Como parte das celebrações de 30 anos deste Jornalistas&Cia, a eleição dos +Admirados Jornalistas Brasileiros ganhará mais uma edição em 2025, a terceira de sua história. A iniciativa, realizada nos anos de 2014 e 2015, apontará os 100 jornalistas mais admirados do Brasil pela opinião dos próprios colegas de imprensa e profissionais da Comunicação.
A eleição está prevista para o segundo trimestre deste ano, com a cerimônia de premiação ocorrendo em data próxima ao aniversário de Jornalistas&Cia, em setembro. As duas primeiras edições tiveram como principais destaques o então âncora da BandNews FM e TV Bandeirantes Ricardo Boechat, falecido em um trágico acidente aéreo em 2019, e a colunista e apresentadora Miriam Leitão, uma das mais premiadas jornalistas brasileiras de todos os tempos.
“Após dez anos, em um novo cenário, com muitos profissionais de qualidade que surgiram e ganharam relevância no jornalismo nesse período, entendemos que chegou o momento de realizar novamente a eleição”, destaca Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora. “Neste intervalo, a série +Admirados cresceu e se multiplicou, ganhando versões nichadas para as editorias de Economia, Negócios e Finanças; Saúde, Ciência e Bem-Estar (sob os auspícios do Hospital Israelita Albert Einstein); Automotiva; Agronegócio; Esportes; Tecnologia; além de uma dedicada a reconhecer o trabalho de jornalistas negros e negras, realizado em parceria com 1 Papo Reto, Neo Mondo e Rede JP – Jornalistas Pretos. Mas sempre ficou aquele desejo de realizar novamente um recorte mais geral, contemplando todos os jornalistas brasileiros. Nada melhor do que promovê-la na esteira das comemorações dos nossos 30 anos”.
Empresas interessadas em apoiar e associar suas marcas à iniciativa podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro ([email protected]) ou Silvio Ribeiro ([email protected]).
A curadora Kujaesãge Kaiabi apresenta no Museu Nacional da República até 2/2 a mostra Os Olhos do Xingu, que conta com 20 fotografias e vídeos de oito artistas membros da Rede de Comunicadores Xingu+, que vivem em território indígena do Xingu, mostrando a perspectiva dos povos originários sobre seu relacionamento com o meio ambiente. “Muitas vezes a gente está sendo retratado por não indígenas”, disse ela. “A nossa história está sendo contada de outra forma. Hoje, a gente mostra as nossas culturas, a nossa história, com os olhares dos comunicadores indígenas”.
A exposição é uma realização da Rede Xingu, da União Europeia e do Instituto Socioambiental (ISA), com apoio da Fundação Rainforest da Noruega − instituição de preservação ambiental. Atendendo a um convite da instituição, a mostra Olhos do Xingu passou primeiro pela Noruega, antes de chegar ao Brasil. Entrada gratuita.
Miriam Aquino, fundadora e presidente do Tele.Síntese, morreu na Capital Federal aos 64 anos nessa terça-feira (7/1). Ela não vinha se sentindo bem nos últimos dias, mas a causa da morte não foi revelada. Deixa dois filhos. Com mais de 30 anos de carreira, passou por O Globo, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, Gazeta Mercantil, Revista Dados e Ideias e Informática Hoje.
Segundo o portal da empresa, Miriam era uma pessoa marcante, jornalista sagaz, que compreendia a fundo o poder em Brasília, a dinâmica dos negócios e farejava notícias como ninguém: “Era um farol para Tele.Síntese, DMI, PontolSP, Momento Editorial e Bit Social – empresas que liderava com maestria”. Com Lia Ribeiro Dias, fundou a Momento Editorial e contribuiu para estabelecer o jornalismo especializado em tecnologia e telecomunicações no Brasil.
Graziella Lee está em nova jornada profissional. Ex-head de comunicação corporativa da Mondelêz, onde esteve por 1 ano e 3 meses, e com passagens por companhias como Citi, Novartis, Algar Telecom e Ericsson, ela acaba de ser anunciada pela Dow como sua nova líder de comunicação no Brasil, passando a coordenar a equipe de comunicação e responsabilidade social e a responder pela estratégia e implementação dos planos de comunicação corporativa e public affairs.
