Juliana, está o fato dela ter sido processada, assediada e ameaçada por revelar corrupção e abusos de direitos humanos nos corredores do poder no Brasil, em especial envolvendo o clã Bolsonaro.

Abraji denuncia o uso desinformações para gerar ataques a Juliana Dal Piva
Juliana Dal Piva (Crédito: Reprodução/Linkedin)

Formada pela UFSC e com mestrado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da FGV, Juliana foi repórter especial de O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast A vida secreta do Jair e autora do livro O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro (Zahar), finalista do prêmio Jabuti de 2023. Recentemente também lançou Crime sem castigo: como os militares mataram Rubens Paiva (Matrix).

As vencedoras do Prêmio Coragem no Jornalismo da IWMF 2025 serão homenageadas durante um almoço em Nova York, no dia 10 de novembro, e em uma recepção em Washington, em 16 de novembro. Também haverá uma recepção em Los Angeles, marcada para 18 de novembro.

(* Com informações do ICL Notícias)

Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros – Regulamento

Eleição dos +Admirados Jornalistas Brasileiros está de volta!

Introdução

O jornalismo brasileiro é plural em sua essência e enfrenta, como reflexo da sociedade que retrata, o desafio constante de representar com mais fidelidade a diversidade de vozes, olhares e experiências que moldam o País. Reconhecer e valorizar quem faz essa imprensa pulsar é o que move o Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros, iniciativa do Jornalistas&Cia que, desde a sua criação, em 2014, se consolidou como uma das principais homenagens do setor.

Em 2025, o prêmio ganha uma importante ampliação: além da tradicional lista dos 100 profissionais mais admirados, passa a incluir uma nova categoria dedicada aos correspondentes estrangeiros que atuam no Brasil. Jornalistas que, vindos de diferentes partes do mundo, contribuem de forma decisiva para ampliar o entendimento internacional sobre o País e para fortalecer os laços entre o Brasil e o jornalismo global.

Mais do que celebrar talentos individuais, o prêmio é também um reflexo do engajamento da própria comunidade jornalística, já que os indicados e eleitos são definidos pelos votos de seus pares. Ao dar visibilidade a trajetórias inspiradoras e múltiplas formas de atuação, o 100 +Admirados reforça o compromisso com uma imprensa livre, diversa, ética e comprometida com a qualidade da informação.

 

O Prêmio

O Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros é uma realização de Jornalistas&Cia, e tem por objetivo o reconhecimento dos jornalistas que atuam no Brasil.

Será realizado em dois turnos de votação, com eleição entre os próprios jornalistas e entre os profissionais das áreas afins, como assessorias de imprensa e comunicação, estudantes e professores de jornalismo e colegas das áreas de publicidade, propaganda e marketing.

O prêmio conferirá aos eleitos troféus e certificados alusivos à conquista em solenidade marcada para o dia 29 de setembro de 2025 que será realizada no Club Homs, em São Paulo.

 

Quem poderá ser indicado e concorrer à premiação

O Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros não tem inscrições. Resultará de indicações espontâneas que se darão em um processo eleitoral com dois turnos de votação, o primeiro de livre indicação, de onde sairão os classificados; e o segundo, que elegerá os TOP 100 Profissionais Brasil; os TOP Campeões Regionais de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul; e os TOP 10 Correspondentes Estrangeiros que atuam no Brasil. No caso, a categoria dos Correspondentes Estrangeiros entrará diretamente no segundo turno, incluindo todos os nomes dos associados à ACE (Associação dos Correspondentes Estrangeiros).

Poderão ser votados no primeiro turno e no segundo turno jornalistas em atividade em redações jornalísticas de qualquer região do País e de quaisquer plataformas editoriais (mídia impressa, eletrônica ou digital) e tipo (jornal, rádio, TV, revista, internet, blog, canal digital, podcast etc.), independentemente do porte, segmento ou especialização.

Indicações que fugirem a esse escopo serão desconsideradas.

 

Primeiro Turno

O primeiro turno é de livre indicação e, nele, cada eleitor poderá indicar até dez nomes de jornalistas. Os votos, ainda que parciais, ou seja, com menos de cinco indicações, serão considerados válidos.

Resultará dessas indicações a lista dos finalistas para o segundo turno, que irão concorrer aos TOP 100 Profissionais Brasil. Serão classificados os que obtiverem maior quantidade de votos.

Dos TOP 100 Profissionais Brasil sairão os TOP 10 Jornalistas +Admirados além dos Campeões Regionais de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

A apuração e a proclamação dos resultados finais terão a curadoria da equipe do Jornalistas&Cia.

