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sexta-feira, dezembro 19, 2025

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J&Cia fecha parceria com o Centro de Estudos em Finanças da FGV

Um encontro na sede da Jornalistas Editora selou um acordo entre Jornalistas&Cia e o Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, também conhecido como GVcef. Participaram William Eid Junior, professor titular e coordenador do GVcef, Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, e Ângelo Raposo, da AR Comunicação Corporativa, que cuida da assessoria de imprensa da instituição e organizou o encontro. O objetivo é estimular a participação dos jornalistas nos inúmeros cursos gratuitos oferecidos pela GVcef e que visam a aprimorar o conhecimento de temas econômicos e financeiros de quem atua nas editorias afins. São cursos exclusivos, só para turmas de jornalistas, e cursos dirigidos a profissionais de outras áreas, mas que muitas vezes interessam e são importantes para a formação complementar dos profissionais que cobrem Economia. Na próxima 4ª.feira (8/4), às 19h, por exemplo, a instituição reservou algumas vagas para jornalistas no curso Regulação e autorregulação na indústria de fundos de investimentos, que acontece na rua Itapeva, 432, ministrado por Luciane Ribeiro, diretora-executiva do Santander Brasil Asset Management e membro do Conselho do Fundo Ethical; e Carlos Massaru Takahashi, vice-presidente da Anbima e presidente da RTM. O curso é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo http://migre.me/elhr2. Outras informações pelo 11-3799-7994 ou [email protected].

Eleição da ABI é realizada sub judice

A ABI realizou em 26/4 sua eleição para Diretoria e Conselho. Dos três mil associados da entidade, apenas 201 (6,7%) compareceram para votar. A chapa única Prudente de Morais, liderada por Maurício Azêdo (que pela quarta vez concorreu à reeleição), recebeu 188 votos, 45 dos quais de integrantes da própria chapa; houve 12 votos em branco e um nulo. A eleição foi realizada sub judice, por determinação da juíza Maria da Glória Bandeira de Melo, depois que a chapa de oposição Vladimir Herzog entrou com uma ação para adiamento do pleito, alegando ter sido impedida de se registrar. A juíza manteve a data, mas colocou o resultado pendente do julgamento da ação, podendo ser ratificado ou anulado. Durante a semana, houve troca de farpas dos dois grupos pela internet. Enquanto a oposição conclamava os sócios, por e-mail, a se recusarem a comparecer, por considerar a eleição ilegítima, a situação divulgava em seu site um texto de Mário Augusto Jakobskind que conclamava ao comparecimento e continha, na plataforma da campanha, a promessa de que Azêdo “certamente dará agora espaço especial ao chamamento de novos jornalistas para integrar o seu corpo de associados, no propósito de preparar a ABI para ser o espaço de formação do futuro”. A Associação da Imprensa de Pernambuco divulgou o apoio às reivindicações da chapa Vladimir Herzog, com palavras de seu presidente Múcio Aguiar: “Acreditamos que a mudança nasce nas alternâncias das gestões (…), acreditamos que cada presidente eleito tem seu tempo, e um novo tempo começa agora”. Até que a ação seja julgada em definitivo, a oposição montou o blog www.chapavladimirherzog.blogspot.com.br e propõe aos interessados deixarem ali seus endereços para correspondência futura. Quem também se manifestou sobre as eleições foi Andrei Bastos, que publicou em seu blog e distribuiu aos amigos o seguinte texto: “O sonho do Azêdo é morrer como presidente da ABI, sua derradeira oportunidade de ‘entrar para a história’. Por isso, tentará se reeleger até conseguir. O problema é que, não largando a alça ‘do próprio caixão’, ele levará a instituição junto. Além disso, Azêdo e sua corte perderam a noção do ridículo e ficam ‘rasgando seda’ um para o outro, dando-se importância descabida. O problema é que, incapacitada e só preocupada em alisar os próprios egos, essa turma pra lá de provecta não tira a água do barco que está afundando”. Além da ABI, também esquenta a disputa eleitoral no Sindicato dos Jornalistas do Município, com votação marcada para julho próximo. Antes mesmo do registro formal das chapas, uma batalha epistolar pelo facebook ocorre entre atual diretoria, encabeçada por Suzana Blass, que responde agora aos ataques que Alberto Jacob Filho, presidente da Arfoc e diretor-secretário do próprio Sindicato, fez nos últimos meses.

