Da esquerda para a direita: Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, João Anacleto e Fernando Soares, editor do J&Cia Auto
Andrea Ramos, Boris Feldman e Karina Simões, e as publicações Quatro Rodas, Autoesporte, Jornal do Carro, FullCast, AutoPapo e Acelerados também foram premiados pelo concurso
Foram homenageados na noite dessa segunda-feira (25/4), em São Paulo, os +Admirados da Imprensa Automotiva 2022. O concurso, que chegou neste ano à quarta edição, elegeu João Anacleto, de A Roda, como o +Admirado Jornalista do Ano.
Da esquerda para a direita: Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, João Anacleto e Fernando Soares, editor do J&Cia Auto (Foto: Doug Zuntta)
Dois representantes de Pernambuco completaram o pódio, que teve na segunda posição Jorge Moraes, apresentador dos programas AutoMotor e CBN Auto, e colunista do UOL Carros, e Silvio Menezes, do programa Carro Arretado, em terceiro lugar. Boris Feldman, do AutoPapo, e Bob Sharp, do Autoentusiastas, ocuparam, respectivamente, a quarta e a quinta posições.
Nas categorias temáticas, João Anacleto levou mais um troféu, desta vez como +Admirado Influenciador Digital. Além dele, foram premiados os jornalistas Karina Simões (KS1951), em Jornalista Especializado em Duas Rodas; Andrea Ramos (Estradão), em Jornalista Especializado em Veículos Pesados; e Boris Feldman (AutoPapo), como Colunista.
Já entre as publicações, os prêmios foram para Fullcast (Fullpower), na categoria Áudio – Podcast; AutoPapo, Áudio – Rádio; Jornal do Carro, em Jornal/Caderno Automotivo; Quatro Rodas, em Revista e Vídeo/Redes Sociais); Autoesporte, em Site; e Acelerados, em Vídeo/Programa de TV.
Além dos resultados anunciados durante a cerimônia (confira a transmissão na íntegra no YouTube), uma edição especial, que circulará nesta sexta-feira (29/4), trará detalhes da festa e da emoção dos premiados.
+Admirados da Imprensa Automotiva 2022 (Fotos: Doug Zuntta)
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A eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva conta com os apoios de Abraciclo, Audi, Bosch, General Motors, Honda, Scania, Volkswagen e Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Confira a relação completa dos homenageados na quarta edição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2022:
Autor de livro-reportagem de maior sucesso no Brasil, Laurentino Gomes fica na segunda colocação
Patrícia Campos Mello
Pela segunda edição consecutiva, o Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira, iniciativa promovida desde 2011 por Jornalistas&Cia, com o apoio deste Portal dos Jornalistas, apontou a repórter especial e colunista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello como a jornalista mais premiada do ano no Brasil. Foi a primeira vez, não apenas de forma consecutiva, que um profissional repetiu a liderança da pesquisa.
No total, ela conquistou 150 pontos, cinco a mais do que em 2019, a partir de três prêmios de jornalismo. Dentre eles, destaque para o Maria Moors Cabot, mais antiga premiação de jornalismo do mundo, concedido pela Universidade Columbia, de Nova York. Ela também faturou neste ano o Mulher Imprensa de Contribuição ao Jornalismo e o Prêmio Folha, na categoria Reportagem, pelo especial Desigualdade Global.
Estes reconhecimentos são fruto do excelente trabalho investigativo que Patrícia vem realizando nos últimos anos. Em 2018, após publicar a reportagem Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp, que denunciava investimentos não declarados de R$ 12 milhões por apoiadores do então candidato Jair Bolsonaro, ação vedada pela Justiça Eleitoral, ela passou a receber inúmeros ataques e ameaças nas redes sociais. Ainda como desdobramento desse trabalho, em fevereiro deste ano ela foi alvo de insultos de cunho sexual durante a CPMI das Fake News por parte de membros do governo.
Laurentino Gomes
Na segunda colocação, com 110 pontos, aparece o premiado escritor de livros-reportagem Laurentino Gomes. Maior vencedor do Prêmio Jabuti, ele ergueu mais uma vez o tradicional troféu da literatura brasileira neste ano, com o livro Escravidão Volume I – Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares.
