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quinta-feira, julho 10, 2025

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Edição impressa do Diário de Natal deixa de circular

Em comunicado publicado na capa da edição do Diário de Natal desta 3ª.feira (2/10), a direção dos Diários Associados anunciou o fim da versão impressa do jornal. Segundo a nota, ?de acordo com o programa de reestruturação das nossas atividades empresariais no Rio Grande do Norte, vamos priorizar e ampliar a nossa versão eletrônica. Nesse sentido, estamos dando mais ênfase à internet e também às rádios. Tal decisão, aliás, se enquadra na tendência, de amplitude internacional, de se alargar, cada vez mais, as opções eletrônicas, graças aos formidáveis avanços tecnológicos. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos nossos colaboradores, aos parceiros e ao povo potiguar pela atenção que têm dispensado aos nossos veículos, ao longo de muitos anos?. Em fevereiro, os Diários Associados já haviam descontinuado dois importantes jornais paraibanos: Diário da Borborema, que existia havia 55 anos, e O Norte, de 103 anos. O motivo teria sido o forte prejuízo que os títulos vinham acumulando, cerca de R$ 2,5 milhões só em 2011. Naquela ocasião, a empresa também informou que iria concentrar investimentos em outras mídias na região, como internet, tevê e rádio. Em nota, o Sindicatos dos Jornalistas do Rio Grande do Norte lamentou a decisão dos Diários e criticou o fato de os funcionários terem sido informados pela publicação do comunicado, ?mostrando total desrespeito com os que o fazem? (…) “Por se tratar de um número tão alto de demissões, a empresa não poderia ter tomado tal atitude sem comunicar ao sindicato e ao Ministério do Trabalho”. Por isso, entidade protocolou pedido de mediação de urgência no Ministério do Trabalho para que a posição do Diário de Natal seja analisada.Última capa da versão impressa do Diário de Natal,publicada nesta 3ª.feira (2/10)

