Marcelo Soares

    Marcelo Soares nasceu em Porto Alegre (RS). Formou-se em Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs/RS), em 2004. Em 2012 fez o curso de Métricas Digitais e Web Analytics na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP). Pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais, concluiu mestrado em Jornalismo, em 2013. 
     
    Antes disso, trabalhou no Correio do Povo (RS), em Porto Alegre, onde esteve até 1999. Começou como office-boy, passando depois ao departamento que recebia as notícias das agências, ao primeiro site do jornal e, nas duas últimas versões, a assessor de Telmo Flor, editor-executivo na época.
     
    Em 2000, entrou para a Folha de S.Paulo (SP), como repórter. Cobriu as eleições locais daquele ano e produziu reportagens sobre a confiabilidade do sistema de voto eletrônico, documentos secretos do período da ditadura militar, entre outras.
     
    Por 11 anos fou tradutor de HQ pela Panini Brasil. Entre 2002 e 2013 traduziu DemolidorO Incrível Hulk e Os Novos Vingadores, regularmente, em suas edições brasileiras. Em depoimento postado no LinkedIn afirmou: “Esse é o trabalho mais relaxante que eu fiz. Eu traduzi todas as edições que já foram publicadas e estão listadas no Guia dos Quadrinhos”.
     
    Foi membro fundador da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e criou o primeiro website da entidade, em 2002. Dois anos mais tarde, retornou como gerente, respondendo pela estruturação da associação e organizando os eventos promovidos por ela até 2005, incluindo o 1º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Segue colaborando eventualmente com a entidade.
     
    A partir de agosto de 2003 passou instrutor para empresas de mídia sobre a utilização jornalística de dados. Segue atuando na área – por doze anos, em 2015. Neste período atendeu também veículos de imprensa, entre eles o Grupo Gazeta nos anos de 2013 e 2014.
     
    Em 2006, atuou na organização Transparência Brasil, onde editou o Deu no Jornal, banco de dados de notícias sobre corrupção, vindas de 60 jornais e revistas de todo o País. No mesmo ano, participou do projeto Excelências, com dados sobre deputados federais que tentavam a reeleição. Com a entidade, Soares venceu o Prêmio Esso 2006 de Melhor Contribuição à Imprensa.
     
    Por cinco anos, foi correspondente no Brasil do jornal Los Angeles Times (EUA). Em 2007, fez o curso de Jornalismo Investigativo na Summer School on Investigative Journalism. Foi também instrutor no jornal O Povo (RS); repórter freelancer do site Wired News; produziu reportagem para o Global Integrity Report, portal que trata da corrupção mundial entre políticos. Ministrou aulas sobre Jornalismo Investigativo na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep/SP).
     
    Colaborou com o Knight Center for Journalism in the Americas, e foi depois repórter convidado da instituição. Editou o blog E você com isso? no site da MTV Brasil e apresentou, na emissora, um quadro semanal em que fazia comentários sobre Política. Foi colunista do site Congresso em Foco. É membro do Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo (Icij), desde março de 2010. De maio a agosto de 2011, atuou no setor de Treinamento da Folha de S.Paulo, onde auxiliou o editor-assistente e deu instrução para os trainees. Deixou a chefia de Criação da agência Intelitexto em março de 2012, depois de quase cinco anos no cargo.
     
    Voltou à Folha de S.Paulo justamente em março de 2012, como repórter. Idealizou, com Angelina Nunes e Sérgio Gomes, colegas da Abraji, o projeto 1000 em 1, pelo qual cem duplas de estudantes de Jornalismo de todo o País entrevistaram jornalistas de diversas regiões e veículos durante um ano para fazer, em vídeo de dez minutos, o making of de mil matérias premiadas.
     
    De março de 2012 a junho de 2015, foi analista de audiência (newsmetrics) na Folha de S.Paulo. De abril de 2012 a agosto de 2013, cuidou da aferição dos dados que também eram explicados no blog Afinal de Contas postado no site do jornal. A partir de primeiro de julho de 2015, assumiu a supervisão de público e a análise métrica do envolvimento do leitor da Folha. Passou a editor de Audiência e Dados da Folha de S.Paulo, cargo que deixou em 2016. Apesar disso, continou colaborando para a finalização do Ranking de Eficiência dos Municípios, publicado no periódico em agosto de 2016, que mostra, em ano eleitoral, quais prefeituras – 5.281 municípios, ou 95% do total de 5.569 do País – entregam mais serviços básicos à população usando menor volume de recursos financeiros.
     
    Retomou, ainda em agosto de 2006, na Folha, o comando do blog Afinal de Contas, que estava suspenso desde 2013.
     
    Episodicamente, seus levantamentos de dados são apresentados em relatórios de desdobramentos sobre a repercussão nacional de fatos e notícias. Em janeiro de 2013, por exemplo, demonstrou em números as manifestações e coberturas consequentes da tragédia do incêndio na boate Santa Maria, que matou mais de 40 jovens.
     
    Em 2006, fez a primeira experiência no ensino de um curso de Jornalismo de Dados para estudantes de graduação na Unochapecó (RS). Em 2009, foi professor de Jornalismo Investigativo na pós-graduação em Jornalismo Especializado da Universidade Metodista de Piracicaba (SP). Na Universidade Positivo deu aulas da matéria em 2014 e continuou no curso de 2015. Atua no curso de Jornalismo Digital, na pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PucRS), desde a primeira turma em 2006. Em setembro de 2016, começou a dar aulas de Jornalismo de Dados na pós em Jornalismo Digital da Escola Superior de Propaganda e Marketing ESPM (SP).
     
    É com frequência convidado como palestrante para falar sobre o assunto. Esteve em palestras na Universidade de São Paulo (USP/SP) e em congressos e eventos na área de imprensa.
     
     
    Atualizado em setembro de 2016
     
    Fontes: