O leitor Robson Breviglieri nos enviou uma dica curiosa, sobre a existência de uma dupla caipira, criada nos anos 80, denominada Redator & Jornalista. A partir de uma informação obtida na internet, a correspondente de J&Cia em Brasília, Kátia Morais, apurou que, embora desfeita em 1994, Redator & Jornalista ainda existe como patente registrada. Redator é Carlos Aparecido Veríssimo, e seu companheiro de trabalho, Clóvis Barbosa, o Jornalista; o primeiro, marceneiro do Sul de Minas, e o outro, vendedor, nascido em uma cidadezinha do interior de São Paulo. Ambos vivem em Brasília desde aquela época. Eles continuam com sua missão de tocar os corações apaixonados, mas agora o nome da dupla é Maico & Maciel. Em conversa com este J&Cia, Carlos Aparecido esclareceu: ?O nome Redator & Jornalista foi indicação de um produtor, quando criamos a dupla. Foi uma homenagem à Imprensa?. Com aquele nome, chegaram a gravar dois discos: Gente da Minha Terra ? Vol. I, de 1982, e Sonho na Praia ? Sereia II, de 1989. Algumas músicas da dupla podem ser conferidas em http://migre.me/90zpU, http://migre.me/90zqY, http://migre.me/90ztu e http://migre.me/90zvo.
Portal dos Jornalistas atinge marca de 2.800 perfis
Nesta última semana, em que o Portal dos Jornalistas atingiu a marca de 2.800 perfis publicados, a Folha de S.Paulo foi destaque entre os veículos que mais tiveram profissionais perfilados: seis no total. Passaram a figurar os nomes dos correspondentes Marcelo Ninio (Oriente Médio) e Marion Strecker (Estados Unidos), e das repórteres Mariana Sallowicz (Economia), Marianna Aragão (Mercado), Patrícia Basilio (Empregos e Negócios) e Camila Mendonça (Finanças). A semana marcou ainda a inclusão dos perfis de Neide Duarte, Ana Paula Campos, Helen Martins e Leandro Vendramini (TV Globo); Renata Nunes, Silvana Mascagna, Carla Kreefft e João de Castro (O Tempo-MG); Carlos Eduardo Lins da Silva e Martha Funke (Valor Econômico); Priscilla Dal Poggetto e Ana Graziela Maia (G1); Cássia Godoy e Mírian Gasparin (BandNews FM); Luciana Constantino (Estadão), Amanda Mackeldey (Terra Viva), Gustavo Henrique Ruffo (Car and Driver), Aldo Quiroga (TV Cultura), Paula Morales (R7), Joana Calmon (GloboNews), Juliana Bontorim (Diário do Grande ABC), Alexandre Tortoriello (Band), Ellen Bonow (RBS), Aline Oliveira (Brasil 247), Álvaro José (TV Record) e Christina Rocha (SBT).
Glamurama e Poder passam por reformulação
A Glamurama Editora, de Joyce Pascowitch, está promovendo uma série de mudanças no site Glamurama e na revista Poder. O Glamurama está ganhando novas seções e uma nova arquitetura digital, em que se destacam as ferramentas interativas. O projeto foi desenvolvido pela agência Elav ao longo de oito meses. A equipe também tem novidades. Foram contratadas a editora de Moda Mirella Penteado, as repórteres Juliene Moretti e Jaqueline Rapp e a redatora de Redes Sociais Matita Iazzetta. Continuam por lá os editores Junior de Paula, Gabriel Marchi e Manuela Cherubim, além do coordenador de Fotografia Paulo Freitas e dos repórteres Augusto Pinheiro, Matheus Evangelista e Giuliana Mesquita, sob o comando da editora-executiva Anna Valenzuela. Editorialmente, o site quer retomar as notas políticas que tornaram célebre a coluna de Joyce na Folha de S.Paulo ? sem preterir as pautas de consumo, festas, cultura, comportamento e moda. ?Nosso internauta é exigente, ligado em inovações e, como formador de opinião, absorve novidades e tendências muito rapidamente”, avisa Joyce. A revista Poder também vem reformulando sua equipe há algumas edições. Andrea Assef, que estava como editora especial, passa agora à Coordenação de conteúdo ? ela deixou em setembro a Letras & Lucros, que por seis anos dirigiu com Mara Luquet, e fez um sabático pessoal antes de aceitar o convite de Joyce. Também chegaram a repórter especial Andrea Michael (ex-Folha e RedeTV) e a editora-executiva Marcia Rocha (ex-Elle e Você S/A), no lugar de Fabiana Parajara, que se desligou da revista em março. ?A Poder, pouco a pouco, ocupa lugar privilegiado no cenário da imprensa nacional e por isso estamos afinando cada vez mais a equipe, trazendo profissionais gabaritados e reconhecidos pelo mercado?, afirma Joyce. A equipe ainda conta com as editoras Raquel Fortuna (adjunta) e Deborah Klabin (Estilo) e a repórter Bela Megale ? todo o time também auxilia na produção de conteúdo para o Glamurama.