 

Segundo Turno

O segundo turno começará com a votação zerada e será disputado pelos profissionais classificados no primeiro turno; e os nomes que irão concorrer na categoria Correspondentes Estrangeiros. Eles serão relacionados em ordem alfabética na cédula de votação.

Nesse turno, os eleitores escolherão seus preferidos, entre os profissionais Brasil e os Correspondentes Estrangeiros, até o limite de cinco nomes, classificando-os de 1º a 5º lugar.

Do mesmo modo, não será obrigatório votar em cinco nomes. Todos os votos, ainda que parciais, serão computados na apuração.

Os vencedores, ou seja, os que obtiverem as maiores pontuações no segundo turno, vão compor os TOP 100 Profissionais Brasil e os TOP 10 Correspondentes Estrangeiros.

 

Como será a votação

A votação, tanto no primeiro quanto no segundo turno, será feita em ambiente digital, na plataforma especialmente desenvolvida pelos organizadores da premiação.

Ela exigirá de cada eleitor um pequeno cadastro, necessário para validação dos votos e para garantir a confiabilidade da votação. Esse cadastro constará de nome completo, empresa, cargo, e-mail e CPF do votante, sendo que cada pessoa só poderá votar uma única vez no primeiro turno e uma única vez no segundo turno.

Essas informações serão mantidas sob guarda e sigilo dos organizadores, por até um mês após o evento de premiação, sendo depois excluídas do sistema, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

Sistema de pontuação

A pontuação seguirá os seguintes parâmetros:

  • Primeiro Turno
    • Todas as indicações valerão 1 ponto e a pontuação final de cada indicado será a soma das indicações recebidas.
  • Segundo Turno
    • As indicações valerão:
      • 1º lugar – 100 pontos
      • 2º lugar – 80 pontos
      • 3º lugar – 65 pontos
      • 4º lugar – 55 pontos
      • 5º lugar – 50 pontos

 

Confidencialidade dos votos

A votação é secreta e inviolável e aos votantes é garantido sigilo absoluto de suas indicações. Todo o processo será conduzido por um moderno e seguro sistema de votação online desenvolvido e supervisionado pelos organizadores da premiação.

 

As Premiações

O Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros terá o seguinte escopo:

  • TOP 100 Profissionais Brasil
    • Serão homenageados os 100 jornalistas classificados no primeiro turno e que, no segundo, obtiverem as maiores pontuações – independentemente de função, plataforma, veículo ou região em que atuem.
    • Desses, os dez com as maiores votações integrarão o Pódio, recebendo um troféu alusivo à conquista, revelação que só será feita na cerimônia da premiação.
  • TOP 10 Correspondentes Estrangeiros
    • Serão homenageados os cinco correspondentes estrangeiros que atuam no Brasil que obtiverem as maiores pontuações no segundo turno – independentemente de função, plataforma, veículo ou região em que atuem.
    • Desses, o mais votado, considerado campeão de admiração do prêmio nesta categoria, receberá adicionalmente um troféu alusivo à conquista, revelação que do mesmo modo só será feita na cerimônia de premiação.
  • TOP Campeões Regionais
    • Serão homenageados os jornalistas que em cada uma das cinco regiões do País receberem as maiores votações na região em que atuam. Seus nomes sairão dos eleitos entre os TOP 100 Profissionais Brasil.
    • Todos eles receberão adicionalmente um troféu alusivo à conquista, revelação que do mesmo modo só será feita na cerimônia de premiação.

 

Calendário

O Prêmio 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros seguirá o seguinte calendário:

  • 09/07/2025 – Lançamento
  • 10/07/2025 – Início do 1º Turno
  • 24/07/2025 – Final do 1º Turno
  • 25 a 27/07/2025 – Apuração do 1º Turno
  • 28/07/2025 – Divulgação
  • 28/07/2025 – Início do 2º Turno
  • 07/08/2025 – Final do 2º Turno
  • 08 a 11/08/2025 – Apuração do 2º Turno
  • 12/08/2025 – Divulgação
  • 29/09/2025 – Premiação

 


Leia também: 20º Congresso da Abraji homenageará nomes reconhecidos em edições anteriores

Agência Pública lança seção de crônicas literárias de jornalistas e escritores

Agência Pública lança seção de crônicas literárias de jornalistas e escritores
Crédito: Khoiru Abdan/Unsplash)

A Agência Pública lançou na última semana a seção Crônica de Sábado, que trará textos de jornalistas e escritores sobre fatos cotidianos. Os autores dos textos publicados serão jornalistas (da própria Pública ou não) e escritores convidados. A coluna aceitará colaborações externas.

