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quinta-feira, julho 24, 2025

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Memórias da Redação ? Uma frase para explicar os destinos de avô e neto

A história desta semana Milton Coelho da Graça publicou em coluna no Portal Nacional, do PPS, no último dia 14/8, e nos autorizou a reproduzir. Milton atuou em diversos veículos, inclusive em postos de comando, entre eles Diário Carioca, O Dia, Última Hora, Quatro Rodas, Realidade, Placar, Gazeta Mercantil, Rio Gráfica Editora e O Globo.  Uma frase para explicar os destinos de avô e neto          Fui assessor de imprensa de Miguel Arraes durante menos de 24 horas: das 7 horas da noite de 31 de março às 4 da tarde de 1° de abril de 1964. Saí diretamente de meu trabalho na Sudene (onde editava as revistas técnicas) e fui ao Palácio das Princesas ver como estava a situação. O pessoal da assessoria de imprensa não estava e eu combinei com Arraes que me encarregaria dessa área até o titular aparecer.          Isso não aconteceu. Só saí do palácio no fim da tarde do fatídico 1º, quando comandantes militares ordenaram que todos saíssem, exceto o governador, sua família e auxiliares diretos.          Saí acompanhando Celso Furtado e, depois, fui diretamente encontrar companheiros da Sudene, para fazer o que deve ter sido o primeiro jornal clandestino de oposição à ditadura. Impresso em mimeógrafo e com o título Resistência, a manchete da primeira e última edição já saiu atrasada: Arraes resiste. O ex-governador estava preso e a caminho do presídio na ilha Fernando de Noronha.          Também fui preso nessa madrugada, com outros companheiros, distribuindo o jornal.  Só me soltaram em novembro de 1964, assim mesmo graças a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.          Fui rever Arraes em 1969, quando, trabalhando na revista Realidade, passei pela Argélia e pedi sua ajuda para me arranjar um contato com o grupo palestino Al Fatah, sobre o qual eu iria escrever uma reportagem. Arraes me ajudou, graças a suas boas relações com o governo de Ben Bella e, em nossos papos, trocamos previsões pessimistas sobre o que ocorria e ainda ocorreria no Brasil. Mas o tom da despedida foi de esperança, de que o próximo encontro já seria no Brasil.          Logo após a anistia e seu retorno, Arraes reuniu cinco jornalistas amigos e pediu nossas opiniões, embora rigorosamente não tenha seguido nenhuma delas.          Na verdade, só comecei a entender Arraes quando, 20 anos mais tarde, como diretor do jornal Diário de Alagoas, entrei num avião, vindo do Rio, para ir de Maceió a Recife. Minha poltrona era exatamente diante daquela em que estava Arraes, também a caminho de Recife. Eram mais de 11 da noite, ele já tinha bebido muito uísque e trocamos poucas palavras, até porque nossas poltronas não ajudavam a conversa.          Mas, quando o avião pousou, ambos levantamos e trocamos um longo abraço. Caminhamos até a porta e, quando ela se abriu e já podíamos ver as várias dezenas de amigos que o esperavam, voltamos a nos abraçar e ele me repetiu uma frase que já dissera em Argel, resumindo os planos para o retorno ao Brasil: “Você sabe, Milton, a gente faz sempre o que tem de fazer”.          E foi isso a primeira coisa que pensei quando um amigo me contou a tragédia de Eduardo, no mesmo 13 de agosto que já levara seu avô, para fazer algo que ninguém mais compreenderia:  por que ele tinha de estar voando em Santos numa manhã de tanta chuva e vento?

Veja.com lança canal focado na cobertura das eleições

Veja lançou nesta semana, em Veja.com, a TVeja, canal com foco na cobertura das eleições 2014 e grade de programação fixa ao vivo. Ancorada por Joice Hasselmann, contará com a participação de colunistas da publicação, como Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Ricardo Setti, Marco Antonio Villa, J.R. Guzzo, Lauro Jardim, Caio Blinder e Geraldo Samor.  