De papo pro ar – Louco com diploma
Louco com diploma Imediatamente após a publicação da entrevista que fiz com Geraldo Vandré em 1978, no extinto suplemento dominical Folhetim, da Folha de S.Paulo, centenas de cartas e telegramas procedentes de todo o País chegaram à redação. Muitos leitores também me procuraram para saber detalhes da entrevista. Um dia, na capital paraibana, encontrei Geraldo e juntos fomos até o Aeroclube. Conversa vai, conversa vem, eu lhe disse sobre as indagações que me faziam. Uma delas, se ele se achava louco. Resposta: ? Ângelo, pode responder a quem mais lhe perguntar sobre isso: eu estou doido, mesmo, com diploma e tudo. (N. da R.: a íntegra da entrevista a que Assis se refere estará na edição nº 2 de Jornalistas&Cia ? Memória da Cultura Popular, que vai circular em 4 de junho)
Civita/Murdoch – Ataques e contra-ataques
Continua a repercutir o caso da citação de Policarpo Junior, da revista Veja, nos grampos que culminaram com a prisão do bicheiro Carlos Cachoeira. Mantiveram seus discursos Globo, Folha e Veja, eximindo o jornalista de envolvimento. O jornal paulista publicou um editorial no último dia 11/5 no qual registrou que não havia surgido até aquele momento ?qualquer indício de má conduta que justifique a intimação de jornalistas da revista Veja para depor, como almejam setores do PT?. Ao comentar esse editorial em seu Blue Bus, Júlio Hungria escreveu: ?Parece engraçada essa corrida que gera editoriais corporativistas em cascata ? todos juntos enfrentam a ameaça da CPI e tentam pressionar os frágeis parlamentares brasileiros para evitar convocações desmoralizantes. Mas não é engraçado, é trágico para o jornalismo?. Veja publicou nova capa no final de semana sobre o caso, com a manchete A imprensa acende a luz, em referência ao editorial de O Globo do dia 8 em defesa de Roberto Civita, que havia sido comparado a Rupert Murdoch em capa da CartaCapital ? a Record fez coro à acusação contra a revista da Abril em reportagem do Domingo Espetacular, como relatou Jornalistas&Cia em sua edição 845. Em comentário no Facebook, Guto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, postou: ?Roberto Civita deve sim explicações aos seus leitores e toda a categoria precisa exigir um compromisso ético dos jornalistas envolvidos. Por isso, o editorial de ontem de O Globo, Roberto Civita não é Rupert Murdoch, é, no mínimo, impertinente?. Em sua capa atual, Veja ainda destaca, numa das chamadas, ?As táticas de guerrilha para manipular as redes sociais?, referindo-se à ampla repercussão do caso em blogs, sites e no twitter, onde a hashtag ?Veja Golpista? alcançou os trending topics mundiais. CartaCapital voltou à carga esta semana, com a manchete Os chapa-branca da casa-grande. A polêmica, que já havia sido noticiada na edição 840 deste J&Cia, ainda parece longe de terminar, aguardando a posição da CPI sobre a convocação ou não de profissionais de mídia. A conferir.