“Será o nosso cantinho literário, onde a beleza do texto e a experiência da leitura são as estrelas principais. Aqui, a verdade dos fatos dá lugar à magia das palavras! É a crônica em seu estado puro, em  textos inéditos e que podem ter sido escritos em qualquer época”, explicou Thiago Domenici, diretor da Agência Pública e editor da Crônica de Sábado.

A nova seção é feita em parceria com o Instituto Vera Cruz, referência na formação de escritores. Pensando no desenvolvimento e em dar oportunidades para novos talentos na área, a coluna publicará, uma vez por mês, crônicas de alunos ou ex-alunos do Vera Cruz.

Autores interessados em publicar crônicas no espaço devem enviar um e-mail para cronicadesabado@apublica.org, com o assunto “Crônica para avaliação” e seu nome completo. O texto deve conter entre 3500 e 4000 caracteres. As crônicas enviadas serão avaliadas por Thiago Domenici. A publicação será remunerada.

Folha lança C-Level, projeto de economia com foco em executivos e investidores

Crédito: Markus Spiske/Unsplash

A Folha de S.Paulo lançou recentemente o C-Level, projeto jornalístico sobre economia voltado para executivos e investidores, que traz análises exclusivas, alertas de notícias que acabaram de acontecer e curadoria especializada. O C-Level oferece também serviços para o assinante premium do jornal.

Entre as iniciativas do projeto estão o C-Level Entrevista, comandado pelos jornalistas Bruno Boghossian e Adriana Fernandes, que ouvem ministros, parlamentares e players importantes do mercado. Também participarão do programa Idiana Tomazelli, André Borges, Fabio Pupo, Julianna Sofia, Nathalia Garcia, Camila Mattoso e outros jornalistas da sucursal de Brasília.

Além disso, assinantes do serviço poderão conversar por videochamada com os repórteres da Folha em Brasília sobre os principais assuntos que estão sendo discutidos no Congresso, no Poder Executivo, nos tribunais e nas agências reguladoras e como tais temas podem afetar decisões de negócios e investimentos.

Outros benefícios incluem um blog exclusivo, chamado C-Level Plano Brasília, sobre os principais assuntos econômicos do dia; um boletim via WhatsApp com as notícias mais urgentes do tema; e a C-Level Insights, newsletter com conteúdo exclusivo que trará também conteúdos internacionais de veículos como The Economist, Reuters, Bloomberg, The New York Times e The Washington Post.

Confira mais informações e planos de assinatura aqui.

Aos Fatos completa 10 anos com novidades

A agência de checagem Aos Fatos comemora nesta segunda-feira, dia 7 de julho, dez anos de trabalho, com mais de 19 mil verificações feitas. Desde sua criação, Aos Fatos acompanhou cinco eleições, monitorou declarações de quatro presidentes e desmentiu notícias falsas em momentos importantes da história do Brasil, desde campanhas eleitorais a crises sanitárias. Foram ao todo ⁠15.271 declarações checadas de 167 figuras públicas, além de quase quatro mil peças de desinformação virais.

“Além de ter contribuído para a construção de políticas públicas que fomentam iniciativas de integridade da informação, o jornalismo de Aos Fatos foi decisivo nas apurações pela responsabilização dos envolvidos nos impactos danosos da pandemia de Covid-19 e no 8 de Janeiro. A prova da nossa relevância é comprovada pelo relatório anual do Reuters Institute: 36% das pessoas no país recorrem a sites de checagem para combater ativamente informações falsas”, declarou Tai Nalon, diretora executiva e cofundadora de Aos Fatos.    

Para celebrar o marco de uma década de trabalho, Aos Fatos está lançando, no segundo semestre de 2025, uma série de novidades. Uma delas é a nova versão do robô Fátima, ferramenta de checagem baseada em Inteligência Artificial criada em 2019. Além de sua função original com perguntas e respostas, o bot passará a atuar no site de Aos Fatos com informações complementares sobre os assuntos abordados. Novas iniciativas devem ser anunciadas nos próximos meses.

Além disso, o site lançou nesta 7/7 o trailer de Ctrl+Fake: a desinformação como projeto de poder, o primeiro documentário de Aos Fatos, com estreia prevista para o segundo semestre deste ano. Em cinco capítulos, a série mostrará como as plataformas digitais transformaram a comunicação política e como os poderosos moldam conceitos como verdade e mentira. Roteirizado e apresentado por Tai Nalon, o projeto traz entrevistas exclusivas com políticos, juristas e acadêmicos que acompanharam de perto o impacto da desinformação no Brasil e no mundo.