Novas mudanças na Redação do Hoje em Dia (MG)

Segue o vaivém na Redação do Hoje em Dia (MG). Carlos Moreira é o novo editor de Primeiro Plano. Ana Paula Pereira Lima, após permanecer durante alguns anos como editora-adjunta do Minas, passa a editora de primeira página. Janaína Martins edita as notícias nacionais e internacionais da editoria Primeiro Plano, tendo Rogério Wagner Mendes como adjunto. Amílcar Brumano é sub de Esportes. O repórter Pedro Arthur deixa o caderno de esportes e assume a mesma função no Almanaque. Ele ainda não foi substituído. 

I Curso de Informação sobre Jornalismo e Direitos Humanos recebe inscrições

Estão abertas até 18/9 as inscrições para o I Curso de Informação sobre Jornalismo e Direitos Humanos. Um dos módulos do Projeto Repórter do Futuro, a iniciativa é dirigida a estudantes universitários de Jornalismo e de outras áreas do conhecimento e será realizada ao longo de quatro sábados seguidos: 4, 11, 18 e 25/10. Nesta primeira edição, os estudantes participarão de palestras e entrevistas coletivas temáticas sobre direito penal e sistema carcerário, política externa brasileira e direitos humanos, empresas e direitos humanos e sistema internacional de direitos humanos. A ficha de inscrição já está disponível e o investimento para os aprovados será de um salário mínimo. Haverá reembolso ao final do curso caso o aluno atinja algumas metas estabelecidas pela organização do curso.

Marcus Barreto assume Jornalismo da Record Litoral/Vale

Após seis meses como gerente de Jornalismo da Record Bahia, Marcus Barreto assumiu a Direção de Jornalismo da Record Litoral/Vale, que cobre todo o litoral paulista, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira. Barreto tem 26 anos de profissão, 16 deles na Rede Record. Também atuou em SBT, Band e Rede TV. Para o lugar dele seguiu Ana Raquel Copetti, que estava em Porto Alegre, substituída por Fábio Behrend, que era editor do Cidade Alerta em São Paulo.    

Débora Fortes deixa PEGN para assumir comunicação da Technisys

Depois de 14 anos de redação, Débora Fortes muda de lado e assume o Departamento de Marketing e Comunicação da Technisys. A empresa, especializada em tecnologia para o mercado bancário, acaba de montar escritório em São Paulo e pretende investir até 2015 US$ 11 milhões no País, em uma operação que deve empregar 100 funcionários. Débora era redatora-chefe da Pequenas Empresas & Grandes Negócios, e ainda pela Editora Globo foi editora executiva da Época Negócios. Antes, esteve por 11 anos na revista Info, onde entrou como repórter especial e saiu como diretora de Redação. Em assessoria, teve passagens por S2 e IBM Brasil.    

Prêmio Abrafarma incentiva reflexão sobre setor na sociedade

O Prêmio Abrafarma de Jornalismo está com inscrições abertas até 5 de novembro e receberá trabalhos veiculados entre 1º de novembro de 2013 e 31 de outubro de 2014. Criado pela Abrafarma com o objetivo de incentivar e reconhecer a produção jornalística e ampliar o debate na sociedade sobre o setor de comércio de medicamentos e de produtos direcionados à saúde e ao bem estar, a iniciativa vai reconhecer os três melhores trabalhos da categoria Grande Imprensa com R$ 10 mil (primeiro lugar), R$ 6 mil (segundo) e R$ 4 mil (terceiro); e com R$ 5 mil o melhor trabalho da categoria Imprensa Especializada. Os valores são líquidos, já descontado o Imposto de Renda. O prêmio tem o objetivo de mostrar o potencial do setor e sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social, razão pela qual vai se debruçar sobre trabalhos que focalizem o desenvolvimento setorial; mostrem a abrangência dos serviços prestados em farmácias e drogarias; apontem entraves conjunturais que impeçam o desenvolvimento do setor; e apresentem iniciativas inovadoras internacionais com possibilidade de aplicação no Brasil, entre outros aspectos. O participante encontra ficha de inscrição, regulamento e um conjunto de perguntas e respostas em página específica no site da Abrafarma. O Prêmio é uma correalização de Jornalistas&Cia e Scritta – Serviço de Notícias. Outras informações pelo premioabrafarma@jornalistasecia.com.br, com Lena Miessva.    