Paralelamente, integrará o board do Brazil Leadership Team (BLT), em linha direta com Mariana Orsini, líder regional da companhia no País. Como líder de Comunicação local, Graziella integra o time de Laura Nagle Detomini, diretora de Public Affairs da Dow para a América Latina.
Julio Gama anunciou em 7/1 sua despedida da Vale após sete anos entre o Brasil e o Canadá. Nos dois últimos anos, em Toronto, no Canadá, ele foi diretor global de Comunicações da Vale Base Metals, em seu processo de se tornar uma empresa autônoma. Antes, durante quase seis anos foi diretor global da Vale, sediado no Rio de Janeiro. Sua trajetória contempla ainda a liderança de comunicação da Telefônica e do HSBC Bank Brasil.
No texto de despedida, no Linkedin, ele ressalta: “Foi uma honra ter liderado a Comunicação de uma das maiores e mais importantes empresas do Brasil e do mundo da mineração no momento mais difícil e de maior transformação na sua história. Saio renovado para os próximos desafios. Com um orgulho imenso de ter sido Vale! Que venha 2025!”
O relatório Tendências e Previsões de Mídia 2025 da Kantar Ibope Media destaca um ecossistema de mídia em constante transformação, impulsionado por inovações tecnológicas, mudanças no comportamento do consumidor e uma crescente demanda por confiança e transparência.
A convergência entre canais de mídia está borrando as linhas tradicionais, criando um ecossistema híbrido, em que as definições se tornam nebulosas. Essa mudança exige uma reavaliação da nomenclatura da indústria para garantir clareza tanto para o público quanto para os profissionais.
A mídia gerada por inteligência artificial (IA) está evoluindo a criação de conteúdo, abrindo novas possibilidades, mas também levantando preocupações sobre desinformação e perda de confiança. A regulamentação de deep fakes de IA já está corroendo a confiança, permitindo que as pessoas descartem ou questionem eventos reais com mais facilidade.
O sucesso no ecossistema da mídia em evolução depende da compreensão das preferências, comportamentos e jornadas dos consumidores em múltiplas plataformas. A medição centrada em pessoas, que utiliza dados para entender a audiência em um nível granular, é crucial para estratégias de alcance, engajamento e monetização.
A saturação do mercado de streaming, a fadiga das assinaturas e os custos crescentes de produção estão levando a uma mudança na forma como o conteúdo é produzido e consumido. As estratégias multiplataforma, a personalização e a qualidade do conteúdo são cada vez mais importantes para atrair e reter a audiência.
A indústria da mídia precisa atrair talentos com novas habilidades em áreas como ciência de dados, IA e análise de dados para enfrentar os desafios de um ecossistema em rápida mudança. A abertura à colaboração, tanto internamente quanto entre organizações, será crucial para a inovação e o crescimento.
O rádio continua sendo uma mídia de alto alcance e uma fonte confiável de conteúdo, com potencial para combinar ofertas lineares e de streaming. Como uma mídia ao vivo, desenvolveu conexões e comunidades por meio de escuta compartilhada. Extensões digitais de rádio, como podcasts e programas sob demanda, estão expandindo o alcance para novos públicos.
No entanto, a diversificação e a fragmentação da experiência auditiva estão criando novos desafios de medição e monetização, à medida que marcas buscam aproveitar suas plataformas cada vez mais diversificadas. As barreiras mais baixas à entrada inundaram o mercado de podcasts, dificultando o destaque de novos programas. O recurso para pular ou acelerar anúncios também é um problema significativo para os anunciantes. Entretanto, os podcasts continuam a crescer em popularidade, oferecendo às marcas uma maneira altamente íntima de se conectar com os ouvintes. Muitos ouvintes de podcasts procuram produtos recomendados pelos anfitriões, oferecendo oportunidades únicas de conversão para anunciantes.
Para prosperar neste cenário de profundas transformações, as empresas de mídia precisam se adaptar, adotando uma abordagem focada no consumidor, investindo em novas habilidades e abraçando a colaboração. A capacidade de entender e responder às necessidades em constante mudança de audiência será a chave para o sucesso futuro.
