Mais uma vez, Plínio Vicente da Silva (plinio.vsilva@hotmail.com), que fez carreira no Estadão e desde 1984 vive em Roraima, nos brinda com um belo texto. Saudade de mim Ao acordar hoje, 29 de abril, completando 70 anos de uma longa existência, dei-me o privilégio de me entregar por mais um tempo ao aconchego das cobertas. Um pouco também pela indolência provocada pela chuva que caía mansa, transformando as goteiras que desciam das telhas num instrumento de percussão, ressoando batuques ritmados sobre os vasos de plantas da minha mulher. Enquanto os papagaios faziam explodir gritos onomatopaicos na mangueira bem ao lado do meu quarto, meus olhos, fixados no forro de PVC, atravessaram a barreira branca e encontraram do outro lado um horizonte em que pude ver desfilando um pouco do meu passado. Do recente ao mais longínquo. Foi quando senti saudade de mim. Pelo muito do que vivi e que aqui me permito relembrar algumas passagens. Escolhi algumas poucas, mas todas com ingredientes que me ligaram, de alguma forma, à profissão que, sem qualquer outro ganho, a não ser meu salário, me permitiu construir um futuro, criar uma família e educar os filhos, fazer dois deles doutores com o meu ?paitrocinio?, um aqui e outro em terras de Espanha. Não lhes deixarei como herança bens materiais, além de uma casa modesta e um carro usado. Mas tenho orgulho por vê-los, como homens feitos, seguindo os exemplos que lhes pude legar, todos assentados em virtudes como a preservação da dignidade, a pregação intransigente da retidão de caráter, a defesa incondicional da honestidade e a prática permanente de valores éticos. Sei que este espaço é reservado a memórias dos tempos em que vivemos nas redações. Mas hoje me reservo o direito de escrever estas linhas para falar da saudade que sinto do tempo que passou. Afinal, já se vão 70 anos e, como disse Mário de Andrade, nessa idade eu tenho muito mais passado do que poderei ter futuro. Todavia, ainda quero e espero viver o suficiente para, enquanto me aceitarem, contar histórias, memórias que aos poucos tenho registrado neste J&Cia. Minha saudade começa lá longe, bem longe, no tempo e no espaço, na pequena vila de Guatapará, às margens do rio Moji Guaçu, região de Ribeirão Preto. Eu era um molequinho franzino, deformado pela polio, que andava feito um sapo com as duas pernas em cima do pescoço. Mas isso não me impedia de todos os dias, menos às segundas-feiras, ir comprar o jornal para o meu pai, missão que eu cumpria com muita seriedade para tão pouca idade. Para eu poder me locomover ganhei uma charretezinha de madeira, com rodas de bicicleta, puxada por um bodezinho preto, de nome Capeta. Assim, quando dava 2 da tarde eu percorria dois quilômetros por uma estrada de terra e ficava na esplanada à espera do comboio e do jornaleiro, que chegavam à estação sempre por volta das 2 e 40. O ritual era sempre o mesmo: Faustino ? esse era o nome dele ? descia do trem, entregava-me o Estadão, recebia as moedas e desaparecia vagão adentro. Não sem antes recomendar um abraço aos meus pais. Ele era meu primo, filho de tia Matilda, irmã mais velha de minha mãe, como ela nascida em Duisburg. Era um ofício que me dava satisfação ainda maior quando, no final da tarde, meu pai se sentava na escada da frente da nossa casa, numa pequena fazenda onde era empregado, e abria o jornal. À medida que, com sua voz claudicante de pouco saber do oficio da leitura, recitava em voz alta cada manchete e cada notícia, eu também ia lendo o diário. Jamais me esqueci das suas palavras, conselho que me segue até hoje e que procuro transmitir a todos os jovens estudantes de Comunicação: quem quiser aprender a escrever tem primeiro que aprender a ler. Foi assim, lá pelos nove anos, que decidi: aprenderia a ler, aprenderia a escrever e um dia seria jornalista do Estadão. E fui… Tenho saudade de mim quando fiz minha primeira reportagem, aos 13 anos, transmitindo por telefone um texto rascunhado numa folha de caderno. A um desconhecido do outro lado da linha, na redação de O Diário de Ribeirão Preto, contei, com a voz embargada pelo pranto incontido, o suicídio de Idalina de Oliveira, que não suportou ser estuprada por um