Acervo digital do Estadão traz ao público 137 anos de história
O Grupo Estado lançará na próxima 4ª.feira (23/5) o Acervo Estadão, um canal digital que tornará acessíveis todas as edições do jornal O Estado de S. Paulo desde a sua fundação, em 1875, quando se chamava A Província de S. Paulo. O projeto também vai publicar periodicamente matérias e reportagens que resgatarão dados históricos sob o olhar da atualidade. ?Não é só uma ferramenta de busca?, explica Edmundo Leite, coordenador do arquivo do grupo. ?Construímos um canal vivo, fazemos uma conexão de assuntos do passado com o presente.? O projeto é uma espécie de desenvolvimento do blog Arquivo Estado, equipado, agora, com a ferramenta de pesquisa por meio da qual mais de 2 milhões de páginas poderão ser consultadas ? incluindo fac-símiles dos originais censurados pela ditadura militar após o AI-5, em 1968. ?É um sistema de busca bem robusto. Além da digitalização por meio de OCR, que permite identificar textos em imagens, há vários filtros, para período e data específica, por exemplo?, afirma Edmundo. Como exemplo, ele cita o nome ?Tancredo Neves?: são 6 mil resultados na busca direta. Mas, por meio de uma timeline, é possível navegar por década, por ano, por mês… É possível ver as notícias somente do dia 22 de abril de 1985, posterior à morte dele, ou ainda navegar por toda aquela semana, desvinculado de palavra-chave. O sistema foi indexado a um dicionário de equivalência de grafia antiga do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, que permite ao pesquisador obter resultados sobre a palavra ?pharmacia? ainda que ele tenha digitado ?farmácia?, por exemplo. Haverá também um conversor de valores, que vai auxiliar no cálculo de preços segundo os índices atuais. Nos primeiros 30 dias, o acervo ficará aberto a livre consulta. Posteriormente, o acesso será restrito a assinantes. Apesar disso, o grupo assinará convênios com instituições públicas a fim de garantir acesso gratuito a pesquisadores e outros interessados por meio de bibliotecas municipais e universidades, como USP, Unesp e Unicamp, além de outras entidades educativas e culturais, como a Biblioteca Nacional. A digitalização de 137 anos de jornal demorou um ano e meio e pode até trazer surpresas. ?Muitos pesquisadores tentavam buscar informações específicas na consulta física e, às vezes, não encontravam, porque poderia estar num detalhe, como uma nota de rodapé?, explica Edmundo. ?Logo, devem surgir interpretações novas, até mesmo reescrevendo fatos históricos?. O arquivo físico, na sede do jornal, continuará a existir, porém com acesso restrito, já que muitas páginas de edições antigas começavam a se deteriorar e a digitalização do acervo também objetiva preservar os originais. Numa segunda fase, o projeto vai oferecer também o arquivo do Jornal da Tarde e de especiais do Estadão, como o Estadinho ? antes do suplemento infantil, esse era o nome de edições vespertinas e noturnas que circularam nos períodos das duas guerras mundiais. Por ora, o grupo convida para o lançamento da primeira fase do projeto no Auditório do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº), às 20h da próxima 4ª.feira (23/5). Confirmações pelos 11-3277-8891, ramal 29, e 9462-9496 ou [email protected], com Marco Barone.
Farid Germano Filho estreia no Jornal da Pampa
Farid Germano Filho será a partir desta 5ª.feira (17/5) o novo âncora do Jornal da Pampa, no lugar de Peterson Furlan, que passa a atuar na reportagem. Farid também será comentarista nas jornadas esportivas da Rádio Gre-Nal e apresentador das 20h às 24 horas. Farid iniciou a carreira há 24 anos na rádio Fandango, de Cachoeira do Sul, e teve passagem pela TV Tarobá, de Cascavel, no Paraná. No Rio Grande do Sul, começou a trajetória no Grupo RBS, em que atuou nas rádios Gaúcha e Farroupilha, e participou da criação da TV Com, em 1995. No ano seguinte foi contratado pela Band RS, para atuar na Rádio e na TV Pampa. A partir de 2008, trabalhou na Record-RS até março desse ano, quando se afastou da empresa.