As duas guerras de Vlado Herzog chega às livrarias

Nas 400 páginas de As duas guerras de Vlado Herzog (Civilização Brasileira), que chega esta semana às livrarias, Audálio Dantas conta a história das duas guerras vividas por Vlado Herzog: a primeira, na infância, quando fugiu dos nazistas que haviam invadido a Iugoslávia; e a segunda, já adulto, durante ditadura militar brasileira, que o mataria em 1975. A vontade de escrever o livro ficou contida desde o culto ecumênico em homenagem a Herzog, em 31/10/1975, na catedral da Sé, em São Paulo: ?Aquele momento nunca saiu da minha mente. Ele está permanentemente gravado porque marcou a história do Brasil. Tínhamos dado a informação de que a desordem interessava a eles [militares], não à sociedade?. Em 2005, 30 anos após o episódio, Audálio decidiu que era tempo de colocar aquela ideia em prática. ?Este livro é a tentativa de reconstituição de um tempo ruim. Centrado nos tumultuados dias de outubro de 1975, quando a fúria dos agentes do lado mais escuro da ditadura militar golpeou a fundo a categoria dos jornalistas, ele mostra os acontecimentos do ponto de vista de quem os viveu intensamente. Eu, por exemplo, que não tenho dúvida de que aqueles foram os dias mais angustiantes da minha vida?, diz em trecho da obra. O ponto de partida de As duas guerras de Vlado Herzog é a fuga da família Herzog de Banja Luka, na Iugoslávia, para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Parte da família que ficou para trás foi exterminada em campos de concentração. Vlado e seus pais ? Zigmund e Zora ? chegaram aos Brasil às vésperas do Natal de 1946, com sonhos de uma vida melhor longe da guerra de devastara seu país de origem. Audálio conta a história da infância de Vlado a partir de uma carta escrita por Zigmund, em 1972. ?Resolvi fazer um plano do livro diferente, que não se fixasse na episódio da morte. Quis fazer no livro uma pequena biografia de duas fases da vida de Vlado: uma dele menino e outra na fase adulta no Brasil?, conta Audálio. Em outro trecho da obra, ele diz que ?escrever este livro significa reviver um pesadelo. Nos pesadelos, os momentos de maior angústia persistem na memória?. E completa: ?Muito da história que insistem em manter na sombra é aqui contada por pessoas que viveram os longos anos de opressão da ditadura e são testemunhas dos fatos ocorridos durante os dias tumultuados de outubro de 1975. Depoimentos de quase meia centena de pessoas foram registrados para este livro. Todos os jornalistas que passaram pelo DOI-Codi, antes e depois da morte de Vlado, foram entrevistados. Foram ouvidos diretores do Sindicato e personalidades que tiveram participação relevante no episódio?. Na época, Audálio Dantas era presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Foi o próprio Sindicato, que, no dia seguinte à morte de Vlado, denunciou o ocorrido como assassinato e responsabilizou o Estado pela morte do jornalista. ?Vlado foi o 12º jornalista sequestrado naquele período. E denunciamos um a um, desde o primeiro. Claro que com ele foi mais grave, porque resultou em morte. No dia seguinte à notícia ? quando ainda não havia sido divulgada a foto dele morto na prisão ? emitimos nota responsabilizando o Estado pela morte. Dois pontos foram fundamentais para a repercussão dessa nota: o primeiro foi que a responsabilidade pela morte do preso que estava em poder das autoridades era, sim, do Estado, independentemente das circunstâncias dessa morte; o segundo, foi que havia um convite para o velório do Vlado, o que não era comum. Na época, as pessoas que morriam vítimas de confrontos policiais, suicídio etc. eram enterradas sem barulho. Vlado foi a primeira vítima da ditadura a não ser enterrada em silêncio?, conta. Audálio completa dizendo que a principal missão do livro é ressaltar a importância do papel do Sindicato na luta contra a ditadura: ?O Sindicato deu passos ousados. Destaco entre eles a elaboração de um documento, intitulado Em nome da verdade, no qual se contestavam ? com apoio de advogados ? as conclusões do inquérito sobre a morte de Herzog, cujo objetivo era provar um suicídio que não existiu. Esse documento circulou em redações de vários estados e reuniu 1.004 assinaturas, além de dinheiro para que o publicássemos como matéria paga. Apenas O Estado de S. Paulo publicou?. ?A sensação agora é semelhante a que eu tive em 31/10/1975, quando desci as escadarias da Sé: de alívio, de dever cumprido. Com este livro, pago uma dívida comigo mesmo?.SERVIÇO Lançamento do livro As duas guerras de Vlado Herzog, de Audálio Dantas   São Paulo Data: 16/10 (3ª.feira) Horário: 19 horas Local: Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (rua Rego Freitas, 530 – sobreloja)Data: 23/10 (3a.feira)Logo após a entrega do Prêmio Vladimir HerzogLocal: TUCA (rua Monte Alegre, 1024) Rio de Janeiro Data: 25/10 (5ª.feria) Horário: 20 horas Local: Livraria Travessa do Shopping Leblon (av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º piso)*Haverá lançamento também em Presidente Prudente (SP), dia 27/10, e em Vitória (ES), dia 30 de outubro.

Apesar da crise européia, Salão de Paris credencia 13 mil

O Salão de Paris abriu ao público, oficialmente, no último sábado (29/9) e assim permanece até 14 de outubro, mas jornalistas de todo o mundo já estão no Mondial de L?Automobile desde 4ª.feira (26/9) conferindo as novidades do evento que, mesmo em ano de crise europeia, promete ser grande: 96 mil m2 que esperam receber 1,5 milhão de pessoas para assistirem à mostra de 270 marcas e mais de cem lançamentos. Foram credenciados 13 mil profissionais de 103 países. Entre os brasileiros, passaram pela Porte de Versailles Anelisa Lopes, Guilber Hidaka e Rodrigo Vasconcellos (iCarros); Benê Gomes, Guilherme Greghi e Marcello Sant?Anna (Auto+ TV); Claudio Luis de Sousa e Murilo Góes (UOL Carros); Daniela Fernandes e Paulo Ricardo Braga (Automotive Business); Eduardo Hiroshi (Agora SP); Fernando Valeika e Joaquim Oliveira (em colaboração com a Quatro Rodas); Gustavo Henrique Ruffo (Car and Driver); Igor Veiga (O Tempo); Jason Vogel (O Globo); Joaquim Rocha (Zap Carros); Luís Perez (Car Press e J&Cia Auto); Marcelo Monegato (Diário do Grande ABC); Paulo Cruz (Auto News TV); Priscila Dal Poggetto (G1); Ricardo Sant?Anna (revista Auto Esporte); Ricardo Meier e Sueli Osório (iG); Roberto Massignan Filho (Gazeta do Povo) e Roberto Nunes (A Tarde). 