Suzana Singer inicia um quarto mandato de ombudsman da Folha de S.Paulo

Suzana Singer deu início em 25/4 ao seu quarto mandato como ombudsman da Folha de S.Paulo. Nenhum dos nove antecessores na função passou de três mandatos, casos de Renata Lo Prete (1998-2001), Bernardo Ajzenberg (2001-2004), Marcelo Beraba (2004 a 2007) e Mario Vitor Santos (1991-1993 e 1996-1997). Cumpriram dois mandatos Caio Túlio Costa (1989-1991), Marcelo Leite (1994-1996) e Carlos Eduardo Lins da Silva (2000-2010); e apenas um mandato Junia Nogueira de Sá (1993-1994) e Mário Magalhães (2007-2008). No texto com que abriu esse seu novo mandato, sob o título Queridos, encolhi o jornal, Suzana comenta as mudanças no concorrente Estadão e o slogan “A maior menor mudança” que o jornal já teve, destacando ser ele “tão constrangedor quanto a campanha na tevê”. E avança: “Nem Don Draper, o sexy gênio criativo de Mad Men, teria se saído bem diante da missão de convencer o leitor de que ele está recebendo menos jornal, pelo mesmo preço, mas que isso é uma vantagem”. E cutuca também a própria Folha: “A diminuição do espaço editorial não é, porém, prerrogativa do Estadão. A Folha vem emagrecendo ao longo dos anos, só que de modo mais suave e preservando a divisão de cadernos. No anúncio da última grande reforma gráfica, em 2010, já se falava em ‘textos sintéticos e analíticos em pouco espaço’”. Em entrevista ao jornal ela diz ver com bons olhos o novo mandato, pois “permite consolidar o trabalho e identificar vários pontos que precisam ainda ser abordados”, mas defende a rotatividade da função por considerar importante a renovação para o arejamento de ideias.