Publishers assumem compromisso com novo posicionamento da ANJ

No encerramento da 10ª edição do Congresso Nacional de Jornais, em São Paulo, nesta 3ª.feira (19/8), os publishers de quatro dos principais jornais brasileiros comprometeram-se publicamente com a nova campanha liderada pela ANJ, Jornal. Está em tudo, que tem por objetivo posicionar o jornal não só como o mais influente e o mais relevante difusor de notícias, mas também como um meio importante para lançar, fortalecer e renovar marcas e produtos. Francisco Mesquita Neto, de O Estado de S.Paulo, João Roberto Marinho, das Organizações Globo, Luiz Frias, presidente do Grupo Folha, e Nelson Sirotsky, presidente do Conselho de Administração do Grupo RBS, uniram-se em apoio à campanha, que terá anúncios nos jornais associados à ANJ, spots de rádio e uma grande quantidade de peças interativas na internet, plataforma que ganha ainda mais importância no trabalho de reposicionamento do meio, dada a grande audiência gerada pelos canais digitais dos jornais. Mesquita, por exemplo, ressaltou que “as novas iniciativas vão facilitar o restabelecimento do tripé do mercado, formado por anunciantes, agências e jornais”. Marinho, das organizações Globo, partiu dos sentimentos contraditórios gerados pelo surgimento da internet nos empresários e executivos de jornais para concluir que hoje, depois de décadas, a percepção predominante é a de que, na “geleia” de informação e desinformação característica do meio digital, as oportunidades são maiores do que as ameaças para empresas de mídia com marcas de credibilidade, acostumadas a desconfiar da informação e a checá-la. “Os jornais são grandes exemplos”, afirmou. Para Frias, o principal patrimônio dos jornais continua a ser o pluralismo e a independência, mas o modelo de negócio tradicional, que permitiu e financiou o jornalismo independente, é que sofreu abalos com a internet. Mas esse abalo não deverá perdurar, segundo ele: “Os jornais avançaram muito nessa busca por modelo correto de negócios. Há experiências exitosas, aqui e lá fora, de que podemos construir carteiras de assinantes que poderão ser maiores que as do passado”. E Sirotsky enfatizou que a união dos jornais na busca do fortalecimento de sua independência financeira não se restringe à sobrevivência dos veículos: “Quando nos unimos para reforçar a relevância do meio e criamos ferramentas para garantir a independência econômica, estamos garantindo de certa forma a liberdade de expressão. Por isso, este é, sim, um momento histórico, com medidas concretas para assegurar a continuidade econômica das nossas atividades e, como consequência, do bom jornalismo”.