2º Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano será em 26 de julho, em Maceió (AL)

2º Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano será em 26 de julho, em Maceió (AL)

A Agência Tatu realiza em 26 de julho, em Maceió (AL), a segunda edição do Fórum de Inovação no Jornalismo Alagoano. O evento debaterá temas como jornalismo local e independente, produção de vídeo, conteúdo viral nas redes sociais e ferramentas de Inteligência Artificial para jornalistas.

Entre os palestrantes confirmados no evento estão Augusto Conconi (Google Brasil), Talita Borbulham (Estadão), Evandro Almeida Jr (BandNews) e Josué Seixas (Folha de S.Paulo). O fórum terá mais de oito horas de programação, sendo que parte dela será transmitida ao vivo nas plataformas digitais do evento.

Os ingressos para acompanhar o fórum presencialmente é de R$ 60 para jornalistas e R$ 30 para os estudantes. A inscrição para a programação online é gratuita. Mais informações e a programação completa aqui.

100 anos de Rádio no Brasil: Quando o ouvinte assume o controle do dial

Por Álvaro Bufarah (*)

Imagine sintonizar uma estação de rádio e, em vez de apenas ouvir, ser convidado a decidir o que vai tocar a seguir. Não como uma ilusão de escolha, mas como uma real curadoria coletiva da programação musical. Esse é o espírito por trás da mudança recente anunciada pela Futuri Media, que renomeou sua plataforma de interatividade Tether para o mais direto e simbólico Listener Driven Radio − ou, em bom português, “Rádio Conduzida pelo Ouvinte”.

Mais do que uma simples troca de nome, o movimento reflete um reposicionamento estratégico no universo da radiodifusão interativa, alinhado às novas demandas do consumo de áudio digital. “A mudança marca nosso compromisso renovado de capacitar o público a participar ativamente da formação de sua experiência auditiva”, declarou a empresa ao anunciar a reformulação em abril de 2025, conforme publicado na Radio World.

Criada em 2010, a plataforma sempre teve como essência permitir que o público interferisse no conteúdo transmitido ao vivo, através de votações em tempo real, notificações personalizadas e integrações com apps e sites das emissoras. Mas, com o avanço da IA e a sofisticação dos algoritmos de recomendação, a proposta torna-se mais robusta − e mais estratégica.

Hoje, com o Listener Driven Radio, qualquer estação pode transformar seu público em cocriador de conteúdo. A audiência pode votar em faixas favoritas que entram diretamente na playlist da rádio, receber alertas personalizados quando sua música preferida está prestes a tocar e ainda interagir com visuais personalizáveis adaptados à identidade da marca ou de seus patrocinadores.

Essa personalização estética também foi potencializada por uma parceria com a ReelWorld, reconhecida produtora de pacotes musicais e jingles para rádio nos Estados Unidos. O objetivo é claro: qualificar o som, padronizar a experiência e manter o ouvinte engajado como parte da jornada.

A mudança acontece num momento em que o rádio global, impulsionado pela digitalização e pelos dispositivos conectados, vive uma espécie de renascimento. Segundo o relatório Audio Today da Nielsen (2024), 93% dos adultos nos EUA ainda ouvem rádio tradicional toda semana − um dado que supera inclusive o alcance da TV aberta ou dos streamings de vídeo. A diferença, agora, é que a experiência sonora deixou de ser passiva para se tornar responsiva.

Nesse cenário, ferramentas como o Listener Driven Radio não apenas mantêm o rádio relevante − elas reposicionam o meio como um ecossistema digital interativo, competitivo com plataformas como Spotify, Deezer e YouTube Music. A lógica se inverte: não se trata mais de “tocar o que a rádio quer”, mas de “tocar o que o público decide, dentro dos limites estratégicos da emissora”.

De acordo com a Inside Radio (2025), o uso de tecnologias que permitem interatividade com o conteúdo cresceu 42% nos últimos três anos em rádios americanas, e já começa a ser adotado por grupos de mídia na Europa e na América Latina. No Brasil, iniciativas como o uso de painéis de votação via WhatsApp, lives com integração ao estúdio, e até sistemas de request em tempo real por IA vêm ganhando espaço, especialmente em rádios jovens e comunitárias.

