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sexta-feira, dezembro 12, 2025

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Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (XCI)

Por Assis Ângelo

Mulheres também têm sido personagens de muitos contos e romances de ficção científica mundo afora, nas mais diversas línguas.

No primeiro livro de contos do russo naturalizado norte-americano Isaac Asimov, (1920-1992), Eu, Robô (1950), aparece uma personagem identificada como psicóloga roboticista. Seu nome: Susan Calvin.

Isaac Asimov

Susan é alguém que desfruta de prestígio e respeito numa empresa fabricante de máquinas robóticas. Nada vai adiante sem a sua aprovação. E aí é que vem a coisa.

Um dia, um jornalista bate à porta de seu escritório pedindo entrevista. Ela anda ali pela casa dos oitenta, carregando consigo histórias tantas. É simpaticíssima. No campo sexual, porém, parece ser completamente inexperiente. Ingênua até, embora um dia tenha se apaixonado por um cientista conceituado. Coisa do tipo platônico.

Ao jornalista a personagem abre o coração e diz o que a mente manda.

O livro contém nove contos. Um deles surpreende quando o personagem, um robô, convence a psicóloga dizendo que há correspondência entre ela e uma paixão oculta. Esse robô é programado para obedecer a ordens e jamais ferir ou decepcionar um ser humano. Assim é, pode ou poderá ser. E ela chora desesperadamente ao descobrir a verdade. Que verdade?

A psicóloga Susan é o elo de ligação entre os contos que formam o livro Eu, Robô.

Não custa lembrar que esse livro começa com um robô babá cuidando de uma criança que por ele se afeiçoa. A mãe da menina é contra máquinas de inteligência artificial cuidando de humanos.

Em 1954 Asimov lançou o livro As Cavernas de Aço. Conta uma história que se passa num futuro longínquo, com humanos habitando subterrâneos de Nova York. Nesse imaginário mundo há mais robôs do que gente. Num determinado momento, um cientista é assassinado e para descobrir o assassino é destacado um superinvestigador de polícia, Elijah Baley.

 

Esse livro é cheio de ação, emoção, suspense, suicídio, amor e paixão. É um tempo em que há controle de natalidade.

Esse foi o primeiro romance de Asimov. O segundo, O Sol Desvelado (1957), traz a continuação do primeiro.

O enredo desse novo romance trata de descendentes de terráqueos habitando dezenas de mundos diferentes. São chamados de solarianos, habitantes do planeta Solaria, onde há 20 mil “humanos” e 20 milhões de robôs. Lá também ocorre um misterioso crime. A vítima é um importante cientista. Para elucidá-lo são convocados o investigador Elijah e seu parceiro no livro anterior, o humanoide R. Daneel Olivaw, movido a energia nuclear.

Como o primeiro, esse segundo romance de Asimov, tem como pano de fundo o tempo futuro.

Isaac Asimov começou a publicar suas coisas em 1940, em revistas de ficção científica. No total deixou quase 500 livros, incluindo didáticos e de história universal. De profissão era bioquímico.

Os crimes que aparecem em As Cavernas de Aço e O Sol Desvelado têm como vítimas especialistas em robôs, quer dizer: cientistas e tal.

As histórias de robôs contadas por Asimov são mais do que curiosas: interessantíssimas.

Até no mundo dos robôs há leis. Estas:

 

1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal

2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei

3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis

 

Eu não ia falar de mais um romance de Asimov, mas vou falar.

No livro O Fim da Eternidade (1955) há o que não poderia haver no seu enredo: um cara, chamado Andrew, treinado pelo sistema para não ter emoção de tipo algum, apaixona-se perdidamente por uma cientista de nome Nöys.

Quem é essa mulher e o que ela pretende?

Essa história se passa quase toda na casa do chapéu, num inimaginável século 482.

Será que Nöys é uma figura perigosa?

Será que Nöys vai corresponder à paixão de Andrew?

Andrew é técnico de uma organização chamada Eternidade. Os habitantes dessa coisa são chamados de “Eternos”.

Ora, ora, não posso deixar de comparar Asimov a Guimarães Rosa, mas numa bobagenzinha só: Rosa era um paquerador e amante incorrigível, como o autor Isaac Asimov.

A pergunta: quem matou o primeiro e o segundo cientistas de As Cavernas de Aço e de O Sol Desvelado?

Uma coisa a mais: houve um escritor que inspirou a criação do Dia da Ficção Científica Brasileira. Era paulistano e chamava-se Jeronymo Monteiro (1908-1970).

