Por Luciana Gurgel
Apenas um em cada dez entrevistados brasileiros ainda se informa por veículos impressos, segundo o Digital News Report 2025, divulgado nessa terça-feira (17/6) pelo Reuters Institute, da Universidade de Oxford.

O fenômeno da queda dos jornais impressos é mundial. Nos EUA, apenas 7% ainda consomem notícias no papel.
No Brasil, esse declínio é intensificado pela alta conectividade (86%, segundo o estudo anual DataReportal) e pelo tempo médio de uso de redes sociais − 3h 37 min por dia, o terceiro maior do mundo.
No País, 35% dos entrevistados disseram informar-se por mídias digitais, taxa superior a de vários outros países com igual ou maior acesso à internet entre a população.
O relatório mostra também que o Brasil segue acima da média global em confiança na imprensa (42% contra 40% no mundo), acima de países como a França (29%) e os EUA (30%).
Ainda assim, persiste uma tendência alarmante de evasão de notícias, com muitos evitando o noticiário por razões emocionais ou por excesso de conteúdo.
O levantamento destaca ainda uma tendência no comportamento global: influenciadores digitais e plataformas como YouTube e TikTok são agora fontes frequentes de informação, sendo a opção para 65% dos entrevistados.
O TikTok foi apontado como principal rede social emergente para consumo de notícias. Apesar de seu alcance, a plataforma é vista como um dos maiores riscos em termos de disseminação de desinformação, ao lado do Facebook.
Os pesquisadores alertam para o aumento da dificuldade do público em distinguir notícias verdadeiras de falsas − um desafio agravado pelo uso de mídias sociais e ferramentas baseadas em IA.
Leia mais sobre o relatório em MediaTalks.
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