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sábado, outubro 5, 2024

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Matheus Leitão Netto deixa a Folha de S.Paulo

Após quatro anos como repórter investigativo da Folha de S.Paulo em Brasília, Matheus Leitão Netto deixou o jornal na semana passada.

Surpreso com a dispensa repentina, ele disse ao Portal dos Jornalistas: “Não entendi direito, porque acho que fiz um bom trabalho na Folha. Apesar desse final, foi uma experiência muito boa, pois tive a oportunidade de trabalhar com excelentes profissionais, como Fernando Rodrigues, Melchíades Filho – que me levou para lá – e Rubens Valente, entre tantos outros”.

Para o posto dele na cobertura de Política chegou Gabriel Mascarenhas, que estava em Veja escrevendo para a coluna Radar Online, de Lauro Jardim, onde ainda não foi substituído.

Com passagens por Correio Braziliense, Época e iG – onde foi editor-executivo –, Matheus foi um dos cinco estrangeiros selecionados a participar, de 2011 a 2012, do curso dirigido pelo lendário Lowell Bergman no Centro de Jornalismo Investigativo da UC Berkeley.

Ao lado de Miriam Leitão, protagonizou em 2013, pela primeira vez na história do Prêmio Esso, mãe e filho como premiados numa mesma cerimônia – ela na categoria de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental e ele como integrante da equipe do projeto Folha Transparência, que recebeu a distinção de Melhor Contribuição à Imprensa.

O segundo Esso veio em 2003, com a série sobre a Guerrilha do Araguaia, para o Correio Braziliense. Ainda sobre o Esso, por causa da série de reportagens do iG sobre o Mensalão do DEM, a Comissão de Seleção decidiu recomendar aos patrocinadores do prêmio a criação da categoria Jornalismo Online, em 2010, com a finalidade de contemplar trabalhos originais apresentados na internet e que tenham tido repercussão nacional. No trabalho, Matheus postou em primeira mão vídeo do ex-governador José Roberto Arruda recebendo propina.

Também venceu em 2009 o Grande Prêmio Imprensa Embratel – Troféu Barbosa Lima Sobrinho com o Caso Zoghbi, publicado na revista Época. Outros importantes trabalhos enriquecem o currículo dele, como a série sobre passaportes diplomáticos para filhos e netos do presidente Lula; a invasão de um hacker ao e-mail de Dilma; e a série Os arquivos ocultos da ditadura, com Rubens Valente. “Ainda estou me recuperando dessa saída repentina, mas aberto a novos desafios neste inquieto mundo da Comunicação”, finalizou.

O contato pessoal de Matheus é [email protected].

 

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