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segunda-feira, julho 28, 2025

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Pablo Solano está agora na EPR

Pablo Solano está agora na EPR
Crédito: Reprodução/Linkedin

Pablo Solano, que esteve por pouco mais de 6 anos e meio na Arteris, por último como head de comunicação e marca, assumiu em julho a Gerência de Comunicação Institucional da EPR, que atua no segmento de investimentos em concessões de rodovias e mobilidade. Antes, no segmento das agências de comunicação, passou por FSB Comunicação e Weber Shandwick.

Em publicação no LinkedIn, na qual fala sobre a entrada na empresa, Solano contou sua experiência:

“Os dias têm sido de muito aprendizado ao acompanhar ativos que estão expandindo a atuação do programa de concessões ou renovando-o em trechos previamente administrados por outros operadores. Neste período, também pude conhecer um time de profissionais que conjuga experiência em infraestrutura, ânimo para participar do futuro do setor e compromisso com a qualidade em todos os aspectos que envolvem a gestão de rodovias”, diz trecho.

Leia também: GIJN lança versão atualizada de guia para cobertura de eleições

GIJN lança versão atualizada de guia para cobertura de eleições

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Rede Global de Jornalismo Investigativo (GIJN, na sigla em inglês) lançou uma versão atualizada para 2024 de seu Guia de Eleições para Jornalistas Investigativos. O guia traz dicas e recomendações para jornalistas cobrirem as eleições que ocorrem neste ano em todo o mundo.

O guia é dividido em cinco capítulos que abordam temas como os primeiros passos e por onde começar no trabalho de cobertura das eleições, ferramentas e recursos de investigação, como encontrar e entrevistar fontes essenciais para as reportagens, como investigar candidatos e lidar com mensagens de políticos e desinformação eleitoral durante o trabalho. O guia foi escrito e revisado por Rowan Philp, repórter sênior da GIJN. A edição é de Nikolia Apostolou, Reed Richardson e Laura Dixon e as ilustrações de Marcelle Louw.

Leia o guia na íntegra aqui. 

Roberta Garcia lança iniciativa para apresentar projetos de candidatas negras nas eleições de 2024

Roberta Garcia lança iniciativa para apresentar projetos de candidatas negras nas eleições de 2024
Crédito: Reprodução/Linkedin

Com a proximidade das eleições municipais de 2024, Roberta Garcia lançou o programa Papo de Preta Progressista (3P). Com transmissões semanais, ela entrevista mulheres negras de todo o Brasil que estão concorrendo a prefeituras e câmaras municipais. Além de dar visibilidade a seus projetos, as lives buscam estimular a reflexão sobre as desigualdades de gênero e raça na política institucional brasileira.

Até o momento, foram entrevistadas as candidatas a vereança de São Paulo Keit Lima (PSOL), Ivone Silva (PT) e Simone Nascimento (PT), além de Evelin Moreira (PT-Curitiba), Gleide Davis (PSOL-Salvador), Mônica Cunha (PSOL-RJ) e o Coletivo Vozes Negras Periféricas (PT), que disputa em Taboão da Serra (SP). Na disputa para prefeituras, estão Gabriella Borges (PSOL-BA), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Dandara Tonantzin (PT-MG).

Em entrevista ao portal Mundo Negro, Garcia destacou a importância da ocupação de mulheres negras na política para transformar o cenário atual: “A presença de mulheres negras em cargos políticos vai mudar a forma como a política é feita no Brasil, porque hoje a política no Brasil é conduzida por homens brancos. Sem pluralidade, sem corpos e vivências diferentes, continuaremos sendo lideradas por homens com a mesma visão de mundo”.

O 3P é transmitido ao vivo no Instagram da jornalista todas as terças e quartas-feiras, às 20 horas.

Max Gonzales deixa o Mergermarket para fazer mestrado em Portugal

Max Gonzales (maxgonzales.jornalista@gmail.com) informa que vai deixar seu posto de correspondente no Brasil da agência de notícias britânica Mergermarket (ION Group) em 30/9 para iniciar mestrado em Ciência da Informação (MCI) na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Aos 58 anos, ex-Folha de S.Paulo, AméricaEconomia e Info, ele diz que decidiu investir sua energia para ingressar no MCI por acreditar que há um novo espaço para conquistar no manejo da informação na era digital: “A quantidade de informação produzida digitalmente hoje faz os antigos bancos de dados dos jornais parecerem relíquias de museu, mas creio que é possível aliar esse ativo analógico ao poderio digital, e desenvolver novas formas de acesso à informação, seja no jornalismo, na dinâmica atual das empresas obrigadas a depender da informação digital, ou nos novos empreendimentos digitais. No fim do MCI espero ter criado um novo produto usando esse conhecimento e lançar um serviço digital de planejamento de viagens, com travel intelligence.