Como Machado de Assis, Jeronymo Barbosa Monteiro era autodidata e poliglota. E também jornalista e um dos pioneiros da ficção científica ou ficção do futuro, como também esse gênero é chamado.

Como Machado, Jeronymo traduziu livros de autores como Victor Hugo. Falava quatro línguas: francês, italiano, espanhol e inglês.

E como Coelho Neto, Jeronymo caiu no esquecimento, pois são poucas as pessoas que lembram dele hoje e da obra que deixou. Entre seus livros se acham Três Meses no Século 81 (1947), A Cidade Perdida (1948) e Os Visitantes do Espaço (1963).

E ainda como Coelho Neto, Jeronymo escreveu livros direcionados ao público infantil.

Sua atividade como jornalista estendeu-se pelas páginas de Folha, Estadão e O Globo.

No jornal Tribuna, de Santos, Jeronymo assinou uma coluna intitulada Admirável Mundo Novo. Nela coluna, divulgava notícias do mundo científico.

Antes de trabalhar nesses jornais, assumiu a direção e edição da primeira revista publicada pela Editora Abril, em 1950. São dele a tradução e adaptação dos primeiros números do gibi O Pato Donald.

O maranhense Henrique Maximiano Coelho Neto foi um dos mais criativos jornalistas e ficcionistas da vida intelectual brasileira. Publicou centenas e centenas de contos, crônicas, poesias, romances. Muita coisa ele escreveu, até livros para o público juvenil. Chegou a assinar obras com Olavo Bilac.

Neto tem um conto bastante curioso no qual um cientista gera um ser esquisito denominado James Marian. Esse ser foi resultante da junção de um corpo masculino jovem cuja cabeça fora degolada e de uma jovem que teve o corpo esmagado de que sobrou apenas a cabeça intacta.

Cabeça de uma jovem num corpo de um jovem resultou no personagem próximo a Frankenstein. Detalhe é que, ao contrário de Frankenstein, Marian é bonito e encantador.

Lá pras tantas, Marian conta sobre seu criador:

 

(…) Tive um protetor, Arhat. Vivi em sua companhia e ele velou por mim. Não era de amor que me cercava, mas de cuidados. Eu era feitura sua, obra do seu saber. Tinha grande zelo por mim, sempre atento à minha saúde, às minhas tristezas, medicando-me, defendendo-me de todo o mal para que eu resistisse. Eu era para ele como objeto delicado que se conserva em vitrina. Amor não havia. Que fez por mim? Deu-me a vida, educou-me e instituiu-me herdeiro da fortuna que dissipo. Eu dormia e ele despertou-me… e ando agora como estremunhado, só desejoso de voltar ao sono. (…)


Reproduções por Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

André Hernan fecha com a Amazon prime para Brasileirão e Copa do Brasil

André Hernan fecha com a Amazon prime para Copa do Brasil e Brasileirão
André Hernan (Crédito: Instagram)

O repórter esportivo André Hernan assinou com a Amazon Prime para as transmissões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil em 2025. Ele se junta à equipe que inclui nomes como Galvão Bueno na narração e Rafael Oliveira nos comentários. As informações são de Flávio Ricco, do portal LeoDias.

Hernan já havia trabalhado na Amazon anteriormente, em transmissões pontuais da Copa do Brasil, e agora assina um contrato fixo. A ideia é que Hernan seja o repórter “número 1” das transmissões, trazendo informações diretamente dos gramados. Ele seguirá na apresentação do quadro Zona Mista, do UOL, e vai manter seu canal no YouTube.

O jornalista deixou a Globo em abril de 2022, após quase 20 anos de emissora. Na carreira, cobriu diversos eventos como Copa do Mundo, Olimpíadas, Brasileirão e Eurocopa. Além do UOL e do canal no YouTube, Hernan fez também trabalhos para a CazéTV.

Sexta edição da revista Memória da Imprensa é lançada

Sexta edição da revista Memória da Imprensa é lançada

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) lançou em 14/12 a sexta edição da revista Memória da Imprensa, publicação que preserva os relatos de quem fez o jornalismo baiano ao longo das últimas décadas.

Participam desta edição, intitulada Decifra-me ou te devoro: O enigma da IA para o jornalismo, nomes como Clementino Heitor de Carvalho, que relembra os tempos em que os jornais tinham grande influência na vida das cidades; Zé Raimundo recorda sua trajetória de quatro décadas de reportagens, enquanto Perfilino Neto demonstra seu vasto conhecimento sobre o rádio e a Música Popular Brasileira. A revista resgata a história de coragem e destemor de Margarida Neide, a primeira fotojornalista a cobrir futebol na Bahia, e também traz passagens e histórias dos 55 anos de Paulo Roberto Sampaio no jornalismo.

