Reconhecido como herói da pátria, o padre-cientista Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio, terá seu nome inscrito no Livro de Aço (ou Livro dos Heróis da Pátria), que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. A cerimônia de entronização, marcada para 4/9, contará com presença da presidenta Dilma Rousseff. Em abril passado, Dilma sancionou o Projeto de Lei 7.504, transformado em Lei 12.614, que determina a inscrição do nome de Landell no Livro dos Heróis da Pátria. Lá já repousam os nomes de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; Zumbi dos Palmares; Marechal Manuel Deodoro da Fonseca; Dom Pedro I; Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias; Coronel José Plácido de Castro; Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré; Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas; Alberto Santos Dumont; e José Bonifácio de Andrada e Silva. Na nova leva de heróis, ao lado de Landell, passarão a fazer parte do Livro Chico Mendes, Frei Caneca, Marechal Osório, Barão do Serro Azul, Brigadeiro Sampaio, Sepé Tiarajú, Anna Nery, Hipólito José da Costa, Padre Anchieta, Getúlio Vargas, os participantes da Revolta dos Búzios (João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas Amorim Torres, Manuel Faustino Santos Lira e Luís Gonzaga das Virgens e Veiga), os mártires da Revolução Constitucionalista de 1932 (Mário Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Américo de Camargo Andrade), Heitor Villa Lobos, Júlio César Ribeiro de Souza, Seringueiros Soldados da Borracha (50 mil), Barão do Rio Branco e Anita Garibaldi. Por seu pioneirismo nas telecomunicações, Landell é considerado o “patrono dos Radioamadores Brasileiros”. O projeto de lei foi uma iniciativa do ex-senador Sérgio Zambiasi, do Rio Grande do Sul, que acolheu a demanda do MLM e fez a proposta que acabou tramitando por quase dois anos pelas várias comissões do Congresso Nacional, até chegar à sanção presidencial. J&Cia aderiu à causa e lhe deu divulgação durante todo esse tempo. Para Hamilton Almeida, biógrafo de Landell e integrante do MLM, o maior desafio, no entanto, ainda está por vir: ?Incluir vida e obra do padre Landell no curriculum escolar obrigatório para que nossas crianças possam aprender que o verdadeiro inventor do rádio foi um brasileiro, e não Marconi. Espero que a inclusão do nome dele no Livro dos Heróis da Pátria represente um passo decisivo para que se obtenha o reconhecimento oficial definitivo?.   SAIBA MAIS O Livro de Aço ou Livro dos Heróis da Pátria fica no terceiro andar do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves. Localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, o Panteão foi projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 7 de setembro de 1986, durante o governo de José Sarney.

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul:São Paulo: Depois de oito anos no Grupo Estado, Renata Miranda deixou a Internacional do Estadão no final de junho e começou como repórter na Revista São Paulo, da Folha de S.Paulo. No Grupo Estado, ela passou também pela Rádio Eldorado. Seus novos contatos são [email protected] e 11-3224-4806. No Esporte, registro para as saídas do repórter Vagner Vilaron e do redator Anelso Paixão Jr..Ainda no Estadão, Olívia Fraga deixou a reportagem do Paladar para estudar Gastronomia em Nova York. A J&Cia, ela disse que ?foi sensacional o tempo no caderno, mas queria muito estudar gastronomia a sério fora do País?. Olívia fez o Curso Abril em 2003 e colaborou para vários títulos da editora, como Superinteressante, Mundo Estranho, Veja, Exame, Recreio e Casa Claudia. Também escreveu para publicações corporativas dos segmentos de urbanismo, arquitetura e design. Entrou no Estadão em 2005, no caderno Casa, e, a partir de 2009, no Paladar. Em NY, estará disponível para frilas, pelo [email protected] Rocha ([email protected]) começou na última semana como novo editor do site da revista América Economia, reformulado recentemente. Com passagens pelo Terra e, mais recentemente, pelo F5, da Folha.com, Rodrigo chega para a vaga de Adriana Chaves, que deixou a publicação. Ainda por lá, registro para a edição especial que chegou às bancas nesta 2ª.feira (16/7) com o ranking das 500 maiores empresas da América Latina, em sua 23ª edição.Katia Azevedo deixou recentemente a Band, onde havia cerca de um ano era pauteira e produtora, e busca novas oportunidades profissionais. Com mais de 20 anos de carreira, teve passagens por vários outros veículos, entre eles Record, SBT, CBN, Eldorado, Cultura e Estadão, em funções como repórter, chefe de Reportagem, editora e produtora. Os contatos dela são [email protected] e 11-9641-3405 / 8797-8696.Fabiana Maranhão começou recentemente como colaboradora no UOL Notícias, cobrindo as editorias de Cotidiano, Política e Internacional. Nascida em São Paulo, formou-se na Universidade Federal de Pernambuco em 2006, passou por afiliadas da Globo no estado, pela TV Jornal e pelo portal NE10, do Jornal do Commercio, e conquistou prêmios como Embratel, Vladimir Herzog e Abraciclo. Rio de Janeiro ? Band demite para ajuste: No começo do mês, a sucursal da Band no Rio demitiu cerca de 20 funcionários. A