Com base na cidade do Porto, estará disponível para escrever reportagens sobre Portugal ou mesmo a Europa, nos aspectos político, econômico, social, esportes, negócios e de empreendedorismo digital. Pode também produzir relatórios e estudos de negócios, com informações estruturadas e úteis para empresas brasileiras interessadas em conhecer o mercado português e preparar suas empreitadas internacionais: “Meus 15 anos de investigação de M&A intelligence no Mergermarket me ensinaram muito sobre o que um empreendimento necessita para florescer, sobreviver e prevalecer”.

Carol Barcellos assina com a CNBC Brasil

Carol Barcellos assina com a CNBC Brasil
Carol Barcellos (Crédito: Divulgação/CNBC Brasil)

A CNBC Brasil anunciou nesta quinta-feira (26/9) a contratação de Carol Barcellos, que passa a integrar o time de apresentadores do novo canal, que estreia em novembro. Ela vai apresentar uma revista eletrônica que vai ao ar em horário nobre, aos finais de semana, com produções especiais sobre viagens e culinária.

“Vamos contar histórias de lugares e experiências incríveis pelo mundo! É a união das minhas paixões por jornalismo, viagens e aventuras”, declarou Barcellos. “Estar em um projeto como este da CNBC no Brasil, envolvendo entretenimento e um olhar para o mundo dos negócios, me motiva muito para esta nova fase da minha carreira”.

Além do programa, Barcellos vai integrar o projeto CNBC Esportes, que trará programas esportivos destinados ao público de negócios, tanto na TV quanto no digital.

Barcellos trabalhou no Grupo Globo por 20 anos. Chegou à emissora em 2004, como estagiária. Na editoria de esportes da emissora, atuou como repórter do SporTV. Em 2007, começou a cobrir o dia a dia dos times do Rio de Janeiro para a TV aberta. Cobriu três Olimpíadas e três Copas do Mundo. Também apresentou os programas Planeta ExtremoGlobo Esporte e Esporte Espetacular. Deixou a Globo no final de agosto.

Jornalistas&Cia comemora 29 anos com edição especial e novo projeto gráfico

Jornalistas&Cia comemora 29 anos com edição especial e novo projeto gráfico

Ao comemorar seu 29º ano de vida, Jornalistas&Cia escolheu como tema de celebração a saga empreendedora dos jornalistas negros e negras na mídia brasileira, e o fez na sequência de iniciativas relevantes construídas ao longo dos últimos anos. Casos do especial do Dia da Imprensa de 2021, homenageando o centenário de morte do jornalista João do Rio, negro que fez história na atividade; do Censo Racial da Imprensa Brasileira, também em 2021; do Projeto #Diversifica, em 2022 e 2023; e do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, iniciado em 2023 e continuado neste 2024, em parceria com os sites 1 Papo Reto e Neo Mondo e com a Rede JP – Jornalistas Pretos.

Foi a realização desse prêmio, aliás, que de certo modo motivou a escolha do tema de aniversário, por jogar luzes sobre a multiplicidade de iniciativas editoriais em curso no Brasil, lideradas por colegas negros e negras, e que, mesmo dentro do jornalismo, pouco se conhece.

São quase 40 páginas mostrando a força do empreendedorismo editorial de colegas negros e negras no Brasil, sob a batuta de Rosenildo Ferreira, ele próprio um desgarrado da mídia branca tradicional, que decidiu construir seu próprio negócio, o site 1 Papo Reto.

Ao nosso lado, algumas dezenas de marcas que se aliaram ao projeto, dando sua contribuição a essa justa e nobre causa. A todas elas os nossos sinceros agradecimentos.

Que este especial contribua, ainda que de forma modesta, para essa brava, urgente e indispensável luta em prol da diversidade racial no jornalismo e mesmo da luta antirracista em nosso País.