Prêmio Imprensa Embratel divulga vencedores

Do Rio – Saiu o resultado do Prêmio Embratel. Apenas o vencedor do Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho, que fará jus a R$ 32 mil, será anunciado na solenidade de premiação, marcada para 14/5, no Rio. Este ano, 1.862 reportagens de 860 jornalistas disputaram um valor total líquido de R$ 194 mil. Os ganhadores são: Por mídia: Jornal, Revista, Internet com tema livre – Letícia Duarte e Jefferson Botega, do Zero Hora, com o trabalho Filhos da rua (vencedora do Esso de Reportagem de 2012); Televisão – Rodrigo Carvalho, Egledio Vianna, Ana Athayde, Felipe Martins e Inês Valladão, do Jornal das Dez da GloboNews, com Juízes ameaçados. Estas categorias recebem R$ 13 mil cada. Rádio – Adriano Faria, Jefferson Dalmoro, Josevaldo Souza, Carlos Xavier e Ester Monteiro, da Rádio Senado, pelo trabalho Os 50 anos da renúncia de Jânio Quadros, com R$ 11 mil. Foto – Wilton Júnior, de O Estado de S. Paulo, com Touché (Esso de Fotografia em 2012); Reportagem Cinematográfica – Marco Motta, com Júlio e Bruno, do Repórter Rio da TV Brasil, com BRS Presidente Vargas. As duas últimas categorias recebem R$ 9 mil cada. Por temas: Investigativo – Jonas Campos, Carlos Rodrigues, Idemar Marcatto, Adiel Lima, Renato Mendes, Cheyla Ferraz, Robson Crivelli e Alexandre Castanho, da TV Centro América de Cuiabá, pelo trabalho Madeira chipada (R$ 13 mil); Cultura – José Hamilton Ribeiro e equipe composta por José Augusto Bezerra, Wilson Berzuini, Maurino Marques, Orlando Daniel, Olympio Giuzio, Jorge dos Santos e Fernando César, do Globo Rural da TV Globo, por Tinoco; Economia – Mariana Segala, Eduardo Salgado, Luciene Antunes, Patrick Cruz, Lucas Vettorazzo, Daniel Barros, Angela Pimenta, Lucas Amorim e Tatiana Gianini, da revista Exame, por Onde o Brasil desponta; Esporte – Leandro Colon, Filipe Coutinho, Júlio Wiziack, Rodrigo Mattos e Sérgio Rangel, da Folha de S.Paulo, por Os negócios suspeitos e a queda de Ricardo Teixeira (Esso de Jornalismo 2012); e TI, Comunicação e Multimídia – Silvia Bessa e Vandeck Santiago, do Diário de Pernambuco, por Nordeste em rede. Serão R$ 11 mil para cada uma dessas quatro categorias. Educação – Antônio Góis, Chico Otavio, Carolina Benevides, Efrem Ribeiro, Letícia Lins, Odilon Rios, Marcelo Carnaval, Paula Giolito, Jarbas Oliveira, João Brito Jr. e Hans von Manteuffel, de O Globo, por Aula de excelência na pobreza (Esso de Educação 2012); e Socioambiental – Henrique Kugler, Jean Remy Guimarães, Alicia Ivanissevich, Sheila Kaplan e Ricardo Menandro, da revista Ciência Hoje, por Paraíso dos agrotóxicos. São R$ 10 mil para cada categoria. Por região: Centro-Oeste – João Valadares, Adriana Caitanto, Karla Korreia, Renata Mariz, Junia Gama, Ricardo Taffner e Lilian Tahan, do Correio Braziliense, com o trabalho Fim do 14º e 15º salários; Nordeste – Ciara Carvalho e Ricardo Labastier, do Jornal do Commercio, de Recife, com Paraíso às avessas; Norte – Elaíze Farias, Leandro Prazeres, Carolina Silva, Cimone Barros, Jonas Santos, Adauto Silva e Carla Yael, de A Crítica, de Manaus, com Cheia do século; Sudeste – Mateus Parreiras, Valquiria Lopes e Luiz Ribeiro, do Estado de Minas, com Morte S/A; e Sul – Mauri König, Diego Ribeiro, Felippe Aníbal e Albari Rosa, da Gazeta do Povo, de Curitiba, com Polícia fora da lei. Cada categoria recebe R$ 6 mil. Vale registrar que Folha, Zero Hora, Estadão e O Globo tem um duplo motivo para celebrar: com as mesmas matérias, os quatro veículos haviam recebido, em 2012, o Esso.

