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terça-feira, julho 22, 2025

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Eduardo Faustini e equipe do Fantástico ganham Grande Prêmio no Embratel

O Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho, único resultado que faltava ser divulgado no 14º Prêmio Imprensa Embratel, foi para Eduardo Faustini, André Luiz Azevedo e Renato Nogueira, com equipe do Fantástico, da TV Globo, pela série de reportagens A cara da corrupção. Esta categoria recebeu R$ 32 mil líquidos. Escondidos do mundo depois de tantas denúncias, os responsáveis pela inscrição no concurso foram representados pelo chefe da equipe de produção Carlos Eduardo (Cadu). Ele contou no palco detalhes da matéria, exibida em marco de 2012, e que revelou o que acontece em um gabinete onde são fechados contratos com dinheiro público. Durante os dois meses em que o repórter Eduardo Faustini se fez passar por gestor de compras em um hospital público federal, empresas que vendem serviços e materiais médicos foram convidadas a participar de concorrências fictícias. Câmeras escondidas – gravando as imagens probatórias em três ângulos diferentes, precisou ele – flagraram como são feitas licitações com cartas marcadas, combinação de pagamento de suborno e simulações para fugir da fiscalização do governo. Como resultado, as empresas perderam contratos que somavam, na época, R$ 250 milhões. Mas a propina é mais tentacular que o Fantástico, e o próprio Cadu admitiu que várias dessas empresas fecharam para reabrir com nova razão social, e atuam agora no âmbito municipal, em que há menos fiscalização. A cerimônia de entrega de troféus do Prêmio Embratel aos vencedores – divulgados em J&Cia 895 – ocorreu nesta 3ª feira (14/5), no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico do Rio. Teve apresentação de Ronaldo Rosas e show com a banda Encanta Marisa. A organização editou um livro com o registro da 13ª edição do Prêmio (2011). Nos assentos do lounge que abrigou os convidados para o coquetel pós-solenidade havia almofadas estampadas com os títulos das matérias premiadas e que todos levavam como lembrança.

Record lançará edição atualizada de Morcegos Negros, de Lucas Figueiredo

Na esteira do julgamento dos réus acusados de envolvimento na morte de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, a Editora Record vai lançar uma edição atualizada de Morcegos Negros – PC Farias, Collor, máfias e a história que o Brasil não conheceu, de Lucas Figueiredo.

A edição original, de 40 mil exemplares, lançada em 2000, que ficou 14 semanas nas listas dos mais vendidos da Veja, está esgotada. A nova edição terá texto revisado e posfácio inédito, uma espécie de balanço dessa história, com a análise do resultado do julgamento e dos principais fatos ocorridos nesses 13 anos.

Segundo Lucas, “estará tudo lá: a volta de Collor à política como aliado do PT, o sumiço da fortuna que o Esquema PC Farias angariou com achaques e negociatas, a impunidade que protege até hoje corruptos e corruptores envolvidos no caso, os ‘filhotes’ de PC Farias e os novos esquemas de corrupção em Brasília e como os mandantes da morte de PC e Suzana conseguiram escapar ilesos da Justiça”. Ele diz estar “trabalhando duro” com a Record para que o livro chegue às livrarias o quanto antes.

Idas e vindas para a nova diretoria da ABI tomar posse

Na 2ª.feira (13/5) o juiz da 8ª Vara Cível do Rio, Gustavo Henrique Nascimento Silva, concedeu uma liminar suspendendo a posse da nova diretoria da ABI, até decisão em sentido contrário. Nascimento Silva substitui a juíza M. da Glória Bandeira de Mello, que está de férias. A posse dos novos diretores e conselheiros da ABI – eleitos sub judice em 26/4 – estava marcada para esta 2ª.feira. Como a decisão judicial se referia apenas à posse da diretoria, a ABI empossou os 45 membros efetivos e 45 suplentes do Conselho Deliberativo. No dia seguinte (14/5), o mesmo juiz reconsiderou sua decisão, com a justificativa de “se evitar graves danos na administração da ré (ABI) que ao menos por ora, de fato, encontra-se acéfala”, mas desde que a mesma comprove ter comunicado aos associados que todo o processo eleitoral está sub judice. O andamento do processo no 0107472-04.2013.8.19.0001 está no site do Tribunal de Justiça (www.tjrj.jus.br).