Ele já havia conquistado a premiação anteriormente em outras três oportunidades com a trilogia 1808 (2008), 1822 (2011) e 1889 (2014). Também foi reconhecido neste ano com o prêmio Personalidade da Comunicação, concedido pela Mega Brasil.
Completando o pódio, aparece Rafael Ramos, da Record TV, que integrou as equipes do programa Câmera Record que venceram em 2020 os prêmios Rei da Espanha – Televisão, Vladimir Herzog – Multimídia e República – TV.
Estreou nesta quarta-feira (25/6) o Amado Mundo, canal no YouTube com uma série de programas que abordarão temas como política, negócios e cultura. Idealizado por Guilherme Amado, o projeto tem na sua equipe cerca de 25 profissionais entre jornalistas, criadores de conteúdo e publicitários.
Fazem parte do time a diretora-executiva Yvna Sousa (ex-Valor Econômico e ex-TV Globo), o diretor audiovisual Luís Gustavo Ferraz (premiado diretor e roteirista de cinema) e a diretora comercial Bárbara Guimarães (há 20 anos no mercado publicitário). Também integram a equipe as jornalistas Beatriz Bulla e Raquel Cozer, que apresentarão programas no canal, além de Caio Barretto Briso (ex-O Globo e The Guardian) e Gabriela Ferreira (ex-Globonews), que atuarão na produção e nos bastidores dos programas.
“O Amado Mundo tem o objetivo de gerar conversas que apontem para um mundo melhor. É uma combinação entre o mundo do jornalismo e dos criadores de conteúdo para passarmos longe do pessimismo fatalista ou daquela arrogância que muitas vezes o jornalismo tradicional projeta”, declarou Guilherme Amado, em vídeo de introdução publicado no canal.
O Amado Mundo tem ao todo nove programas. Entre eles: Lisboa Connection, programa de entrevistas com personalidades no eixo Brasil-Europa, comandado por Amado e Paulo Dalla Nora Macedo; Notas de Rodapé, com Raquel Cozer, que discutirá questões da atualidade a partir de um livro diferente a cada episódio; Tech Tech Tech, comandado por Fabro Steibel, sobre as novidades do momento na tecnologia. Além disso, o canal terá programas sobre entretenimento, humor e culinária, com a escritora Eliana Alves, a humorista Claudia Campolina e a chef de cozinha Bel Coelho.
A estreia do Amado Mundo foi com uma edição especial do programa Matinal, comandado por Guilherme Amado e Beatriz Bulla, colunista do UOL e apresentadora da RedeTV!. O programa será apresentado ao vivo, de segunda a sexta-feira.
Claudio Sá, Roberta Montanaro e Raul Fagundes Neto; sentado, Alcides Ferreira
As agências Conteúdo e Ink anunciaram a fusão de seus negócios, dando origem à ConteúdoInk, que já nasce com 70 clientes, 62 funcionários e um faturamento estimado de R$ 15 milhões para este ano, o que a posiciona entre as 30 maiores do mercado de comunicação corporativa do País, tendo por base o Ranking das Agências do Anuário da Comunicação Corporativa.
O acordo também inclui a integração da nova agência à holding Nexcom, criada há quatro anos, que abriga as agências Fato Relevante, Tridente.ag, Avenida, SP4 e a empresa de tecnologia Charisma. Com a entrada da ConteúdoInk, o Nexcom atinge uma receita total de R$ 60 milhões e mais de 200 clientes.
A Conteúdo foi fundada em 2001 por Claudio Sá e Roberta Montanari. Ao longo de quase duas décadas e meia, atuou com predominância em segmentos como saúde, farma, seguros, indústria, beleza, serviços, legal, representação setorial, instituições culturais e fundações. A Ink nasceu em 2004 por iniciativa de Raul Fagundes Neto e especializou-se em áreas como tecnologia da informação, telecomunicações, franquias, varejo, finanças, consumo e serviços.
Claudio Sá, Roberta Montanaro e Raul Fagundes Neto; sentado, Alcides Ferreira
“A fusão combina a força de duas agências reconhecidas pela alta capacidade de fidelização de clientes, com projetos de 20 anos de casa, e pela expertise em reposicionar líderes de mercado que apresentam baixa visibilidade de marca”, diz Sá. “Fazemos comunicação de resultados, com atendimento personalizado, e isso é uma característica fundamental que nos levou a esta fusão e, também, ao acordo com o grupo Nexcom, reconhecido por entregas diferenciadas”.