Leia a edição especial na íntegra.

Um novo projeto gráfico para melhorar a experiência de leitura

Jornalistas&Cia celebra seu 29º aniversário não só com um especial de grande relevância, mas também com a estreia de um novo projeto gráfico, que busca tornar a experiência de leitura de nossa audiência mais prazerosa e amigável.

A partir desta edição, J&Cia passa a ter uma nova estrutura visual, com uma capa destacando as principais matérias da edição, nova tipologia, novo alinhamento das colunas, textos mais curtos e com mais imagens e uma efetiva simbiose com o Portal dos Jornalistas, que absorverá os textos completos das matérias e artigos mais longos.

“Não mudamos a essência da newsletter, obsessivamente informativa e substantiva, mas vamos dar um passo para transformá-la num projeto editorial renovado, contemporâneo e já sinalizando outras inovações com vistas aos 30 anos, em 2025”, diz o fundador e publisher de J&Cia, Eduardo Ribeiro. “.

Outra mudança importante está sendo feita no envio das edições, que deixará de ter duas alternativas de abertura de seu conteúdo (pdf e flipbook), passando a usar exclusivamente a versão flipbook. “Uma das razões é a medição da audiência”, ressalta o diretor de Projetos, Vinícius Ribeiro. Ele explica: “O flipbook computa cada clique, permitindo uma mensuração não só geral, como também das páginas mais acessadas. Isso é fundamental não só do ponto de vista comercial como também para avaliarmos com maior precisão os conteúdos que mais interessam aos leitores”.

O designer Paulo Sant’Ana, que cuida do visual de Jornalistas&Cia desde as edições zero, destaca que o maior desafio foi melhorar a qualidade visual sem sacrificar, ou sacrificando o mínimo possível, o conteúdo e a quantidade de informações que já são tradicionais na newsletter: “Isso foi possível com a adoção de uma tipologia mais atual, de melhor leitura, e com o uso do recurso de condensação. Também destacaria o conceito de grafismos laterais tracejados, que auxiliam na continuidade de leitura, sem a necessidade de fios entre as matérias”.

Confira a edição na íntegra aqui.

Morre Nathalia Urban, aos 36 anos, na Escócia

Morre Nathalia Urban, aos 36 anos, na Escócia
Crédito: Reprodução/Instagram

Nathalia Urban faleceu nesta quarta-feira (25/9), aos 36 anos, na Escócia. De acordo com o Brasil 247, onde atuava como correspondente internacional, ela estava internada após sofrer um acidente na cidade de Edimburgo.

No site, Nathalia participou de diversos projetos, foi presença constante no programa Bom Dia 247, da TV 247, e atuou como âncora de Globalistas. Conhecida por defender pautas sociais relacionadas a racismo, imigração e feminismo, ela criou o programa Veias Abertas, focado na luta dos povos latino-americanos.

Natural de Santos (SP), Nathalia mudou-se para São Paulo após ser aprovada em Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Depois de formada, retornou à sua cidade natal e ingressou no curso de Jornalismo da Universidade Católica de Santos. Em 2013, mudou-se para Londres, mas, após enfrentar episódios de discriminação, decidiu estabelecer-se na Escócia.

A confirmação de seu falecimento foi feita por meio de uma publicação no Instagram do Brasil 247: “Infelizmente, nossa colega Nathalia não resistiu e os aparelhos serão desligados. Num último gesto de humanidade, os órgãos serão doados. Nathalia lutou pela liberdade de todos os povos. Estamos de luto e consternados. Oremos para que ela tenha uma boa passagem. Nathalia Urban, sempre presente!”

Prêmio Vladimir Herzog 2024 anuncia finalistas

Prazo para concorrer ao Vladimir Herzog termina em 20 de julho

A organização do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos anunciou os trabalhos finalistas da edição de 2024. Foram mais de 600 projetos inscritos nas categorias Arte, Fotografia, Texto, Vídeo, Áudio, Multimídía e Livro-reportagem.

Os vencedores serão anunciados em 10 de outubro, durante sessão pública de julgamento realizada pela Comissão Organizadora, das 14h às 18h, no canal do prêmio no YouTube. E no dia 29 de outubro, haverá a solenidade de premiação e também uma roda de conversa com os vencedores, no Tucarena, na PUC-SP.