Livro aborda papel de GZM e Estadão no caso Pimenta Neves

Depois de O caso Pimenta Neves – Uma reportagem, de Luiz Octavio de Lima, lançado em março passado, a história de Antonio Pimenta Neves, ex-diretor de Redação do Estadão, assassino confesso de sua ex-namorada Sandra Gomide em agosto de 2000, está prestes a ganhar mais uma obra: À queima-roupa – O caso Pimenta Neves (LeYa), de Vicente Vilardaga, busca desmontar o cenário de glamour construído em torno da imprensa brasileira e mostra como um diretor de Redação tornou-se um homem megalomaníaco e violento sem ter sido freado por seus superiores. O autor, que trabalhou com os dois protagonistas do caso na época da Gazeta Mercantil, e entrevistou Pimenta para o livro em 2009, define sua obra como um “thriller corporativo”, por questionar a falta de governança do Grupo Estado e da extinta Gazeta Mercantil, que teriam permitido atitudes pouco convencionais do jornalista. “Por que decisões irracionais de Pimenta nunca foram questionadas? Até que ponto as redações ficaram à mercê dos desmandos de homens perturbados psicologicamente? Profissionais com excelentes currículos estão acima de qualquer suspeita? Por que não foi aceito o pedido de demissão feito por ele no Estadão, quando dava sinais visíveis de perturbação mental, 22 dias antes de cometer o assassinato? Por que não se combatia o nepotismo nas redações?”, são alguns dos questionamentos que o autor faz no livro. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, Vilardaga adianta alguns detalhes da obra, que deverá chegar ao mercado em julho: Portal dos Jornalistas – Sua obra sai quase na mesma época em que outro livro sobre o caso é lançado. Qual principal diferença de abordagem de seu trabalho? Vicente Vilardaga – Procurei traçar uma narrativa sobre a história ambientada nas redações, que vai de 1995, na Gazeta Mercantil, até 2000. O que interessou para mim foram os acontecimentos ligados à vida profissional e não pessoal dos envolvidos. Portal – Como você aborda o papel das empresas por onde ele passou nesses anos em que atuou ao lado da Sandra? Vicente – As redações da Gazeta Mercantil e do Estadão foram muito permissivas com o Pimenta Neves, tanto que autorizaram que ele desse promoções sucessivas para a Sandra. Em empresas que têm governança corporativa isso é impossível. A Gazeta faliu e entre os motivos de sua quebra foi não ter uma política de RH descente. Infelizmente, as empresas jornalísticas apresentam uma série de contrassensos, vigiando casos de nepotismo no serviço público mas sem estabelecer limites dentro de sua própria casa. Portal – Você acha que esse tipo de história, sem necessariamente ter o mesmo fim, pode se repetir nos dias de hoje? Vicente – Acredito que o caso do Pimenta representa o colapso do modelo de funcionamento das redações. Não por acaso ele era discípulo do Cláudio Abramo, que apesar de bastante organizado e competente, muitas vezes tinha métodos no trato com as pessoas que não eram tão convencionais. Acho que esse caso significa o fim de um ciclo e que as coisas têm melhorado nos últimos anos, mas ainda considero que a governança nas empresas de comunicação não é tão boa quanto em outros setores. Portal – Você não estava no Estadão na época do assassinato. Esse fato dificultou de alguma forma no acesso às informações para produzir o livro? Vicente – Não. Eu entrevistei cerca de 50 pessoas que trabalharam lá e fui juntando os pedaços. O fato de a notícia ter sido amplamente coberta pela imprensa ajudou e eu também já fazia um acompanhamento à distância do que vinha acontecendo, porque eventualmente conversava com a Sandra. Portal – Como foi a entrevista com o Pimenta Neves? Vicente – Se não me engano, ele não falava com nenhum jornalista desde 2005 e decidiu me atender em abril de 2009. Marcamos uma conversa para falar não do assassinato em si, mas do ambiente da imprensa e de suas experiências como diretor da Gazeta e do Estadão, e os acontecimentos políticos que culminaram com a volta dele ao Brasil. Claro que no meio da entrevista a conversa evoluiu para o caso da Sandra e suas decisões, explicando seus motivos para as promoções dela. Ele respondeu a tudo que perguntei. Claro que algumas informações contrastavam com as de outras pessoas e até com o meu próprio ponto de vista sobre o ocorrido, por também ter sido uma testemunha do acontecimento. Publiquei trechos dessa entrevista na segunda edição da revista Alfa, em outubro de 2010, três meses antes de ele ser preso novamente.   Ficha técnica: Livro: À queima-roupa – O caso Pimenta Neves (LeYa) Autor: Vicente Vilardaga Formato: 16×23 Nº de páginas: 304 Sobre o autor: Formado em Jornalismo pela PUC de São Paulo e com mestrado em Comunicação Social pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), Vilardaga foi repórter de Jornal da Tarde, Veja e Estadão. Trabalhou por 13 anos na Gazeta Mercantil, onde foi editor-chefe e diretor de Novas Mídias. Atualmente, é um dos editores da revista Alfa, da Editora Abril.

