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sexta-feira, dezembro 19, 2025

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Sobre dúvidas e certezas

Nos últimos anos, estudiosos e empresários da comunicação de todo o mundo vêm analisando os impactos da internet, da mobilidade, das redes sociais e congêneres sobre a imprensa, principalmente os jornais, com o objetivo de encontrar alternativas para ao menos mitigar o seu inegável declínio como negócio. O universo digital conturbou de tal maneira o de papel que os protagonistas deste têm sido levados a, em maior ou menor grau, fazer experiências para tentar garantir a sobrevivência de seus veículos nesse admirável mundo novo criado pela explosão da tecnologia da informação. Mas, como ouvimos recentemente de um alto executivo de jornal em uma palestra em São Paulo, “temos muitas dúvidas e poucas certezas na nossa área neste momento. E a certeza maior é de que não podemos ficar parados”. Jornalistas&Cia também resolveu colaborar com essa discussão e para celebrar o Dia do Jornalista, neste 7 de abril, traz nesta edição especial as opiniões de 53 profissionais, sem ter tido a preocupação de convidá-los em função de idade, cargo ou região geográfica. Temos, pois, desde diretores de Redação a repórteres, passando por renomados professores, freelancers e editores. Todos refletem com suas vivências, interpretações e conhecimentos o que esperam ou querem ver sobre o jornalismo, dentro da temática O mercado que nos espera. E o que o mercado espera de nós? Este trabalho não tem a ambição de ser acadêmico ou mesmo uma pesquisa. A decidir fazê-lo, nossa única motivação foi medir a pulsação dos profissionais, instigando-os a usar o calor das opiniões para gerar a luz das reflexões. Da mídia tradicional à mídia transcendental, representada pela comunicação digital e móvel, tudo está presente neste especial, que levou aos protagonistas que aqui assinam seus nomes 13 questões, talvez por ser esse o nosso número da sorte. Vários optaram por escrever pequenos artigos sobre a temática e outros se dispuseram a responder uma a uma todas as indagações. Houve até quem fez as duas coisas. O resultado das previsões desses profissionais você confere nas próximas páginas. (Aliás, pedimos aqui licença para fazer nossa a declaração de um dos respondentes ao justificar por que não se manifestaria sobre um dos temas: “Um dia alguém vai catalogar todas as ‘previsões’ e checar o que de fato aconteceu. Não dá agora, com tanta tecnologia disruptiva sendo jogada a toda hora na nossa cara.”) No roteiro proposto, buscamos abordar, entre outros aspectos, a qualidade do jornalismo contemporâneo; o que mais chama nele a atenção, positiva e negativamente; quem já teria encontrado um caminho para sobreviver e quem está na frente nesse processo de transição; a possibilidade de surgimento de novas marcas relevantes no jornalismo; o nível técnico e cultural das novas gerações de jornalistas; o mercado de trabalho daqui a cinco ou dez anos; a pulverização da publicidade e o pagamento por acesso a conteúdo. Completam esse elenco de opiniões dois documentos que, embora já publicados, consideramos de grande relevância aqui reproduzir, com as devidas autorizações. Um é a entrevista que Caio Túlio Costa deu a Carlos Müller para o Jornal ANJ nº 248 (fevereiro/2014), sobre o estudo que fez no ano passado na Escola de Jornalismo da Universidade Columbia para desenvolver o que chama de “um modelo viável para as empresas jornalísticas no meio digital”. Nesse estudo, cuja íntegra estará na edição de abril da Revista de Jornalismo da ESPM, ele adverte: “A empresa precisa recomeçar do zero – mesmo na produção de conteúdo. O digital é outra coisa, com outras leis e com outra forma de consumo. E a empresa não deve temer ter de matar a sua própria empresa-mãe para se dar bem no meio digital. Caso contrário, outros a matarão. Neste caso é melhor que você mesmo faça este serviço de morte e renascimento”. O outro documento a que nos referimos é o artigo Um novo consenso sobre o futuro do jornalismo, do crítico norte-americano de mídia Dean Starkman, que o Observatório da Imprensa publicou em sua edição 789 (11/3/2014). Nele, após fazer um retrospecto das discussões, “muitas vezes inflamadas – às vezes, surpreendentemente esclarecedoras, e, às vezes, profundamente idiotas”, a respeito do “consenso do futuro das notícias” nos últimos dois anos, Starkman elenca seis novos pontos que considera consensuais sobre o futuro das notícias, “ou, talvez melhor, o consenso das notícias no dia de hoje, uma vez que isso não parece tanto para onde vamos, e sim, onde estamos”. Dadas as características desta edição, esperamos que ela ajude você em suas reflexões sobre o futuro da nossa atividade. Por isso, sugerimos que a guarde e leia sem pressa, critique e saboreie. Concorde ou não com as opiniões aqui expressas, elas representam o resultado de um esforço voluntário dos que aceitaram nosso convite para colaborar. A eles nosso mais profundo agradecimento. Boa leitura! J&Cia – Especial Dia do Jornalista

Vaivém das Redações!