Confira a lista dos finalistas:

 

Arte

  • Sem título – Benett (Folha de S. Paulo)
  • A Cultura do Estupro – Cau Gomez (A Tarde)
  • Genocídio em Gaza – Quinho (Estado de Minas)

 

Fotografia

  • Crack vs SP – Bruno Santos (Folha de S. Paulo)
  • Cachoeira de Sangue – Eduardo Anizelli (Folha de S. Paulo)
  • Passe Livre faz manifestação em São Paulo contra aumento da tarifa – Paulo Pinto (Agência Brasil)

 

Áudio

  • Caso das 10 mil – Angela Boldrini, Raphael Concli, Magê Flores, Daniel Castro, Isabella Menon, Catarina Pignato e Carolina Moraes (Folha de S. Paulo)
  • Brigada Militar: assédio e suicídio entre policiais militares no RS – Leno Falk (Agência Radioweb)
  • Fincar o pé – Tailane Muniz, Branca Vianna, Paula Scarpin, Flora Thomson-Deveaux, Guilherme Alpendre, Marcela Casaca, Juliana Jaeger, Vitor Hugo Brandalise, Évelin Argenta, Bia Guimarães, Sarah Azoubel, Bárbara Rubira, Natália Silva, Julia Matos, Luiza Silvestrini, Bia Ribeiro, Gilberto Porcidonio, Mateus Coutinho e Pipoca Sound (Rádio Novelo)

 

Multimídia

  • Gigante pela própria imundíce – Isadora Teixeira, Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Juliana El Afioni, Gui Prímola, Yanka Romão, Daniel Ferreira, Michael Melo, Igo Estrela, Gabriel Foster, André Esteves (Metrópoles)
  • Amazon Underworld – Bram Ebus, Alex Rufino, Andrés Cardona, Jaap van ‘t Kruis, Barbara Fraser, Juan Torres, Betariz Jucá, Jeanneth Valdivieso, Laura Kurtzberg,  Luiz Fernando Toledo, Mathias Felipe, Diane Sampaio, Emily Costa, Ivan Brehaut, Pamela Huerta, Sam Cowie, Leandro Barbosa, Silvana Vincenti, Tatiana Escárraga (InfoAmazonia)
  • Darién, a selva da morte – Mayara Paixão, Lalo de Almeida, Gustavo Queirolo, Juliano Machado, Rubens Fernando Alencar (Folha de S. Paulo)

 

Texto

  • Maria Júlia tem medo de ser queimada viva pelos “homens maus” – Catarina Barbosa (Sumaúma)
  • Triste Bahia – Como age a polícia que mais mata – Marcelo Canellas (Revista piauí)
  • Posso ser eu? – Talita Catie, Augusto Ittner, Patrick Rodrigues, Lucas Amorelli, Ciliane Pereira (Jornal de Santa Catarina)

 

Vídeo

  • Inocentes na prisão – Ana Passos, Gabriel Penchel, Adaroan Barros, Caio Araujo, Carlos Junior, Alex Sakata, Caroline Ramos (TV Brasil/EBC)
  • Invisíveis – Eduardo Noguera Torres, Nathalia Butti, João Rocha, Ivan Fromer (TV Globo/Fantástico)
  • Os caminhos da Democracia 1932 – 1977 – A história do movimento estudantil no Brasil – Gabriel Priolli, Simão Scholz, Jorge Valente, Ricardo Ferreira, Leão Serva, Leandro Silva, Luiz Turati, Jerônimo Moraes, Vanessa Lorenzini, Marco Galo, Euclides Conceição, Alexandre Tato, Jorio Jose Da Silva, Valdecy Messias De Souza, Celso Macedo, Nestor Dias, Marilia Assef, José Vidal Pola Galé, Marici Capitelli, Eugênio Araújo, Silviano Floriano Filho (TV Cultura SP)

 

Livro-reportagem

  • Pandemias: os reflexos da maior emergência sanitária do planeta em 15 reportagens especiais – Jaqueline Fraga (Editora Negra Sou)
  • Geisel em Londres: a visita de Estado em 1976 e a questão dos direitos humanos – Geraldo Cantarino (Mauad X)
  • Invisíveis – Quando A Rua é Morada, o Vírus é só mais uma Ameaça – Karla Maria (Selo Amavisse/Editora Patuá)
  • A Torre: O cotidiano de mulhere encarceradas pela ditadura – Luiza Villaméa (Companhia das Letras)
  • Milicianos – Como agentes formados para combater o crime passaram a matar a serviço dele – Rafael Soares (Objetiva)

 


FSB Holding lança Nexus, empresa de pesquisa e inteligência de dados

FSB Holding lança Nexus, empresa de pesquisa e inteligência de dados

A FSB Holding, focada em gestão de reputação, lançou a Nexus, empresa especializada em pesquisa e inteligência de dados. A nova empresa é fruto da fusão de duas áreas estratégicas da FSB Holding: o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) e a FSB Inteligência, setor especializado em inteligência de dados.

