A rádio TMC, que foi ao ar na semana passada em substituição à antiga Transamérica, dispensou dois profissionais apenas alguns dias após sua estreia. São eles o apresentador e comentarista Flavio Gomes e a repórter Clarissa Guimarães.
Em sua newsletter Gira Mondo, Gomes explicou que sua saída após 4 dias de casa ocorreu devido a seus “posicionamentos” nas redes sociais. O jornalista contou que, na sexta-feira passada (17/10), ele se preparava para tocar o programa Link TMC, ao lado de Thomaz Rafael e Renata Saporito, quando foi chamado até uma sala e comunicado da demissão.

“Resumindo, alguém ‘de cima’ que provavelmente não me conhecia concluiu que meus ‘posicionamentos’ são ‘incompatíveis’ com um programa de ‘news’”, escreveu Gomes. “Não aconteceu nada nesses quatro dias de programa, me disseram, ‘zero, absolutamente nada’, mas ‘suas redes sociais…’”.
Gomes explicou à TMC que não poderia deixar de divulgar o ocorrido, por ter sido demitido supostamente sem nenhuma justificativa a não ser seus “posicionamentos”. Recentemente, em suas redes sociais, o jornalista se posicionou a favor da condenação no STF do ex-presidente Jair Bolsonaro por participação em tentativa de golpe de Estado. Especializado em automobilismo, Gomes trabalhou anteriormente em Folha de S.Paulo, ESPN, Bandeirantes, Placar, Jovem Pan e UOL.
Outro nome que foi dispensado da TMC é o da repórter Clarissa Guimarães, que deixou a emissora com somente dois dias de trabalho. Ela havia pedido demissão da rádio Itatiaia (MG), onde trabalhava há sete anos, para aceitar a proposta da TMC.

Segundo informações de jornais e sites da imprensa mineira, como o Moon BH, a saída de Clarissa ocorreu devido a um acordo informal entre João Camargo, dono da TMC, e Rubens Menin, dono da Itatiaia e da CNN Brasil que impede que suas empresas contratem profissionais umas das outras.
Portanto, Clarissa, que trabalhava na Itatiaia, não poderia ser contratada pela TMC, mas não foi informada de tal restrição e acabou aceitando a proposta da rádio, apenas para ser dispensada dias depois.
O acordo em questão é uma prática chamada antipoaching empresarial, realizada com o objetivo de evitar a migração de talentos entre empresas concorrentes.
- Leia também: Prêmio Amrigs 2025 divulga vencedores