Agência Pública vai transmitir 12 entrevistas de Julian Assange

A Agência Pública fez uma parceria com o WikiLeaks e a produtora australiana Journeyman Pictures e a partir desta 4ª.feira (3/10) vai transmitir todas as semanas, às 18h, em seu site (http://apublica.org), os 12 episódios da série O Mundo Amanhã, na qual Julian Assange entrevista pensadores, ativistas e líderes políticos em busca de ideias que podem mudar o mundo. Entre os entrevistados estão Noam Chomsky, Tariq Ali, o líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah e o novo presidente da Tunísia Moncef Marzouki, além do presidente do Equador Rafael Correa, na histórica entrevista em que os dois se aproximaram antes do pedido de asilo na embaixada em Londres. Os episódios foram transmitidos pela emissora russa RTV e na Itália pelo L´Expresso. No Brasil, ainda não haviam sido legendados para o português. Para essa exibição, a Pública vai montar uma rede nacional de sites, blogs e comunidades online que queiram reproduzir os episódios simultaneamente. Quem quiser participar dessa rede ? que vai receber os episódios sob embargo meia hora antes do horário marcado ? deve enviar um e-mail para contato.publica@gmail.com com o título O Mundo Amanhã, afirmando seu interesse e se comprometendo a publicar todos os capítulos. 

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais:   São Paulo: Luís Cosme, editor-chefe do Jornal da Record, e Adriana Freitas, de Internacional, estão agora no Domingo Espetacular. Sandro Moreira entra no lugar de Adriana como coordenador dos escritórios internacionais. No mesão do JR, além do chefe de Redação Thiago Contreiras, ficaram os editores-executivos Patricia Rodrigues, Marco Nascimento e Helio Matosinho. Leandro Calixto chega do SBT para integrar o time de produtores do telejornal.Houve cerca de dez baixas na equipe editorial do iG nos últimos dias. Embora não tenha conseguido confirmar os nomes dos que saíram, Jornalistas&Cia apurou que o motivo foi uma adequação ao novo orçamento, pois havia em curso um plano de atingir o breakeven do Jornalismo em dezembro, mas os novos controladores decidiram não esperar até lá e fizeram os cortes necessários para atingir já o equilíbrio orçamentário.Paula Bonelli deixou a coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, no Estadão, e começou como repórter da revista Poder, de Joyce Pascowitch. No lugar dela na coluna entra Thaís Arbex, que estava na Veja.com.Ainda por lá, Roger Marzochi deixou a Agência Estado após sete anos como editor-assistente do agora chamado Estadão Conteúdo. Ele ? que pilota um blog sobre música (rogermarzochi.blogspot.com) ? teve passagens, entre outros, por Diário do Povo (Campinas), Folha de S.Paulo e Jornal da Tarde, além de assessorias de imprensa. Seus contatos são roger_marzochi@hotmail.com e 11-99391-1883.O correspondente da RedeTV na Argentina Jacques Gomes Filho está assumindo o recém-criado posto de repórter-piloto da emissora. Com habilitação para operar aeronaves, ele viajará por diversos lugares do Brasil e produzirá uma série de reportagens para o programa Good News, que vai ao ar às 5as.feiras, a partir das 22h30.   Distrito Federal: Leandro Mazzini e Vasconcelos Quadros chegaram recentemente à equipe do Jornal de Brasília. Ambos têm passagens por Jornal do Brasil. Leandro, que assume a coluna Esplanada, foi titular do Informe JB, além de ter trabalhado, entre outros, em Correio do Brasil e Gazeta Mercantil. Já Vasconcellos, com passagens pelas sucursais Brasília e São Paulo do JB, entrou como repórter especial. Ainda em Política, registro para a transferência do repórter Francisco Duarte, vindo de Cidades, que tem como nova editora Marina Cardozo, promovida.  Na mudança, ela abre vaga para a promoção de Suelene Teles, que vai para sub. Marina entra no lugar de Nelza Cristina, que deverá ser igualmente promovida para outro cargo, ainda não anunciado. Em Cultura, assume o editor Michel Toranaga, que já era da equipe, assim como o novo editor de Fotografia, Josemar Gonçalves.De saída da sucursal da Exame, Renata Agostini começa em 1º/10 na Folha de S.Paulo. Na revista desde 2009, Renata trabalhou no Rio e em São Paulo. Em 2011, deixou a publicação para morar em Nova York, e na volta ao Brasil, em junho, retornou à publicação para cuidar da área de Negócios na Capital Federal. Ela também atuou na Veja, além de ter sido editora e produtora da GloboNews.Fernanda Padilha e Ana Carolina Laurindo começaram na produção do Brasil Urgente, da TV Bandeirantes. Fernanda substitui Osama Husni, e Ana, Maresa Omena.   Minas Gerais: Marcos Maracanã, que apresentava o Brasil Urgente na Band TV local, é o mais recente contratado da Record Minas. Ele ainda não tem horário na grade de programação da nova emissora. 