O principal objetivo da Nexus é reunir dados de diversas fontes e oferecer insights por meio de inteligência artificial, utilizando “metodologias proprietárias e olhar humano”. A nova empresa terá duas verticais principais: Pesquisa e Inteligência de Dados.

O setor de Pesquisa fará projetos de pesquisas de opinião qualitativa e quantitativa, com um time especializado em diferentes metodologias como online, telefônica, presencial, grupos focais e entrevistas em profundidade. E a vertical de Inteligência vai gerar dados e insights estratégicos a partir do que é publicado tanto na mídia quanto nas redes sociais.

Entre os nomes que compõem a equipe da Nexus estão o CEO Marcelo Tokarski, o Diretor de Pesquisa André Jácomo, a Diretora de Inteligência Ana Klarissa e o Diretor de Conteúdo e Novos Negócios Rodrigo Caetano. A Nexus tem uma carteira de mais de 150 clientes públicos e privados, incluindo governos municipais, estaduais e federal, ministérios e entidades, associações e empresas de todos os setores da economia.

A APqC e a luta em defesa da ciência e da pesquisa no Estado de São Paulo

Crédito: Hans Reniers/Unsplash

A Associação de Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), fundada em 1977, que integra este ano o grupo de marcas apoiadoras do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças deste J&Cia, sente que precisa de um crescente apoio social e da mídia em geral para fortalecer a luta que trava contra o descaso das autoridades públicas para com a pesquisa científica, em especial no Estado de São Paulo, região em que atua.

Helena Dutra Lutgens

J&Cia ouviu a presidente da entidade, Helena Dutra Lutgens (*), sobre as dificuldades que hoje afligem os pesquisadores e a própria pesquisa e quais caminhos têm sido trilhados na busca de soluções que voltem a dar à pesquisa científica o protagonismo que já teve historicamente nos vários campos do conhecimento.

Jornalistas&Cia – Qual a história da APqC, por que ela foi fundada e quem são os principais idealizadores?  

Helena Dutra Lutgens – Em meados dos anos 1970, pesquisadores científicos dos Institutos Públicos de Pesquisa de São Paulo reuniram-se no auditório do Instituto Biológico, na Capital do Estado, com o objetivo de fundar a sua associação de classe. Após inúmeros encontros, em 2 de agosto de 1977 foi criada a Associação de Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), tendo como objetivos a divulgação, o fortalecimento e a defesa dos institutos públicos de pesquisa paulistas, das atividades de pesquisa e de pesquisadores científicos ativos e inativos. Desde a sua fundação, a instituição expandiu-se e hoje conta com cerca de 2.000 associados. A APqC surgiu com o intuito de promover o trabalho de pesquisadores que têm papel fundamental na produção de conhecimentos científicos e tecnologias em Institutos de Pesquisa localizados em todo o Estado de São Paulo, nas áreas de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente. A associação atua há mais de 40 anos incentivando a pesquisa científica no País, apoiando cientistas e pesquisadores que se esforçam para buscar soluções que melhorem a vida da população e gerem retorno econômico, sustentabilidade, saúde pública e igualdade social.

J&Cia – Quais são os objetivos da entidade e que conquistas mais relevantes ela já obteve para os associados? E para a sociedade, de um modo geral?  