Para Fagundes Neto, o movimento é mais do que uma união de agências: “O mercado de comunicação vem mudando rapidamente e de forma radical. Nossa proposta é unir todo conhecimento e especialização que temos em construção de reputação com uma abordagem digital, orientada a dados e estratégia multiplataforma para alcançar públicos estratégicos, estejam eles na mídia tradicional, nas redes sociais, em conteúdos proprietários, mecanismos de busca ou ferramentas de IA generativa”. Roberta destaca que “a fusão permitirá atingir objetivos comuns, como o de expandir o acesso a novos mercados e talentos”.
Alcides Ferreira, sócio-diretor da Fato Relevante e fundador da holding Nexcom, afirma que a fusão cria uma nova força de comunicação integrada dentro da organização: “A união demonstra a solidez do grupo e reforça nossa estratégia de nos posicionarmos como um consolidador do mercado”.
A nova agência, que tem em seu portfólio empresas como Fundação Itaú, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Page Group, Marsh MacLennan, Mercer, Museu do Ipiranga, Schmersal, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), Conselho Regional de Contabilidade SP, Taco Bell, Mundo Verde, Topper, Havanna, Lojas Quero-Quero e RSM, será liderada pelos sócios Claudio Sá, Roberta Montanari e Raul Fagundes Neto.
Hellen Souza, que por pouco mais de dois anos integrou a equipe de redação deste Portal dos Jornalistas e Jornalistas&Cia, apresentou na última semana seu Trabalho de Conclusão de Curso no Centro Universitário FAM. Ao lado de Larissa Rodrigues, e com orientação da professora Mayara Luma Maia Lobato, ela produziu o podcast A Luta por Trás das Câmeras, sobre o racismo e o machismo que atingem mulheres negras na mídia telejornalística de São Paulo.
“Tudo começou com uma palestra da Regina Dourado em que ela falava sobre os desafios de ser uma jornalista negra na televisão brasileira e isso me fez refletir sobre algo que erroneamente normalizamos: a ideia de que nós vamos ter que nos esforçar três vezes mais, primeiro, porque somos mulheres, segundo porque não somos brancas e terceiro por, na grande maioria das vezes, sermos de origem periférica”, explica a agora jornalista formada.
Larissa Rodrigues, Regina Dourado e Hellen Souza
Além de trazer relatos da própria Regina Dourado, que inclusive integrou a banca de avaliação, o podcast ouviu profissionais como Joyce Ribeiro, Luciana Barreto, Jordana Araújo, Larissa Alves e Maria Lucia da Silva. A capa do podcast, produzida por Arthur Cordeiro, foi inspirada na jornalista Glória Maria em início de carreira.
A Agência Lupa, especializada em checagem de fatos, estreou na segunda-feira (23/6) a expansão Observatório Lupa, área dedicada à pesquisa, inteligência e análise de dados sobre desinformação e seus impactos nos ambientes digitais e na sociedade como um todo.
Em texto publicado sobre a novidade, a Lupa explica que o objetivo da iniciativa é gerar conhecimento prático, confiável e acessível sobre o fenômeno das fake news, através do mapeamento de narrativas, comportamentos e técnicas que fazem a desinformação se espalhar.
O Observatório Lupa tem três grandes frentes: Lupa Pesquisa, que traz relatórios, estudos e análises sobre os impactos da desinformações em diferentes contextos sociais, políticos e digitais; Achado, que faz uma curadoria de pesquisas científicas e estudos acadêmicos, nacionais e internacionais, sobre desinformação; e Banco de Dados Lupa, plataforma que permitirá, em breve, a consulta e extração de dados de verificações, checagens e análises realizados ao longo dos últimos dez anos pela Lupa.
O primeiro grande trabalho do Observatório é o relatório Jornada dos Golpes, estudo sobre a evolução e sofisticação de golpes financeiros nos últimos cinco anos no Brasil. A pesquisa aborda mostra como esses golpes se popularizam ao oferecer benefícios, como brindes e promoções, além do uso crescente de tecnologias como Inteligência Artificial e deepfakes por parte dos golpistas. Leia na íntegra aqui.
