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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Jornalista processa CNN Brasil por discriminação racial

Jornalista processa CNN Brasil por discriminação racial
Crédito: Reprodução/ Logo CNN Brasil

Fernando Henrique de Oliveira está processando a CNN Brasil após alegar ter sofrido racismo na emissora. O profissional, que atuava para a empresa na redação de Nova York, argumenta que teria sido orientado a mudar seu cabelo (ele usa dreads) por “estar em descompasso com a atividade”. As informações são do Alma Preta.

No processo, Fernando relata várias situações de desigualdade em comparação aos colegas brancos no trabalho. Em uma delas, a emissora teria explorado o fato de ele ser negro ao convidá-lo para falar publicamente sobre o assassinato de George Floyd, algo que seus colegas não precisaram fazer. Além de diferenças salariais significativas, alega ter sido submetido a tarefas mais perigosas ou de menor relevância.

Ele ainda cita que, por ser negro, teve que carregar equipamentos para gravações externas e atuar como segurança de uma colega branca. Além da denúncia de racismo, o processo inclui fraude contratual, jornada de trabalho excessiva, acúmulo de funções, adicional de transferência e fraude na obtenção de visto de trabalho nos Estados Unidos.

A CNN Brasil negou as acusações de discriminação, afirmando que Oliveira não era o único a usar dreadlocks e que a relação com ele era apenas comercial. A emissora argumentou que outros jornalistas negros com o mesmo estilo capilar trabalhavam lá e que sua demissão foi por cortes de gastos.

O juiz José Celso Bottaro, da 80ª Vara do Trabalho, julgou que as provas apresentadas pelo jornalista são insuficientes para comprovar a discriminação racial, considerando que as diferenças salariais e a menor exposição na televisão decorriam de diferenças nas funções dos cargos. A defesa de Oliveira recorreu e o caso irá a julgamento novamente, porém sem data definida.

Valdice Gomes e Dennis de Oliveira serão homenageados como Decanos dos Jornalistas Negros e Negras do Brasil

Valdice Gomes e Dennis de Oliveira serão homenageados como Decanos dos Jornalistas Negros e Negras do Brasil

O Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, que já está com a votação em primeiro turno aberta e que terá cerimônia de entrega em 11 de novembro no Itaú Cultural, homenageará este ano os colegas Valdice Gomes e Dennis de Oliveira com o Troféu Luiz Gama, instituído para homenagear anualmente um decano e uma decana negros e que sejam referência para o jornalismo brasileiro. Ambos são reconhecidos nacionalmente pela trajetória de luta e pelas múltiplas realizações tanto no plano racial quanto na defesa da ética, do bom jornalismo e do respeito profissional.

Valdice formou-se em Jornalismo pelo Centro Universitário Cesmac, de Maceió. É secretária de Gênero, Raça e Etnia da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), representante da entidade na Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Racial (Conajira) e da própria Conajira na Articulação pela Mídia Negra. Editora da coluna Axé, publicada semanalmente, há 16 anos, no Jornal Tribuna Independente (AL) e integrante da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, ela é também coordenadora-geral do Centro de Cultura e Estudos Étnicos Anajô, entidade do movimento negro filiada à Associação dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), conselheira suplente do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), representando os APNs, integrante e fundadora da Cojira-AL e coordenadora-geral do Projeto Vamos Subir a Serra (AL).

Dennis, jornalista, doutor em Ciências da Comunicação, é professor associado da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) nos cursos de graduação em Jornalismo e nos Programas de Pós Graduação em Integração da América Latina (Prolam) e Mudança Social e Participação Política (Promuspp). Autor dos livros Racismo estrutural – Uma perspectiva histórico-crítica (Ed. Dandara, 2021); Jornalismo e Emancipação – Uma prática jornalística baseada em Paulo Freire (Ed. Appris, 2017), A luta contra o racismo no Brasil (Ed. Fórum, 2017) e Iniciação aos Estudos de Jornalismo (Ed. Abya Yala, 2021), também é coordenador científico do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc) e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP. Foi coordenador do GT Epistemologias decoloniais, territorialidades y cultura do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso), entre 2021 e 2023; professor visitante da Universidad Minuto de Dios, de Bogotá, e da Faculdad Latino-Americana de Ciencias Sociales, de Buenos Aires; integrante da Cátedra Scholas Ocurrentes da Universidade Central do Vaticano; coordenador do GT Étnico Racial da Diretoria de Diversidades da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP; e membro da Rede Antirracista Quilombação.

Primeiro turno termina na próxima quinta, 29 de agosto

A votação do primeiro turno do prêmio, iniciada em 15/8, encerra-se na próxima quinta (29), com a livre indicação de nomes. Organizada por este Jornalistas&Cia, em parceria com os sites Neo Mondo e 1 Papo Reto e com a Rede JP – Jornalistas Pretos, a premiação elegerá os profissionais TOP 50 Brasil, os TOP 5 Profissionais de Imagem (foto e vídeo), os Veículos TOP 5 (Geral e Liderados por Jornalistas Negros ou Negras) e promoverá homenagens especiais, entre elas ao craque Vini Jr., da Seleção Brasileira e do Real Madri, com o Troféu Glória Maria de Personalidade do Ano, e aos profissionais Decanos (ver acima) e Revelação do Ano.

Neste primeiro turno, cada pessoa pode votar uma única vez, indicando até cinco nomes em cada uma das categorias. Os profissionais e veículos com o maior número de indicações classificam-se para o segundo turno, que definirá os vencedores da edição 2024. Ficará reservada para a festa de premiação a revelação dos profissionais TOP 10 e dos campeões das demais categorias, bem como os campeões regionais.

Poderão ser votados jornalistas negros e negras em atividade em redações jornalísticas de qualquer região do País (contratados ou freelancers) e de quaisquer plataformas editoriais (mídia impressa, eletrônica ou digital) e tipo (jornal, rádio, TV, revista, internet, blog, canal digital, podcast etc.), independentemente de porte, segmento ou especialização; e veículos jornalísticos – gerais ou especializados/segmentados – reconhecidos por atuar na cobertura de temas raciais e pelo empenho na luta antirracista no jornalismo brasileiro.

A festa de premiação será na noite de 11 novembro, no Itaú Cultural, em São Paulo, uma das entidades aliadas ao projeto, que também conta com patrocínio da Unilever e apoio da Latam Airlines.

Clique aqui para fazer suas indicações.

Sílvio Santos, empresário e comunicador, também entra na história do jornalismo

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro

O que ainda falta dizer sobre Sílvio Santos? Senor Abravanel morreu na madrugada de sábado (17/8), aos 93 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde esteve internado por 17 dias devido a uma broncopneumonia, agravada por uma infecção por H1N1. Foi sepultado no cemitério Israelita do Butantã, em cerimônia fechada. Deixou viúva, seis filhas, netos e bisnetos.

Carioca da Lapa, começou a trabalhar aos 14 anos como camelô, para ajudar a família de imigrantes. Logo depois, teve as primeiras experiências como locutor. Nessa época, filiou-se ao Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio. Aos 20 anos, transferiu-se para São Paulo, formou-se como técnico em Contabilidade, encontrou trabalho na rádio Nacional SP. Em 1958, assumiu o Baú da Felicidade, com sistema de carnês e, assim, deu início a um conglomerado financeiro.

Trabalhou nas TVs Globo, Tupi e Record. Em 1975, venceu a concorrência para um canal de TV no Rio de Janeiro e obteve sua primeira concessão. Chamou-a TVS e investiu US$ 10 milhões. A esta concessão seguiram-se mais quatro em 1981, e a emissora passou a se chamar SBT – Sistema Brasileiro de Televisão. Como apresentador do entretenimento, manteve o Programa Sílvio Santos por 60 anos no ar. Nas palavras de Octavio Guedes, ele “reinventou o domingo da família”. Afastou-se há dois anos, mas manteve a aura de ídolo da TV.

Alguns bordões e títulos de seus quadros entraram para a linguagem popular, como “abrem-se as portas da esperança”, “calçar as sandálias da humildade”, “topa tudo por dinheiro”. E “Boa noite, Cinderela”, hoje metáfora de um crime.

Pouco se disse sobre o relacionamento de Sílvio Santos – e por conseguinte, da emissora – com o jornalismo. Em depoimento à Agência Brasil, Albino Castro, que trabalhou por 12 anos no SBT, ressalta sua “visão jornalística interessante, […] misturada com linha de show. Ele concebia o jornalismo também como alguma coisa espetacular, extraordinária”.