Helena – A APqC tem por objetivos a defesa da pesquisa científica pública de qualidade, voltada para atender às demandas da sociedade, salvaguardar os interesses dos  Pesquisadores Científicos abrangidos pela Lei Complementar Estadual 125, de 18 de novembro de 1975, e demais servidores dos Institutos de Pesquisa Públicos de São Paulo,  bem como a proteção do patrimônio público, cultural e social, de bens e direitos de valor estético, histórico, turístico, paisagístico, arquitetônico, afetivo, do meio ambiente, do consumidor, da ordem econômica, da livre concorrência, da honra e da dignidade de grupos raciais, étnicos, religiosos ou qualquer outro interesse difuso ou coletivo, sem cunho político ou partidário, com a finalidade de atender a todos que a ela se dirigirem, independentemente de classe social, nacionalidade, sexo, raça, cor ou crença religiosa

Os Institutos Públicos de Pesquisa fazem parte da vida dos paulistas, apesar de o Estado não dar a eles o devido reconhecimento. Seja na saúde, com vacinas e medicamentos do Instituto Butantan, na Agricultura, com estudos e melhoramentos genéticos para a produção de alimentos feitos no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) ou nas áreas preservadas que ainda restam no Estado em função do trabalho de pesquisa e mapeamento feito pelo Instituto Florestal, essas instituições, muitas delas centenárias, contribuem para a qualidade de vida das pessoas. É um trabalho essencial, apesar de algumas vezes invisível, que depende de investimento público.  A Associação dos Pesquisadores Científicos de São Paulo tem se dedicado fervorosamente à defesa dessas instituições, fundamentais para a geração de conhecimento, e à proteção de seus patrimônios, físicos e científicos.

J&Cia – Quantos pesquisadores científicos existem no Estado e no Brasil? Qual o número de associados à APqC? E qual o reconhecimento que essa atividade encontra na sociedade de um modo geral?

Helena – São Paulo é o Estado que mais produz conhecimento científico no Brasil, em um esforço que envolve os Institutos Públicos e universidades. Ao longo dos últimos anos, a falta de concurso público tem provocado um verdadeiro “apagão” na ciência. Quando um pesquisador se aposenta sem que haja outro cientista para dar continuidade a sua linha de pesquisa, ou ao trabalho que vinha desenvolvendo, todo o conhecimento adquirido pode ser perdido, pois muitas vezes são pesquisas que demandam anos de dedicação. Essa negligência do Estado em relação à produção de conhecimento é um tiro no próprio pé, porque São Paulo só se desenvolveu e se tornou o principal Estado da nação, ao longo de décadas, investindo em ciência. Veja o ciclo do café. As variedades produzidas no IAC desde 1932 alavancaram a economia paulista. Sem ciência e sem os Institutos Públicos de Pesquisa, São Paulo perde competitividade.

J&Cia – Quais são, a propósito, os benefícios que a Associação propicia ao corpo associado?

Helena – A APqC oferece aos seus associados apoio jurídico, representação em negociações com o governo e articulação política para melhorar as condições de trabalho. Também promove eventos e debates sobre os rumos da ciência, além de defender reajustes salariais e a valorização das carreiras de pesquisador e servidores de apoio.

Nos últimos anos, o descaso com a ciência e com o serviço público mostrou à nossa associação ser premente a necessidade de divulgar o trabalho dos Institutos Públicos de Pesquisa de São Paulo, levando para a sociedade não só as pesquisas desenvolvidas como o risco que corre o patrimônio público acumulado por essas instituições ao longo da história.

J&Cia – Quais as áreas do conhecimento mais afeitas às atividades da pesquisa científica e como elas estão hoje supridas por esses profissionais? E quais as formações acadêmicas mais presentes na comunidade?

Helena – Seja na Agricultura, na Saúde ou no Meio Ambiente, todos os Institutos Públicos enfrentam desafios e precisam de investimento. A Pesquisa Pública é essencial, porque nem todas as áreas que precisam de estudos receberão aportes da iniciativa privada. Você não vai ver uma empresa investir bilhões para pesquisar o comportamento do mosquito da dengue, a malária, ou alimentos não commodities. Isso quem tem que fazer é o Estado. Para se ter uma ideia da realidade atual, São Paulo tem hoje mais de oito mil cargos vagos nos Institutos de Pesquisa. Além de pesquisadores, faltam profissionais das carreiras de apoio à pesquisa, porque para conduzir um estudo é preciso contar com suporte nos laboratórios, nas áreas de experimentação, nas unidades de conservação etc.. Os Institutos reúnem profissionais com formação em biologia, ecologia, agronomia, química, física e áreas relacionadas. Contudo, a produção do conhecimento está sendo comprometida pelo esvaziamento dos quadros funcionais desses institutos, pois são muitos anos sem a devida reposição por meio de concurso público.