Universidade Candido Mendes lança prêmio jornalístico sobre drogas

O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, da pós-graduação e pesquisa da Universidade Candido Mendes, lançou o Prêmio Gilberto Velho – Mídia e Drogas. Primeira premiação jornalística brasileira dedicada ao tema, propõe-se a estimular o debate público sobre políticas e legislação relacionadas às drogas. Serão considerados o ineditismo das informações; fatos e dados que contribuam para desafiar ideias pré-concebidas em relação ao tema; abordagens sobre a relação entre direitos humanos e políticas de drogas; a diversidade de fontes e ângulos de interpretação; a qualidade do texto; e a capacidade de comunicar visões inovadoras sobre as políticas públicas e a legislação na área de drogas no Brasil. Idealizado pela socióloga e pesquisadora Julita Lemgruber, o concurso, que tem organização de Ana Bela Paiva, homenageia o antropólogo Gilberto Velho (1945-2012), pioneiro da Antropologia Social, decano da UFRJ, e um dos primeiros a propor a discussão sobre a regulação das drogas no País. Podem concorrer trabalhos de todo o Brasil, publicados em jornais, revistas e páginas da internet entre 1º/1 e 18/10/2014. O prêmio não contempla reportagens de rádio e televisão. Também não poderão concorrer trabalhos que tenham sido produzidos originalmente para campanhas políticas ou veiculados como informe publicitário. A inscrição deve ser feita até 22/10 pelo formulário no site do prêmio. Os jurados são: Bruno Torturra, da rede Fora do Eixo, um dos idealizadores da Mídia Ninja; Cristiane Costa, coordenadora do curso de Jornalismo da ECO-UFRJ; o médico Dartiu Xavier da Silveira, professor da Unifesp; Luciana Boiteux, professora de Direito Penal e Criminologia da UFRJ; o autor e ex-secretário de Segurança do Rio Luiz Eduardo Soares; Marcelo Moreira, da Abraji; o antropólogo Mauricio Fiore, da Unicamp; e Sílvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. A comissão julgadora vai eleger três reportagens, que recebem o primeiro prêmio no valor de R$ 7 mil, o segundo prêmio de R$ 3 mil, e uma menção honrosa sem valor pecuniário. Para mais informações e contato com a equipe, estão disponíveis os e-mails inscricao@premiogilbertovelho.com.br e contato@premiogilbertovelho.com.br, e os telefones 21- 2531-2033 / 2232-0007, com Daniella Vianna (daniella@ucamcesec.com.br).

Comissão tem 30 dias para investigar alterações de perfis da Wikipédia

Miriam Leitão diz que explicação do Planalto é de corar de vergonha O Governo Federal começou em 12/8 o processo de sindicância para investigar alterações nos perfis de Carlos Alberto Sardenberg e Mírian Leitão, colunistas e comentaristas de TV Globo, O Globo e CBN, na Wikipédia, em maio de 2013, a partir de um IP da rede do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República. O perfil de Miriam foi alterado três vezes. Segundo especialistas, é possível saber quem acessou a enciclopédia virtual, verificando no servidor de rede do Palácio do Planalto qual computador fez a solicitação de acesso, por meio do endereço físico do equipamento, conhecido como mac address. E por ele identificar qual foi o usuário que fez o login e acessou a página. A comissão será chefiada pelo auditor fiscal e secretário-executivo da Casa Civil Valdir Simão, e terá 30 dias de prazo. Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência considerou lamentável o episódio e informou que, por razões técnicas, “é impossível” localizar os computadores de onde partiram as alterações nos perfis na Wikipédia. E que até julho passado, os conteúdos da rede de internet do Palácio do Planalto eram arquivados por no máximo seis meses. “Outro dado técnico que dificulta a identificação de quem fez as modificações nos textos é o fato de elas terem sido realizadas por um número de rede de internet do Palácio que também funciona para a rede wi-fi. Ou seja, qualquer pessoa, mesmo que estivesse em visita ao Palácio, poderia, em tese, ter realizado as alterações”, afirma a nota oficial. Apesar disso, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, disse que é preciso investigar. Entidades de classe como ABI, ANJ, Abert e Fenaj cobram do Executivo a apuração rigorosa do caso. Sobre essas medidas, Miriam disse a J&Cia que “o governo nada fez a não ser se dar um prazo. Não pensei ainda em tomar nenhuma providência. A pauta do Brasil é intensa e há outras emergências mais sérias. O esquisito ali não é o ataque a mim ou ao Sardenberg, mas usar a estrutura do Planalto e a primeira explicação de que poderia ter sido um visitante é de corar de vergonha”.

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