Justificativas são crise econômica e queda na publicidade. Ajustes visam a uma redução de 10% nos custos do jornal Menos de uma semana depois de o Estadão ter feito um corte de 120 postos de trabalho, 40 deles na Redação, também a Folha de S.Paulo promoveu uma redução em seus quadros: segundo o Portal dos jornalistas apurou, foram 50 no total, perto de 30 só na Redação. Os motivos, a exemplo do Estadão, conforme nota interna do editor-executivo Sérgio Dávila distribuída nesta 2ª.feira (13/4), são “efeito da crise econômica que afeta o País e atinge a publicidade”. Além dos cortes, o jornal agrupou editorias e ainda discute “reformas morfológicas”, que, de acordo com o comunicado, não envolverão novos ajustes na equipe. Com as medidas, a empresa pretende reduzir seus custos em 10%. Embora tenha conhecimento de que todas as editorias principais foram afetadas de alguma maneira, o Portal dos Jornalistas conseguiu confirmar poucas saídas. Em Mercado, saiu a repórter Mariana Barbosa, a pedido, pois quer se dedicar a projetos especiais. Na sucursal de Brasília, o repórter Severino Motta, que cobria o STF; e Sérgio Lima, da Coordenação da Fotografia, cujo cargo deverá ser congelado. Da sucursal Rio saem os repórteres Pedro Soares, da Economia, e Diana Brito, da Geral; e a chefe de Reportagem Fernanda Godoy deixará a casa daqui a duas semanas. O Portal Imprensa informou outros seis demitidos, em Agência Folha, TV Folha, Belo Horizonte, Turismo e Cotidiano. Ao analisar a situação para o Portal dos Jornalistas, uma fonte interna da Folha disse ter observado duas coisas marcantes nessas demissões: “Primeiro, o gabarito das pessoas que pediram para sair do jornal. Experientes, já não suportam mais essa queda de qualidade dos jornais. Diante de todo esse quadro de espera e de ansiedade nas editorias, eram os mais felizes. Segundo, as demissões passaram a ser tão constantes no jornais que os jornalistas (pelo que vi nesses dias) já não ficam mais apreensivos como antes. Não existe mais aquele choque como nos velhos tempos. Os que saem sabem que chegou a vez. Os que ficam, sabem que é questão de tempo. Muito triste”. Confira a seguir a íntegra da nota em que Sérgio Dávila informou das mudanças: A Folha realizou nos últimos dias ajustes em sua equipe. A redução é efeito da crise econômica que afeta o País e atinge a publicidade. As negociações entre o comando da Redação e a empresa duraram semanas e tentaram preservar ao máximo os jornalistas. Em alguns casos, os cortes, sempre o último recurso, foram feitos em comum acordo com o profissional. Algumas áreas estratégicas do jornal não foram afetadas, como a reportagem da Secretaria, que até ganhou um novo integrante; a área digital, que sofreu uma reordenação interna; e o colunismo. Nós buscamos também reagrupar as editorias de equipes menores em núcleos maiores, casos de Ciência e Saúde, que passaram para Cotidiano; F5, que se incorporou à Ilustrada; e Comida, Folhinha e Turismo, agora juntos em Semanais. Reformas morfológicas estão em discussão e devem ser anunciadas nos próximos dias. Elas não envolverão novos ajustes de equipe, no entanto. A meta é tornar o jornal mais eficiente para atender às demandas do leitor, bem como otimizar o funcionamento da Redação. A Folha continua líder em seu segmento, seja em circulação, audiência ou fatia publicitária, faz parte de uma empresa sem dívidas, que integra o segundo maior grupo de mídia do País, e preserva sua capacidade de investimentos editoriais. Por mais dolorosos que sejam os cortes – e eles sempre o são –, o objetivo é adequar o jornal aos tempos atuais, de extrema competitividade pela atenção do leitor e pela verba publicitária. Contamos com vocês para esse desafio. Se tiverem dúvidas, sugestões ou críticas, não deixem de me procurar. Leia mais + Livro relata Revolta de 1924 sob a ótica dos civis atingidos + Vaivém das Redações! + Cláudio Carsughi deixa a Jovem Pan
"
"