Castro prossegue: mudou a forma como o telejornal era montado, baseado nos jornais impressos, dividido em seções ou editorias. Sílvio Santos reclamava dos redatores porque faziam um roteiro muito igual ao jornal impresso. Dizia que se podem misturar todas as notícias, como na capa de um jornal. Não é preciso dividir em editorias: esporte, internacional, economia. Isso foi implantado no SBT e depois ganhou espaço em todas as emissoras.

Concebeu ainda outras inovações. Entre elas, a criação do primeiro telejornal com uma mulher como âncora, com Lillian Witte Fibe no Jornal do SBT, e no programa policial Aqui Agora. Este último foi um precursor do jornalismo policial, hoje presente em todas as emissoras, mesmo que não com tal exclusividade. Criou o primeiro telejornal no Brasil com a presença de um âncora, com o Telejornal Brasil, ou TJ Brasil, com Boris Casoy, que, além de apresentar o jornal, comentava e analisava as notícias.

Mas nem tudo eram flores no jornalismo do SBT. Como no entretenimento, Sílvio Santos mexia na grade e mudava os horários. Em poucas ocasiões, chegou a eliminar os telejornais da programação, sem aviso prévio nem maiores explicações. Numa dessas vezes, o pessoal da Redação chegou a comentar para o Jornalistas&Cia: “Até o Comercial reclamou, porque Jornalismo era o mais fácil de vender”.

Agora, com a morte, ele faz parte da história da televisão brasileira.

Abraji e Brasil.IO lançam cursos sobre eleições e jornalismo ambiental

Abraji e Brasil.IO lançam cursos sobre eleições e jornalismo ambiental
Crédito: José CruzAgência Brasil

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Brasil.IO estão oferecendo cursos sobre eleições e jornalismo ambiental. A iniciativa selecionará 60 jornalistas para participarem de formações que contarão com cinco sessões. A primeira, aberta ao público, será transmitida ao vivo no canal do YouTube da Abraji nesta quarta-feira (21/8), das 19h às 20h30.

Os cursos abordarão métodos para coletar e cruzar informações sobre candidatos nas eleições, técnicas para encontrar dados sobre mudanças climáticas em municípios brasileiros, como emissões de gases de efeito estufa, e o desenvolvimento de roteiros de investigações baseadas em evidências, utilizando ferramentas como o CruzaGrafos. O formulário de inscrições será divulgado na quinta-feira (22/8) nas redes sociais da Abraji.

A seleção priorizará profissionais de diferentes biomas brasileiros. Como Cerrado, Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Zona Costeira, considerando critérios como gênero, etnia, raça, região e experiência mínima em jornalismo ambiental ou político. Essa ação faz parte de um projeto da Earth Journalism Network para aprimorar o CruzaGrafos em temas de biodiversidade.

Mais informações estão disponíveis aqui.

J&Cia 29 anos: Especial de aniversário fará um mergulho na mídia brasileira liderada por jornalistas negros e negras

J&Cia 29 anos: Especial de aniversário fará um mergulho na mídia brasileira liderada por jornalistas negros e negras

Jornalistas&Cia completará 29 anos no final de setembro e dedicará a edição de aniversário a uma causa que abraçou há alguns anos: a presença dos negros no jornalismo brasileiro. Desta vez, o objetivo é mostrar, de forma inédita, a força do empreendedorismo entre os jornalistas negros e negras do Brasil, que criaram e lideram seus próprios veículos, em diferentes áreas de atuação, abrindo janelas de oportunidades para seus pares e ampliando a ainda tímida diversidade nos meios jornalísticos.

Aliás, quem fará a reportagem é um desses empreendedores: Rosenildo Ferreira, criador e diretor do site 1 Papo Reto e que por vários anos atuou na grande imprensa (IstoÉ Dinheiro, Agência JB e Gazeta Mercantil).

“Será, de certo modo, o desdobramento e a continuidade de três projetos já liderados por Jornalistas&Cia”, diz o diretor e publisher Eduardo Ribeiro. O primeiro projeto, ele lembra, de grande importância para todo o ecossistema do jornalismo brasileiro e para a mensuração da questão racial na imprensa, foi o Censo Racial da Imprensa Brasileira, realizado em 2021 em parceria com o Instituto Corda e que confirmou, com números e informações consistentes, a desigualdade presente nas redações brasileiras. O segundo, foi o projeto Diversifica, apoiado pela Meta, também de 2021 e que se estendeu até 2022, debatendo com colegas das respectivas comunidades jornalísticas os caminhos e descaminhos da implementação da efetiva diversidade no jornalismo do Brasil. E o terceiro, de 2023, e que está sendo repetido este ano, é o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, fruto de parceria com os sites Neo Mundo e 1 Papo Reto e com a Rede JP (Jornalistas Pretos) pela Diversidade na Comunicação, que teve cerca de 40 veículos indicados para a disputa.