Veja o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia:   São Paulo Erika Palomino, publisher da revista L’Officiel Brasil, anunciou a chegada de Sophia Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin, como nova diretora de Estilo. Ela vai tocar as principais seções de moda e lifestyle da publicação, além de auxiliar na sugestão de pautas para outros produtos da casa, como L’Officiel Hommes e Voyage. Marina Diana, titular da coluna Leis e Negócios no iG ([email protected] e 11-982-672-630), assumiu também na semana passada o posto de editora-chefe da revista Advogado – Mercado & Negócios. Com ela seguiu a repórter Sheila Wada, ex-subeditora de Política do DCI e ex-CDN, entre outros. Ambas chegam à revista, que está em sua 48ª edição, no bojo de diversas mudanças promovidas pela Selem Bertozzi Consultoria, que a adquiriu em meados do ano passado. A empresa tem outras publicações e está se especializando no segmento de imprensa corporativa advocatícia.   Rio de Janeiro Liana Verdini deixa o Brasil Econômico, onde era sub de Finanças, e se muda para Brasília, a convite da Secretaria de Comunicacao Social da Presidência da República. A editora Eliane Velloso deve substituí-la em breve. Fabio Nascimento vai integrar a editoria de Finanças do Brasil Econômico como subeditor, no lugar vago com a saída de Liana Verdini, que foi para a Secom, como noticiamos em J&Cia 941. Nascimento era ultimamente gerente de Comunicação Corporativa e Negócios da Oi, chefiou a assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, e tem MBA em Gerência de Projetos pela FGV. Antes da comunicação corporativa, foi repórter de Finanças na Economia de O Globo, além de Extra, O Dia e Jornal do Commercio.   Distrito Federal No portal do Jornal de Brasília quem saiu foi a editora Amanda Carvalho, substituída, também interinamente, pela repórter Tatiane Nardele. Outra que deixou o jornal foi a repórter Camila Max, ainda sem substituição. Em Na Hora H, outro título da empresa do Jornal de Brasília, a xará Amanda Amaral de Souza deixou a Reportagem. Para o lugar dela foi Virgínia Negretto.   Minas Gerais Pedro Lobato, editor de Opinião do Estado de Minas, retomou as suas atividades no jornal após ter ficado afastado por 11 dias devido a uma cirurgia.  Bahia Elane Varjão, sócia da Varjão, passa a assinar uma coluna social no portal Bahia Notícias. Além do BN, tem um espaço na revista Yacht e outro no site Resenha Bahia. Leia mais   + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações!  

Paulo Markun estreia programa no Canal Brasil

Paulo Markun estreia no Canal Brasil nesta 2ª.feira (7/4), às 20h30 (com reprises aos sábados, às 13h), a série semanal Retrovisor. O programa é um talk show no qual atores revivem personagens históricos já falecidos e dão entrevista a Markun – que também é o idealizador da atração – e ao público presente no auditório da Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo, onde foram feitas as gravações. A emissora exibirá os 13 episódios da primeira temporada; a segunda, com 26 programas, já está em fase de pré-produção. A personagem de estreia é Anita Garibaldi, vivida por Lucienne Guedes. Também foram revisitadas no programa as histórias de, entre outros, Monteiro Lobato, José do Patrocínio, Euclides da Cunha, Luís Carlos Prestes, Mario e Oswald de Andrade.   Leia mais + Paulo Markun começa a gravar Retrovisor  + SescTV estreia série sobre habitação e cultura + Júlio Moreno deixa a Fundação Padre Anchieta