O ensaio 3M celebra três mestres da fotografia – Milton Mendes, Manoel Porto e Manu Dias –, cujas lentes captaram os pulsos da redemocratização. Já os artigos dos especialistas Gabriela de Paula, Pyr Marcondes (autor do livro Jornalismo 4.0), Lucas Reis (presidente da ABMP) e Suzana Barbosa (professora da Facom e coordenadora do Pós-Com) convidam a um mergulho no futuro do jornalismo, abordando os desafios e oportunidades trazidos pela inteligência artificial, tema central desta edição.

Aline Cerri despede-se da Honda e começa na Toyota

Aline Cerri despede-se da Honda e começa na Toyota
Crédito: Reprodução/Linkedin

A Toyota segue reforçando sua equipe de Comunicação Corporativa. A novidade da vez é a chegada da coordenadora Aline Mustafa Cerri, que responderá ao gerente da área, Marcelo Cosentino.

Há quase dez anos na Honda, ela vinha atuando no atendimento à imprensa para assuntos corporativos de automóveis, Honda Serviços Financeiros e HondaJet. Antes passou por agência Leo Burnett e TV Cultura. O novo contato dela é [email protected].

Placar ganha documentário sobre história e trajetória da revista

Placar ganha documentário sobre história e trajetória da revista
Crédito: Divulgação/Instagram

A história e trajetória da revista esportiva Placar é tema do documentário Placar, a revista militante. O filme mostra como a publicação, ao longo de 50 anos de trabalho e mais de 1500 reportagens publicadas, ajudou a contar a história do futebol brasileiro. O documentário será exibido nesta terça-feira, às 19h, no Museu do Futebol, em São Paulo, em sessão aberta ao público.

Além da história da Placar, o documentário mostra a forma diferenciada como a revista cobria e encarava o futebol: “A Placar não apenas narrou, foi protagonista, desafiadora, amou os craques, odiou cartolas, lutou pelo futebol, pela democracia, divertiu, denunciou, escandalizou”, destaca Ricardo Corrêa, diretor-geral do filme, que tralhou na Placar por mais de 20 anos. “É um filme sobre futebol e jornalismo”.

Com diversas entrevistas de jornalistas e ex-jogadores que passaram pelas páginas da Placar, o filme discute temas como a Máfia da Loteria, o fim da Lei do Passe, o doping do ex-meia Mário Sérgio, então no Palmeiras, a Democracia Corinthiana e outros assuntos que estamparam as capas da revista ao longo de cinco décadas. Passaram pela Placar referências do jornalismo esportivo como Arnaldo Ribeiro, Celso Unzelte, Gian Oddi, Marcelo Duarte, Martha Esteves, Paulo Vinícius Coelho (PVC), Ronaldo Kotscho, Carlos Maranhão e Juca Kfouri.

Além de Ricardo Corrêa, também são realizadores do filme Sérgio Xavier Filho, comentarista da SporTV e ex-diretor de redação da publicação; Alfredo Ogawa, diretor de conteúdo; e Alexandre Battibugli, que atuou como assistente de direção e fotografia.

Jornalistas veem inteligência artificial como aliada na otimização do trabalho, mas apenas com supervisão humana

Jornalistas veem inteligência artificial como aliada na otimização do trabalho, mas apenas com supervisão humana
Crédito: Markus Spiske/Unsplash

Jornalistas brasileiros estão incorporando ferramentas de inteligência artificial em sua rotina de trabalho para tarefas mais automatizadas, como revisão de textos, pesquisa de dados e transcrição de áudios. Na avaliação dos profissionais, a IA tem se mostrado uma boa aliada na otimização do tempo e na melhoria da qualidade do conteúdo jornalístico produzido. Eles destacam a necessidade de supervisão humana permanente.

Os jornalistas consideram baixo seu conhecimento sobre essa tecnologia, e há uma percepção de falta de treinamento oferecido pelas empresas de comunicação. Preocupações sobre a importância de respeitar os direitos autorais e de manter a transparência sobre o uso de IA, além da falta de originalidade do material produzido, são recorrentes. Os profissionais destacam ainda a importância da definição de parâmetros para o uso responsável da IA no jornalismo, porém apontam a carência de manuais organizados pelos meios de comunicação em que atuam, com regramentos nesse sentido.

