O assassinato do jornalista Vladimir Herzog no Doi-Codi, em São Paulo, ocorrido em 25 de outubro de 1975, completa nesta semana 50 anos. Entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa realizam uma série de ações em homenagem à vida e ao trabalho do jornalista.

No sábado (25/10), às 17h, será realizada uma caminhada coletiva em homenagem a Vlado, com início na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque) até a Catedral da Sé, que será palco, a partir das 19h, do ato 50 Anos por Vlado – Ato Inter-religioso em Homenagem a Todos os Familiares de Mortos e Desaparecidos.

O evento reunirá lideranças religiosas, políticos, artistas, amigos e familiares de Vlado e de outras vítimas da ditadura. O evento, aberto ao público, está sendo organizado por Comissão Arns e Instituto Vladimir Herzog. Estão previstas manifestações inter-religiosas de Dom Odilo Pedro Scherer, da reverenda Anita Wright (filha de Jaime Wright) e do rabino Ruben Sternschein, além de apresentações musicais e a exibição de vídeos especiais, como a leitura de uma carta de Zora Herzog, mãe de Vlado, pela atriz Fernanda Montenegro.

Vale lembrar que, na próxima sexta-feira (24/10), Jornalistas&Cia circulará uma edição especial sobre os 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog, relembrando os acontecimentos e trazendo o depoimento de personalidades que viveram aqueles tristes momentos da ditadura militar no Brasil. O especial será liderado por Carlos Carvalho, ex-presidente executivo da Abracom.

SJSP apresentará ação judicial por danos morais coletivos contra jornalistas na ditadura

Ainda como parte das ações em memória de Vladimir Herzog, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) realizará na próxima terça-feira (28/10), às 10h30, uma coletiva de imprensa para apresentar uma ação judicial por danos morais coletivos que moverá contra a União e o estado de São Paulo em razão das violações aos direitos humanos de jornalistas ocorridas durante a ditadura militar.

Na coletiva, Raphael Maia, coordenador jurídico do SJSP, e Bruno Talpai, advogado especializado em Justiça de Transição, explicarão os fundamentos jurídicos e o objetivo da ação, que visa a fazer justiça e responsabilizar os culpados pelos crimes cometidos contra jornalistas durante o período militar, em movimento de reparação histórica coletiva da categoria.

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