Boris Feldman estreia coluna em O Povo (CE)

O jornal cearense O Povo passou a contar desde 8/5 em sua página Veículos com coluna semanal publicada por Boris Feldman (boris@uai.com.br). Editor do caderno homônimo no Estado de Minas, ele já vinha tendo participações regulares em outros veículos do Grupo de Comunicação O Povo, com o quadro Auto Papo nas rádios Calypso FM, O Povo/CBN e Globo O Povo. Com seu estilo excêntrico, irá aproveitar o espaço para corrigir informações equivocadas que os leitores encontram principalmente na internet. “A última que li era que aumentar a calibragem dos pneus reduz o consumo de combustível. De fato, reduz o consumo, mas aumenta o desgaste do pneu muito mais do que reduz o consumo de combustível. A calibragem tem que ser a recomendada pelo fabricante”, exemplifica Feldman sobre um desses “mitos”. “Vamos abordar assuntos de segurança, política de transporte e meio ambiente também”.

Veja Brasília monta equipe e planeja lançamento para junho

A edição de estreia da Veja Brasília será oficialmente lançada em 8/6, com direito a festa, cujos detalhes ainda estão sendo acertados. Assim como Veja São Paulo, Veja Rio e Veja BH, a edição brasiliense será pautada por reportagens sobre a cidade nas áreas de entretenimento, lazer, programas e serviços. A revista será dirigida por Ricardo Castanho (rcastanho@abril.com.br), vindo da Veja São Paulo, onde era editor-chefe de Veja Cidades. A redação (61-3315-7510) terá 22 profissionais, todos de Brasília ou com forte ligação com a cidade, divididos entre texto, arte e site. A editora-chefe será Viviane Kulczymski. Com passagens por Veja SP, Estadão e Folha, ela está há dois anos no DF, para onde foi acompanhando o marido e para atuar como frila. Érika Klingl, vinda do Correio Braziliense, será a editora de Roteiros. Além dela, compõem a equipe, entre outros, os repórteres Gabriela Almeida, Felipe Morais, Lilian Tahan, Olívia Meireles (ex-Correio Braziliense) e Ulysses Campbell – que também foi do Correio, mas ultimamente estava frilando em São Paulo.