A visão do mundo sobre o Brasil, por Daniel Buarque

Editor-executivo do Terra Brasil desde o fim de 2012, Daniel Buarque lança o livro Brazil: Um País do presente, pela editora Alameda. Fruto de seis meses de pesquisas nos Estados Unidos, onde entrevistou mais de cem pessoas, Daniel conta ao Portal dos Jornalistas sobre como teve a ideia de escrever sobre o tema, o período que passou em terras norte-americanas e a diferença entre o que pensam especialistas e público médio sobre o Brasil: Portal dos Jornalistas – A ideia do livro partiu de você ou foi um convite da editora? Daniel Buarque – Partiu de mim. Eu já cobria Mundo pelo G1 e fazia matérias sobre o que se falava do Brasil no exterior. Em 2008, fui pelo G1 cobrir a eleição do Obama nos Estados Unidos e percebi, após 20 dias rodando por vários Estados, que as pessoas que falavam comigo – e sabiam que eu era do Brasil – não estavam mais partindo para o clichê tradicional carnaval, futebol, festa… A primeira coisa que falavam era sobre economia. Em 2010, consegui fazer um acordo com a [editora] Alameda, que se interessou pelo projeto, e tirei uma licença de seis meses do G1 para viajar pelos EUA pesquisando isso mais profundamente. Quando saí daqui, meu objetivo era realizar cem entrevistas com pessoas que estivessem no país olhando para o Brasil. Americanos que tratassem de economia, meio ambiente, relações comerciais, para poder avaliar como estava a imagem do Brasil. Acabei passando disso, cheguei a 108. Portal dos Jornalistas – Entre essas pessoas que você entrevistou havia também público médio, americanos comuns? Daniel Buarque – Não. Eu não fiz pesquisa quantitativa. Muitos eram “brasilianistas”, como eles chamam as pessoas que estudam o País; gente do mercado financeiro, que indica investimentos em ações de empresas brasileiras; pessoas que tratam de meio ambiente no mundo todo e que também abordam essa questão no Brasil; pesquisadores de História, Sociologia, Economia… Pessoas com nível mais alto de debate. Portal dos Jornalistas – Você observou também essa imagem do Brasil em outros países, seja visitando ou tratando com analistas estrangeiros que morassem nos Estados Unidos? Daniel Buarque – Na verdade, no trabalho tentei entender a imagem do Brasil no exterior como um todo. A escolha dos EUA foi porque eu precisava ter um foco, um lugar em que pudesse viajar e concentrar a atenção. Também pelo fato de lá ser a grande potência mundial e influenciar outros países também. Continuo acompanhando isso, especialmente a cobertura da imprensa internacional da Europa. Não teria como comprovar, porque não investiguei tão profundamente, mas a impressão é de que essa imagem mais positiva do Brasil é no mundo todo. Na pesquisa do livro há um retrato do que é a visão americana hoje do Brasil, mas que também é muito semelhante à visão que o mundo tem do País. Os dados estatísticos de imagem internacional do Brasil nos Estados Unidos que existem são muito parecidos com os dados sobre o Brasil no mundo. Há uma pesquisa, chamada Nation Branding Index, que trata disso, pedindo na rua a opinião das pessoas sobre os países. Tanto na pesquisa mundial como na norte-americana, o Brasil aparece em torno da 20ª colocação. Sempre com um potencial de imagem positiva em Esportes, Cultura e povo, e não tão bom em governança e economia, apesar de a economia estar melhorando muito. Portal dos Jornalistas – A imagem de economia ainda não é tão favorável para o público médio, mesmo os especialistas considerando que ela tenha melhorado? Daniel Buarque – São os dois lados da moeda: para as pessoas que acompanham política e economia internacional, a economia do Brasil está muito bem, rouba a atenção e se destaca no mundo. Não hoje, especificamente. Hoje talvez seja até um pouco da ressaca do que aconteceu em 2008, com a crise global, quando o Brasil se destacou positivamente. O que acontece é que isso não chega para todas as pessoas ainda. A imagem que o Brasil tem para as pessoas comuns se desenvolve mais lentamente. Enquanto para acadêmicos e investidores a imagem do Brasil mudou, para as pessoas que não acompanham economia global a ideia de Brasil ainda não está tão associada a desenvolvimento econômico. Portal dos Jornalistas – Dá para resumir em uma palavra, a partir de um ponto de vista pessoal, o que efetivamente mudou nessa imagem do Brasil no lá fora? Daniel Buarque – Em uma palavra vai ser difícil, mas eu vou tentar simplificar. Acho que mudou. E essa mudança é uma coisa muito clara. A ideia geral é de que a crise econômica global criou uma imagem muito positiva do Brasil. A partir do momento em que se viu que as economias europeia e americana estavam em decadência, o Brasil caminhava em sentido oposto, com uma perspectiva muito grande de crescimento. E apesar de o Brasil não crescer como a China, é visto de forma positiva, porque a China é uma grande incógnita, um país que vive sob um governo de difícil compreensão para o mundo ocidental. Já o Brasil, não. É um País que se entende melhor que a China. Há uma palavra de que gosto muito, que uso no livro e com a qual tento falar sobre como o Brasil é visto no exterior: euforia. Quando estava fazendo a pesquisa de forma aprofundada, em 2010, havia uma enorme euforia do mundo com o Brasil. Era uma euforia que partia da economia, mas que atingia várias outras áreas. E essa euforia traz consigo um otimismo muito grande. Quando a imprensa internacional vem fazer matérias sobre as UPPs [unidades de polícia pacificadora], muitas tratam como se tivesse acabado a violência nas favelas do Rio de Janeiro. Quando se fala de desenvolvimento econômico e distribuição de renda, trata-se como se tivesse acabado a miséria no Brasil. Gosto da ideia de euforia por isso, porque mudou radicalmente. Enquanto o Brasil antes era visto com enorme suspeita, de que nada poderia dar certo, hoje vê-se qualquer mínimo avanço como um avanço gigantesco.   SERVIÇO Livro Brazil: Um país do presente, de Daniel Buarque Editora: Alameda Editorial Número de páginas: 379 Preço: R$ 52 Disponível para compra no site da editora.

