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sexta-feira, julho 25, 2025

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Memórias da Redação – Não deu namoro

A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar (sandro.villar@hotmail.com), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP).

 

Não deu namoro

 

Atores, cantores, jogadores e locutores sempre fizeram sucesso com as mulheres. Alguns casaram com fãs e outros até mantinham haréns. “Eu tinha umas quatro ou cinco por semana, até dispensava mulher”, confessou um locutor paulistano em conversa com o cronista.

Evidente que não pega bem divulgar seu nome, pois os netos poderiam achar que o avô era um tarado. Tal divulgação também poderia resultar em divórcio. O cronista não é detetive particular, esse destruidor de lares, como deve dizer alguma letra de bolero.

Com suas vozes calientes, há locutores que enlouquecem as mulheres. Vai daí que elas não se cansam de telefonar para as rádios a fim de marcar encontros amorosos com seus ídolos, dos quais, na maioria das vezes, só conhecem a voz e têm a curiosidade de conhecê-los pessoalmente. Na sua polêmica entrevista à revista Playboy, o Tutinha, diretor da Jovem Pan FM, disse que tem sujeito que quer trabalhar no rádio para, digamos, comer mulher, expressão chula pela qual peço desculpas ao respeitável público.

Desculpas, aliás, extensivas ao sexo frágil, que de frágil não tem nada. Mas, entre o grupo citado na primeira linha, lembro que nos dias que correm – não sabemos bem para onde (estamos indo rumo ao desconhecido?) – os jogadores de futebol talvez sejam os preferidos da mulherada na relação amorosa ídolo-fã. Todo mundo sabe que eles são assediados por mulheres chamadas de Marias Chuteiras. Não faz muito tempo, o Flamengo, num ato de vingança contra Ronaldinho Gaúcho, mostrou uma mulher saindo do quarto do jogador em um hotel. E daí? Esquisito seria se do quarto tivesse saído um homem. E mesmo que fosse homem não seria, presumo, de espantar ninguém nestes tempos espantosos.

As Marias Chuteiras não entram em campo. Elas preferem jogar com duas bolas fora do campo e também, neste caso, acho que estou sendo meio chulo e tome de desculpa mais uma vez. Ufa! Confesso que nem sei mais como prosseguir com esta prosa. Prossigo falando do grande locutor-noticiarista Antônio Pimentel, um dos melhores de todos os tempos, lembrando o envolvimento dele com uma fã de voz de veludo, sensual à beça, parecendo a Dita Von Teese. Antes de seguir, lembro que Hélio Ribeiro teria se inspirado em Pimentel e transcrevo o que dois notáveis radialistas e jornalistas falaram do Pimentel.

“Ele tinha uma voz que enchia o rádio”, afirmou Paulo Edson, que trabalhou com ele na Rádio Tupi e com quem narrou, em 1969, a chegada do homem à Lua. “Ele era um locutor de cinema, extraordinário”, resumiu Salomão Esper, da Rádio Bandeirantes, referindo-se aos trailers de filmes e jornais falados do cinema narrados por locutores, como Ramos Calhelha e Gaspar Coelho.

Escalado pelo jornalista Alexandre Kadunc, de saudosa memória, Pimentel, também de saudosa memória, apresentava os jornais falados da Rádio Bandeirantes, salvo engano ainda na sede da rua Paula Souza, centro de São Paulo. Época: entre o fim dos anos 1950 e começo da década de 1960 ? e, por falar nisso, Pimentel noticiou, em 1961 (outro ano perigoso), a renúncia de um certo ex-presidente que também foi, por dois mandatos, o prefeito londrino de São Paulo. Com aquele vozeirão bonito que Deus lhe deu, Antônio Pimentel, sempre humilde, fazia o maior sucesso.

Todo santo dia uma ouvinte telefonava para ele na redação da rádio. Com voz melíflua, como diz o Salomão Esper, a mulher se abria mais que paraquedas em Vacatuva ? quer dizer, Boituva ? e, assanhada, já na primeira conversa propôs um encontro com o locutor. As ligações continuaram por pelo menos um mês. Haja conversa erótica! Pimentel deu trela à fã misteriosa e como não era de ferro, ao contrário do nosso companheiro Clark Kent, concordou em se encontrar com ela, que certamente imaginou ser um avião. Marcaram a data, combinaram de se encontrar na praça da República. Dizem que ele vestiu a melhor roupa, calçou o sapato mais bonito, enfim, se produziu para o encontro marcado e, se a expressão lembra Fernando Sabino, a intenção é essa mesmo.

O locutor chegou à praça e esperou. Depois de algum tempo, apareceu um colega da rádio, redator dos noticiários. Surpreso, Pimentel perguntou: ?O que você está fazendo aqui?? Mudando a voz, o rapaz falou: ?Não reconhece a minha voz??  Era ele que fingia ser a fã misteriosa, que da própria redação, escondido e imitando voz feminina, ligava pro Pimentel. Mais irritado que a Fifa com o Brasil por causa do atraso nas obras da Copa do Mundo, o locutor avançou sobre o jornalista, que saiu em disparada pela praça. ?Era só uma brincadeira?, justificou o colega de trabalho. Eles ficaram um tempão sem conversar. Tudo por causa de um trote que Pimentel não perdoou, pois não deu namoro e nem uma rapidinha depois de gastar mais saliva do que candidato em campanha.