Agência Aids completa dez anos e recebe homenagem

A Câmara Municipal de São Paulo realiza sessão solene em 20/5 para homenagear a Agência de Notícias da Aids, que completa este mês seu décimo aniversário. O tema Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) cruzou o caminho de Roseli Tardelli, fundadora da agência, pela impactante experiência que viveu com o irmão, o tradutor Sérgio Tardelli, falecido em 1994 em decorrência da doença. Após a morte dele, a família Tardelli vivenciou um drama público, ao ter publicada em alguns veículos sua briga judicial contra o convênio médico, que havia se recusado a atender o profissional. Desde então, Roseli passou a desenvolver projetos de prevenção e informação sobre a doença para empresas e governos, e, em 2003, criou a agência, onde conta com apoio de uma equipe – formada por Lucas Bonanno (chefe de Redação), Nana Soares (repórter), Jéssie Panegassi (repórter) e Maurício Barreira (coordenador de produção de eventos) – para produzir e fornecer informações atuais sobre o tema. Roseli também implantou o projeto em Moçambique (www.agenciasida.co.mz), onde  conta com o apoio do repórter Ricardo Machava). Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, produtora cultural e apresentadora, foi a primeira mulher a ancorar um radiojornal no Brasil, o Jornal Eldorado, na rádio Eldorado AM (SP), ligada ao grupo Estado. Na mesma emissora, criou e apresentou o programa Espaço Informa. Apresentou ainda os programas Opinião Nacional e Roda Viva, na TV Cultura. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, ela falou, entre outros assuntos, sobre a criação da agência, as mudanças na abordagem da mídia em relação ao tema e o apoio que recebe. Portal dos Jornalistas – A inspiração para fundar a agência foi o caso de seu irmão. Como foi esse processo – que durou nove anos – entre a morte dele e a criação da agência? Roseli Tardelli – Quando o perdi ficou um buraco muito grande em mim; ser somente jornalista não tinha mais graça. Assim, comecei a me envolver em ações, até que em 1998 o Sinval de Itacarambi Leão, diretor da Revista Imprensa, me convidou para fazer o 1º Fórum Aids Imprensa&Cidadania. Foi a primeira vez que juntamos jornalistas e ativistas para abordar o tema. Eu fui curadora desse seminário, chamei todo mundo. Ele virou um encarte da Revista Imprensa e então eu percebi que faltava uma informação cotidiana e profissional para a questão da Aids. Nessa época eu fazia gestões; cuidava da ONG que fundei, a Parceiros de Vida; fazia shows, eventos. Com o decorrer dos anos fui desenvolvendo a ideia e em 2003 lancei a Agência de Notícias da Aids, que objetiva trazer notícias atuais, fornecer material profissional para os veículos e, principalmente, quebrar os estigmas sobre a doença. Portal dos Jornalistas – Nesse período, o que considera ter mudado em relação à cobertura da mídia sobre o tema? Roseli – Ajudamos a mídia a ter um olhar mais profissional, mais solidário, mais cidadão para a questão da Aids. Hoje os colegas de profissão ligam, pedem ajuda para encontrar personagens, pedem informações, discutem a pauta, pedem dicas. Ajudamos a mídia a dar um tratamento mais humano para a doença. Portal dos Jornalistas – E o que mudou na percepção da sociedade e das pessoas que contraíram o vírus? Roseli – Todo mundo amadureceu. Quando a cobertura amadurece, a sociedade amadurece também. Ainda há um estigma grande em torno da doença, é claro, mas evoluímos muito nesses dez anos. A percepção da doença mudou. Portal dos Jornalistas – Na agência, além de produzir conteúdo sobre o tema, vocês organizam eventos. Como isso funciona? Quem apoia e patrocina? Roseli – Quando há algum fórum ou evento normalmente procuramos apoio no programa municipal, estadual, da secretaria de saúde, e eventualmente, de farmacêuticas. Cada hora procuramos um parceiro. O que mais fiz nesses anos, e continuarei fazendo, é procurar apoios, e ensinar que ninguém está imune ao HIV, pode acontecer com qualquer um, com qualquer família. Portal dos Jornalistas – E como a agência se sustenta hoje? Roseli – Temos parceiros na iniciativa privada; eventualmente apoio do Governo Federal, estadual ou municipal etc. Hoje quem nos apoia são a Anglo American e o Senac. Procuramos sempre ter uma mescla, porque a agência é independente, provém de uma causa, de uma história, não de um governo ou ONG. Portal dos Jornalistas – Em dezembro você lançará um livro. Do que ele trata? Roseli – O livro, que será lançado pela Editora Senac, vai relatar minha história com o meu irmão, meu envolvimento com o tema Aids, a história da agência, seu crescimento… tudo. Toda a minha história. Mas como o trabalho não para – estamos para abrir mais uma agência na Angola –, quem cuida disso para mim é a Cristina Santana, da Parole Editorial.  