O especial de aniversário já tem confirmadas as participações das marcas Ambev, B3, Banco Itaú, Baobá, Dow, FSB, GBR, GPA, RPMA, Textual, Vivo e XP Inc.. Informações com Silvio Ribeiro ([email protected]).

Fenaj realiza em novembro o 1º Encontro Nacional de Mulheres Jornalistas

Fenaj realiza em novembro o 1º Encontro Nacional de Mulheres Jornalistas

A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) realizará em 9 de novembro o 1º Encontro Nacional de Mulheres Jornalistas. Em formato híbrido, está sendo preparado pela Secretaria de Gênero, Raça e Etnia da entidade, juntamente com a Comissão Nacional de Mulheres Jornalistas. A ideia é promover um debate sobre condições de trabalho e diferenças salariais.

A parte presencial será realizada em São Paulo, no auditório do Sindicato dos Jornalistas, que apoia institucionalmente a iniciativa. A expectativa é que o evento reúna 200 jornalistas, comunicadores, estudantes de Jornalismo e demais interessados, sendo 100 vagas presenciais e outras online, pela plataforma Zoom. Serão três painéis de debate e uma reunião da Comissão Nacional de Mulheres. As inscrições devem ser abertas em setembro.

“Se somos a maioria da categoria, precisamos ter pautas específicas, além de maior participação dentro da estrutura sindical”, declarou Samira de Castro, presidente da Fenaj.

Abertas as inscrições para o 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

Abertas as inscrições para o 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

Estão abertas as inscrições para a oitava edição do Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que acontecerá pela primeira vez no Nordeste. Organizado pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA), em parceria com Instituto Eco Nordeste e Instituto Envolverde, e apoio da Unifor, o evento tem como objetivo promover discussões entre estudantes e profissionais para fortalecer o jornalismo ambiental.

O congresso será realizado de forma híbrida e gratuita nos dias 19, 20 e 21 de setembro, no campus da Universidade de Fortaleza (Unifor). A programação inclui mesas de debate e oficinas, que abordarão temas como a cobertura do desastre no Rio Grande do Sul, jornalismo ambiental nos meios digitais e os desafios do jornalismo independente, investigativo e sem fins lucrativos.

Entre os palestrantes confirmados estão André Trigueiro (Globonews), Afra Balazina (Fundação SOS Mata Atlântica), Dal Marcondes (Envolverde), Kátia Brasil (Amazônia Real), Maristela Crispim (Eco Nordeste), Paulo André Vieira (((o))eco), Samira de Castro (Fenaj), Sérgio Xavier (Fórum Brasileiro de Mudança do Clima − FBMC), e Stefano Wrobleski (InfoAmazonia).

A programação completa e as inscrições estão disponíveis aqui.

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Projeto Amazon Underworld vence Online Journalism Awards 2024

O prêmio Online Journalism Awards anunciou os vencedores da edição de 2024. Entre os premiados, de diferentes regiões de todo o globo, está o Amazon Underworld, projeto investigativo colaborativo conduzido por InfoAmazonia, do Brasil; La Liga Contra el Silencio, da Colômbia; e Armando.Info, da Venezuela. O projeto venceu a categoria Prêmio Al Neuharth de Inovação em Jornalismo Investigativo, em Redação Pequena.

O Amazon Underworld, que reúne mais de 30 jornalistas de 11 países, investigou e mapeou a presença de grupos armados e economias ilícitas nas regiões de fronteira de seis países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Como resultado do trabalho, o projeto criou um mapa interativo sobre o tema. Vale lembrar que o Amazon Underworld também venceu o Prêmio Gabo 2024 na categoria Cobertura.