primeira equipe a sair, com 12 pessoas, foi a do programa RJ Acontece, descontinuado pela emissora. A área de Comunicação da empresa argumenta que se trata de ?ajuste no efetivo?, pois fez 120 contratações nos últimos meses, entre elas todo o time do Pânico. Minas Gerais: Carlos Lindenberg, que comandava o Jornal Tudo, foi promovido a diretor-executivo do Grupo VB, que edita também a Revista Viver Brasil. A mudança tem como objetivo ampliar o mercado de atuação dos veículos.Ainda por lá, chega para a reportagem da revista Miriam Chalfin, que deixou o caderno Minas do Hoje em Dia. Entra no lugar de Janaína Oliveira, que fez o caminho inverso, mas para a editoria de Economia.No Hoje em Dia, Igor Guimarães, que era editor-adjunto de Cidades em O Tempo, assume a vaga de Miriam; Aloísio Morais se transfere da subeditoria de Opinião para o mesmo posto no caderno Minas, sendo substituído por Adriana Diniz. Outro recém-chegado ao Minas é Rosildo Mendes, ex-repórter de Classificados do jornal.Para o portal do Hoje em Dia, chegam os repórteres Ana Clara Otoni, vinda de Opinião de O Tempo, Júnia Brasil, ex-portal O Tempo, e Vinícius Las Casas, ex Lance.Solange Bastos deixou a Rádio Itatiaia e começou como produtora na TV Câmara. Rio Grande do Sul: Fernanda Farias e Ricardo Azeredo deixaram a Band TV na última semana e foram substituídos, respectivamente, pela editora Vanessa Trindade e pelo repórter Guilherme Rockett, ambos vindos da Ulbra TV. Fernanda tinha oito anos de casa e já havia exercido as funções de produtora, repórter, editora, apresentadora e diretora do Miss Rio Grande do Sul. Ultimamente, era editora-chefe do Band Cidade, telejornal que passou por reformulações no último mês. Ricardo, que teve passagens pela própria Band e por RBS TV, SBT, Ulbra TV, Guaíba e pela Presidência da TVE, havia retornado à emissora em setembro do ano passado, atuando como repórter na edição local do Brasil Urgente.

A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar ([email protected]), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP).   A emprensa e os cocos Por essa nem o considerado Moacir Japiassu esperava: inventaram e credenciaram a emprensa. Tudo aconteceu em um evento realizado já há algum tempo em Presidente Prudente, para quem ainda não sabe a maior cidade do Velho Oeste paulista, quer dizer, extremo oeste paulista. Antes de prosseguir com a narrativa devo te dizer, como diria Vicente Matheus, que o que não falta é extremo na cidade, onde as cartas são dadas por coronéis da política desde a década de 20 do século 20 (eles jogam muito). Depois dessa explicação, que quase me fez perder o fio da meada, continuemos com esse papo sobre a emprensa. No evento em questão, coube a uma recepcionista, muito jeitosa, a missão de credenciar os jornalistas que foram fazer a cobertura – que não sei se era de chantilly ou não, mas isso é como certos programas grotescos da televisão: não tem a menor importância. Mais bonita do que cartão postal, a recepcionista distribuiu as credenciais, procedimento normal nessas ocasiões, e aproveito para lembrar que procedimento, assim como complicado, é uma palavra da moda. Hoje em dia – e creio que até hoje em noite –, o paciente, para dar um exemplo da área médica, não é examinado e operado: ele passa por um procedimento. E hoje em dia ninguém mais morre, o sujeito vai a óbito. O pior é que tem jornalista que adota esse modismo, digamos, linguístico. Por falar nisso, está aí a sugestão para o nome de uma dupla caipira: Procedimento e Complicado. Não é chique pra cachorro? De volta ao credenciamento. Em vez de imprensa, a moça escreveu emprensa nas credenciais e, por algum tempo, os jornalistas representaram a emprensa no evento. Quem percebeu a mancada foi a jornalista Carla Nogueira, então colunista social do jornal Oeste Notícias. Ela levou a credencial para a redação, uma prova cabal de que tinham acabado de inventar a emprensa em Presidente Prudente, onde uma jovem repórter, com mais jeito de morsa do que de foca, se enrolou toda ao descrever plantas ornamentais em uma avenida. A prefeitura tinha acabado de plantar coqueiros na avenida Washington Luis, uma das principais da cidade. E lá foi a mocinha fazer a reportagem, porque isso também é assunto em jornais, rádios e televisões do nosso interiorzão, onde essa história de jornalismo investigativo é quando a polícia investiga o sumiço do repórter (brincadeirinha, mas tem fundo e até raso de verdade). Às vezes, dá até chamada de capa. Não sei se foi o caso, mas sei que a colega, também muito da jeitosinha, se entusiasmou, deu uma de poeta e escreveu que a “prefeitura plantou árvores de coco na avenida Washington Luis”. E não é que ela, até certo ponto, lembrou Ary Barroso? Se o grande compositor, mineiro de Ubá (crônica também é cultura), pôde falar, em nome da liberdade poética – ou licença poética –, “esse coqueiro que dá coco” na letra de Aquarela do Brasil, considerada a melhor música brasileira de todos os tempos, por que uma jornalista não tem o direito de chamar coqueiro de árvore de coco? Presumo que, na visão dela, laranjeira é árvore de laranja, limoeiro é árvore de limão, abacateiro é árvore de abacate e ninguém tem nada com isso.