Marco Piquini lança blog My God is Rock?n?Roll

Marco Piquini, ex-diretor de Comunicação da Iveco América Latina e hoje consultor em comunicação empresarial em Minas com sua Três Meia Zero, está lançando My God is Rock’n’Roll (http://mygodisrocknroll.soubh.com.br), blog criado a convite do portal de entretenimento de Belo Horizonte SouBh. “Trabalho em parceria com um superamigo, Ezio Fara, italiano que é uma enciclopédia viva do rock, o cara sabe tudo mesmo, além de tocar baixo numa banda punk em BH”, explica Piquini. A página traz histórias curiosas, fatos desconhecidos, letras de músicas traduzidas e explicadas e muito mais. “Tudo feito com a linguagem do rock, que é a irreverência e a contestação. Não esperem lide, sublide etc. pois aqui vai ser new journalism misturado com rock”.

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina: Rio de Janeiro: Roberta Salomone começou no Globo a Mais, vespertino do jornal O Globo para iPads. Ela estava na Agência Ideal desde janeiro, quando voltou depois de dois anos morando em Nova York. O novo e-mail é roberta.salomone@oglobo.com.br. Distrito Federal: Erich Decat deixou em 3/5 a sucursal da Folha de S.Paulo, onde cobria o Congresso Nacional juntamente com Gabriela Guerreiro e Márcio Falcão, e começou em 6/5 na equipe do Estadão. Por lá, cobrirá o Congresso e também o Palácio do Planalto, “trabalho especialmente estimulante em ano pré-eleitoral”, diz. Erich especializou-se na cobertura política em Radiobrás, Ipea, Blog do Noblat, Congresso em Foco e Correio Braziliense, entre outras. Márcia Carvalho, vinda de O Liberal, em Belém, chegou ao Correio Braziliense em 3/5 para a subeditoria de Cultura. Chegaram também em Cidades as repórteres Camila Costa e Maryna Lacerda. Registro ainda para as saídas de Marcela Ulhoa, de Mundo & Variedades, que pretende dar um giro pelo mundo; e dos repórteres Lilian Tahan (Cidades), Felipe Morais e Gabriela Almeida (Cultura) e Olívia Meireles (Revista do Correio), todos em direção de Veja Brasília (ver capa). Minas Gerais: A Rede Minas demitiu no último dia 2/5 50 funcionários não-concursados das áreas de Produção, Programação, Jornalismo e Administração, sob a justificativa de estar fazendo mudanças na estrutura de cargos, seguindo critérios técnicos e funcionais. Entre os funcionários, no entanto, a argumentação foi de que teria sido a necessidade de cortar custos do governo. Em nota, a direção da emissora afirmou que tão logo a Assembleia Legislativa aprove o Projeto de Lei 3252/2012, que dará nova estrutura de cargos e funções à Fundação TV Minas, haverá realização de concurso público para o preenchimento dos cargos criados pela futura lei. Com as férias de Carolina Cota da editoria Suplementos do Estado de Minas, até 27/5 as sugestões de pauta devem ser enviadas para Teresa Caram (teresacaram.mg@diariosassociados.com.br). Juan Pablo Sorín, ex-lateral do Cruzeiro, é o novo colunista do Hoje em Dia. No espaço, vai revelar segredos, analisar competições e desvendar o futebol mundial, lançando um olhar diferenciado sobre os clubes de Minas Gerais. Contatos pelo passedegol@yahoo.com. Rio Grande do Sul: O Gaúcha Hoje, programa da Rádio Gaúcha comandado por Antônio Carlos Macedo, que vai ao ar de 2ª a sábado, das 5h30 às 8h, passou a contar desde o começo do mês com Jocimar Farina como novo coapresentador. Ele assume o lugar de Daniel Scola, que desde outubro do ano passado vinha acumulando a função com a de âncora do Gaúcha Repórter, após a saída de Lasier Martins do comando da atração. No Gaúcha Hoje desde 2005, Scola continuará participando da apresentação do programa aos sábados. Santa Catarina: Após 23 anos no Diário Catarinense, Romí de Liz assume como editora-executiva de O Sol Diário, veículo também pertencente ao Grupo RBS que circula na região de Itajaí e Balneário Camboriú. Responsável pelo editorial do site e do impresso, ela assume a gerência da equipe sob gestão de Adriano Araldi, gerente executivo do grupo em Blumenau. Entra no lugar de Fabiana Roza, que é a mais nova subeditora de cadernos do Diário Catarinense. Fabiana tem ao seu lado Cristina Vieira, que assumiu a posição de editora de cadernos, passando a responder pelos suplementos Casa Nova, Cultura, Donna, Gastronomia, Kzuka, TV Show, Variedades, Viagem e Vida & Saúde.