Estão abertas até 21 de novembro as inscrições para a oitava edição do Prêmio de Jornalismo em Seguros, organizado por Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Escola de Negócios e Seguros (ENS) e Federação Nacional dos Corretores de Seguros (FENACOR). A premiação valoriza e reconhece trabalhos jornalísticos sobre o mercado de seguros.
O prêmio tem seis categorias: Capitalização, Previdência e Vida, Saúde Suplementar, Seguros Gerais, Sustentabilidade e Seguros, além da Categoria Especial Produto – Seguro Rural. Podem ser inscritos trabalhos em diferentes tipos de mídia, veiculados entre 1º de janeiro e 21 de novembro de 2025.
O primeiro colocado em cada uma das categorias receberá R$ 20 mil. O segundo lugar será premiado com R$ 10 mil e o terceiro colocado ganhará uma quantia de R$ 5 mil. Entre os vencedores das seis categorias será eleito o vencedor geral do VIII Prêmio de Jornalismo em Seguros, que receberá uma bolsa de estudos integral em uma das imersões internacionais que a ENS organizará no segundo semestre de 2026 ou ao longo de 2027.
Kelly Godoy, da Record News, eleita a +Admirada Jornalista do Agro 2025
Pelo segundo ano consecutivo, Kelly Godoy, apresentadora e editora de Agro da Record News, foi eleita a +Admirada Jornalista do Agronegócio. O anúncio foi feito em cerimônia na noite desta segunda-feira (23/6), em São Paulo, quando também foram divulgados os TOP 10 +Admirados Jornalistas do Ano e os veículos vencedores em suas respectivas categorias.
Com o resultado, Kelly tornou-se a primeira jornalista a faturar o prêmio em duas oportunidades. Nos anos anteriores, ganharam o troféu de +Admirado Jornalista do AgronegócioRenata Maron, do Terraviva (2023), Beatriz Gunther, do Canal Rural (2022) e Sidnei Maschio, também do Terraviva, em 2021.
“Que honra estar aqui ao lado de tantas pessoas que eu admiro”, celebrou Kelly. “Vocês me inspiram todos os dias, mesmo quando há concorrência, porque afinal estamos todos no mesmo barco. Quero agradecer também à direção da Record News por acreditar no nosso trabalho e investir no Agro. Espero que a gente possa seguir trabalhando forte para valorizar setor, porque ele é fantástico e precisa da gente”.
Kelly Godoy, da Record News, eleita a +Admirada Jornalista do Agro 2025
Esta quinta edição da iniciativa promovida por Jornalistas&Cia foi a maior de sua história, com destaque para o aumento de 30 para 50 no número de jornalistas homenageados entre os +Admirados do Ano. Com isso, a entrega de troféus aos primeiros colocados na votação também aumentou, passando a reconhecer os TOP 10 +Admirados do Ano em vez dos cinco como nas edições anteriores.
“Estas mudanças são resultado direto do engajamento impressionante dos profissionais do mercado nos anos anteriores, reforçando ainda mais o valor e a legitimidade de um prêmio que se fortalece na participação dessa rede que vive e respira a comunicação do agro todos os dias”, destacou Eduardo Ribeiro, diretor de Jornalistas&Cia, em seu discurso de boas-vindas. “O jornalismo de qualidade é um pilar estratégico do desenvolvimento do agronegócio brasileiro e merece ser valorizado”.
Completaram os TOP 10: em 2º lugar – Alessandra Mello, editora executiva do AgFeed; 3º – Isadora Duarte, repórter do Broadcast Agro, da Agência Estado; 4º – Aleksander Horta, diretor de Jornalismo do Notícias Agrícolas; 5º – Isadora Camargo, repórter do hub de Agronegócios da Editora Globo (Globo Rural e Valor Econômico); 6º – Gabriel Azevedo, repórter do Broadcast Agro, da Agência Estado; 7º – Pryscilla Paiva, âncora do Mercado & Cia e editora de Tempo e Clima do Canal Rural; 8º – Pedro Costa, apresentador do Jornal AgroManhã, dos canais AgroMais e Terraviva; 9º – Ângela Ruiz, responsável pelo conteúdo de Agro da Climatempo; e 10º – Wanessa Ferri, diretora do Urbana Caipira.
