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domingo, dezembro 7, 2025

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Repórter de IstoÉ resgata história de assassinato de Carlos Marighella

Assim como Lucas Ferraz, que recuperou a história sobre o autor da famosa foto montada de Herzog ?enforcado? numa cela do DOI-Codi , Alan Rodrigues também publicou na última edição de IstoÉ uma matéria com o fotógrafo da extinta revista Manchete responsável pela imagem do corpo de Carlos Marighella estirado no banco de trás de um fusca, estacionado no bairro dos Jardins, em São Paulo. Sérgio Vital Tafner Jorge, hoje com 75 anos, diz que o registro também foi montado por policiais, que o impediram e a outros colegas de tirarem fotos até que se terminasse de ?arrumar? a cena. O texto de Rodrigues afirma que o fotógrafo também está decidido a prestar seu apoio à Comissão e ?já foi pensando nisso que, no mês passado, com a ajuda de um amigo que serviu de modelo e um fusquinha emprestado, Jorge procurou reproduzir numa nova foto exatamente o que presenciou no dia 4 de novembro de 1969?. A reportagem de IstoÉ ainda não causou manifestações públicas de militares, mas a proximidade da instalação da Comissão deixa o clima na caserna cada vez mais tenso. Segundo nova reportagem de Lucas Ferraz, desta vez com João Carlos Magalhães, publicada na Folha desta 3ª.feira (6/3), a Polícia Federal foi designada para investigar ameaças de morte a testemunhas da Guerrilha do Araguaia. A ordem foi expedida pela juíza Solange Salgado, também responsável pela sentença que condenou a União a buscar os corpos de guerrilheiros na região amazônica. Há indícios fortes de intimidação a pelo menos quatro pessoas e suspeitas de que um dos responsáveis seria um major que liderou a repressão ao episódio. Outro depoimento que agitou o tema foi publicado pela agência Pública em 9 de fevereiro. No texto de Marina Amaral, José Paulo Bonchristiano, delegado aposentado do Dops paulista, relembra sem constrangimento das torturas, humilhações e assassinatos de presos políticos, embora sem se colocar como liderança ou agente direto daqueles atos. Em determinado trecho, questionado sobre a Comissão, o ex-policial afirma: ?Não vou depor. Acho bobagem. Nunca pratiquei irregularidades, mas não sou dedo duro e não vejo utilidade nessa comissão?. A agência, que tem apoio da Fundação Ford e da Open Society Foundation, trabalha atualmente  com três linhas de apuração ? Direitos Humanos, Copa do Mundo e Amazônia ? e acabou de lançar um concurso de bolsas de R$ 4 mil a interessados em colaborar com a equipe. Na mesma linha de atuação, o ministro da Defesa Celso Amorim determinou a criação do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), que deve prover a população com informações mantidas em arquivos oficiais sobre as instituições militares. Mesmo documentos sigilosos podem ser pesquisados. Uma portaria publicada nesta 2ª.feira (5/3) instruiu a criação de SICs na sede do Ministério da Defesa e nos comandos de Marinha, Exército e Aeronáutica, na Escola Superior de Guerra e no Hospital das Forças Armadas. O prazo máximo para a inauguração do serviço é 6 de abril.

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