Memórias da Redação ? Mensageiro do ar

A história desta semana é novamente uma colaboração de Plínio Vicente da Silva (plinio.vsilva@hotmail.com), ex-Estadão, atualmente professor universitário e assessor especial na Prefeitura de Boa Vista, em Roraima. Mensageiro do ar Vivo e trabalho há quase 30 anos numa das regiões mais isoladas do Brasil, o extremo-norte da Amazônia. Quase toda coberta por floresta fechada, dividindo-se entre os alagados ao sul, savana no centro e montanhas ao norte, nas fronteiras com a Guiana e a Venezuela, essa área é tão extensa que há lugares, como as centenas de pequenas vilas e aldeias indígenas, aonde só se chega pelo céu, pelos rios ou por raras trilhas que arremedam estradas. Nos meados de 1987 a grande invasão de garimpeiros em Roraima trouxe ao ex-território federal mais de 50 mil pessoas, que vieram se aventurar nas incontáveis corrutelas abertas no coração da terra dos ianomâmi. Tanta gente vindo e indo fez o espaço aéreo de Boa Vista se transformar num cenário de guerra, pontilhado por centenas de avionetas, como dizem os venezuelanos, cruzando o céu da cidade. Os registros da época apontavam o aeroporto local como um dos três mais movimentados do Brasil, só perdendo para o Galeão e Congonhas. Eram mais de 400 aeronaves estacionadas no pátio e nas manhãs e tardes o intervalo entre decolagens e aterrissagens chegava a ser de pouco mais de dois minutos. Certo dia, num final de setembro, recebi ligação do Centro de Produção, responsável pela coordenação do tráfego entre as redações de Estadão, JT e Agência Estado e as sucursais e correspondentes. Não me lembro de quem era a voz do outro lado que me passou a seguinte mensagem: “Chegou a informação de que garimpeiros mataram índios num lugar chamado Novo Cruzado, aí em Roraima. Mande matéria de 30 linhas, se possível com fotos”. E então veio o pedido, marcado pela falta de conhecimento que muitos brasileiros ainda têm sobre a Amazônia: “Dá pra você pegar o carro, ir até lá e mandar o texto pela escuta até o meio da tarde? Tem algum jeito de transmitir fotos?”. Minha primeira reação foi de riso, mas me contive. Expliquei didaticamente que o local do conflito ficava no vale do rio Paapiú, uma imensa área que abriga várias aldeias indígenas da etnia ianomâmi, a cerca de 450 km de Boa Vista e aonde se chega de avião depois de hora e meia de voo. Cumprir pauta naquelas paragens implica passar por lá um bom tempo, pelo menos uma semana. Então, não bastava descer na pista do Paapiú. Em terra, era preciso depois caminhar ainda por cerca de um dia inteiro por trilhas semiabertas na floresta até chegar a Novo Cruzado, que já nem existe mais. Dependendo de situações como aquela – as notícias davam conta de que estava em curso uma guerra entre índios e garimpeiros – matéria com fotos só depois de uns dez dias, já de volta a Boa Vista. Menos que isso a viagem não compensava. No meio da tarde a Produção voltou a ligar. A Nacional autorizara a viagem de avião e queria matéria especial não só sobre o conflito, mas também mostrando o clima de beligerância que se espalhara pelos