Por Plínio Vicente da Silva ([email protected]), especial para J&Cia Boa Vista terá a partir deste sábado (7/9) um novo diário. Com três cadernos, totalizando 20 páginas, começa a circular o Jornal de Roraima. Editado em tamanho standard, seis colunas, com quatro páginas coloridas em cada caderno, seis edições semanais (2ª a sábado) e tiragem média de 10 mil exemplares, traz uma proposta inovadora, disposta a modernizar a linguagem e com um projeto gráfico diferente de tudo o que se fez na imprensa local. Com a disposição de fazer jornalismo apartidário, característica que tem estado ausente dos jornais lançados em Roraima nas últimas três décadas, e que por isso tiveram vida curta, o novo diário quer se tornar um divisor de águas entre o antes – a imprensa provinciana que impera há meio século em Boa Vista – e a modernidade e a velocidade do agora, que caracterizam principalmente as plataformas eletrônicas. O objetivo maior é fazer um produto moderno e com qualidade, que satisfaça a um público que vem se tornando cada vez mais esclarecido. Realidade que é resultado da elevação constante do nível intelectual da população local, provocada por migrantes de nível superior vindos de outros estados, aprovados em concursos públicos dos três poderes. O Jornal de Roraima será pluralista, abrigando todas as tendências, o que os jornais locais não conseguem por defenderem exclusivamente interesses dos seus donos, políticos já com mandados ou em busca de um. Pluralismo, aliás, que é tema do primeiro editorial do jornal, escrito por seu editor-chefe André Campos: Time de bambas As águas milenares que formam o Rio Branco são plurais. Quem navegou pelos cerca de 30 quilômetros entre o vale onde se ergue Boa Vista e o encontro dos rios Tacutu e Uraricoera já sentiu na pele o poder benéfico da pluralidade. Consolidada na natureza, a pluralidade como valor social, no entanto, é uma conquista histórica recente. Foi na Europa dos anos 1700 que se desenvolveu o ambiente cultural para a emergência da ideia de que a variedade é algo bom. Já no século XX, o filósofo Isaiah Berlin (1909-1997) aponta a capacidade de regimes democráticos em construir sociedades fundadas na noção de que sempre “há mais de uma única resposta para uma pergunta”. Sob os auspícios da pluralidade democrática, direito aliás resguardado pela República Federativa do Brasil no artigo 1o. da Constituição de 1988, surge o novo Jornal de Roraima. Com planejamento e ética comercial, viemos conquistar leitores e anunciantes numa sociedade amazônica cada vez mais complexa. Chegamos com a missão de  promover no mercado de diários do Estado um choque de competitividade e inovação, de maneira a mudar um cenário editorial praticamente monopolizado em Roraima. A publicação nasce também com o compromisso firmado em seu slogan com a verdade. Será uma perseguição implacável à informação correta. O objetivo é entregar ao público todo dia um produto elegante e contemporâneo, com notícias apuradas por meio das técnicas jornalísticas mais avançadas. Para tanto, reuniu-se uma equipe de profissionais com experiências exitosas e credibilidade reconhecidas em terras roraimenses, alguns com mais de trinta anos de redação. É um orgulho para o novo Jornal de Roraima contar com editores da qualidade de Eliane Rocha, Plínio Vicente, Péricles Perruci, Aroldo Pinheiro, Francisco Espiridião, Júnior Brasil e J. Pavani. Da mesma forma, temos a honra de listar como repórter especial Nonato Sousa, símbolo de uma vida de superação e dedicação ao jornalismo. Exemplo para os mais jovens. Agora é matar um leão por dia. E tenha certeza, caro leitor(a): este jornal será feito diariamente para você. A equipe – Além de André ([email protected]), integram a Redação a secretária de Redação Eliane Rocha ([email protected]) e os editores Plinio Vicente – Internacional/Economia ([email protected]), Francisco Espiridião – Nacional/Política ([email protected]), Péricles Perruci – Cidade ([email protected]), Aroldo Pinheiro – Polícia/Esportes ([email protected]), Júnior Brasil – Cultura ([email protected]), J. Pavani – Fotografia ([email protected]) e Alberto Rolla – chefe de Reportagem ([email protected]); os repórteres Naira Sousa ([email protected]), Paulo Bahia ([email protected]), Josemaria Souza ([email protected]), Raniely Carvalho ([email protected]), Nonato Souza ([email protected]) e Gleyciane Thomaz ([email protected]); os repórteres-fotográficos Eduardo Andrade ([email protected]), Elvis Freitas ([email protected]), Valéria Andrade ([email protected]) e Hione Nunes; a secretária de Produção Joselinda Lotas ([email protected]); e os estagiários Mário Leite ([email protected]), Laura Bentes ([email protected]), Thaila Rosas ([email protected]) e Mário Freitas – Cultura ([email protected]).

Com a saída de Viviane Kulczymski, Eumano Silva ([email protected]) assumiu há alguns dias o cargo de editor-chefe da Veja Brasília. Ele, que ultimamente prestava consultoria para a Comissão da Verdade, já atuou no site Congresso em Foco e na sucursal de Época. Ainda na Vejinha, Rosualdo Rodrigues ([email protected]), que deixou recentemente o Correio Braziliense, está respondendo pela editoria de Roteiros da revista, no lugar de Érika Klingl, que também deixou a publicação há pouco para trabalhar com o marido Gustavo Krieger, em empresa da família (ver http://migre.me/fW2jt).