As tendências e previsões da Kantar para a mídia em 2025 trazem recomendações fundamentais para que empresas se mantenham competitivas em um cenário de rápidas transformações. Uma das principais diretrizes é a adoção de uma abordagem centrada no consumidor. Colocar o público no centro das estratégias é essencial em um ambiente de mídia cada vez mais fragmentado e saturado. Essa postura requer personalização de conteúdo e criação de campanhas que dialoguem diretamente com os valores e interesses das pessoas. Tecnologias como IA desempenham um papel crucial nesse processo, permitindo o mapeamento de comportamentos e a entrega de experiências personalizadas. Contudo, a personalização precisa ser equilibrada com a proteção de dados e a privacidade dos consumidores, um desafio especialmente relevante em função de legislações como a LGPD no Brasil e o GDPR na Europa.
Outra recomendação vital é o investimento em pesquisa e análise de dados para compreender as jornadas do consumidor. À medida que os consumidores transitam por múltiplos canais e plataformas, mapear e entender esse trajeto torna-se cada vez mais desafiador. Ferramentas de análise de dados avançadas são indispensáveis para integrar informações de diferentes fontes, como redes sociais, aplicativos e sites, oferecendo uma visão holística do público. Contudo, o excesso de dados pode ser contraproducente, demandando que as empresas priorizem métricas realmente relevantes para a tomada de decisão. Além disso, a precisão e a ética no uso dos dados são fatores críticos para que esse investimento tenha sucesso.
(Crédito: Flaticon.com)
A criação de conteúdo de alta qualidade também é destacada pela Kantar como uma prioridade. Com o aumento exponencial de informações disponíveis, os consumidores buscam experiências que sejam tanto autênticas quanto relevantes. Isso exige que as empresas invistam em narrativas bem elaboradas e criativas, que gerem conexão emocional com o público. Além disso, tecnologias como IA generativa podem ajudar a customizar conteúdos, enquanto formatos inovadores, como a realidade aumentada e a interatividade, ampliam o engajamento. Apesar disso, aumentar a qualidade do conteúdo sem inflacionar os custos de produção é um desafio constante, especialmente para empresas menores. Outro ponto de atenção é encontrar o equilíbrio entre a automação proporcionada pela IA e a criatividade humana, que ainda é um diferencial insubstituível.
A evolução tecnológica da mídia também exige o desenvolvimento de novas habilidades entre os profissionais da área. A ciência de dados e a IA são competências indispensáveis para navegar no cenário atual. A capacitação das equipes pode ser feita por meio de treinamentos internos ou parcerias com instituições acadêmicas e startups especializadas. Contudo, atrair e reter talentos qualificados em um mercado altamente competitivo pode ser financeiramente desafiador, especialmente para empresas menores. Além disso, a rápida evolução tecnológica exige aprendizado contínuo, o que demanda investimentos constantes em educação e atualização.
Por fim, a Kantar recomenda que a indústria da mídia fomente a colaboração e a abertura entre os diferentes players. Parcerias entre empresas de mídia, plataformas tecnológicas e criadores de conteúdo são essenciais para enfrentar desafios como a desinformação e a fragmentação da audiência. A cooperação pode se manifestar na criação de padrões comuns para a medição de métricas ou na busca de soluções conjuntas para questões complexas, como a monetização de novos formatos de mídia. Apesar disso, a competição acirrada e a relutância em compartilhar dados ou recursos estratégicos ainda representam barreiras para o avanço dessa colaboração. Superar essas resistências é crucial para criar um ecossistema mais transparente e confiável.
As recomendações da Kantar são um guia para as empresas que desejam prosperar no dinâmico cenário da mídia contemporânea. Contudo, cada uma delas apresenta desafios que exigem inovação, adaptabilidade e, acima de tudo, um compromisso com a entrega de valor tanto para o consumidor quanto para o mercado. Combinando tecnologia, criatividade e uma postura colaborativa, as empresas podem não apenas sobreviver, mas também prosperar nesse ambiente em constante transformação.