oleiro brutamontes e atirou-se nas águas do Mogi Guaçu. Foi uma noticia dolorosa, que transmiti misturando a frieza do jornalista com a emoção de ser humano, pois tínhamos a mesma idade, estudávamos juntos e éramos mais que amigos, quase irmãos. Tenho saudade de mim quando voltei para Guatapará depois de vários anos internado na Santa Casa de São Paulo. O que minha pobre mãe, roceira e analfabeta, só conseguiu esmolando ajuda financeira a muita gente e por conta e obra de dona Leonor Mendes de Barros, que atendeu a um apelo feito por carta por meu pai, militante do PSP. A mulher do dr. Adhemar mandou que me fosse aberta uma vaga no Pavilhão Fernandinho Simonsen a fim de que, depois de uma dezena de cirurgias, eu pudesse ter consertadas as minhas pernas, mesmo que parcialmente. Tenho saudade de mim na volta para casa, já lá pelos 17 anos, quando decidi enveredar definitivamente pelos caminhos do jornalismo, indo trabalhar como copy da editoria de Polícia em O Diário, em Ribeirão Preto. Depois de três meses sem receber nem mesmo um muito obrigado, deixei de ser jornalista para ser jornaleiro e fui vendendo jornais e revistas no noturno da Mojiana entre Ribeirão e Uberaba. Tenho saudade de mim por ter sido um lutador, que na juventude matou um leão por dia para poder estudar um pouco, trabalhar bastante e finalmente, embora com apenas a experiência adquirida nos serviços de alto-falante das quermesses juninas da minha vila, chegar à Rádio Difusora de Jundiaí como locutor. Foi um grande aprendizado, pois ali também tive mestres da maior competência, como José Paulo de Andrade, meu companheiro por vários anos num programa matinal. Tenho saudade de mim já repórter esportivo do Jornal da Cidade, também em Jundiaí, onde bebi da sabedoria de um grande mestre, Ademir Fernandes, que não só me ensinou o ofício do jornalismo, mas porque principalmente me legou a humildade própria dos grandes seres humanos, virtudes que levei para o cargo de editor-chefe tempos depois. E que também me abriria as portas do JT como frila do Caderno de Esportes, ponte que cruzei para chegar ao outro lado do corredor. Tenho saudade de mim quando, humilde caipira, entrei na redação do Estadão e recebi todas as oportunidades para fazer uma carreira. Uma nova vida durante a qual Deus me concedeu a suprema graça de conviver com profissionais tão famosos quanto simples, que me ajudaram a ser um deles e com os quais pude cultivar uma amizade verdadeira, única, indestrutível. Não me atrevo a citar nomes, pois cometeria várias injustiças. Tenho saudade de mim, aventureiro e inconsequente, que decidiu largar tudo e mudar radicalmente de vida ao trocar São Paulo por Roraima. Mas foi aqui que, mesmo sofrendo com as limitações impostas por minha deficiência física, acabei descobrindo o repórter que não sabia existir em mim. Foi aqui onde pude escrever meus melhores textos, com os quais ganhei as manchetes do jornal e prestígio para poder estruturar uma vida pacata na aposentadoria. Tenho saudade de mim, esta mais recente, do escritor que ainda tenta pôr no papel tudo o que guarda na memória, sentimento frustrado de não ter transformado em livro tantas experiências, agradáveis ou não. Como as que deram origem à serie de reportagens sobre a ditadura argentina, que em 1983 ganhou Prêmio Rey de España, para orgulho e honra de uma equipe chefiada por Marcos Wilson e que tinha, além de mim, José Maria Mayrink, Luiz Fernando Emediato e Roberto Godoy. [N. da R.: Plínio contou a saga dessa reportagem neste mesmo espaço, na edição 774, de dezembro de 2010] Tenho ainda mais saudade de mim, de quem fui, quando começo a sentir intensamente a certeza de que já não tenho tanto tempo mais para fazer tudo o que planejo, mas que continuo sonhando em fazê-lo. Tenho saudade de mim, do jovem pacífico e esperançoso, num momento em que a maldade, a violência e a corrupção vicejam lá fora. E então vejo que ainda sou o mesmo ser humano que jamais fez mal a alguém, nem mesmo com palavras, fruto de um caráter que muitos me ajudaram a moldar: meus pais, meus irmãos, meus mestres, meus amigos… Por isso tudo e muito mais, que não cabe neste espaço, é que sinto saudade de mim.