Ricardo Giuliani e Gustavo Machado lançam obra sobre política do RS

O jornalista Gustavo Machado e o advogado Ricardo Giuliani Neto lançam Não somos tão bacanas assim: uma conversa sobre a política que preferimos calar (Dublinense, 160 pág.). No livro, Machado (ex-Correio do Povo) conduz Giuliani na missão de expor seu ponto de vista sobre fatos polêmicos da política riograndense, incluindo sua trajetória no PT. ?Sou um entre os milhares de brasileiros que participaram do movimento de fundação do PT. Só mais um! Do ponto de vista que entendo como correto na política, o PT naufragou, ou por outra, naufragaram o PT. Um naufrágio diferente, paradoxal, daqueles em que os ratos não abandonam o navio, naufragaram os passageiros; uns atirados do convés, outros, afogados nas próprias regurgitações geradas pela violência do que viam. Entre tantos ratos, felizmente, há muitos bons e honestos passageiros tentando manter a embarcação. Meu estômago é fraco, detesto ratos e me joguei ao mar?, relata Giuliani em um trecho do livro. As memórias são contadas a partir da vivência dele na Assembleia Legislativa, durante o governo de Antônio Britto, e na Casa Civil, no governo Olívio Dutra. A função de Machado na obra é, essencialmente, provocar Giuliani, que não se encabula ao falar de nomes de destaque na política gaúcha, como Pedro Simon e Tarso Genro. Os autores analisam os últimos 20 anos no Estado e contam bastidores de situações marcantes, como a CPI da Casa da Cidadania. ?É que na CPI da Casa da Cidadania, ou do Jogo do Bicho, havia gente no governo que achava que poderia tocar no tema sem contar tudo o que sabia. Certa feita, numa reunião convocada para tratar do assunto, pediram que eu assumisse a coordenação dos trabalhos. Lógico que aceitei, mas disse que gostaria de saber o que realmente estava acontecendo, sem que nada se ocultasse. Foi quando o Laerte Meliga disse, como se estivesse muito ofendido, que eu não conhecia o governo em que estava. Sem problemas, estou fora. O fato é que a tal gravação de Diógenes com o delegado Tubino acabou na minha mão. Dei conhecimento ao chefe da Casa Civil e, numa segunda-feira pela manhã, ambos a mostramos ao governador Olívio, que me pediu que a entregasse ao Laerte Meliga, seu chefe de gabinete. Foi o que fiz, e lhe disse ao entregar: ?De fato, eu não conhecia o governo em que estava??, diz em outro trecho. O lançamento acontece nesta 3ª.feira (2/10), a partir das 19h30, na Livraria Saraiva Moinhos Shopping (rua Olavo Barreto Viana, 36 ? Porto Alegre).

