Entidades defensoras da liberdade de imprensa reuniram-se nessa segunda-feira (9/1) com Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), para discutir os ataques a jornalistas durante a cobertura dos atos golpistas em Brasília e do desmonte dos acampamentos bolsonaristas pelo País.

As entidades pediram que o Governo estude a federalização de crimes contra jornalistas, além de identificar e punir os responsáveis pelas agressões contra os profissionais de imprensa. Estiveram presentes representantes de Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Repórteres sem Fronteiras (RSF).

Também foi solicitado, como medida a médio prazo, apoio do governo brasileiro à proposta da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) de criação de uma convenção da ONU específica para a segurança dos jornalistas e do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas.

A Secom comprometeu-se a pedir ao presidente Lula que faça uma articulação com governadores para estabelecer ação conjunta de enfrentamento à violência contra jornalistas, além de recomendar que as forças de segurança respeitem o trabalho da imprensa.

Segundo informações do SJPDF, ao menos 15 profissionais de imprensa foram atacados durante a cobertura dos atos golpistas do último domingo (8/1). As agressões incluem ataques físicos, socos, chutes, furto de celulares e equipamentos, e em casos extremos ameaças à mão armada, dentro do Congresso Nacional e da região da Esplanada dos Ministérios.

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