O misto de cantor, ator e declamador Jackson Antunes certa feita me contou da primeira vez na vida em que pegou um avião, de Minas, sua terra, para o Rio, ainda nos tempos em que nos aviões havia o que comer, sem as misérias de hoje. Uma aeromoça dele se aproximou para servi-lo. Ele ficou contente. Depois limpou a boca com um guardanapo, chamou a aeromoça e metendo a mão no bolso perguntou: ? Quanto é? A aeromoça riu, dizendo que não era nada, sem imaginar que Jackson estava à frente do tempo. Cultura Popular nº 5, com Câmara Cascudo, já está no site de J&Cia q A quinta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que circulou na última 2ª.feira (3/9), reproduzindo a entrevista que o etnógrafo, etnólogo, antropólogo, historiador, romancista, poeta e, principalmente, último grande pesquisador da cultura popular brasileira Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) deu a Assis Ângelo para o suplemento Folhetim nº 103, da Folha de S.Paulo, em 7/1/1979, também pode ser conferida em www.jornalistasecia.com.br.
Clóvis Rossi e José Hamilton Ribeiro debatem sobre diploma
Com posição histórica contra a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, a Folha de S.Paulo abriu espaço ao tema na seção Tendências/Debates na edição do último sábado (1°/9). Deu a palavra a dois dos principais nomes do jornalismo brasileiro, um contra (Clóvis Rossi, no texto Verbos que não se ensinam) e outro a favor (José Hamilton Ribeiro, em Que jornalista é esse?). Clóvis, em seu artigo, considera que as noções básicas para um bom exercício da profissão não são ensinadas em faculdade: ?Pode, sim, desenvolver o talento, de todo modo natural, para contar histórias. Mas qualquer faculdade pode fazê-lo, acho?. Ele mesmo formado em Jornalismo, cita dois profissionais sem formação acadêmica que são considerados os melhores em suas áreas: ?(…) aprendi mais, na prática, com [Ricardo] Kotscho, [Cláudio] Abramo e tantos outros sem diploma do que na faculdade?. E encerra defendendo que o ideal é um candidato a jornalista ser formado em qualquer outra área sobre a qual deseja especializar-se e depois aprender, na prática, os requisitos básicos da profissão. ?Mas é de uma presunção absurda supor que só faculdades de Jornalismo ensinam ética?, finaliza. Já Zé Hamilton vai direto na jugular dos detratores do diploma, veículos de comunicação inclusos: ?A universidade brasileira, que deveria estar entre as dez melhores do mundo (…) não aparece nem entre as cem. Num país assim, tão atrasado e carente, ser contra escola de Jornalismo, qualquer escola, é cinismo ou má intenção?. A seguir, critica argumentos recorrentes ? como o de ser ?entulho autoritário? da ditadura ? e revê a decisão do STF: ?Liberdade de expressão tem a ver com partidos políticos livres, as pessoas poderem se unir em sindicatos e associações (…). Nada a ver com requisitos para ingresso numa profissão, como de advogado, jornalista e médico?. Recupera os dados de uma pesquisa de 1997 sobre a existência de 19 jornalistas sindicalizados e analfabetos em São Paulo ? muitas vezes por terem ?rolado? na profissão a partir de um trabalho braçal na distribuição, por exemplo, até chegarem à fotografia ? e termina com a pergunta: ?Qual jornalista é melhor para um País que um dia quer ser sério, desenvolvido??.
José Roberto Nassar assume Economia do Diário do Comércio
José Roberto Nassar aceitou convite do diretor de Redação do Diário do Comércio Moisés Rabinovici e será o novo editor-chefe de Economia do jornal. Apresenta-se dentro de alguns dias, após concluir alguns trabalhos em que vinha atuando. O acordo foi sacramentado em um almoço em 31 de agosto. Nassar sucederá a Estela Cangerana, que estava no jornal desde 2001 e o deixou na última semana (além do cargo atual, que ocupava havia seis anos, ela foi repórter de Variedades, passando depois por Cidades, Nacional, Conjuntura Econômica, Finanças e Comércio Exterior, aí já no posto de editora). Nassar esteve por vários anos na Editora Globo e ali foi o responsável pelo lançamento de Época, o mais ambicioso projeto editorial da empresa, permanecendo à sua frente no período inicial. Esteve, depois, na Gazeta Mercantil, no posto de editor sênior.