Jornal do Commercio (RJ) comemora 185 anos

O Jornal do Commercio (RJ) celebra nesta 2ª.feira (1º/10) 185 anos de fundação, com festa no Copacabana Palace e homenagem a personalidades e empresas. A presidente Dilma Roussef deve marcar presença. Mais antigo veículo em circulação ininterrupta na América Latina, o JC viu passarem nomes ilustres por sua redação: D. Pedro II escrevia sob pseudônimo e antecipava trocas de ministros; Rui Barbosa ali publicou originalmente as Cartas da Inglaterra, sobre o caso Dreyfus; Austregésilo de Athayde, um dos redatores da Declaração Universal dos Direitos do Homem, dirigiu o jornal. O JC foi também, ao lado de O Estado de S.Paulo, testemunha de um dos maiores feitos da ciência brasileira, abrindo espaço em várias edições no final do Século XIX para as experiências do padre-cientista Roberto Landell de Moura, que fez as primeiras transmissões da voz humana sem fio no mundo, o que o qualifica como o verdadeiro inventor do rádio, fato reconhecido recentemente com sua inclusão no Livro dos Heróis da Pátria, no Panteão Tancredo Neves em Brasília. Nos planos de curto prazo do jornal, estão a mudança, da rua do Livramento para o bairro de São Cristóvão, da sede dos veículos do grupo Diários Associados no Rio ? além do Jornal do Commercio, as rádios Tupi e Nativa ? e a modernização da gráfica. O prédio atual tem projeto de Niemeyer e é tombado.

Luxo e crime marca estreia de Ângela Klinke na Literatura

Articulista de tendências do Valor Econômico, Ângela Klinke lança em São Paulo nesta 3ª.feira (2/10), às 19h, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon (rua Turiaçu, 2.100), seu primeiro livro, Luxo e crime (LeYa). Ambientado no mercado do luxo e com referência a fatos, pessoas e lugares reais, o romance de estreia de Ângela explora a fundo, a partir de um crime de sonegação, os bastidores do luxo e o papel da mídia no tratamento de grifes, lojas, restaurantes e outros locais da moda. Acompanhando há 20 anos as transformações no comportamento de consumo do brasileiro, em passagens por Jovem Pan, IstoÉ, Veja, Caras, Playboy e O Globo, no Valor Econômico Ângela montou a editoria Eu & Consumo, criou a revista Estampa e a coluna Blue Chip.