Abraji abre inscrições para Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

A Abraji abriu inscrições para a oitava edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, de 12 a 15 de outubro, no Rio de Janeiro. O evento acontecerá junto à 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network(GIJN), e à 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación (COLPIN), do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS). Será a primeira vez que a Conferência Global de Jornalismo Investigativo acontecerá no hemisfério Sul. Os inscritos poderão participar dos três encontros, o que torna o evento deste ano maior do que todos os anteriores, com expectativa de 1.200 participantes durante os quatro dias.  Estão previstos mais de cem painéis, seminários e workshops, abordando os blocos temáticos Corrupção e crime organizado, Meio-ambiente, Esporte e Jornalismo de dados. Além disso, três prêmios internacionais serão entregues: Global Shining Light Award, Daniel Pearl Awards for Outstanding International Investigative Reporting e Prémio Latinoamericano de Periodismo de Investigación. O Theatro Municipal do Rio abrigará cerimônia em homenagem a uma grande personalidade do jornalismo brasileiro, ainda a ser divulgada. As inscrições seguem em preço promocional, até 9/9, pelo http://bit.ly/187YPTk. SERVIÇO Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo Data: 12 a 15 de outubro de 2013 Local: PUC-RJ (rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea – Rio de Janeiro) Valores: R$ 300 (profissional sócio da Abraji), R$ 490 (profissional não-sócio), R$ 215 (estudante sócio) e R$ 310 (estudante não-sócio) Mais informações: http://bit.ly/GIJC2013

Com José Eduardo Barella, Portal chega ao 4.500º perfilado

Com a inclusão do perfil de José Eduardo Barella, profissional com 25 anos de profissão e passagens por Veja e Grupo Estado, de onde saiu recentemente, o Portal dos Jornalistas chega esta semana ao seu 4.500º perfilado. Barella começou a carreira na Editora Abril em 1986 e ali passou por várias publicações, até chegar a Veja no ano seguinte. Após dois anos na revista, transferiu-se para o Jornal da Tarde, onde atuou em diversas funções até retornar a Veja, em 2001. Novamente no caminho inverso, assumiu em 2006 como chefe de Reportagem da editoria Vida do Estadão; de lá para cá passou por várias editorias e de julho de 2011 até seu desligamento da casa, no início do mês, vinha atuando como editor do caderno mensal Planeta. A semana marcou ainda a inclusão dos perfis de profissionais como Helle Alves e Bernardo Kucinski, além de Marcelo Beraba (Grupo Estado), José Roberto de Toledo (Estadão e RedeTV), Evandro Spinelli (Folha de S.Paulo), Ana Flor (Thomson Reuters), Luiz Fara Monteiro (Record News), Paula Azzar (Band), Maria Clara Póvia (Elle), Marilia Serra (TV Senado), Marcus Barreto (TV Record), Edgard Alves (Folha de S.Paulo), Alessandra Alves (Rádio Bandeirantes) e das criadoras do site Coisas de Diva Sabrina Sá Olivetti, Marina Fabri e Thais Marques.

Prêmio J&Cia/HSBC 2013 terá categoria especial Água

Com suas inscrições abertas na última semana, o Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, a exemplo de 2012, terá uma categoria especial. Se no ano passado a Conferência das Organizações das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 serviu como tema para esta homenagem, a edição deste ano trará a Categoria Especial Água, iniciativa que soma-se aos esforços da ONU que instituiu 2013 como o Ano Internacional de Cooperação pela Água, para conscientizar a população sobre os desafios do gerenciamento da água no planeta.