A história que não quer calar

O império de comunicação de Adolpho Bloch ? e a personalidade do carismático capitão de imprensa ? continuam rendendo livros, doze anos após a falência da Manchete. Saíram, em 2008, Rede Manchete: aconteceu, virou história, de Elmo Francforte (Coleção Aplauso, Imprensa Oficial de SP); Os irmãos Karamabloch, de Arnaldo Bloch (Companhia das Letras); e Aconteceu na Manchete/As histórias que ninguém contou, autoria coletiva de ex-jornalistas da Bloch (Desiderata). Em 2010, Felipe Pena lançou Seu Adolpho/Uma biografia em fractais de Adolpho Bloch, fundador da TV e da revista Manchete, pela Usina de Letras. Agora, é a vez de Arnaldo Niskier, que trabalhou 37 anos na Bloch. Nesta 5ª;feira (20/9), ele lançou na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, Memórias de um sobrevivente/A verdadeira história da ascensão e queda da Manchete (Nova Fronteira). Detalhe importante: todos os livros usaram com destaque na arte gráfica da capa as cores e o logotipo da revista que foi o carro-chefe da Bloch durante 48 anos.

Anelise de Oliveira será a nova ?garota do tempo? do SBT

Menos frequente nas telas desde sua saída do telejornal Good News, da Rede TV, em março, Anelise de Oliveira assinou contrato com a emissora de Silvio Santos e será responsável pela editoria e apresentação da previsão do tempo no SBT Brasil. Ela vinha fazendo frilas e trabalhando como mestre de cerimônias nesse ínterim ? um dos eventos que apresentou foi o Mídia.jor, da revista Imprensa. Mestre em Telejornalismo Internacional pela City University de Londres, Anelise ganhou destaque nacional quando fez parte do time de âncoras da BandNews TV, em 2003. Também no Grupo Bandeirantes, apresentou um programa de agronegócios semanal no canal Terra Viva, em inglês, para a RFD Televison, emissora americana. Sua estreia no SBT deve acontecer em dez dias.

De papo pro ar – Medo de avião

O cantador mineiro Téo Azevedo se pela de medo de avião. Certa vez, em 1983, Luiz Gonzaga, o rei do baião, o convidou para participar da gravação de um disco dele. A gravadora, a extinta RCA, providenciou o que era necessário para a viagem, inclusive a passagem aérea. Tudo certo, Téo pegou a passagem e a vendeu. Viajou de ônibus. Da rodoviária pegou um táxi e foi até o aeroporto Santos Dumont, onde havia uma pessoa a esperá-lo, que lhe perguntou se a viagem fora boa etc.. ? Uai! Eu ia responder o quê? A grana da passagem ele torrou com cerveja.   Sérgio Ricardo estará no Cultura Popular nº 6 A sexta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, prevista para circular em 1º/10, enfocará o compositor e instrumentista Sérgio Ricardo, que ganhou renome ao quebrar um violão e atirá-lo ao público que o vaiava no III Festival de Música Popular Brasileira, transmitido pela TV Record, em 1967. Ela trará a entrevista que Sérgio deu a Assis Ângelo em 1991, publicada no nº 13 da revista Memória, do Departamento de Patrimônio Histórico da Eletropaulo. A quinta edição, que reproduz a entrevista que o etnógrafo, etnólogo, antropólogo, historiador, romancista, poeta e, principalmente, último grande pesquisador da cultura popular brasileira Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) deu a Assis para o suplemento Folhetim nº 103, da Folha de S.Paulo, em 7/1/1979, pode ser conferida em www.jornalistasecia.com.br.

Nadja Sampaio leva Defesa do consumidor para a internet

Neste próximo domingo (23/9), O Globo lança o site da coluna Defesa do Consumidor no endereço www.oglobo.com.br/defesadoconsumidor. Existente no impresso há 30 anos, como importante mediadora das reclamações entre leitores do jornal e empresas, a coluna deve aumentar, na versão online, a capacidade de atendimento e prestação de serviço. Com atualização diária, terá vídeos para complementar as matérias, um formulário de reclamações simplificado e links para o acompanhamento das mesmas. Nadja Sampaio, editora da página impressa e online, diz que ?toma conta do botequim inteiro?, com o apoio de Luciana Casemiro na versão para a web. Nadja ressalta as principais diferenças entre as duas mídias: um novo banco de dados, em que a própria pessoa cadastra sua queixa, e a atualização mensal desses dados, antes consolidados anualmente. Na equipe estão Daiane Costa e Luiza Xavier, escrevendo tanto para o papel como para o online. João Vitor Gonçalvez pilota as cartas, como Nadja define. Ela recebe em média 3,5 mil por mês, e todas são respondidas, mesmo que não publicadas. A expectativa é de que a demanda aumente e, para isso, a equipe cresceu. Além de biblioteca com legislação, cartilhas e textos importantes sobre o tema, a página conta com as estatísticas do setor. Editorialmente, existe a preocupação de educar para o consumo: como evitar problemas na hora da compra e como resolvê-los depois. Nadja é autora do clássico Guia da defesa do consumidor, de 2004, e que, na época, teve uma segunda edição devido à grande procura. ?Não se acha nem em sebo, precisei esconder o meu aqui?, diz, com seu conhecido bom humor. Ela e sua coluna também conquistaram em 2004 um Esso de Melhor Contribuição à Imprensa.