Memórias da Redação – O placar virou de vez

A partir desta semana, publicaremos neste espaço, em sequência, quatro textos de Nora Gonzalez sobre Matías Molina, extraídos, com a permissão dela, do livro Matías M. ? O ofício da informação . Ex-editor-chefe da Gazeta Mercantil, Molina completou 75 anos no final de julho e, para homenageá-lo, seu filho caçula e também jornalista Maurício Martínez fez as vezes de editor e convidou no ano passado 28 profissionais que conviveram com o pai em algum momento de sua vida a escrever um capítulo sobre como era o chefe. Nora (noragonzalez@fico.com), PR Manager Latin America da Fico, foi um desses autores. Para essa republicação, ela fez algumas contextualizações. Os títulos são de J&Cia. O placar virou uma vez Quando fui convidada a participar do livro em homenagem aos 75 anos de Matías Molina, não pensei duas vezes. Na verdade, não pensei nem uma e disse sim de imediato. Era um dia muito feliz para mim. Acabara de completar um ano num novo emprego e recebera flores do meu chefe, que mora na Inglaterra, com um lindo cartão pela ocasião. Justamente ele, sempre ultraocupado, lembrou-se disso. Nem eu sabia o motivo das flores, mas no cruel mundo corporativo em que vivemos pequenos gestos como esse valem pelas horas extras que dedicamos ao trabalho. Assim, o convite para falar sobre o Molina só fez meu dia ainda mais feliz. Mas depois de uma jornada de mundo real, problemas, trabalho, enfim, como todos, à noite caiu a ficha. O que dizer sobre o Molina? As bases me foram claramente explicadas: não é para lembrar apenas das coisas boas. Realismo era um ponto de honra desta incumbência. Bom, isto posto, como fazer isso? Logo eu, que sempre fui definida pelo Klaus Kleber  como ?molinete?. Se ele, que fora diretor da Gazeta Mercantil durante tantos anos e com quem tive o prazer de trabalhar durante 12 anos, via isso, como não transparecer isso?  Ou seja, para que fique bem claro, sou ?molinete?, sim, defensora do Molina e cria dele. Afinal, fui trabalhar para a Gazeta com uns quatro anos de formada e devo grande parte do que sou a ele, que foi meu chefe direto durante minha primeira passagem de sete anos pelo jornal e no meu retorno, mesmo que indiretamente, por mais cinco. E a quem nunca deixei de pedir conselhos e dicas. Mas ser ?molinete? também tinha lá seus inconvenientes, da mesma forma que para todos os outros. O fato de eu sentir orgulho de trabalhar com ele não representava nenhuma benesse, a não ser para meu ego e, como percebi com o passar dos anos, para meu currículo. Mas ele nunca aliviou para ninguém. Ao contrário. Nos primeiros anos lá na Major Quedinho, minha mesa era próxima da sala dele e depois passou a ser quase na porta, entre a sala dele e o banheiro. Cansei de ver gente saindo da sala dele e entrando diretamente no banheiro para chorar. Eu mesma fiz isso uma vez, mas me orgulho em dizer que não chorei na frente dele. Não, isso seria demais para mim. Meu orgulho não permitia, mas desabei logo depois. Justo eu, que sou uma rocha para esse tipo de coisa. Mas as cobranças eram duras ? porém justas. Assim, ficava mais difícil não engolir em seco. Era pedir desculpas, jurar que nunca mais aconteceria, e ir direto ao banheiro chorar na frente do espelho. Honestamente, até hoje tenho a lembrança de sentimentos misturados em relação às broncas. Se por um lado sempre tive dificuldades em aceitar que todos cometemos erros, por outro a sensação de ?p…, não é que ele tem razão??, se misturava. Como ele via essas coisas e eu deixava passar? Duas vezes me armei de coragem e contestei alegações dele. Numa, ele acabou com meus argumentos com outros absolutamente corretos que eu ignorava e cujas implicações e motivos ocultos não havia visto. Na outra, ele me deu razão. Aleluia! O placar virava de 570 a 1. Vitória de Pirro, porém vitória para mim. E ele não se deixa convencer facilmente. Você precisava batalhar e argumentar duramente para isso. Não adianta usar táticas de cansar o adversário, confundir, driblar, nada. É apenas lógica e conhecimento. Até hoje lembro dos detalhes. Claro, foi a única vez que meus argumentos o demoveram da sua ideia. Já do outro lado, quantas vezes tive de refazer um título ou uma frase! Fazia eu um trabalho de conclusão de curso que a Gazeta havia promovido sobre Economia para Jornalistas que durou praticamente um ano. Meu orientador começou sendo o Sidney Basile e, por motivos de viagem, passou a ser o Molina. Insisti na minha complicada tese sobre a crise do petróleo de 1973 e seus efeitos nos balanços de pagamento sobre três ou quatro países e … ganhei! Tema espinhoso, complicado, envolvia política internacional, boa memória e, para azar meu, o Molina também entende pra caramba de petróleo. Se tivesse pensado melhor, ou se tivesse imaginado que ele acabaria sendo meu orientador, teria escolhido outro assunto. Porque não algo como ?A influência de Chapeuzinho Vermelho na segurança dos parques públicos?? Mas não, eu tinha de complicar as coisas. É obvio que me lembro de somente essa vitória porque não houve outras. As demais tive de reconhecer que ele tinha razão e reescrever textos ou títulos que, invariavelmente, após as considerações dele, ficavam melhores. Em minha defesa, quero esclarecer que não foram tantos assim, mas em compensação o aprendizado era constante.

Iberis oferece 20 bolsas para a Espanha em 2013

O Instituto Iberoamericano para as Ciências Sociais acaba de lançar o primeiro Curso Iberis, iniciativa que busca promover o intercâmbio de conhecimento entre América Latina, Espanha e União Europeia. O Instituto oferece 20 bolsas de 1.000 euros mensais (pode haver redução de impostos) para jovens jornalistas de 14 países da América Latina, que viverão em Madri por seis meses e trabalharão em meios de comunicação na capital espanhola. A duração do curso é de 26 semanas, entre fevereiro e julho de 2013 e os bolsistas terão 200 horas de aulas, divididas em sessões intensivas de um dia por semana. Os custos de passagem e seguro-médico também serão cobertos. Os candidatos devem ser graduados em Jornalismo, ter ao menos cinco anos de experiência na profissão, menos de 33 anos até a data da viagem e alto nível de espanhol. Inscrições até 10/10 pelo www.cursoiberis.com. 

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