Gerson Camarotti estreia blog no G1
Gerson Camarotti estreou em 10/5, no G1, o Blog do Camarotti, com o slogan ?É exclusivo. É direto de Brasília. E está nos corredores do poder?. A página foi criada exatamente enquanto cobria a reunião secreta da CPI do Cachoeira, com o depoimento do delegado Matheus Mella Rodrigues, da Polícia Federal, responsável pela Operação Monte Carlo. Comentarista político da GloboNews e repórter especial do Jornal das Dez, Camarotti atuou nas sucursais de Veja e Época, além de O Globo, Estadão e Correio Braziliense. É coautor do livro Memorial do Escândalo (2005). Veja a seguir o seu depoimento a Kátia Morais, correspondente do informativo Jornalistas&Cia em Brasília: Jornalistas&Cia ? Após se tornar comentarista exclusivo da GN e fazer reportagens especiais para o Jornal da Dez, achou que já era hora de criar um blog? Gerson Camarotti ? Eu já havia lidado com multimídia, principalmente no Globo. Quando passei a acumular o trabalho no jornal com a GN, fazendo comentários ao vivo, essa nova forma de atuar ganhou incentivo. J&Cia ? E como nasceu a ideia? Camarotti ? Criamos o blog no calor dos acontecimentos, na semana passada, em Brasília. Eu já havia sido sondado pelo G1 nesse sentido. Mas na 5ª.feira (10/5), quando cobria a CPI do Cachoeira, o portal, que tem direção de Conteúdo de Márcia Menezes, ao receber minhas exclusivas diretamente da Câmara, decidiu criá-lo naquele exato momento. Foi um batismo de fogo! J&Cia ? Jornalismo impresso, telejornalismo e agora um blog. As mídias realmente estão convergindo? Camarotti ? Creio que sim. Há uma inovação no uso de recursos tecnológicos, que foi lançada há pouco no Jornal das Dez, que pretendo usar também no blog. Trata-se da utilização, pelo repórter, de qualquer instrumento de comunicação que tenha às mãos no momento da produção da notícia ? além, é claro, das informações exclusivas dos bastidores do poder. Assim, venho gravando entrevistas e reportagens para a emissora direto do celular, como fiz na posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, quando usei a câmera do aparelho para fazer as imagens. É um dado novo na cobertura política, uma maneira de contar os fatos de forma multimídia. A grande vantagem é tornar o assunto mais próximo do cidadão, e estar ao mesmo tempo em sintonia com as novas mídias. J&Cia ? Na estreia do blog, o texto da CPI rendeu 62 comentários, alguns questionando o fato de você ter revelado informações de uma reunião secreta da comissão. Os leitores teriam confundido reunião secreta com segredo de Justiça? Camarotti ? Acredito que sim, mas não quero polemizar sobre o assunto. Temos nossas fontes, que acompanham esse tipo de reunião, e é natural que divulguemos os bastidores das notícias. Isso é liberdade de informação. A reunião é secreta, mas a divulgação dos acontecimentos deve ser ampla.
Paolo Mieli fala sobre liberdade de imprensa
O Globo recebeu em seu auditório, nesta 3ª.feira (15/5), em parceria com o Instituto Italiano de Cultura, uma palestra sobre liberdade de imprensa de Paolo Mieli, que foi diretor dos jornais La Stampa e Corriere della Sera e atualmente preside a editora RCS Libri. Ensaísta especializado em História e Política, com livros publicados, e jornalista desde os 18 anos, começou no jornal Espresso, e ali permaneceu por duas décadas. Trabalhou depois no Republica, onde tornou célebre seu estilo de jornalismo que trazia ao impresso elementos da televisão: o mielismo, um neologismo que ficou famoso na Itália. Mieli mudou seu posicionamento político ao longo dos anos, de extremista para moderado. Foi indicado, pela Câmara e o Senado italianos, para ser presidente da tevê estatal RAI, mas recusou o convite. Na palestra e no debate, mediados por Ancelmo Gois e Flávia Oliveira, Mieli traçou uma história da liberdade de imprensa, desde os primeiros jornais europeus ? que divulgavam o conhecimento autorizado pelos poderes públicos ? passando pela informação mais dinâmica dos autores britânicos Milton (de Paraíso Perdido) e Locke (do contrato social), no século XVII, pelo iluminista e liberal francês Voltaire, no século seguinte. Lembrou que o noticiário mais próximo do atual, de cobertura de fatos, teve sua origem na Revolução