Entre os veículos, a Agência Embrapa venceu pelo segundo ano consecutivo na categoria Agência de Notícias, que também homenageou a Agência Brasil e o Broadcast Agro da Agência Estado.
Na categoria Áudio, o vencedor foi o CBN Agro, que conquistou seu quarto título em cinco anos de eleição. Nesta categoria, destaque também para Agrodinheiro, Agrolink News e AgroTalk, somando quatro as publicações homenageadas.
Em Canal de Vídeo, o vencedor foi o Canal Rural, que levantou seu quarto troféu na eleição dos +Admirados − o segundo nesta categoria, que também homenageou Notícias Agrícolas e Terraviva.
Na categoria Site, o Notícias Agrícolas levou o seu terceiro troféu. Integraram ainda os TOP 3 da categoria os sites do Canal Rural e do Globo Rural.
Entre os Programas de TV − Mídia Geral, o mais votado foi novamente o Globo Rural, que levantou o troféu em todos os cinco anos da eleição. Agro Band e Record News Rural também foram homenageados nesta categoria.
Em Veículo Geral, a Record News foi eleita a +Admirada do Ano. Também integraram os TOP 3 mais votados os jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico.
Na categoria Programa de TV − Canal Especializado, o Jornal Terraviva foi o mais votado pela terceira vez na história da premiação. A atração do canal Terraviva foi homenageada ao lado dos programas AgriculturaBR, do Canal do Boi, e Rural Notícias, do Canal Rural.
E em Periódico Especializado, o prêmio foi para a revista Globo Rural, que conquistou o tetracampeonato consecutivo na categoria. Também integraram os TOP 3 o caderno Agro Estadão e a newsletter do Notícias Agrícolas.
Vencedores da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025
Prêmios especiais valorizam a experiência e o futuro do setor
Além de contemplar os já tradicionais +Admirados Jornalistas e Veículos da Imprensa do Agro, a premiação contou neste ano com dois troféus especiais. Eles foram entregues a dois profissionais, de diferentes gerações, que representam, respectivamente, a jornada de crescimento do setor ao longo das décadas e quem será protagonista pelos próximos anos.
Com mais de 40 anos de atuação no setor, Demétrio Costa, diretor executivo e de Redação do DBO Agro, foi homenageado com o Troféu de Contribuição à Imprensa do Agro. Com passagens por rádio e tevê Bandeirantes, United Press International, Jornal da Tarde, rádios Eldorado, Tupi-Difusora e Capital, e TV Cultura, Demétrio fundou em 1982, ao lado dos seus irmãos Daniel Bilk Costa e Odemar Costa, a DBO Editores Associados, inicialmente para produzir o Informativo DBO. Três anos depois, a publicação foi ampliada e ganhou o nome de DBO Rural, e, em 1988, transformou-se na Revista DBO, que segue até hoje.
“É uma honra ser distinguido com esse troféu, principalmente por ter como homenageados anteriores nomes como os de José Hamilton Ribeiro e Mauro Zafalon”, comemorou Demétrio. “Aceito essa homenagem com orgulho e humildade. Orgulho pelo reconhecimento do trabalho construído pela DBO ao longo de quatro décadas. E humildade porque essa construção só foi possível pela excelência de profissionais que passaram ou que ainda permanecem conosco. Eu reparto essa homenagem com todos vocês”.
Eduardo Ribeiro e Demétrio Costa
Representando o futuro do setor, o prêmio Revelação do Ano, criado para reconhecer o trabalho de profissionais em início de carreira que obtiveram melhor resultado entre os +Admirados Jornalistas do Ano, foi entregue a Gustavo Lustosa, repórter da AgFeed, pelas mãos de Vinicius Ribeiro, diretor de Projetos do Jornalistas&Cia.
Formado em Jornalismo pela Unesp Bauru e com especialização em Jornalismo Econômico pela FGV, Gustavo atua há dois anos como repórter de agro, agtechs e inovação para a plataforma AgFeed, em São Paulo. Antes, foi trainee no 11º Curso Estado de Jornalismo Econômico, passou pelo atendimento à XP pela agência Fato Relevante e foi repórter de Mercado e Empresas na TradeMap.