Faleceu na madrugada desta 3ª.feira (3/9), no Rio de Janeiro, Telmo Martino. Aos 82 anos, estava internado desde 22/8, no Hospital Samoc, onde faleceu por complicações decorrentes de pneumonia. Carioca com passagens por importantes veículos brasileiros e internacionais, tendo inclusive atuado como redator nos serviços de transmissão radiofônica para o Brasil da BBC, em Londres, e na Voz da América, em Washington, seu nome ficou muito ligado ao período em que assinou no Jornal da Tarde, de São Paulo, uma coluna que levava seu nome. Escreveu também para Senhor, Diners, Última Hora, Correio da Manhã e Folha de S.Paulo. No final da década de 1980 sofreu um AVC e nos anos seguintes alternou suas atividades entre redações de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que seu último trabalho foi como colunista do site Babado, no portal iG. Segundo relatos de amigos, desde 2000 vinha morando no Rio de Janeiro, mas por causa de uma forte depressão se afastou, passando inclusive longos períodos sem sair de casa. Sem jamais ter casado, também não deixou filhos. No artigo O meu Jornal da Tarde, que publicou na edição abril/maio/junho na Revista da ESPM, Humberto Werneck lembra do antigo companheiro de redação, ainda no antigo prédio da rua Major Quedinho: “É espantoso que Telmo, fino no trato mas corrosivo na escrita, tenha atravessado anos de São Paulo sem mais que um chute no traseiro desferido pelo poeta Mário Chamie. Vai aqui uma historinha dele. No dia em que chegou à redação (a esta altura, no 6º andar, de onde decolaria em 1976 rumo à Marginal do Tietê), Telmo, tímido e desambientado, aceitou convite para sentar-se ao lado de Flávio Márcio, ótimo jornalista (que morreria jovem, em 1979), enquanto ele diagramava uma página. Pelas tantas, em seu esforço para impressionar o recém-chegado, Flávio declarou que ‘gostaria mesmo é de ser uma puta internacional’ – ao que o colunista retrucou: ‘Ué, viaja…’. A mordacidade de que Telmo foi o suprassumo era um atributo muito apreciado no JT”. Essa mordacidade quem também ressalta é Regina Echeverria, que nos anos 1980 sentava junto dele nos fundos da Redação do JT, na Marginal do Tietê: “Ria muito das tiradas dele, mas muitas vezes ficava com pena do ‘alvo’, pois Telmo era ferino demais. Lembro, por exemplo, que ele sempre arrumava motivo para espicaçar a Myriam Muniz, a quem só chamava de “a tensa dos 5%”, por causa de uma história que ela queria 5% da bilheteria de um show de Elis Regina. Tinha também uma figura na Política, que ficava do outro lado da Redação, que a gente ia todo dia olhar só pra comentar a roupa. Telmo estava sempre concentradíssimo no trabalho, mas se ligava em tudo o que passava ao redor. Nunca falava de si mesmo, acho que no fundo era muito solitário”. Marta Góes, que com ele conviveu entre os anos 1980 e 1990 no Caderno 2 – onde era editora e ele, colunista –, disse a Jornalistas&Cia que “tinha uma admiração enorme pelos textos dele, era uma entre os milhares de leitores e me deliciava com a coluna do Jornal da Tarde. Até hoje, há pessoas para quem eu olho e lembro o apelido que o Telmo dava – nem sempre gentil. Foi essa coluna, em que trazia uma olhar diferente sobre a cidade, ficcional, e por vezes até cruel, que o tornou conhecido. Ele tinha muito talento, era um sujeito muito sofisticado intelectualmente. Era um colaborador luxuoso”.

Com atrações praticamente definidas, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo confirmou esta semana a programação da 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, evento que organiza de 12 a 15 de outubro, no Rio de Janeiro, em paralelo ao 8º Congresso da Abraji e à 5ª Conferéncia Latinoamericana de Periodismo de Investigación. A grade completa dos quatro dias de atividade já está disponível em http://abraji.sched.org. Entre os mais de 20 brasileiros confirmados estão Caco Barcellos (TV Globo), Roberto Cabrini (SBT), Eliane Brum (Época) e Miriam Leitão (O Globo), e entre os estrangeiros, Glenn Greenwald (The Guardian), Amanda Cox e Andy Lehren (The New York Times) e Frank La Rue (relator de Liberdade de Expressão da ONU). No total, serão mais de 150 painéis e minicursos. Preços promocionais – As inscrições com desconto terminam na próxima 2ª.feira (9/9). Os preços até essa data variam de R$ 215 (estudante sócio) a R$ 490 (profissional não-sócio), e a partir do dia 10 passam a custar de R$ 250 a R$ 550. App da programação – A organização já oferece aos participantes a grade em versão para smartphones (iPhone, Android ou BlackBerry). Os interessados podem baixar o aplicativo pelo http://abraji.sched.org/mobile. A Conferência Global de Jornalismo Investigativo conta com o apoio deste Portal dos Jornalistas. Mais informações e inscrições pelo http://bit.ly/187YPTk.