Estas são algumas conclusões da segunda fase da pesquisa A inteligência artificial para jornalistas brasileiros. O estudo, realizado pelo grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas − ESPM, formado por professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP, tem parceria, apoio e divulgação do Jornalistas&Cia.

Os objetivos do estudo são identificar o nível de conhecimento da inteligência artificial generativa por jornalistas no País e conferir o grau de conhecimento e de utilização de suas ferramentas na produção e nos negócios jornalísticos, bem como as preocupações que envolvem seu uso na atividade profissional. Os nomes dos participantes são mantidos em sigilo. Os dados obtidos são utilizados para trabalhos acadêmicos e para a produção de notícias sobre o tema no Jornalistas & Cia.

Confira os detalhes da pesquisa na edição de J&Cia.

Relatório revela que mulheres jornalistas foram as mais atacadas nas eleições de 2024

Relatório revela que mulheres jornalistas foram as mais atacadas nas eleições de 2024
Crédito: The Climate Reality Project/Unsplash

Um relatório divulgado pela Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) sobre ataques à imprensa nas eleições municipais de 2024 revelou que a maioria foi direcionada a mulheres. Segundo a pesquisa, elas sofreram 50,8% dos ataques, com maior incidência no Instagram (68,3%). O estudo também considerou fatores como raça, mostrando altos índices de ataques a profissionais negros.

Além das agressões digitais, 11 casos de violência física ou verbal foram registrados, muitos promovidos por agentes políticos. O relatório ainda recomenda ações para proteger jornalistas e fortalecer a liberdade de imprensa. Leia o material aqui.

Larissa Shiraishi assume o atendimento da Citroën na Stellantis

Larissa Shiraishi assume o atendimento da Citroën na Stellantis
Crédito: Reprodução/Stellantis

Larissa Shiraishi está de volta ao setor automotivo. Ela começou há algumas semanas na Stellantis como especialista de Comunicação Corporativa, para cuidar do atendimento à marca Citroën em substituição a Rodrigo Ribeiro, que foi transferido internamente para o atendimento de Ram e Leapmotor.

As demais marcas do grupo seguem aos cuidados de Giselli Cardoso (Peugeot), Bruno Rocha (Jeep e Mopar) e Daniel Simonetti (Fiat e Abarth). Todos respondem à liderança de Imprensa Produto, comandada por Tatiana Carvalho.

Há quase dez anos atuando com marcas automotivas, tendo nesse período passado por Volkswagen (2019-22) e Ketchum, no atendimento à Jaguar Land Rover (2013-19), ela estava há quase dois anos na área de Marketing da XP. Antes, passou por G&A e Brasilprev.

Ana Karina Bortoni é a nova CEO do Grupo Silvio Santos

Ana Karina Bortoni é a nova CEO do Grupo Silvio Santos
Crédito: Reprodução/Linkedin

O Grupo Silvio Santos anunciou em 13/12 Ana Karina Bortoni como sua nova CEO. A holding compreende SBT, Jequiti Cosméticos, Hotel Jequitimar, Liderança Capitalização, Sisan Empreendimentos Imobiliários e TQJ (de jogos online), entre cerca de 40 empresas.

Desde 2023 Bortoni faz parte do Conselho de Administração que reestrutura a holding, e antes, em 2015, como consultora, trabalhou com as acionistas no modelo de gestão do Grupo. Renata Abravanel continua como presidente do Conselho.

Depois de ser sócia da consultoria McKinsey, foi a primeira mulher brasileira CEO de um banco, o BMG. Foi também capa da revista Forbes Mulheres de Sucesso 2022. Substitui agora a Marcelo Barp, CFO do Grupo SS, que atuou interinamente como CEO nos últimos meses, permanece na casa e volta às suas funções.

Germano Oliveira lança site Brasil Confidencial

Germano Oliveira lança site Brasil Confidencial
Crédito: Reprodução/Brasil Confidencial

Germano Oliveira, diretor de Redação da revista IstoÉ, lançou na última semana, em caráter experimental, seu novo projeto paralelo, o site Brasil Confidencial. “Diferentemente de grande parte da mídia brasileira, que fez opções editoriais ou abraçou teses de poder, à esquerda ou à direita, Brasil Confidencial se propõe a ser um veículo independente e com grande penetração, a partir do uso intensivo da tecnologia e do acesso direto aos principais líderes políticos e empresariais do País”, explica Germano.

Até o momento, integram o conselho editorial da plataforma Ricardo Guedes, sócio da empresa de pesquisa Sensus, Zé Schiavoni, executive chairman da Weber Shandwick Brasil, e Guido Orlando Júnior, especializado em tecnologia, podcasts e videocasts.

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