Três brasileiros estão entre vencedores de prêmio internacional
Miriam Leitão e Valeria Maniero, de O Globo, e Bruno Galo, da IstoÉ Dinheiro, estão entre os vencedores do II Prêmio de Jornalismo Econômico Ibero-Americano, promovido pela IE Business School. Com a matéria A nova economia das favelas, Miriam e Valeria conquistaram o Reconhecimento Especial na categoria Imprensa Diária, enquanto Bruno sagrou-se vencedor na categoria Imprensa não diária, com a matéria O país das start-ups. Nesta segunda edição, o prêmio destacou os trabalhos que abordaram o tema Empreendedorismo. A cerimônia de entrega está marcada para 27/6, em Bogotá, na Colômbia.
Capa retrô de Época celebra 60 anos da Editora Globo
Em comemoração ao 60º aniversário da Editora Globo, a revista Época chega às bancas neste sábado (2/6) em edição especial com duas capas. Uma irá mostrar como a revista teria sido publicada em 1952, retratando o Brasil daquele período, e a outra vai abordar País hoje. Segundo o diretor de Redação da publicação Helio Gurovitz, ?a edição retrô mostra como a ÉPOCA abordaria os assuntos daquele momento com as mesmas características que e revista têm hoje e ajudando o leitor a entender a complexidade do mundo?. Dentre os assuntos abordados na edição retrô estão o governo Vargas, a explosão da bomba H, o primeiro voo de passageiros em avião a jato, a medalha de ouro de Adhemar Ferreira da Silva, a entrada de mulheres no mercado de trabalho e o início do uso do biquíni nas praias cariocas. Outra novidade está na publicidade, que contará com anúncios inspirados em peças daquele período. Para a versão atual da publicação, a equipe de Época analisa a melhoria econômica do País, trazendo a história de 20 brasileiros que realizaram um sonho pela primeira vez ? desde a compra do primeiro chuveiro por uma mulher que vive na roça até o primeiro helicóptero adquirido por um empresário cansado do trânsito de São Paulo.
Congresso da Abraji oferece descontos para inscrições em grupo
Empresas interessadas em inscrever seus profissionais no 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, evento que será promovido pela Abraji de 12 e 14/7, terão a vantagem de uma inscrição gratuita a partir da quinta realizada. A política de descontos é válida também para estudantes e jornalistas do mesmo veículo que se inscrevam de forma independente. O evento já confirmou palestrantes como André Trigueiro (GloboNews), Bruno Garcez (BBC Brasil), Claudio Weber Abramo (Transparência Brasil), Daniela Chiaretti (Valor Econômico), David Carr (New York Times/EUA), Leonêncio Nossa, David Friedlander e José Paulo Kupfer (O Estado de S.Paulo), Eliane Brum (Época), Miriam Leitão, Erick Brêtas e Marcelo Moreira (TV Globo), Fernando Mitre (Band), Fernando Rodrigues e Lucas Ferraz (Folha de S.Paulo), Juca Kfouri (ESPN Brasil), Leonardo Sakamoto (Repórter Brasil), Marcelo Tas (CQC), Roberto Cabrini (SBT) e Walter de Mattos Jr. (Lance). Mais informações no abraji@abraji.org.br.
