Os Grupos Globo e Folha acabam de distribuir à imprensa um comunicado em que informam, sem mais detalhes, estar desfazendo a sociedade que têm no Valor Econômico desde a fundação deste, em maio de 2000. Reproduzimos a íntegra do comunicado: “Os Grupos Globo e Folha, sócios na empresa Valor Econômico S.A., responsável pela edição do jornal Valor Econômico, informam que negociaram a venda integral da participação do Grupo Folha na referida empresa ao Grupo Globo. O fechamento da negociação está sujeito à aprovação do CADE, na forma da legislação pertinente.”
Thomson Reuters abre inscrições para programa de treinamento editorial
A Thomson Reuteurs anunciou a abertura de inscrições para seu programa de treinamento editorial. O Reuters Journalism Program tem duração de nove meses e é realizado nos Estados Unidos. O programa, que terá início em janeiro de 2017, é direcionado a profissionais em início de carreira que tenham interesse em fazer um treinamento intensivo em jornalismo. Os participantes produzirão reportagens para a agência de notícias e receberão um salário durante o programa. Para participar, os jornalistas em início de carreira devem ter fluência na língua inglesa, alguma experiência com análise de dados, jornalismo de dados e conhecimentos nos campos de finanças, mercados financeiros, contabilidade, direito ou ciências da computação. Inscrições pelo site da Reuters até 15 de novembro.
Lya Luft volta a assinar coluna em Zero Hora
A escritora, tradutora e professora Lya Luft volta a assinar coluna semanal em Zero Hora após 12 anos. Ela estreou no último sábado (10/9) na página 3 da superedição de fim de semana, trazendo, segundo a diretora de Redação Marta Gleich, “assuntos sobre os quais discorre muito bem: reflexões sobre a vida, sabedoria das relações humanas, provocações sobre comportamento” Ao jornal, Lya disse que sempre se sentiu muito em casa em Zero Hora: “São jornalistas que conheço da vida inteira. Um ambiente família, cheio de amigos. Sempre fui recebida com muito carinho, é uma relação muito pessoal. Estou muito contente de voltar para o meu público antigo, escrevendo sobre este ‘ser estranho’ chamado ‘gente’”.
Cinco deixam o Correio Brasiliense
Cinco profissionais deixaram o Correio Braziliense no fim de agosto. O coordenador de Política Ivan Iunes, com muitos anos de Casa, pediu afastamento para trabalhar em uma assessoria. Também pediu para sair o repórter João Valadares, da mesma editoria. Natália Lambert, que já estava na equipe como subeditora, acumula com a reportagem. E o jornal dispensou os fotógrafos Zuleika de Souza e Gustavo Moreno; e Anderson Miranda, da Arte. Ainda sobre o Correio, funcionários e o Sindicato dos Jornalistas do DF voltaram a cobrar pendências financeiras da empresa, também na semana passada. Eles reivindicam o repasse integral do salário dos editores, que foi pago pela metade em agosto, bem como o pagamento do auxílio-alimentação deste mês. Outros problemas discutidos em reunião foram a falta de pagamento das férias e os atrasos no recolhimento do FGTS.
Folha de S.Paulo demite ao menos dez jornalistas
Ao menos dez jornalistas deixaram a Folha de S.Paulo na tarde dessa quinta-feira (8/9). A informação, ainda não confirmada pela diretoria do jornal, é do Comunique-se, mas já vinha circulando no mercado há alguns dias. No pacote de mudanças estariam a junção das editorias Cotidiano e Esportes, e a redução da equipe no Rio de Janeiro. O escritório da sucursal carioca também deve mudar de lugar.
