A Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Aberje) divulgaram notas de repúdio em decorrência da agressão sofrida pela repórter Ana Nery, da Rádio Bandeirantes, durante manifestação a favor do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), em São Paulo. A profissional foi agredida verbalmente por um eleitor do candidato e, ao tentar registrar com o celular as ofensas, recebeu uma cabeçada.
“A Abert condena todo tipo de violência, em especial, contra jornalistas no exercício da profissão. Atos como este são fruto da intolerância e desconhecimento do real papel da imprensa. Qualquer tentativa de impedir o trabalho dos jornalistas é um ataque ao direito da sociedade de acesso às informações de interesse público”, e cobrou das autoridades “a apuração rigorosa dos fatos e a punição do responsável”.
Já Abraji classificou o ato como ponto máximo na escalada de ataques de apoiadores do candidato registrada ao longo da última semana. “Um país que não compreende a diferença entre crítica ao trabalho jornalístico e violência contra profissionais da imprensa coloca a democracia — e a si próprio — em grave risco”.
A Unesco lançou Journalism, Fake News & Desinformation, um manual de orientações para a imprensa enfrentar os desafios diários das fake news nas mídias sociais. A obra reúne artigos de alguns dos principais pesquisadores e profissionais de jornalismo em todo o mundo que trabalham para combater a crise de desinformação e para orientar jornalistas sobre as práticas de investigação de alta qualidade.
A intenção é que o livro seja usado como uma espécie de treinamento pela imprensa do mundo todo. A publicação está disponível para download.
A Atout France, agência de desenvolvimento turístico da França, lançou um grande concurso mundial com o objetivo de divulgar e valorizar o patrimônio culinário francês e incentivar o desejo de viagem ao destino. Jovens estudantes de gastronomia, jornalistas e chefs estrangeiros podem inscrever-se para três prêmios distintos que serão entregues em Paris: Prêmio dedicado ao jornalismo gastrônomo; Prêmio de reinterpretação de receitas francesas por chefs estrangeiros; e Uma residência para jovens chefs estrangeiros.
Os jornalistas interessados podem enviar até 15/11 suas melhores matérias sobre gastronomia francesa publicados entre setembro de 2017 e novembro de 2018 em mídia estrangeira. O material deve ser enviado em sua língua original – texto unitário, série de textos ou dossiês temáticos que tenham contribuído para um melhor entendimento da gastronomia francesa. Para inscrever-se é necessário enviar o formulário de inscrição (disponível no site do prêmio) para [email protected].
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) prorrogou até a próxima sexta-feira (5/10) as inscrições para o 6º Prêmio Abear de Jornalismo, iniciativa da entidade que tem como objetivo estimular e valorizar trabalhos jornalísticos sobre a aviação comercial brasileira. Nesta edição, a Abear traz como novidade o Prêmio Especial Asas do Bem, que contemplará a melhor reportagem sobre transporte de órgãos. Serão aceitos nessa categoria trabalhos que tenham como foco o tema doação de órgãos e transplante, que citem a atuação da aviação comercial nacional no transporte de órgãos, tecidos e equipes médicas.
O prêmio mantém as demais categorias presentes nas últimas edições: Experiência de Voo; Competitividade; Cargas; Inovação e Sustentabilidade, e Imprensa Setorizada, além do Prêmio Especial Regional, que reconhece veículos e jornalistas sediados fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Por fim, o Grande Prêmio Abear vai contemplar o melhor trabalho entre os finalistas das quatro categorias temáticas e imprensa setorizada. A cerimônia de premiação será em novembro, em data e local a serem anunciados. Ao todo, serão distribuídos R$ 48 mil em prêmios.
Para o Prêmio Especial Asas do Bem é possível inscrever trabalhos veiculados desde a criação da Abear, no dia 21 de agosto de 2012, até 5 de outubro de 2018. As demais categorias aceitam inscrições de materiais veiculados entre 23 de setembro de 2017 e 5 de outubro deste ano.
Em cinco edições, o prêmio recebeu 560 inscrições de 21 Estados e Distrito Federal e premiou mais de 30 profissionais. O regulamento pode ser consultado no site.
Andrei Kampff deixou a TV Globo, onde era repórter esportivo. Após 25 anos na empresa, seu contrato não foi renovado e ele decidiu investir no Direito Esportivo, tema de sua especialização acadêmica. Em entrevista ao Coletiva.net, Andrei revelou que se associou a um escritório de advocacia em São Paulo. Mesmo com as atenções voltadas ao Direito, garantiu que seguirá pensando em projetos de Comunicação. Com esta ideia, criou a conta @leiemcampo no Instagram e no Twitter para divulgar informações referentes ao assunto.
Sobre esporte, disse que, caso volte ao jornalismo, essa será sempre sua área de preferência. “É o que faço desde que entrei para veículo e é o que sei fazer”, sentenciou, ao adiantar que, em outubro, lançará um projeto. Sem entrar em detalhes, disse que se trata de uma rede de relacionamento com a participação de repórteres de empresas como Band, ESPN e Globo, entre outras.
A BCW, agência nascida da fusão de Burson-Marsteller e Cohn & Wolfe (no Brasil denominada Máquina Cohn & Wolfe), anunciou novas lideranças para seus negócios na América Latina. Patrícia Ávila, que estava à frente da Burson-Marsteller desde maio de 2017, assume como CEO da nova companhia no Brasil. Todos os líderes foram escolhidos em função de suas histórias com a B-M à frente de seus respectivos mercados, exceto quando indicados.