De papo pro ar – Simplicidade e avião
Nos fins dos 1970, recebi telefonema do compositor Fred Jorge, um dos diretores da multinacional CBS. Queria que eu levasse Geraldo Vandré para uma reunião na filial em Sampa. Vandré se trajou de terno e gravata, depois de fazer barba e pentear os cabelos. Fomos. Ele foi recebido como rei. Autografou livros, discos e camisetas para gerentes, boys e faxineiros. A proposta era que dirigisse um selo musical. Dinheiro não faltaria. Pediu um estúdio à beira mar em João Pessoa. A CBS topou. Para fechar contrato, foi sugerida reunião no Rio, à época sede da gravadora no Brasil. Já na rua o artista afrouxou a gravata e caiu na risada, dizendo: ? Eles dariam um avião como pagamento para eu dirigir o selo? O avião tinha de ser do tipo Brasília e a reunião no Rio jamais ocorreu. (N. da R.: A íntegra da entrevista que Vandré deu a Assis para o extinto suplemento Folhetim, da Folha de S.Paulo, de 17/9/1978, estará na edição nº 2 de Jornalistas&Cia ? Memória da Cultura Popular, que vai circular na próxima 2ª.feira, 4 de junho)
Veja, Época, Folha e Estado trocam editores de Política
As editorias de Política de Veja, Época, Folha e Estadão fizeram uma aparentemente sincronizada dança das cadeiras nas últimas semanas. O processo se iniciou com a saída de Fabio Portela da revista da Abril há cerca de um mês, para a Coordenação de Imprensa da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo. Para seu lugar foi contratado Pedro Dias Leite, que começou na última semana como editor de Brasil. Havia mais de dez anos na Folha de S.Paulo, Pedro retornara ao caderno Poder, onde era editor-assistente, após um ano atuando como editorialista do jornal. Para sua vaga foi contratado Ricardo Mendonça, que estava havia quase dez anos em Época, ali atuando como editor de Brasil. Ainda na Folha, Alencar Izidoro, que estava em Cotidiano, assume como editor-assistente em Poder. Para a vaga de Mendonça em Época, segue José Alberto Bombig, que deve deixar o cargo de editor-adjunto de Política no Estadão nesta 6ª.feira (1º/6). Retorna, assim, à revista, por onde já passara em 2010. Para sua vaga chega Conrado Corsalette, que era adjunto de Cotidiano da Folha até esta 2ª.feira (28/5). Ele também retorna à casa onde já atuara na reportagem, entre 2000 e 2004. A editora Malu Delgado entra em licença-maternidade nas próximas semanas. Ainda não foram definidos substitutos para as vagas de Conrado e Izidoro. Também trocam posições profissionais do Grupo Estado e da Ejesa. A editoria de Defesa do Consumidor do Jornal da Tarde deixa de contar com Carolina Marcelino, que vai cobrir Empresas no Brasil Econômico. Ela será substituída por Monique Abrantes, que fechava a página dois e as Cartas do Leitor do jornal. No sentido inverso, José Gabriel Navarro deixou o setor de macroeconomia do Brasil Econômico e foi para Defesa do Consumidor do JT. Ele ocupa a vaga que era de Saulo Luz, deslocado para Economia, dentro do próprio jornal, ocupando o lugar de Ligia Tuon, que agora cobre o assunto para o portal Estadão.com.br. Ainda no Grupo Estado, Naiana Oscar retorna ao caderno de Economia do Estadão após um ano na revista Exame; e Ana Luísa Westphalen chega para a Agência Estado, vinda do Valor Econômico.
