Profissionais de jornais e revistas de São Paulo realizaram nesta quarta-feira (10/9), das 16h às 18h, uma paralisação contra o descumprimento de acordos relacionados a reajustes salariais negociados na Campanha para a categoria na capital paulista.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), profissionais de Editora Globo/Valor Econômico, Estadão, Folha e Editora Abril aderiram à paralisação. Em comunicado, a entidade afirmou que as empresas jornalísticas demonstraram “enorme intransigência em negociar reivindicações absolutamente justas e razoáveis da categoria”.

A entidade explicou ainda que, na semana passada, em decisão unilateral, as direções dos veículos realizaram uma antecipação dos reajustes salariais, desconsiderando o processo de negociação estabelecido nos últimos meses: Jornalistas com salários até R$ 13 mil receberam reajuste pela inflação, de 5,2%, enquanto profissionais com vencimentos acima desse valor tiveram aumento fixo de R$ 700. O SJSP informou que a decisão, considerada um “golpe” contra a negociação, foi amplamente rejeitada pela categoria.

Demissões no Estadão em meio à negociação

O SJSP e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informaram que o Estadão demitiu ao menos três profissionais às vésperas da paralisação. As entidades exigirão a revogação imediata das demissões: “As alegações dos patrões de que tais cortes de pessoal são necessários para que a empresa consiga ‘bancar’ financeiramente o modesto reajuste antecipado pelo sindicato patronal para desmobilizar a categoria (que se resume à reposição da inflação do período) são falsas e inconsistentes: não convencem ninguém”.

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