garimpos roraimenses nas terras ianomâmi. A recomendação era de que eu viajasse o mais rápido possível. Havia, entretanto, um problema: com a demanda em alta, uma “perna” de avião, como se diz por aqui, estava custando os olhos da cara e eu não tinha dinheiro para bancá-la à vista e depois receber o reembolso. Por isso, só viajaria no dia seguinte, assim que a remessa bancária caísse na minha conta. Minha ideia era me estabelecer na corrutela, ouvir pilotos e garimpeiros e fazer a matéria em cima desses depoimentos. Junto, levaria uma velha Yashica 35 mm, que dava pro gasto. Ainda no meio da tarde um táxi parou em frente à minha casa. Dele desceram um rapaz loiro, olhos azuis, e outro amorenado, cabelos crespos, máquina fotográfica ao ombro. Com sotaque bastante carregado o loiro se apresentou: Paul Murally, inglês, correspondente no Brasil da agência de noticias Reuters; seu companheiro era Wanderley Rodrigues, o fotógrafo. Haviam me localizado por meio da sucursal do Estadão no Rio e vieram me procurar para ajudá-los na cobertura do conflito do Novo Cruzado. A proposta era me levar junto, com todas as despesas pagas. Claro que topei, mas foi aí que cometi um erro: não avisei São Paulo que viajaria com eles naquele mesmo dia. A corrutela do Paapiú parecia uma daquelas cidades do velho oeste americano. A pista servia de rua principal, com oficinas, depósitos de combustíveis e pátio de aeronaves de um lado; armazéns, cantinas e moradias do outro. Atrás desse lado, seguindo as margens do igarapé, ficavam o cabaré e os quartinhos abafados, úmidos e emporcalhados onde mulheres vendiam o corpo nas noites quentes da floresta. Aliás, tudo lá era pago a peso de ouro. Nessa época o grama estava cotado, lá no garimpo, a cerca de 90 cruzados novos. Assim, a noite com uma “prima” custava 10 gramas; churrasco a 5 gramas; prato feito, 2 gramas; latinha de cerveja ou refrigerante, 1 grama. Para minha sorte Paul nos abrigou nas barracas de um acampamento bem montado, construído na cabeceira da pista. Algumas comodidades impensáveis num garimpo faziam a diferença: energia elétrica fornecida por gerador, banheiro com chuveiro quente (uma motobomba puxava a água do igarapé e abastecia o depósito suspenso de dois mil litros), cozinheira, garçonete e refeitório. A estrutura toda pertencia a um nissei, Roberto Nakamura, que também alugava helicópteros. Foi assim que pude fazer belas matérias, indo a vários lugares em voos pelos quais meu amigo inglês pagou US$ 2.000 a hora. Ou seja, no final de uma semana ele já havia bancado cerca de 20 mil dólares em hospedagem e em voos para vários garimpos: Novo Cruzado, Raimundo Nenê, Caveira, Constituição etc., todos na fronteira com a Venezuela. Uma das precauções que se deve tomar ao fazer uma viagem dessas é tentar suprir a total falta de comunicação, pois em muitos lugares o sujeito acaba isolado no meio da selva por vários dias. Assim, já escolado por viagens anteriores, não abri mão de levar na bagagem um radio de pilhas, desses com várias faixas de ondas. Esse tipo de aparelho é companheiro inseparável não só dos garimpeiros, mas