Rocco prepara novo lançamento sobre Clarice Lispector
A Rocco prepara para novembro o lançamento de Clarice na cabeceira ? Jornalismo, coletânea de textos, alguns inéditos, de Clarice Lispector. É parte da série que já editou os volumes Contos e Crônicas, organizados por Teresa Monteiro, e Romances, por José Castello. Agora a responsável é Aparecida Maria Nunes, que também escreveu Clarice Lispector jornalista, em 2006. Entre os trabalhos poucos conhecidos estão a primeira entrevista que ela fez em sua carreira jornalística, com Tasso da Silveira, em 1940, e a última, com Flora Morgan Snell, em 1977. Inclui ainda conversas com Elke Maravilha, Maysa e Sarah Kubitschek. Em 2007, a editora já havia lançado Clarice Lispector ? Entrevistas, em que há depoimentos de Elis Regina, João Saldanha, Nelson Rodrigues e Vinícius de Moraes, entre outros.
Anúncios homofóbicos em jornais repercutem na internet
O grupo religioso Pró-Vida PE publicou nos jornais desta 3ª.feira (4/9) anúncios polêmicos nos quais defendeu, entre outras coisas, a proibição da entrada de homossexuais no estado. Na Folha de Pernambuco, a peça chamada ?Pernambuco não te quer? condenava prostituição, turismo sexual, pedofilia e, junto com elas, o homossexualismo. Por este último, muitos leitores e internautas condenaram não apenas o grupo, que se denomina católico, como também o próprio jornal. A Folha respondeu logo cedo pelo facebook: ?Erramos! Pedimos desculpas e garantimos que tal episódio não se repetirá. Sobre o anúncio publicitário (…), a Folha de Pernambuco afirma que seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do jornal, cuja prática sempre foi a de divulgar e promover todas as ações que esclarecem e propagam a tolerância e o respeito aos direitos humanos. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha construiu um histórico de respeito aos seus leitores, focado na promoção aos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com a qual o jornal mantém diálogo constante. Reconhecemos como dever assegurar o respeito ao próximo e não tolerar qualquer tipo discriminação, seja ela racial, religiosa ou sexual?
Grupo Estado inicia 23º Curso de Focas
O Grupo Estado iniciou nesta 2ª.feira (3/9) a 23ª edição do Curso Estado de Jornalismo, o Curso de Focas. Até meados de dezembro, 30 jovens profissionais participarão em período integral do dia a dia das redações e de aulas complementares à formação acadêmica, com cursos de Política, Economia, Português e Filosofia, entre outros. Integram a lista de aprovados desta edição: Aline Vieira Costa, André Cabette Fábio, Auber Silva Pereira Filho, Bárbara Ferreira Santos, Beatriz Farrugia Foina, Breno Lemos Pires, Clarice de Oliveira Cudischevitch, Danielle Villela de Carvalho Lima, Diego Cardoso, Érica Teruel Guerra, Fernando de Azevedo Otto, Gustavo Costa Foster, Isabela Constance Lamster, Júlio Ettore Suriano do Nascimento, Luciano Bottini Filho, Luísa Ferreira Melo, Luiza Dias Vieira, Marcio Dolzan, Mateus Magalhães Coutinho, Monica Pretto Reolom, Murillo Ferrari, Murilo Bomfim Lobo Braga, Pedro Augusto de Oliveira Proença, Rafael Sousa Muniz de Abreu, Renato Farias Vieira, Ricardo Zeef Berezin, Taisa Sganzerla de Santana, Thiago Mattos Batista, Thomás Mayer Petersen e Victor Vieira de Andrade.
Fernando Pedroso começa no Máquina, do Agora SP
Fernando Pedroso começou no caderno Máquina, do Agora São Paulo, na vaga de Alessandro Reis, que deixou a empresa. Fernando trabalhou no iCarros e teve passagem pelo WebCasas, site imobiliário do Banco Santander, antes de chegar ao Grupo Folha. Enquanto aguarda a criação do e-mail corporativo, seu telefone é 11-3224-3106. A equipe conta, ainda, com a repórter Anamaria Rinaldi (3224-3912 e anamaria.rinaldi@grupofolha.com.br) e com o editor Eduardo Hiroshi (3224-2133 e eduardo.hiroshi@grupofolha.com.br). Alessandro estava há seis anos no Agora, de onde se despediu oficialmente em 27/8 (2ª.feira). Por lá passou também por Cultura e Cidades, e há quase quatro anos era repórter do Máquina. Como plantonista, também participava do fechamento de Brasil e Mundo, além de eventualmente substituir Hiroshi no fechamento do caderno. Antes passou por Terra, Jornal do Commercio (PE) e Grupo RBS. Seus contatos são 11-97998-1662 e alessandrogilreis@uol.com.br.