Todos eles reportam-se a Francisco Carvalho, presidente da BCW para a América Latina. Quem comandará as operações na Argentina será Guido Gaona; no Chile, Fernando Soriano (antes diretor de Comunicação de Marca); na Colômbia, Hector Cardona; no México, Alberto Diaz (antes líder da operação no Chile); em Miami, Jonathan Stern; no Peru, Carolina Palacios; em Porto Rico, Lynnette Teissonniere; e no Uruguai, Agustina Navarro.
A Agência Pública prorrogou até o próximo domingo (30/9) as inscrições para que repórteres independentes de todo o País proponham pautas sobre a fome, programa de microbolsas que lançou no mês passado em parceria com a Oxfam Brasil.
Os repórteres selecionados recebem uma bolsa de R$ 7 mil e aconselhamento da Agência Pública para realizar as reportagens. Os editores da agência terão reuniões periódicas com os jornalistas, vão editar as reportagens, publicar e distribuir o material para veículos parceiros. Confira o regulamento.
Depois de cinco meses nas plataformas digitais, William Waack vai encerrar sua parceria com a produtora paulista Infiniti e passará a produzir e exibir o seu Painel WW no canal por assinatura BandNews. Desde agosto, ele vinha negociando com a emissora do Grupo Bandeirantes.
Segundo o UOL, inicialmente as conversas eram apenas para que a BandNews fosse apenas uma nova janela de veiculação do programa, permanecendo sua produção pela Infiniti e sua presença em redes sociais, All TV e YouTube. Porém, conforme apurado pelo NaTelinha, o canal pago insistiu na contratação de William e para ter o controle total na produção do Painel WW,, o que acabou ocorrendo no acerto entre as partes.
O encerramento do projeto, que foi delineado com o intuito de levar conteúdo premium para os meios digitais, acontece justamente no momento da sua consolidação. O canal no YouTube tem mais de 12 milhões de visualizações, com 370 mil inscritos e está no ar desde o dia 13 abril. Ao deixar a plataforma digital e transferir-se para a BandNews, Waack segue o caminho inverso do que se acredita ser hoje a tendência do jornalismo, de cada vez mais apostar em conteúdo via streaming. As datas de encerramento na web e de estreia no novo canal devem ser definidas nos próximos dias.
Ilustração de Zed Nesti sobre foto de arquivo pessoal que mostra Otavio Frias Filho no colo do pai, Octavio Frias de Oliveira
Ilustração de Zed Nesti sobre foto de arquivo pessoal que mostra Otavio Frias Filho no colo do pai, Octavio Frias de Oliveira
Poucos dias antes de morrer, em 21/8, Otavio Frias Filho conversou com Fernando de Barros e Silva, ex-jornalista da Folha de S.Paulo e atual diretor de Redação da revista piauí, sobre o plano de escrever um livro a respeito do pai (e de si mesmo). Fernando esteve com ele entre os dias 16 e 19/8, já sabendo que lhe restavam poucos dias de vida. Gravou perto de duas horas de conversa, em que Otavio abre o coração e rememora passagens da juventude, os tempos de ditadura militar, suas relações com o teatro, com a família e momentos de sua trajetória na Folha antes e depois de se tornar diretor de Redação do jornal. O texto que resultou das entrevistas foi publicado no caderno Ilustríssima da Folha de domingo passado (23/9), sob o título A última entrevista.
“Otavio já estava então debilitado, mas não sentia dores”, conta Fernando na abertura. “Embora sua voz estivesse fraca, a cabeça seguia plena. A serenidade que mostrava naquelas condições era desconcertante. Ele tinha bem estruturado o plano do livro que pretendia escrever – um misto de relato autobiográfico e de biografia de seu pai, o empresário Octavio Frias de Oliveira (1912-2007). Provavelmente se chamaria Autobiografia do meu pai. Foi pelo livro que começamos a conversar”.
Uma das revelações que provavelmente muita gente desconheça é a de que ele fumava maconha desde 1976: “Foi uma decisão. Uma das decisões conscientes mais importantes que eu tomei, porque às tantas eu decidi que ia experimentar. Experimentei, me dei bem. E ela tem um efeito calmante e também um efeito liberador de imaginação, sem que eu perca as medidas das coisas. Não bagunça. Não tenho pesadelo. Tenho pouca paranoia, muito pouca paranoia. É uma coisa que funcionou pra mim. Eu fico funcional com a maconha. Embora ache que na maioria dos casos, pra maioria das pessoas, a maconha tenha um efeito desorganizador. Fora um efeito de perda de memória recente, que ela provoca em todos, inclusive em mim. Por isso preciso ler e anotar, senão me perco”.
Ao final das conversas, após uma interrupção em que comenta “agora estou entendendo como é a situação de um asmático”, Otávio arremata: “Chato isso, chato mesmo. Eu ia comentar muito no livro a respeito dessas pessoas que, ao saberem que você está com câncer, falam ‘pô, que chato’, ‘isso é chato’. Chato é esbarrar o carro na mureta do vizinho. Saber que você está com câncer não é chato. É terrível”.
A Fundação SOS Mata Atlântica, com o apoio da Sanofi, divulgou os 30 autores de fotos finalistas de seu concurso de fotografia. As imagens selecionadas serão exibidas em uma mostra e já estão disponíveis para votação popular no site do concurso até 10 de outubro. O voto do público definirá seis vencedores, que ganharão equipamento fotográfico, e, entre eles, os três melhores autores, que ganharão viagens para paraísos da Mata Atlântica.
O concurso recebeu mais de cinco mil fotos que retratam a exuberância da floresta. Entre as imagens finalistas estão espécies da Mata Atlântica (aves, répteis, mamíferos) e belas paisagens, como cataratas, praias e grutas. Também foram selecionadas imagens alarmantes, como a de rios poluídos. Os escolhidos são de sete estados da Mata Atlântica: Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.