Todos os trabalhos das plataformas Jornal, Revista, Televisão, Rádio e Webjornalismo que tenham o tema Água como eixo central de abordagem devem ser inscritos nesta Categoria Especial. A edição 2013 do prêmio distribuirá um total de R$ 107 mil em valores líquidos, sendo uma das cinco maiores premiações em valores e em números de inscrições do País. Mais informações em www.premiojornalistasecia.com.br.

Daniela Ungaretti é a nova apresentadora do Teledomingo

Após sete meses à frente do Teledomingo, da RBS TV, Maíra Gatto despediu-se do programa e nesta 2ª.feira (29/4) passou a comandar, na mesma emissora, um quadro sobre trânsito e mobilidade urbana no Bom Dia Rio Grande. Em seu lugar assume Daniela Ungaretti, que era apresentadora do RBS Notícias e também cobria eventuais ausências dos apresentadores da casa. Maíra havia substituído Tulio Milman, que estava no comando da atração há 14 anos e havia se desligado para tocar o projeto do Mãos e Mentes, programa de entrevistas da TV Com lançado em outubro, e que encerrou sua primeira temporada neste domingo (28). As 136 entrevistas realizadas neste período estão disponíveis no site da TVCOM (http://bit.ly/12TOiHL).   (*) Com o portal Coletiva.Net (www.coletiva.net)  