J&Cia Memória da Cultura Popular ? O multifacetado Câmara Cascudo
“Um homem é invariavelmente a soma de muitos homens que nele vivem. Esta máxima, que encabeça a página principal do Ludovicus “. Instituto Câmara Cascudo (www.cascudo.org.br), define com muita propriedade quem foi Luís da Câmara Cascudo, foco desta quinta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que reproduz entrevista dele a Assis Ângelo, presidente do Instituto Memória Brasil, publicada no extinto suplemento Folhetim, da Folha de S.Paulo, em 4/1/1979. Etnógrafo, etnólogo, antropólogo, historiador, romancista, poeta e, principalmente, último grande pesquisador da cultura popular brasileira, Cascudo (1898-1986), nasceu, viveu e morreu em Natal, no Rio Grande do Norte, apesar das inúmeras oportunidades de desenvolver sua multifacetada carreira em grandes centros do País.
Considerava-se um provinciano, embora sua obra, que só de livros soma mais de 150 títulos, demonstre exatamente o contrário. O homem que Assis entrevistou por escrito, porque, já na casa dos oitenta anos? , como fazia questão de pronunciar, estava bastante surdo e tinha consciência de seu legado -Dei ao meu país uma bibliografia leal e legítima, porque não foi feita de imaginação e de livros sobre livros, mas do contato direto com o povo?. Mas era, acima de tudo, simples, cordial, brincalhão, irônico.
Sou bem-humorado porque trabalho. Se não trabalhasse, estaria perpetuamente mal-humorado…, explicou ele lá pelas tantas. Para em seguida arrematar: Depois de todas essas minhas respostas afetuosamente dadas a você, você agora vá baixar noutro terreiro…Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular ” O multifacetado Câmara Cascudo”.
Bufalos TV encerra 1ª temporada
Depois de produzir e colocar na rede 13 episódios, o Bufalos TV, de Gerson Campos e Guilber Hidaka, completa sua primeira temporada e comemora mais de 1,2 milhões de visualizações de seus vídeos. A conta inclui acessos via portais (UOL, Yahoo e R7); blogs parceiros (como Jalopnik, Car Place, Autos Segredos e Novidades Automotivas); e youtube e vimeo. O projeto, que começou de forma experimental em abril e foi apresentado oficialmente no final de maio, inovou por contar com um ônibus equipado com redação itinerante e produzir vídeos inusitados, que misturam as tradicionais avaliações de desempenho com relatos de histórias ? às vezes ficcionais, às vezes verídicas. Passearam por modelos como Ferrari California, Audi R8, Chevrolet Camaro, BMW M3 Frozen, Land Rover Evoque, Gol GTi 1994 e Novo Fiat Palio. ?Também contamos a história do Rafael Paschoalin, o primeiro brasileiro a se aventurar em uma das corridas de moto mais perigosas do mundo?, relembra Gerson, citando ainda o ?comparativo? de uma Honda CBR 1000RR com um Mercedes-Benz SLS, num teste de pista fechada; e o curta rodado na Argentina, que incluiu avaliação da nova Ranger. Comemoram, também, conquistas comerciais, já que iniciaram as produções ?na unha? e, posteriormente, fecharam patrocínios com America Parts e Red Bull. Entram, agora, em recesso para planejar a nova temporada, que deve estrear em pouco mais de um mês. Segundo Gerson, uma característica permanece: ?Nós não temos formato. Queremos um formato novo a cada semana. E é isso o que nos move?.
Novo site de ZH permite interação com banco de dados
Zero Hora abriu em seu portal a seção ZH Dados, ferramenta que permite ao leitor interagir com bancos de dados públicos e privados para buscar informações sobre política, educação, esportes, religião e infraestrutura. Já estão disponíveis dados como os da Secretaria Estadual de Segurança Pública, com estatísticas acerca dos crimes envolvendo furto e roubo de veículos em Porto Alegre. Na seção, também é possível buscar e analisar números sobre a diversidade religiosa por município do Estado, os nomes dos Cargos de Confiança (CCs) da Assembleia Legislativa, notas das escolas gaúchas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e até comparar e analisar o desempenho dos clubes na era do Brasileirão de pontos corridos. O novo serviço é alimentado por reportagens feitas a partir de grandes volumes de dados, normalmente organizados em arquivos que podem ser processados via softwares. Chamado jornalismo de dados, é uma tendência do jornalismo digital observada nos principais veículos de comunicação do mundo.