Memórias da Redação ? Pastéis de queijo para Mikhail Gorbachev

A história desta semana, de Luiz Ruffato, foi publicada originalmente no site brasileiro de El País em 24/2 e está sendo aqui reproduzida com as autorizações do autor e do veículo. Mineiro, Ruffato chegou a São Paulo em 1990 e desempenhou diversas funções no Jornal da Tarde, onde ocorreu o episódio que ele relata. Desde 2003 dedica-se exclusivamente à literatura.   Pastéis de queijo para Mikhail Gorbachev Luziane, a moça que vendia quitutes na redação, havia, sem saber, enfrentado um dos homens mais importantes e poderosos do mundo             Em 1993 o presidente da República era Itamar Franco, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e a moeda, o cruzeiro real. Eu trabalhava como redator no Jornal da Tarde, de São Paulo, e aguardava, ansioso, o nascimento da minha filha, Helena. Mikhail Gorbachev estava no auge de sua popularidade. Responsável pelas reformas política (glasnost) e econômica (perestroika) que possibilitaram o fim da guerra fria e, ao mesmo tempo, resultaram na dissolução da União Soviética, vivia de ministrar palestras ao redor do mundo. Numa destas, acabou dando com os costados no jornal O Estado de S. Paulo, cuja redação funcionava no mesmo andar da do Jornal da Tarde, separadas apenas por um estreito corredor.             Todos os dias, às cinco horas da tarde, Luziane descia do sétimo andar empurrando um carrinho lotado de guloseimas. Estacionava-o num canto e aguardava a chegada dos jornalistas, de ambas as redações, que rapidamente esgotavam suas provisões. Em geral, oferecia coxinhas, rissoles, quibes, enroladinhos de salsicha, esfirras, chocolates e refrigerantes. Mas, durante alguns meses de 1993, a cantina resolveu inovar e, além de salgadinhos e doces tradicionais, Luziane trazia também pastéis quentinhos, de carne e de queijo, que, por serem poucos, eram disputados por meio de empurrões e cotoveladas. Depois, ela percorria o sexto andar, mesa em mesa, cobrando a conta. Quase nunca lhe davam calote. Até porque, compreendíamos, ela é quem pagava a diferença do caixa, se houvesse.             A entrada de Gorbachev na redação de O Estado de S. Paulo ocorreu de maneira espalhafatosa. Acompanhado pela mulher, Raisa, por diretores da empresa e políticos, e cercado por seguranças enormes, tensos e carrancudos, o ex-líder soviético seguiu arrastando seu séquito, simpático, porém intangível. Então, alguém, querendo lhe agradar, dirigiu-se ao carrinho de Luziane, que acabara de baixar do sétimo andar, e, tomando dois pastéis de queijo, repassou-os às mãos de Gorbachev e Raisa, explicando ser aquilo “uma iguaria brasileira”, conceito que a tradutora deve ter se esforçado para transmitir ao casal. Não lembro se eles experimentaram os pastéis ou se, polidos, apenas agradeceram a gentileza, reencaminhando-os a algum assessor. Sei que, como chegaram, começaram a sair, feito um trem que, após breve parada na estação, retoma os trilhos, apressado.             V.P. era conhecido pelas brincadeiras, muitas de mau gosto, que perpetrava nos colegas. Sempre atento a oportunidades para exercitar suas zombarias, percebeu a retirada iminente de Gorbachev e denunciou-o a Luziane, Olha lá, aquele careca está indo embora sem pagar. Imediatamente, ela largou o carrinho e, correndo, intrometeu-se no meio do cortejo, sem dificuldades, franzina que era. Quando os seguranças perceberam, Luziane já se encontrava de pé, dedo em riste, gritando para um boquiaberto Gorbachev, O senhor não vai embora sem pagar não! Depois eu que tenho que arcar com o prejuízo! Diante da incredulidade da comitiva, que não entendia o que estava acontecendo, alguém desembolsou uma nota que cobria com folga a despesa, entregou-a com descaso a Luziane, e, pensando em se desvencilhar dela com presteza, falou, Pode ficar com o resto. Mas ela, paciente, sem arredar um milímetro do lugar onde se plantara, contou e recontou o troco, devolveu o dinheiro excedente, agradeceu, e, só então, o grupo voltou a se movimentar.             Luziane retornou com um sorriso vitorioso, tendo sido discretamente aplaudida por alguns jornalistas. Ela havia, sem saber, enfrentado um dos homens mais importantes e poderosos do mundo, apenas com seu corpo frágil e sua determinação de sobrevivente.             Raisa morreu seis anos depois, de leucemia. Aos 82 anos, Gorbachev continua dando palpites na política interna da Rússia, embora suas ideias hoje pouco influenciem a opinião pública.             De Luziane, não se sabe. Em algum momento no final da década de 1990 regressou para o interior de Pernambuco. Talvez ainda esteja por lá, enfrentando, com seu corpo frágil e sua determinação de sobrevivente, os poderosos do mundo…   Leia mais + Memórias da redação – O quinteto do Bom Retiro + Memórias da redação – O “senador” + Memórias da redação – PUM