Dias Toffoli revoga liminar que mantinha Ricardo Melo na EBC
O ministro do STF Dias Toffoli revogou nessa quinta-feira (8/9) liminar que mantinha Ricardo Melo na Presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Toffoli considerou que houve “perda do objeto”. Isso porque uma medida provisória – ato unilateral do presidente da República – foi editada em 2/9 e alterou a estrutura de EBC, essencialmente em seu regime jurídico. Com a mudança na lei, determina-se que o presidente da República pode nomear e exonerar a qualquer momento o presidente da empresa. Na prática: em qualquer situação e tempo, não há que se falar em Ricardo Melo na presidência da EBC sem que Michel Temer queira. Pode-se questionar a legitimidade do ato, mas não a sua legalidade. Antes, o regimento da EBC dizia que o presidente da emissora, após nomeado, tinha mandato de quatro anos, só podendo ser destituído de suas funções nas hipóteses previstas pela lei ou por “votos de desconfiança” do Conselho Curador, agora extinto. Na prática: a norma assegurava autonomia na condução da EBC, zelando pelo que realmente deveria importar, que são a pluralidade e o bom jornalismo. A MP determina que a EBC seja administrada por um Conselho de Administração e por uma diretoria executiva. Contará a partir de então com apenas um Conselho Fiscal, extinguindo o Conselho Curador de 22 membros, entre eles representantes da sociedade civil. Na prática: a EBC deixa de ser uma emissora pública e passa a ser estatal, o que altera radicalmente os seus propósitos originais.
Eduardo Cunha e Cláudia Cruz estarão no Conexão Repórter deste domingo
Conexão Repórter, programa conduzido por Roberto Cabrini no SBT, apresenta neste domingo (11/9) uma entrevista com o deputado federal Eduardo Cunha. Às vésperas do desfecho de um processo que pode culminar com a cassação dele, o programa abordará as denúncias de contas na Suíça, novas delações premiadas, acusações de suborno, Operação Lava Jato, entre outros temas. O programa terá espaço ainda para uma exclusiva com a jornalista Cláudia Cruz, esposa de Cunha e também alvo de investigações.
Playboy desmente terceirização e descarta encerramento
Editada desde janeiro pela PBB Entertainment, após 40 anos na Abril, perdeu na semana passada quatro profissionais da redação que estavam na publicação desde o início dessa nova fase: o editor-chefe Roberto Saraiva, o editor de moda Gregório Souza e os repórteres Natalia Horita e Felipe Seffrin. Junto com a notícia das demissões chegaram ao Portal dos Jornalistas informações de que apenas cinco pessoas estariam responsáveis pela revista, site e redes sociais, sendo dois estagiários de arte e três funcionários PJ; que a revista abriria mão de reportagens próprias para traduzir conteúdo da Playboy americana, por contenção de gastos; que a PBB tentaria terceirizar a Playboy Brasil para outra editora com experiência no mercado; e que o encerramento da revista impressa não estaria descartado. Fonte do Portal dos Jornalistas afirmou que a direção da revista justificou as demissões “com os prejuízos financeiros que a Playboy vem acumulando desde o lançamento do primeiro número, em abril, agravados pelo insucesso dos eventos, pelo fracasso comercial (a edição de aniversário, que chegou às bancas em 5/9, só vendeu dois anúncios), pela carteira irrisória de assinantes (são menos de 500) e pela inexpressiva venda em bancas”. Ainda segundo a fonte, esta seria a quarta reformulação na redação da Playboy em menos de oito meses: “A direção já havia demitido anteriormente um diretor de redação, um diretor criativo, uma repórter da revista e uma editora do site, sem contratar substitutos”. O Portal dos Jornalistas procurou a PBB para checar as informações e ela respondeu por meio de nota da diretoria, que transcrevemos: “Algumas demissões aconteceram na última semana por readequação da estrutura da publicação. Uma equipe com mais de 20 pessoas é responsável pela revista (incluindo diretor de redação, arte, financeiro e operacional). A revista não será terceirizada para outra editora e o conteúdo continua sendo próprio. Aliás, a PBB preza por conteúdo de qualidade em sua publicação. Esse é um dos nossos pilares; O encerramento da revista está totalmente descartado. A PBB reitera que também sofre com a atual conjuntura econômica do País, como acontece com todo o mercado editorial brasileiro. No entanto, nossa publicação vem se consolidando no mercado (até o momento foram quatro edições: Luana Piovani, Vivi Orth, Marina Dias e Pathy Dejesus) e a empresa vem evoluindo em outras frentes: como a digital e de eventos. Cabe ainda esclarecer que a PBB não tem medo de mudanças e acredita que elas são necessárias para levar ao leitor o melhor produto possível.”