“Queria agradecer em primeiro lugar ao AgFeed por ter acreditado no meu trabalho desde o início, afinal somos um site jovem, com apenas dois anos de vida”, destacou Gustavo. “Quero agradecer também ao meus colegas jornalistas, que me ajudaram muito nesse meu começo no setor, aos assessores de comunicação e às empresas do Agro que acreditaram no meu trabalho. É um momento de celebração, mas que também devemos aproveitar para fazer uma reflexão, afinal, temos aqui uma plateia qualificada de jornalistas, e é importante ressaltar que se queremos que o Agro seja visto com bons olhos por toda a população, sem vieses negativos, é preciso investir no jornalismo”.
Gustavo Lustosa e Vinicius Ribeiro
Sobre os +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025
Assim como nos anos anteriores, os homenageados da quinta edição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio foram definidos a partir de dois turnos de eleição, em que participaram jornalistas e profissionais de comunicação de todo o Brasil.
No primeiro turno, de livre indicação, os eleitores puderam escolher até cinco profissionais e veículos de suas preferências em cada categoria, com os mais citados sendo classificados para a etapa final.
Já no segundo turno, de votação dirigida, os finalistas podiam ser classificados do 1º ao 5º colocado, de acordo com a preferência dos eleitores. Para cada posição foi atribuída uma pontuação, sendo 100 pontos para o 1º colocado, 80 para o 2º, 65 para o 3º, 55 para o 4º e 50 para o 5º lugar. O resultado final foi obtido após a somatória dessas pontuações.
A eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025 contou com os patrocínios de Cargill, Copersucar, Mosaic e Syngenta; os apoios da Bosch, CNA, Elanco, Tereos e Yara; e as colaborações da Agrel, BRF e JohnDeere, além do apoio institucional da Agrojor.
Ali mais pra frente do que pra trás de Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa põe no livro o seu Riobaldo convencendo o cego bom Borromeu e o seu guia menino Guirigó a irem com ele para o bando que comanda. E lá vão eles.
Outros cegos aparecem nas histórias do escritor.
No conto A Benfazeja, inserido no livro Primeiras Estórias (1962), Rosa cria uma mulher, Mula-Marmela, como guia de um cego chamado Retrupé.
O cego Retrupé tem cara de mau, de matador de gente. Por essa razão é evitado o tempo todo por quem cruza o seu caminho. A sua guia também tem cara de gente que não gosta de gente. Há quem diga que ela é assassina.
A Benfazeja é um conto quase fora de rota de Guimarães Rosa. Claro, tem o seu lado fantástico.
Sei não, mas acho que Rosa trouxe de leituras antigas o personagem refeito que representava para os gregos Tirésias.
Não só Tirésias, mas na Antiguidade os cegos eram tidos como figuras especiais, capazes de prever o futuro. Foi nesse contexto que Rosa pôs Borromeu no caminho do jagunço Riobaldo.
Riobaldo via nos cegos algo como um bom amuleto.
Entre os grandes personagens criados por Rosa se acha Miguilim, um garoto muito sabido de apenas oito anos. Sofria com as agressões que o pai, Bernardo, desferia na mãe.
Miguilim tinha vários irmãos e um tio de nome Terez que vivia esticando os olhos em direção à mulher de Bernardo. Mas isso o pai de Miguilim estava longe de desconfiar. Desconfiou de um amigo, Luisaltino.
Enciumado, o suposto candidato a corno matou aquele que considerava rival. Após matar o amigo, o assassino pendurou-se num cipó e morreu.
Tragédia por tragédia, ainda adianto que um irmão de Miguilim, Dito, de quem ele muito gostava, cortou-se num caco de vidro que o levou à morte.
Miguilim tinha os olhos avariados desde nascença. Sua visão era curtíssima. Tudo que viam os seus olhos eram figuras embaçadas, irreconhecíveis. Até que um dia, bateu à porta da casa onde morava um doutor, que lhe emprestou um par de óculos. Foi uma festa. O menino saiu às carreiras feliz da vida.
Guimarães Rosa
A tragédia grega que tanta gente inspirou − e continua inspirando − levou o alagoano Graciliano Ramos a criar o guia de cego Paulo Honório, personagem do livro São Bernardo.