Francesa, quando havia jornalistas nos campos de batalha. Depois disso, a Guerra da Secessão Americana provocou na Europa uma demanda de notícias. Dessa época, ressaltou que a informação deturpada não era considerada falta grave na Europa, ao passo que, nos Estados Unidos, era considerada gravíssima. Daí resultaram alguns paradigmas seguidos até hoje: (1) a verdade, mesmo que provoque uma grande crise, obriga o repórter a dar a notícia; e (2) a concorrência faz com que o veículo antecipe qualquer detalhe. Citou Émile Zola, no caso Dreyfus, como um precursor do modelo de jornalismo apartidário, que não defende apenas os poderosos. Desde então, os melhores jornais procuram interpretar a notícia, sem explicitar quem é o dono da empresa, mas valorizando a figura do editor. Mieli citou a legislação americana que reconhece a boa fé, o que isenta o jornalista de culpa se publicar uma suspeita como se fosse um fato, e citou o caso Watergate. Sobre o conteúdo jornalístico mais recente, o palestrante o considera mais sereno, objetivo e menos agressivo. Os escândalos ? e exemplificou com as acusações contra o político italiano Berlusconi ? são divulgados intencionalmente pelos veículos para causar prejuízo político. Quanto ao noticiário na internet, vê uma grande alteração principalmente na legislação de controle. Sob um ponto de vista, dá-se uma grande batalha contra a censura da informação; sob outro ângulo, repete-se a antiga luta do liberalismo, resquício das ideias de Voltaire. Por muito tempo, os veículos dependeram de um provedor econômico ? ninguém publica coisa alguma desinteressadamente. E a internet é uma oportunidade para a liberalidade, na medida em que não depende do capital para se fazer ouvir. No debate que se seguiu, Ancelmo provocou a comparação com o caso Cachoeira e a revista Veja, e indagou se Mieli considerava lícitas as relações entre um jornalista e uma fonte mafiosa. Com a ressalva de não conhecer as instituições brasileiras, e o posicionamento de que tudo que não é feito às claras em algum momento vai aparecer, o convidado opinou: qualquer fonte é legítima, mas tudo que ela diz é propaganda em causa própria. No entanto, na História, assim como na pesquisa científica, as descobertas não se sucedem linearmente; pequenos detalhes fazem a diferença. Assim, o jornalista que traz um elemento, ainda que restrito, mas que ninguém mais tem, contribui para construir a verdade do fato. Flávia Oliveira argumentou que os veículos convencionais precisam ser sustentáveis financeiramente para bancar certas brigas. E o palestrante comparou a internet, que dá uma resposta complexa, em termos de conteúdo, e lembrou a verdadeira função de um jornal de escolher, entre milhares de informações fragmentadas, as poucas coisas importantes que o leitor precisa saber. Tem valor a capacidade profissional, reconhecida, de selecionar informação. Ainda respondendo a Ancelmo, sobre o fim da informação em papel, Mieli deu sua opinião ? ou não seria um jornalista europeu, que preza mais a opinião do que o fato. Além do rito que acompanha a leitura, como no livro, terá seguidores. O autor que quiser contar uma história em profundidade, terá que passar pelo impresso. O aumento da alfabetização de adultos no mundo cria um público novo, que pode ler o papel, mas talvez não tenha acesso ao texto virtual. Nas novas mídias, falta uma personalidade forte, como as que existem nos jornais, no rádio e na tevê. Sempre inserindo novas tecnologias, o texto impresso tende a ser elitista, e o jornal ? com a interpretação da notícia ? será um símbolo de status.
Rádio Gaúcha terá emissora em Santa Maria
A partir de 2/7, a Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, terá pela primeira vez uma emissora própria fora de Porto Alegre. A nova unidade vai operar em Santa Maria no dial 105,7 FM e contará com a programação da Gaúcha e produção local de jornalismo geral, esportivo e de entretenimento, cobrindo toda a região central do Estado com equipe própria, que atuará integrada às redações do Diário de Santa Maria e da RBS TV. A emissora também estará acessível por internet e aplicativos de smartphones e tablets. A Rádio Itapema Santa Maria, que ocupava a frequência, continuará operando online.