Outro vencedor latino-americano foi o projeto “Tráileres, trampa para migrantes” (“Caminhões de carga: uma armadilha para migrantes”), premiado na categoria Excelência em Colaboração e Parcerias. O trabalho revelou um perigoso esquema de tráfico humano do México aos EUA. O projeto foi liderado pelo Noticias Telemundo e pelo Centro Latino-Americano de Jornalismo Investigativo (CLIP), com a colaboração de Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), Bellingcat e veículos locais como Pie de Página, Chiapas Paralelo e En un 2×3 Tamaulipas (México), Plaza Pública (Guatemala) e Contracorriente (Honduras).

Jornalista é condenado por dizer que Leila Pereira “apoiou explicitamente” o fascismo em 2022

Jornalista é condenado por dizer que Leila Pereira
Leila Pereira (Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Paulo Cezar de Andrade Prado, do Blog do Paulinho, foi condenado a pagar uma indenização por danos morais a Leila Pereira, presidente do Palmeiras. O jornalista terá que pagar uma quantia de R$ 20 mil por ter escrito, em 2022, que Leila teria utilizado o Palmeiras para tentar reeleger Jair Bolsonaro. Ainda cabe recurso. A informação é de Rogério Gentile, do UOL.

No texto em questão, o jornalista escreveu que Leila deu um “apoio explícito ao fascismo” na eleição presidencial de 2022 e que a empresária “explora os cidadãos mais pobres, cobrando empréstimos que chegam a 23% de juros ao mês”. Além da indenização, Paulinho foi condenado a retirar a reportagem do ar.

Na ação, Leila declarou que sentiu sua honra ferida e que o jornalista ultrapassou todos os limites da liberdade jornalística fazendo “graves e infundadas acusações”. Na decisão, a juíza Fernanda Nara afirmou que “há nítida distorção dos fatos na veiculação da matéria, com objetivo sensacionalista”. Segundo a magistrada, Paulinho fez ofensa direta e gratuita a Leila Pereira, sem apresentar provas para sustentar o que foi escrito.

Procurado pela reportagem do UOL, Paulinho declarou que vai recorrer da decisão: “Tudo o que disse na matéria, principalmente a utilização do Palmeiras pela Leila Pereira para fazer campanha ao Bolsonaro, é a mais pura expressão da verdade. Mantenho e me orgulho de ter escrito”, disse ao UOL.

Prêmio Vladimir Herzog anuncia Premiados Especiais de 2024

Prêmio Vladimir Herzog anuncia Premiados Especiais de 2024

A organização do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos anunciou os homenageados que receberão o Prêmio Especial em 2024: As jornalistas Flávia Oliveira e Gizele Martins e a Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro.

Segundo a premiação, as escolhas para o Prêmio Especial se basearam na contribuição das jornalistas e da rede para o jornalismo brasileiro atual, principalmente no que diz respeito à “diversidade, inclusão, pluralidade de vozes e de causas, e defesa do direito à informação e na democratização do acesso à comunicação”.

Flávia Oliveira é colunista do jornal O Globo e comentarista da GloboNews e da CBN. Atua também no podcast Angu de Grilo, com sua folha, a também jornalista Isabela Reis. Venceu diversos prêmios ao longo da carreira, como o Esso em 2001 na categoria Melhor Contribuição à Imprensa pela série de reportagens Retratos do Rio. Em 2003, recebeu o Prêmio Elizabeth Neuffer da Associação dos Correspondentes da ONU pela série de reportagens sobre desenvolvimento humano junto com Luciana Rodrigues. Em 2023, esteve na lista dos TOP 10 +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, realizado pelo Jornalistas&Cia e este Portal dos Jornalistas.

Gizele Martins é jornalista, comunicadora comunitária e pesquisadora. Fez mestrado em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas na UERJ. É articuladora da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadoras/es e desde 2020 atua na Frente de Mobilização da Maré. Integra também a Coalizão de Mídias Periféricas, Faveladas, Quilombolas e Indígenas, formada em 2023 por 11 organizações de mídia. É autora do livro Militarização e censura – a luta por liberdade de expressão na Favela da Maré, de 2019.

E a Rede Wayuri de Comunicadores Indígenas do Rio Negro é um coletivo de mídia popular criado em 2017 formado por cerca de 30 comunicadores das etnias Baré, Baniwa, Desana, Tariana, Tuyuka, Piratapuia, Tukano, Wanano, Hup’dah, Yanomami e Yeba Masã. A rede produz notícias semanais que são disponibilizadas para as 750 comunidades indígenas das terras demarcadas do Baixo ao Alto Rio Negro, nos municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

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