João Guimarães Rosa nasceu no dia 27 de junho de 1908. Foi cônsul e tudo mais. Falava bem um monte de línguas, umas 15.
À boca miúda, dizia que morreria logo depois de assumir a cadeira n° 2 da Academia Brasileira de Letras, ABL, por isso prorrogou enquanto pôde a sua posse.
O escritor famoso de Minas trocou de andar no dia 19 de novembro de 1967, três dias após assumir a tal cadeira.
O Observatório da Imprensa e o Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) realizam na quarta-feira (25/6), às 19h, o webinário Como praticar um jornalismo antirracista. O evento, online e gratuito, reunirá profissionais com anos de experiência para debater o que a imprensa pode fazer para tornar as coberturas jornalísticas mais diversas, inclusivas e livres de preconceitos.
Participarão do webinário Marcelle Chagas, fundadora e coordenadora da Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação; Kelvyn Araújo, coordenador de comunicação da Rede de Jornalistas Pretos; Geraldo Nascimento, editor-chefe de A Gazeta e da Rádio CBN Vitória (Espírito Santo); e Flavia Lima, secretária-assistente de redação da Folha de S. Paulo. A mediação é de Denize Bacoccina, editora do Observatório da Imprensa.
A Rede de Jornalistas Pretos pela Diversidade na Comunicação, inclusive, está lançando o Manual de Boas Práticas Antirracistas para a Comunicação Digital, documento que traz conceitos-chave e dicas para evitar a reprodução de desigualdades raciais nas redações e no trabalho jornalístico. Os participantes vão falar também sobre outras iniciativas que estão sendo desenvolvidas pelos veículos para tentar reduzir qualquer tipo de desigualdade, desde a base, na formação de jovens jornalistas, até o trabalho em reportagens de fôlego de profissionais já veteranos.
O evento será transmitido ao vivo no canal do Projor no YouTube. Assista aqui.
Numa era dominada por telas, swipes e algoritmos de recomendação, o rádio continua sendo um daqueles sobreviventes improváveis − não porque ficou no passado, mas porque aprendeu a atravessar o tempo. E a nova pesquisa divulgada pelo Katz Radio Group, com base em dados da Nielsen Scarborough USA+ 2023, mostra com precisão matemática o que muitos já percebiam na prática: o rádio segue firme como trilha sonora da vida moderna, não importa o quanto você assista à TV ou navegue na internet.
O levantamento traz um recorte valioso: o público entre 25 e 54 anos, faixa etária que reúne Geração X, Millennials e a ponta mais velha da Geração Z − ou seja, quem está no auge da produtividade e do consumo. Neste grupo, o rádio alcança impressionantes 91% da audiência toda semana, com a média diária de 1 hora e 12 minutos de escuta ativa. E aqui entra o dado mais intrigante: isso vale tanto para os usuários mais intensivos de outras mídias quanto para os mais moderados. Ou seja, mesmo quem passa horas no TikTok ou na Netflix não deixa de ouvir rádio.
O estudo mostra que 93% dos “superusuários” de TV e 90% dos “heavy users” de internet continuam ouvindo rádio em níveis semelhantes à média nacional dos EUA. Mas o destaque talvez esteja na outra ponta do gráfico: usuários “leves” − aqueles que quase não veem TV ou navegam pouco online − têm no rádio seu principal ponto de contato com o mundo. O rádio alcança 91% dos consumidores leves de internet e 89% daqueles que assistem pouca televisão, revelando sua importância para públicos menos impactados por campanhas digitais ou por excesso de informação visual.
Esses dados reforçam uma verdade antiga com roupagem atual: o rádio é a mídia da ubiquidade. Ele está presente no carro, na cozinha, no trabalho, na fila do banco, no campo, no smartphone, no alto-falante do motorista de aplicativo. Não exige conexão banda larga nem atenção exclusiva. O rádio cabe nos intervalos da vida − enquanto a gente dirige, lava louça, arruma a casa ou apenas quer companhia sem distração.
O cenário norte-americano ajuda a compreender o fenômeno global, mas tem eco direto no Brasil. Segundo o Kantar Ibope Media, o rádio brasileiro alcança 84% da população nas 13 maiores regiões metropolitanas do País, com média diária de escuta acima de 4 horas − uma das maiores do mundo. Em 2023, o Brasil já contabilizava mais de 4.800 rádios comerciais e comunitárias ativas, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e a presença digital só cresce.