J&Cia – Como tem sido o intercâmbio com associações de outros estados e mesmo internacionais?

Helena – Essa rede de produção científica que São Paulo ainda tem, com 16 Institutos Públicos de Pesquisa, não há em outros estados do País. Dessa forma, a APqC mantém contato e estreito relacionamento com outras entidades ligadas à ciência, como as universidades e a SBPC. Além de manter vínculo com outras entidades que defendem o serviço público, como a Frente em Defesa do Serviço Público de São Paulo, a Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado (Conacate), a Pública Central do Servidor, o recém-criado MovE, Movimento Eficiência no serviço público, entre outros.

J&Cia – Em termos de legislação, a atividade e os profissionais da pesquisa científica estão amparados ou é preciso avançar nesse campo? O que tem sido feito nesse sentido?

Helena – No Estado de São Paulo há uma lei específica que criou a carreira de pesquisador científico, época em que o Governo do Estado e os legisladores reconheciam a importância da ciência para a competitividade do Estado e para o desenvolvimento de políticas públicas. Algo inédito no País. Contudo, ao longo dos anos, os Institutos Públicos, onde atuam esses pesquisadores, passaram a enfrentar enormes desafios. Os pesquisadores científicos de São Paulo estão com seus salários extremamente defasados, há mais de dez anos sem ao menos a reposição da inflação e muito abaixo dos salários de pesquisadores que atuam em atividades equivalentes em outras instituições. Esse fato, aliado aos processos naturais de redução de quadro, como aposentadoria ou falecimento, colabora para que São Paulo perca cientistas, pois muitos acabam buscando oportunidades de trabalho mais bem remuneradas e devidamente valorizadas. Nos últimos anos, a APqC tem se empenhado em debates legislativos e audiências públicas para discutir o desmonte dos institutos de pesquisa e a necessidade de uma política de ciência e tecnologia mais robusta.

Crédito: Freepik

J&Cia – A APqC decidiu apoiar, este ano, pela primeira vez, o Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, realizado por este Jornalistas&Cia, e com isso estará ao lado de marcas de grande prestígio nesse ecossistema. Para nós, organizadores, foi uma grata surpresa ver uma instituição focada nos profissionais de pesquisa interessada em apoiar o jornalismo de economia. Pode explicar as razões desse apoio?

Helena – O apoio da APqC ao Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças reflete a importância do diálogo entre ciência e sociedade, especialmente no contexto econômico. Os jornalistas, muito atacados em um momento recente do País, são formadores de opinião essenciais para a democracia, porque fazem isso com credibilidade e isenção. Se queremos uma sociedade engajada em favor da pesquisa pública, precisamos começar por quem a informa.

É de extrema importância que os brasileiros, especialmente os paulistas, saibam que o Estado de São Paulo possui, atualmente 16, mas já foram 19, institutos de pesquisa que tem todo o potencial para oferecer o conhecimento necessário para orientar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o enfrentamento da crise climática na qual estamos mergulhados. Seja em relação à segurança alimentar, ao desenvolvimento de vacinas ou ao controle de endemias, seja no campo da conservação ambiental, São Paulo poderia, ou deveria, estar na vanguarda, oferecendo soluções para os problemas, não fosse a negligência com a qual os governantes têm tratados os Institutos Públicos de Pesquisa.

Extinguir os três institutos em matéria ambiental do estado − Instituto Florestal, Instituto de Botânica e Instituto Geológico −, juntamente com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), em meio a pandemia que indicava o agravamento da crise ambiental/climática, é uma demonstração desse descaso.


(*) Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC e pesquisadora científica do Instituto Florestal desde 2004, é formada em Ecologia (Unesp), Mestre em Conservação e Manejo de Recursos (Unesp) e Doutora em Ecologia e Recursos Naturais (Ufscar). Antes de entrar para a carreira de pesquisadora, atuava, desde 1994, como servidora pública no cargo de assistente de pesquisa do Instituto Florestal. Suas principais atividades na área da pesquisa pública envolvem Unidades de Conservação, Zonas de Amortecimento, Interpretação da Natureza, Educação Ambiental, Plano de Manejo e Capacitação. No fim de 2023, após dois anos como vice-presidente, foi eleita presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) para o biênio 2024/2025.

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