Memórias da Redação ? Cantores

A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar ([email protected]), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP). Cantores Por causa das profissões que exerço – radialista e jornalista (quem mandou não estudar?) –, conheci muitos cantores. Foram tantos que, certamente, vou me esquecer de alguns. Mas inicio citando Nelson Gonçalves, que para muitos é o maior cantor brasileiro de todos os tempos, ao lado de Orlando Silva, Cauby Peixoto e do recém-falecido Emílio Santiago. Era gaúcho, a exemplo de Elis Regina. Pois é: o Rio Grande do Sul nos deu o maior cantor e a maior cantora e, quiçá (gostaram do quiçá?), o jornalista mais criativo, o indomável Tarso de Castro, como dizia Samuel Wainer. Do jeito que estão certos setores da mídia, onde sai cada coisa de encabular o Dalai Lama, Tarso faz uma falta danada, Mas essa é outra história e vamos em frente que atrás vêm os credores. Nelson (Antônio, nos documentos) era barítono, o cantor de voz grave. Uma vez, a caminho de Porto Alegre, foi parado na estrada pela Polícia Rodoviária. O cantor estava sem a carteira de motorista e o guarda começou a incomodá-lo. Nérsão, como era chamado pelo Moraes Sarmento, tentou se safar da encrenca. “Eu sou o Nelson Gonçalves”, explicou ao policial. “Então, você vai ter que provar”, rebateu o vigilante rodoviário. E providenciou um violão pro Nelson cantar uma música. Aí o cantor interpretou um trecho de A volta do boêmio. O guarda não se convenceu totalmente. Passou a mão no queixo, deu uma pigarreada e falou: “Acho que você não é o Nelson Gonçalves, mas imita bem. Tá liberado!”. Numa conversa que tive com ele, Nelson disse que estava impressionado com a voz do saudoso locutor Humberto Marçal, apresentador da Rádio Bandeirantes. “Se ele cantasse, nós estaríamos fritos”, brincou. Mas quem se impressionou com a voz do Nelson foi ninguém menos do que Frank Sinatra, que considerava o brasileiro o dono da voz mais bonita do mundo. Ele se hospedou por uns dias no apartamento de Sinatra, em Nova York. Este, então casado com Ava Gardner, precisou viajar às pressas para Los Angeles e – vejam só! – pediu a Nelson para tomar conta dela durante a sua ausência. Nelson contou o episódio e garantiu que não rolou nada entre ele e a atriz, à época uma mulher deslumbrante, mais gostosa do que morango com chantilly. Mudando de Pato Donald, o maior americano de todos os tempos, para Paulo Henrique Ganso, seria injusto não mencionar outro Nelson, o Ned. Por falar nisso, a vida é feita de altos e baixos, a começar pelo Oscar Schmidt e o Nelson Ned. Ele foi o cantor brasileiro mais popular em Cuba, mas não fazia shows na ilha do camarada Fidel Castro porque era muito bem remunerado pelos anticastristas de Miami, que lhe pagavam cachês milionários com a condição de não se apresentar em Cuba. Se Ned cantasse em Cuba, perderia a “boquinha” milionária em Miami. Sugeri a historinha pro Movimento e, para minha surpresa, o jornal publicou a matéria sem cortar uma vírgula sequer. E as cantoras? Conheci e entrevistei várias delas. Rosemary, por exemplo, era deslumbrante 30 anos atrás, embora não cantasse nada. Tive um arranca-rabo com ela ou, para deixar esse papo mais sofisticado, talvez seja de bom alvitre (alvitre é bom, diria Joelmir) substituir a chula expressão arranca-rabo para, por exemplo, escaramuça verbal. Por não ter gostado da pichada que dei em um disco dela, Rosemary me chamou de “múmia”. Hoje, ela me tacharia de dinossauro. Não lhe guardo rancor e, para ser sincero, presumo que fui injusto com a loira, que continua bonitona. Para compensar a hostilidade de Rosemary, a cantora Silvia Massari, com sua cara de noviça rebelde austríaca, deu sinais de que arrastava a asa para cima de mim, dando-me (epa!) uma certa trela. Se eu peguei? Peguei! Peguei gripe.  Roberto Carlos eu conheci nos bastidores do Teatro Record e, naquele dia, lá estava a Nice, a primeira mulher dele. Ela era um mulherão, mais bonita do que cartão postal. Roberto foi esperto e agiu certo em não deixar escapar uma mulher como Nice. Alguns amigos brincavam que, na arte da conquista e do pega pra capar, o cantor não era muito exigente na escolha e, de saia, só não se interessava por padre e escocês. Qualquer “bagulho” servia. Uma delas era mais feia do que Mama Fratelli, a macróbia malvada do filme Os Goonies. Nenhuma rádio de São Paulo, exceto a Piratininga, como já contei aqui, queria saber do Roberto quando ele gravou o primeiro disco, Louco por você, hoje fora de catálogo. O cantor só “estourou” em São Paulo porque a Rádio Piratininga “meteu a agulha no disco dele”. Sei disso porque trabalhei duas vezes na Velha Pira. Só depois é que as outras emissoras começaram a tocar o disco do Zunga, apelido do cantor. E o Benito di Paula dizia que não era sambista. “Sambista é o Cartola e o Zé Keti. Eu sou sambeiro”, me contou humildemente. Ele foi modesto. Benito é um sambista de mão cheia, compôs canções lindas, como Retalhos de cetim e Mulher brasileira. Uma noite, em São Paulo, Benito e eu entramos numa boate e bebemos até a alvorada. Foi um porre homérico. Bebemos mais do que o personagem do ator Lee Marvin no filme Dívida de sangue (bom de copo, Lee brincava que a quantidade de bebida que ingeriu ao longo da vida daria para encher um caminhão-tanque). Benito e eu saímos da boate “cercando frango”, num passo de marcha-rancho. Se já vigorasse a lei seca iríamos direto pro xilindró, pois dirigíamos nossas próprias “carroças” (o Collor tem razão: carro “brasileiro” de 20 anos atrás era mesmo carroça). Convivi com o pessoal do samba e com a turma da Jovem Guarda. Eduardo Araújo, por exemplo, se achava tão bom quanto Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Na minha presença, comparou uma música sua com outra da dupla. Até que era uma canção interessante. Uma vez ele foi ao meu programa na Rádio Piratininga levando Tony Tornado a tiracolo. Eu não gostava da canção BR 3. Tornado soube e não gostou. Ficou com cara de muitos inimigos e não de poucos amigos. “Ele vai te dar uns tapas se você falar mal da música”, alertou-me Eduardo. Falei o que tinha de falar. A entrevista foi civilizada e, hoje, considero Tornado melhor ator do que cantor. Ele também deve pensar assim, pois teve o bom senso de poupar nossos ouvidos da BR 4, BR 5 e outras “beerres”.

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