Prêmio SAE Brasil de Jornalismo prorroga prazo de inscrição

Com foco em reportagens relacionadas à tecnologia da mobilidade nos segmentos terrestre (sobre rodas, ferroviário, máquinas agrícolas e de construção), aeroespacial e naval, a premiação teve seu prazo prorrogado até 13/4 (domingo). Podem concorrer trabalhos veiculados em mídias impressas ou internet, entre 1º de março de 2013 e 21 de março de 2014. Os primeiros colocados (um por categoria) receberão R$ 7 mil em dinheiro; as menções honrosas (duas por categoria) serão contempladas com R$ 2 mil cada uma; e os destaques (dois por categoria) receberão certificados. As fichas de inscrições e o regulamento estão disponíveis no site do prêmio. Mais informações pelo 11-4435-0000, com Maria do Socorro Diogo, Michelle Raeder, Susete Davi ou Michele Alves.

Alexandre Coelho começa na equipe do Carros e Motos

A seção Carros e Motos do site do jornal fluminense Extra passou a contar com o reforço do repórter freelancer Alexandre Coelho. Com passagens por Automania, O Dia e agência AutoPress, ele chega para produzir notas e matérias para o portal, sob responsabilidade de Fernando Miragaya, que segue integrando a equipe de reportagem dos cadernos Carro etc (O Globo) e Motor Extra (Extra).

Geraldo Samor é o novo colunista de Veja

Geraldo Samor começou nesta 3ª.feira (1º/4) na sucursal Rio de Veja. Na última 5ª (3/4) estreou a versão online da coluna Veja Mercados, que também estará na revista impressa. O novo espaço trata do mercado financeiro de modo geral, como bolsas de valores e fundos de investimento, com ênfase para os assuntos brasileiros.

Samor vem do podcast Rio Bravo Investimentos; foi editor para a América Latina no fornecedor de informações sobre mercados Debtwire; correspondente no Brasil do Wall Street Journal e da International Financing Review (IFR); e repórter da editora Dow Jones.

Quem fica no lugar dele no podcast Rio Bravo é Fabio Silvestre Cardoso, professor de Comunicação na Universidade Anhembi Morumbi que escreve para a revista Gestão & Negócios, respondendo por pautas de empreendedorismo e tecnologia.

Programa Avançado em Jornalismo Digital do IICS recebe inscrições

Seguem abertas as inscrições para o Programa Avançado em Jornalismo Digital do IICS, cujas aulas se iniciarão em maio, em São Paulo. Uma das novidades desta edição é a volta do quarto módulo – em 2013, foram três. As disciplinas do curso – realizado em quatro semanas intensivas ao longo do ano – abordam conteúdo digital, Direito e apuração em redes sociais. E ntre os professores estão Alberto Cairo (Universidade de Miami), especialista em jornalismo visual; Ramón Salaverría (Universidade de Navarra), uma das grandes autoridades em jornalismo digital em nível mundial; Luciane Aquino (Terra); Altair Nobre (ex-RBS e editor da revista para iPad BeerArt); e Fernanda Leonardi (advogada especialista em Direito Digital). Mais informações e inscrições pelo www.iics.edu.br.

ANJ lança curso gratuito de visualização de dados e infografia

Em parceria com o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas e apoio do Google, a ANJ está lançando o curso gratuito de quatro semanas Introdução à visualização de dados e infografia, aberto a qualquer pessoa com acesso à internet. Com início em 14/4, será ministrado pelo professor Alberto Cairo, da Universidade de Miami. Os participantes da área de Jornalismo podem se candidatar a uma bolsa para participar do 10º Congresso Brasileiro de Jornais, em agosto próximo, incluindo viagem e estadia em São Paulo. A bolsa será concedida pela ANJ aos autores dos oito melhores projetos finais do curso. Inscrições e informações pelo open.journalismcourses.org.

Filho de Jango pede apoio para construção do Memorial João Goulart

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo sediará em 10/4 uma reunião solicitada por João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango, para alavancar a participação de entidades sindicais e sociais junto ao Instituto Presidente João Goulart e buscar apoio para a construção do Memorial João Goulart, a ser erguido em Brasília. O espaço, que tem projeto de Oscar Niemeyer, ficará em um terreno no Eixo Monumental Oeste cedido pelo governador Agnelo Queiroz. O evento no Sindicato paulista será a partir das 14h30, no auditório Vladimir Herzog (rua Rego Freitas, 530, sobreloja). Mais informações no www.institutojoaogoulart.org.br.

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