Portal supera 3.700 perfilados

Com as inclusões da última semana, já são mais de 3.700 os perfilados no Portal dos Jornalistas. Entre os recém-cadastrados, destaques para o diretor geral da Ejesa Nicolino Spina e para o diretor Editorial do Diário de Mogi Chico Ornellas, criador e coordenador por 22 anos do Curso de Focas do Estadão. Juntam-se a eles profissionais como Eduardo Faustini e Renato Peters (TV Globo), Álvaro Pereira e Alex Gusmão (SBT), Phillip Dântom (RedeTV), André Haar (TV Record/RS), Alexandre Nobeschi (Folha de S.Paulo), Alberto Sena (Hoje Em Dia/MG), Linda Bezerra (Correio da Bahia), Viviane Bevilácqua (Diário Catarinense), Júlia Duailibi (Estadão) e Bruno Garcez (BBC).

Evandro Guimarães é o novo diretor geral do Terra Viva

O vice-presidente do Grupo Bandeirantes Paulo Saad Jafet anunciou em 14/9 Evandro Guimarães como diretor geral do Canal Terra Viva. Evandro fez carreira na TV Globo e foi, por 13 anos, vice-presidente de Relações Institucionais da empresa ? havia saído em novembro último, substituído por Paulo Tonet Camargo. Além do conhecimento em televisão, Evandro é pecuarista e experiente em agronegócio, principal pauta do Terra Viva. ?É uma rara oportunidade podermos ter um profissional desse gabarito entre nós, acredito que para o Canal Terra Viva ? que tem ambiciosos planos de expansão ? sua contribuição será inestimável?, disse Paulo no comunicado.

EBC abre seleção para estagiários em Jornalismo

A EBC iniciou nesta 2ª.feira (17/9) novo processo para seleção de estagiários de Jornalismo em Brasília. As inscrições vão até o dia 28. São 18 vagas, sendo uma para pessoa com deficiência, com carga horária de 20 horas diárias e bolsa-auxílio de R$ 600. Para se inscrever, os interessados devem ler o regulamento (disponível aqui) e acessar a página específica do CIEE, empresa responsável pelo processo de seleção em parceria com a EBC. Os estudantes devem ter cursado mais da metade do curso mas não podem estar no último semestre. A prova é de caráter classificatório e os candidatos serão chamados conforme surgirem as vagas. Os resultados devem ser divulgados em 22/10 e o processo tem validade de seis meses ou até o encerramento do cadastro reserva.

Mudanças na Direção Geral da TV Globo

Em comunicado que divulgou na manhã desta 4ª.feira (19/9), o presidente das Organizações Globo Roberto Irineu Marinho anunciou mudanças na governança corporativa do Grupo e informou que a partir de 1º/1/2013 Carlos Henrique Schroder, diretor geral de Jornalismo e Esportes da TV Globo, será o novo diretor geral da emissora, em substituição a Octávio Florisbal, que seguirá para o Conselho de Administração. Para o lugar de Schroder na DGJE irá Ali Kamel, atual diretor da Central Globo de Jornalismo, cujo substituto será anunciado nos próximos dias. No mesmo comunicado, Roberto Irineu informou que Willy Haas acumulará a Direção de Negócios e de Comercialização, pois a atuação da Área Comercial foi ampliada.

Marília Juste assume a Chefia de Criação da BandNews FM

Marília Juste (ex-G1) acaba de assumir a Chefia de Criação da BandNews FM, vaga que estava aberta desde a ida de Renata Veneri para a Diretoria de Conteúdo da Bradesco Esportes FM. Ao lado da Direção de Jornalismo, terá como missões conduzir o Grupo de Criação Viva Voz, supervisionar a produção editorial, gerenciar a programação, chefiar a equipe de colunistas e o desenvolvimento de talentos. Também vai atuar na concepção e implantação de novos produtos, parcerias, eventos e projetos especiais, fazendo ponte com o Comercial e o Marketing. A emissora anunciou ainda mudanças na operação do noticiário de São Paulo e da rede: Sheila Magalhães assume a Chefia de Pauta e Produção, responsável pela produção da cobertura jornalística; e Bruno Venditti, a Chefia de Exibição, responsável, com os editores-âncoras, pela atualização e gerência de conteúdo tanto no FM como no online. Eduardo Barão segue na coordenação da equipe de Esportes. Com esses três pilares ? Criação, Produção e Exibição ? a emissora pretende aumentar o volume de conteúdo próprio, além de investir na inovação de linguagem e no desenvolvimento de talentos. A emissora tem como diretor de Jornalismo André Luiz Costa.

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