Em tempos de personalização algorítmica, o rádio percebe que precisa competir com a lógica das plataformas, mas sem abrir mão daquilo que o torna único: a conexão humana, o ao vivo, o improviso, a identidade local. A proposta do Listener Driven Radio parece tentar exatamente isso − equilibrar a inteligência dos dados com a inteligência do coletivo.

Vale lembrar que, segundo o relatório The Infinite Dial 2024, 73% dos ouvintes de rádio AM/FM nos Estados Unidos gostariam de ter mais opções de interação direta com as rádios que escutam. E 61% afirmam que voltariam a ouvir mais rádio se pudessem interferir nas músicas tocadas.

Em resumo: a audiência quer participar − e agora pode.

A mudança da marca Tether para Listener Driven Radio, portanto, não é apenas uma jogada de marketing. É o sinal de uma era em que a programação deixa de ser unilateral para se tornar uma conversa em tempo real. As rádios que souberem interpretar esse movimento não apenas manterão sua relevância − poderão, finalmente, reinventar-se como plataformas digitais com alma sonora.

E, no fim das contas, não é exatamente isso que o rádio sempre foi? Uma conversa entre quem fala e quem escuta? Agora, quem escuta também fala. E escolhe a trilha sonora e talvez até os conteúdos.

Fontes consultadas:

Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no r, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (13)

Sócrates (Arte: Jacques-Louis David)

Por Assis Ângelo

Os filósofos de ontem e de hoje fizeram e fazem incursões no mundo do imaginável. E dentro desse mundo se acham deuses e deusas.

Entre tudo e todos deuses e deusas o nome mais presente e discutível é… Deus, o criador de tudo que há no real e no imaginável.

Aristóteles foi das figuras gregas mais importantes no tocante à filosofia. Tentou entender tudo e tudo tentou passar para as gerações além dele. E é da Antiguidade que estamos falando.

Aristóteles (Crédito: Após Lísipo − Jastrow [2006], Domínio público)
Aristóteles estudou tudo, até no campo da Astronomia.

Foi Aristóteles quem passou pra frente a Lei das Causalidades. O cego está na parada, nessa lei. Ele foi longe. Em todas as conclusões a que chegou deu-se por achado. Um detalhe: não conseguiu resposta para a existência dos planetas, do Sol, da Lua, do Universo…

E como não soube dizer quem foi o criador disso tudo, rendeu-se: Deus.

Isso está na Lei das Causalidades.

Naqueles tempos − quer dizer, tempos muito antigos de que nada ou pouca notícia se tem − formaram-se sábios que tentaram de todas as formas explicar a criação do mundo com suas incongruências e barbaridades.

Sócrates foi professor de Platão, que foi professor de Aristóteles.

Sócrates (Arte: Jacques-Louis David)

Muito pouco se sabe sobre Sócrates.

A história conta que Sócrates era um cabeção privilegiado, que gostava de interromper pessoas para lhes fazer perguntas.

A filosofia socrática teve por base a dialética.

Provocador à exaustão, o mestre de Platão e Aristóteles foi acusado de rebeldia por não respeitar os deuses do seu tempo e de aliciar ou pôr no mau caminho a juventude. Vejam só! Por isso acabou condenado à morte. A opção que tinha era obedecer a tudo o que as autoridades de plantão lhe determinassem. Sem saída, recusou-se a obedecer às ordens dos seus algozes. E o que fez? Matou-se envenenado, dizendo: “Só sei que nada sei”.

O fato de Sócrates não ter legado à posteridade nenhum escrito de próprio punho levou a crer que ele era cego ou quase cego.

Esse trio de bambambãs da Filosofia influenciou e continua a influenciar estudiosos no mundo todo, inclusive no campo da Matemática e Astronomia.


Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Exposição destacará o impacto da comunicação nas periferias

Periferia em Movimento faz campanha de arrecadação após ter a sede furtada

A Periferia em Movimento, produtora independente de jornalismo sediada na Zona Sul de São Paulo, inaugura neste domingo (6/7), a partir das 15h, no Centro Cultural Grajaú (R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252), a exposição Gerações Periféricas Conectadas, que abordará como a comunicação vem transformando as periferias ao longo do tempo.

Na abertura, além da apresentação dos elementos da exposição, acontecerá uma roda de conversa mediada por Aline Rodrigues, cofundadora da PEM, com as participações de Sanara Santos (Énois e Transmídia), Ronaldo Matos (Desenrola e Não Me Enrola) e Luara Angélica (Repórter da Quebrada). A exposição fica em cartaz até 6/8 e a entrada é gratuita.

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