O Painel Nacional de Audiência de Rádio de 2024 mostrou que mais de 70% dos ouvintes brasileiros escutam rádio também pela internet, seja via aplicativos, streaming ou smart speakers. Essa transição da frequência para a nuvem só reforça o que a pesquisa americana já indica: o rádio não compete com o digital − faz parte dele.
Os anunciantes começam a redescobrir esse poder. O rádio é um meio de alta penetração, segmentação geográfica precisa e impacto emocional imediato. Segundo o Audio Advertising Report da IAB (2024), campanhas em rádio geram aumento médio de 18% em lembrança de marca e podem ser até 50% mais eficientes em termos de custo por mil impressões, em comparação com mídias digitais de display.
O rádio não precisa de tela para ser visto, nem de efeito sonoro para ser notado. Ele apenas precisa ser ouvido. E os dados do Katz e da Nielsen são um lembrete técnico e contundente de que a escuta é um comportamento resiliente e profundamente humano. Num mundo onde o excesso de informação gera confusão, o rádio oferece clareza. Onde há ruído, ele entrega contexto. Onde falta tempo, ele ocupa com leveza.
Ele (rádio) pode não ser o meio mais moderno, mas é, paradoxalmente, o mais adaptável. E, por isso mesmo, talvez seja o mais difícil de substituir.
Fontes utilizadas:
Katz Radio Group. Scarborough USA+ 2023 R2 Report.
Nielsen Scarborough. U.S. Audio Media Consumption Trends, 2023.
Journal of Advertising Research. Audio in the Cross-Platform Ecosystem, 2023.
Entrevistas com executivos da P&G e análises publicadas em Inside Radio e Radio Ink.
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no r, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou na quinta-feira (19/6) o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a atuação de uma estrutura clandestina da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chamada de Abin paralela, que investigou ilegalmente, durante o governo de Jair Bolsonaro, adversários políticos e críticos ao ex-presidente. A lista inclui jornalistas, parlamentares e ministros do STF.
Entre os jornalistas espionados estão profissionais que investigaram ações do governo Bolsonaro, como Alice Maciel (Agência Pública), José Vitor de Castro Imafuku (assessor da Central dos Sindicatos Brasileiros), Luiza Alves Bandeira (Atlantic Council), Mônica Bergamo (Folha de S.Paulo), Pedro Cesar Batista (apresentador do Programa Letras & Livros, da TV Comunitária de Brasília), Reinaldo Azevedo (UOL e BandNews FM), Ricardo Noblat (Metrópoles) e Vera Magalhães (TV Cultura e O Globo).
Alice Maciel, por exemplo, rotulada como “jornalista left“, foi monitorada em maio de 2022 por investigadores que queriam determinar uma suposta afinidade política da repórter. Segundo a Agência Pública, dias antes da investigação, Alice havia publicado reportagens investigativas que revelaram que o então secretário nacional de Incentivo e Fomento à Cultura do governo Bolsonaro prometeu usar 1 bilhão de reais via Lei Rouanet em conteúdos pró-armas; e que verbas do orçamento secreto do Ministério da Educação tinham sido destinadas à empresa do pai de aliado de Arthur Lira.
No caso de Ricardo Noblat, o monitoramento ocorreu em 23 de julho de 2020, no mesmo dia em que o jornalista havia publicado uma matéria na qual refletiu sobre a forte presença de militares no governo Bolsonaro. A esposa dele, Rebeca Scatrut, também foi alvo de investigação.
Outro exemplo é o de Luiza Bandeira, que foi investigada por um estudo coordenado por ela, publicado em julho de 2020, que levou o Facebook e o Instagram a removerem perfis e páginas ligados a um assessor do gabinete do então presidente Jair Bolsonaro.
Já Pedro Batista e José Vitor de Castro Imafuku foram investigados por suas atuações na mobilização de atos contra o governo Bolsonaro. Batista foi um dos organizadores do ato Fora Bolsonaro e Imafuku teve forte atuação em mobilizações contra a Reforma da Previdência, aprovada em 2019.