Três jornalistas são agredidos pela PM durante manifestação em São Paulo
Abraji contabiliza 291 ocorrências desde 2013 Três profissionais que cobriam a manifestação do último domingo (4/9) em São Paulo foram deliberadamente agredidos pela Polícia Militar de São Paulo. Dois se feriram: Felipe Souza (BBC Brasil), atingido por golpes de cassetete; e Mauricio Camargo (Agência Eleven), atingido por uma bala de borracha. Bombas de efeito moral foram lançadas em direção ao repórter Guilherme Balza (CBN), que não se machucou. Todos estavam identificados como imprensa e registravam a ação da PM-SP, que lançava bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água contra pessoas que já dispersavam no Largo da Batata, região oeste da cidade. Com esses, o número de casos de violência contra jornalistas na cobertura de protestos registrados pela Abraji chegou a 291. O levantamento é feito desde junho de 2013 (veja a íntegra). Em nota, a Associação dos Correspondentes Estrangeiros (ACE) repudiou a violência: “As agressões verbais e físicas registradas pelo repórter da BBC Brasil, Felipe Souza, repetem um padrão de abusos contra a imprensa que vem sendo registrado desde os protestos de 2013, especialmente quando os manifestantes são de oposição ao governo de São Paulo, o que fere não apenas os jornalistas, mas a liberdade de expressão e o direito de protestar garantido pelas instituições democráticas do Brasil e do exterior”, diz a entidade. “A ACE apoia também o apelo de entidades nacionais e internacionais que defendem o exercício da atividade jornalística, pedindo ao Governo de São Paulo que investigue e puna os abusos registrados contra jornalistas e cidadãos desarmados”. Também Fenaj, Sindicatos de Jornalistas, ANJ, Abert e outras entidades emitiram notas contra as agressões a jornalistas, inclusive por parte de manifestantes.
Roberto Gazzi é o novo diretor executivo do Correio, na Bahia
Linda Bezerra é efetivada como editora-chefe Roberto Gazzi, que deixou em janeiro suas funções executivas no Grupo Estado, onde estava há 25 anos, desde 2011 como diretor de Desenvolvimento Editorial, e passou a consultor da empresa em áreas nas quais já atuava, está indo para Salvador dirigir o Correio, como diretor executivo. O posto estava vago desde março, com a morte de Sergio Costa. Assume lá na próxima segunda-feira (12/9), mas volta a São Paulo para receber em 21/9 o título de Cidadão Paulistano, em cerimônia na Assembleia Legislativa. No dia 26 vai de vez. Ao Portal dos Jornalistas disse estar muito animado: “Gostei do desafio que estao propondo, o de dirigir o jornal de maior circulaçao do Nordeste. Gostei da empresa e da proposta de manter o crescimento de circulaçao e de audiência. Estou confiante de ajudar a equipe da empresa com o conhecimento que adquiri nos 25 anos de Estadao. Num ambiente tao desafiador quanto o da atual mídia impressa brasileira, é uma dádiva encontrar e poder colaborar com uma empresa que acredita no potencial do trabalho jornalístico de qualidade. Espero poder dar continuidade e agregar algo ao excelente trabalho que o saudoso Sergio Costa vinha fazendo por lá. E vou para a Bahia cheio de energia e ansioso de poder desfrutar da boa terra e de conviver com o povo de tantos ídolos, meus e nossos”. Outra novidade no jornal foi a efetivação da interina Linda Bezerra como editora-chefe do Correio, reportando-se a Gazzi. Com 18 anos de casa, ela foi editora, chefe de Reportagem e editora de abertura.