IVC apresenta primeiros números de gratuitos
O IVC apresentou nesta semana os primeiros números auditados sobre a circulação dos gratuitos Destak e Metro na capital paulista. Os dados iniciais são referentes à circulação de abril, quando foram contabilizados 5.792.479 exemplares, média de 148.261 por edição para o Destak e de 148.776 para o Metro. A verificação teve foco concentrado nos locais de distribuição, com cobertura de todos os pontos, checagem da produção gráfica e acompanhamento dos repartes. A intenção do instituto agora será ampliar a auditoria para as demais praças onde os periódicos gratuitos circulam.
Cecília Maia passa a dirigir o SBT Brasília
Cecília Maia assumiu no início do mês a direção do SBT Brasília, em substituição a Antonio Augusto, que entrou em ano sabático para se dedicar ao mestrado em Relações Institucionais pela UnB.
Ela já passou por diversos órgãos de imprensa em Brasília, como as tevês Globo, Justiça e Canal Rural, revistas IstoÉ, Veja e Caras, entre outros. Ainda no SBT, Luciana Marques, vinda da Veja Online, é desde a semana passada a nova repórter do Jornal do SBT. Além de atuar no telejornal, ela faz a coluna política Brasília Online no Jornal do SBT Noite. Registro ainda para a transferência da repórter Fernanda de Andrade do Jornal do SBT para o SBT Brasil.
Instituto Vladimir Herzog prepara série de eventos
Em comemoração ao 75º aniversário de nascimento de Vlado, o Instituto Vladimir Herzog está preparando uma série de eventos na capital paulista. O pontapé inicial será nesta 5ª.feira (31/5), com a abertura da mostra Memória e Transformação: o documentário político na América Latina ontem e hoje, na Cinemateca Brasileira (largo Senador Raul Cardoso, 207). No mesmo local, haverá a partir de 19/6 uma mostra de documentários, que se estenderá até 8/7, e um curso de cinema com Patricio Guzmán (de 4 a 7/7). Em 28/6, às 20h, no Itaú Cultural (av. Paulista, 149), o seminário Direito à Verdade e à Memória, com participação da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos; de Amérigo Incalcaterra, representante do Comissariado para a América do Sul da ONU; e Tito Milgram, curador do Museu Yad Vashem, em Jerusalém (Israel), com mediação de Sérgio Adorno (USP). No Auditório Ibirapuera, de 29/6 a 1/7, coro e orquestra regidos por Martinho Lutero apresentarão a cantata O Diário de Anne Frank. Todos os eventos são gratuitos. Mais informações no site da entidade.
BandNews TV apresenta primeiras mudanças na programação
Conforme antecipado por Jornalistas&Cia em sua edição 834, começam a ser veiculados os novos programas da BandNews TV, entre eles Ponto a Ponto, que estreou no último sábado (26/5) à meia-noite, com Monica Bergamo e Antonio Lavareda entrevistando Marcelo Tas sobre uma pesquisa que mediu a felicidade no casamento. Semanal, apresentado às 20h30 de domingo, o programa se propõe a abordar um tema por semana, acompanhado de reportagem especial. Para o próximo sábado (2/6), o convidado é o oncologista Paulo Hoff, médico da presidente Dilma Rousseff, que vai falar sobre o enfrentamento do diagnóstico de câncer. A íntegra do primeiro programa você confere aqui.Na sequência estreia, em 4/6, BandNews Mercado, com dois programas ao vivo, diários, da BM&FBovespa: um pré-mercado, antes do pregão, e outro pós, durante o fechamento, comandado por Nuria Saldanha. Depois, Fernando Gabeira debuta com Capital Natural, em 16 de junho. A Bandnews anuncia ainda que vai produzir um documentário sobre a Festa de São João em Caruaru, Pernambuco, com produção da TX Filmes e direção de Roberto T. Oliveira. O canal por assinatura informa também que a partir de junho começa o projeto âncora-repórter, com reportagens especiais pautadas e produzidas pelos apresentadores do canal. A coordenação do projeto é do editor-executivo João Paulo Duarte. O diretor do canal é Humberto Candil.