também de quem mora nas localidades mais remotas da região amazônica. Certa noite, depois do jantar, enquanto jogávamos cartas entre uma dose e outra de um escocês puro sangue, liguei o radinho para ouvir o Mensageiro do Ar, lendário programa transmitido em ondas curtas pela extinta Rádio Nacional de Roraima, integrante da rede de emissoras oficiais do Governo Federal. Benjamim Monteiro, radialista roraimense tão lendário quanto o programa, começou a ler os bilhetes com as mensagens que recebera naquele dia e num deles pediu: “Atenção jornalista Plínio Vicente, lá na pista do Paapiu. Sua esposa Salete manda dizer que o pessoal do Estadão está ligando de hora em hora atrás da matéria que você prometeu. É pra você voltar imediatamente, pois estão todos preocupados com o seu desaparecimento”. Coincidência ou não, nossa volta estava programada para o dia seguinte. Assim que cheguei em casa, e depois de alguns momentos com a mulher e os filhos, escrevi a matéria, coloquei num envelope junto com alguns fotogramas devidamente identificados que o Wanderley me deu com a recomendação de o jornal não lhe dar crédito. Explicou-me que as fotos da Reuters não podiam ser vendidas dentro do Brasil devido a restrições contratuais. Voltei ao aeroporto e despachei o material. Nessa época não havia em Boa Vista nem telex nem aparelho de telefoto. Exceção aos pequenos textos, transmitidos por telefone, o material mais elaborado era mandado via aérea, em envelopes especiais levados pelos pilotos e deixados nos balcões da Varig ou da Cruzeiro do Sul. Voltei para casa e só então liguei para o Estadão. Disseram-me que Rodrigo Mesquita, diretor da Agência Estado, queria falar comigo. Assim que atendeu ele me deu a maior bronca: “Como você me faz uma coisas dessas? Você lá tem condições físicas para ir embora pro meio da selva fazer matéria de garimpo? Ficou maluco?”. Depois, mais calmo, perguntou: “Afinal, fez as matérias? Conseguiu as fotos?”. Ficou satisfeito com a resposta, elogiou meu profissionalismo, pediu-me que não me arriscasse mais e por fim fez uma última pergunta: “Afinal, como soube, lá no fim do mundo, que estávamos preocupados com o seu sumiço?”. Foi nesse dia que o Mensageiro do Ar mostrou o seu valor e a importância que tem para quem vive isolado no interior da Amazônia. Ainda hoje, nos sete dias da semana, o velho Benja continua anunciando às 10 da noite: “Começa agora o Mensageiro do Ar, voz e ouvidos da Amazônia”. Durante uma hora e meia ele manda seus recados pelas ondas médias, curtas e longas agora da Rádio Roraima, sucessora da Nacional. Nota da Redação – Histórias como essa, que Plínio tem contado neste espaço nos últimos anos, levaram Rosana Zaidan, responsável pelo jornal A Cidade, de Ribeirão Preto (interior de São Paulo, onde ele foi criado), a considerá-lo “boa pauta” para uma entrevista, tarefa que entregou a Sidnei Quartier, contemporâneo de Plínio no Estadão. O resultado, publicado em três páginas na edição do jornal no domingo passado (5/5), você confere no http://migre.me/erVDW. 

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