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
Após promover demissões de profissionais com mais tempo de casa, como Cilene Farias, que atuava como chefe de redação, e Márcia Dantas, uma das apresentadoras do Primeiro Impacto, o SBT fará contratações. Sob a gestão de Leandro Cipolini, diretor de Jornalismo, o departamento passa por uma série de mudanças como parte de uma reestruturação.
De acordo com Gabriel de Oliveira, do TV Pop, a nova chefia de redação será composta por Mariana Ferreira, atual diretora de Jornalismo da Jovem Pan, e Caio Piccolo, ex-diretor do Domingo Espetacular, da Record. Assim como Cipolini, ambos tiveram passagens pela Record.
Nas próximas semanas, a versão paulista do Primeiro Impacto também deverá ganhar um novo visual, podendo até mesmo sofrer mudanças no nome e na faixa horária. Ainda segundo as informações, os nomes cogitados para a nova fase do telejornal são Bruno Peruka, que ganhou destaque ao comandar o Tá na Hora, e Felipe Macedo, apresentador do Tribuna da Massa da TV Cidade. Já Marcão do Povo, apesar do futuro incerto, deverá ser mantido na grade após a reformulação.
Maurício Lima, atual diretor de redação da revista Veja, é o novo CEO da Editora Abril, em substituição a Fábio Carvalho, que passa a ser chairman do grupo e publisher da Abril Holding. Sérgio Ruiz, atual redator-chefe da Veja, é um dos cotados para assumir a direção da revista.
Lima está há quase 20 anos na Editora Abril. Na empresa, ocupou diversos cargos, como repórter, editor, editor-executivo, editor-chefe e publisher. Na Veja, são mais de oito anos de trabalho, como colunista de Política, editor-chefe e mais recentemente diretor de redação.
Em seu perfil no LinkedIn, Lima escreveu sobre o desafio de ser CEO da Abril. Ele declarou que vai garantir que o grupo siga sendo referência na mídia brasileira, “oferecendo um jornalismo de impacto nas plataformas impressa e digital”.
“A minha prioridade será promover o crescimento, fortalecer as nossas operações e explorar novas oportunidades de investimento e expansão”, escreveu Lima. “Também me concentrarei em manter uma supervisão rigorosa das métricas de desempenho financeiro, operacional e de mercado para garantir práticas de gestão sustentáveis e eficientes”.
Estão abertas até 15 de fevereiro as inscrições para o Prêmio Unesco/Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa Mundial, que reconhece e valoriza trabalhos que contribuam para a liberdade de imprensa ao redor do globo, especialmente em áreas de alto risco. A premiação será de US$ 25 mil.
Criado em 1997 pelo Conselho Executivo da Unesco, o prêmio é uma homenagem ao jornalista colombiano Guillermo Cano Isaza, assassinado em frente ao escritório do jornal El Espectador, em 17 de dezembro de 1986, em Bogotá, na Colômbia. É possível indicar até três candidatos para o prêmio. O vencedor será anunciado em cerimônia realizada em 3 de maio, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
No ano passado, a Unesco concedeu o prêmio aos jornalistas palestinos que cobrem a guerra na Faixa de Gaza, em homenagem aos profissionais na zona de conflito e também aos jornalistas que perderam a vida durante a cobertura.
Márcia Dantas, apresentadora do Primeiro Impacto no SBT, foi demitida da emissora após oito anos. Conforme apurado pela coluna F5, da Folha de S.Paulo, a decisão foi tomada por Leandro Cipoloni, novo diretor de Jornalismo. O desligamento ocorreu na manhã desta segunda-feira (6/1). Por enquanto, o programa matinal seguirá sob o comando de Dani Brandi, que dividia a apresentação com Dantas.
Em comunicado, o SBT informou que a saída de Dantas não está relacionada a cortes, mas a substituições: “Estas ações fazem parte da reestruturação pela qual o Departamento de Jornalismo está passando”, diz trecho da nota.
Além do Primeiro Impacto, Márcia apresentou o SBT Brasil de 2020 a 2023, o Tá na Hora em 2024 e foi âncora do Chega Mais Notícias. Antes de ingressar no SBT, atuou como repórter e apresentadora na Record.