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quarta-feira, agosto 20, 2025

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Graziella Lee assume Comunicação da Dow Brasil

Graziella Lee assume Comunicação da Dow Brasil
Crédito: Reprodução/Instagram

Graziella Lee está em nova jornada profissional. Ex-head de comunicação corporativa da Mondelêz, onde esteve por 1 ano e 3 meses, e com passagens por companhias como Citi, Novartis, Algar Telecom e Ericsson, ela acaba de ser anunciada pela Dow como sua nova líder de comunicação no Brasil, passando a coordenar a equipe de comunicação e responsabilidade social e a responder pela estratégia e implementação dos planos de comunicação corporativa e public affairs.

Paralelamente, integrará o board do Brazil Leadership Team (BLT), em linha direta com Mariana Orsini, líder regional da companhia no País. Como líder de Comunicação local, Graziella  integra o time de Laura Nagle Detomini, diretora de Public Affairs da Dow para a América Latina.

Julio Gama despede-se da Vale

Julio Gama despede-se da Vale
Crédito: Reprodução/Linkedin

Julio Gama anunciou em 7/1 sua despedida da Vale após sete anos entre o Brasil e o Canadá. Nos dois últimos anos, em Toronto, no Canadá, ele foi diretor global de Comunicações da Vale Base Metals, em seu processo de se tornar uma empresa autônoma. Antes, durante quase seis anos foi diretor global da Vale, sediado no Rio de Janeiro. Sua trajetória contempla ainda a liderança de comunicação da Telefônica e do HSBC Bank Brasil.

No texto de despedida, no Linkedin, ele ressalta: “Foi uma honra ter liderado a Comunicação de uma das maiores e mais importantes empresas do Brasil e do mundo da mineração no momento mais difícil e de maior transformação na sua história. Saio renovado para os próximos desafios. Com um orgulho imenso de ter sido Vale! Que venha 2025!”

100 anos de Rádio no Brasil – Fragmentação e convergência: o desafio da mídia em um mundo híbrido

Por Álvaro Bufarah (*)

O relatório Tendências e Previsões de Mídia 2025 da Kantar Ibope Media destaca um ecossistema de mídia em constante transformação, impulsionado por inovações tecnológicas, mudanças no comportamento do consumidor e uma crescente demanda por confiança e transparência.

A convergência entre canais de mídia está borrando as linhas tradicionais, criando um ecossistema híbrido, em que as definições se tornam nebulosas. Essa mudança exige uma reavaliação da nomenclatura da indústria para garantir clareza tanto para o público quanto para os profissionais.

A mídia gerada por inteligência artificial (IA) está evoluindo a criação de conteúdo, abrindo novas possibilidades, mas também levantando preocupações sobre desinformação e perda de confiança. A regulamentação de deep fakes de IA já está corroendo a confiança, permitindo que as pessoas descartem ou questionem eventos reais com mais facilidade.

O sucesso no ecossistema da mídia em evolução depende da compreensão das preferências, comportamentos e jornadas dos consumidores em múltiplas plataformas. A medição centrada em pessoas, que utiliza dados para entender a audiência em um nível granular, é crucial para estratégias de alcance, engajamento e monetização.

A saturação do mercado de streaming, a fadiga das assinaturas e os custos crescentes de produção estão levando a uma mudança na forma como o conteúdo é produzido e consumido. As estratégias multiplataforma, a personalização e a qualidade do conteúdo são cada vez mais importantes para atrair e reter a audiência.

A indústria da mídia precisa atrair talentos com novas habilidades em áreas como ciência de dados, IA e análise de dados para enfrentar os desafios de um ecossistema em rápida mudança. A abertura à colaboração, tanto internamente quanto entre organizações, será crucial para a inovação e o crescimento.

O rádio continua sendo uma mídia de alto alcance e uma fonte confiável de conteúdo, com potencial para combinar ofertas lineares e de streaming. Como uma mídia ao vivo, desenvolveu conexões e comunidades por meio de escuta compartilhada. Extensões digitais de rádio, como podcasts e programas sob demanda, estão expandindo o alcance para novos públicos.

No entanto, a diversificação e a fragmentação da experiência auditiva estão criando novos desafios de medição e monetização, à medida que marcas buscam aproveitar suas plataformas cada vez mais diversificadas. As barreiras mais baixas à entrada inundaram o mercado de podcasts, dificultando o destaque de novos programas. O recurso para pular ou acelerar anúncios também é um problema significativo para os anunciantes. Entretanto, os podcasts continuam a crescer em popularidade, oferecendo às marcas uma maneira altamente íntima de se conectar com os ouvintes. Muitos ouvintes de podcasts procuram produtos recomendados pelos anfitriões, oferecendo oportunidades únicas de conversão para anunciantes.

Para prosperar neste cenário de profundas transformações, as empresas de mídia precisam se adaptar, adotando uma abordagem focada no consumidor, investindo em novas habilidades e abraçando a colaboração. A capacidade de entender e responder às necessidades em constante mudança de audiência será a chave para o sucesso futuro.

As tendências e previsões da Kantar para a mídia em 2025 trazem recomendações fundamentais para que empresas se mantenham competitivas em um cenário de rápidas transformações. Uma das principais diretrizes é a adoção de uma abordagem centrada no consumidor. Colocar o público no centro das estratégias é essencial em um ambiente de mídia cada vez mais fragmentado e saturado. Essa postura requer personalização de conteúdo e criação de campanhas que dialoguem diretamente com os valores e interesses das pessoas. Tecnologias como IA desempenham um papel crucial nesse processo, permitindo o mapeamento de comportamentos e a entrega de experiências personalizadas. Contudo, a personalização precisa ser equilibrada com a proteção de dados e a privacidade dos consumidores, um desafio especialmente relevante em função de legislações como a LGPD no Brasil e o GDPR na Europa.

Outra recomendação vital é o investimento em pesquisa e análise de dados para compreender as jornadas do consumidor. À medida que os consumidores transitam por múltiplos canais e plataformas, mapear e entender esse trajeto torna-se cada vez mais desafiador. Ferramentas de análise de dados avançadas são indispensáveis para integrar informações de diferentes fontes, como redes sociais, aplicativos e sites, oferecendo uma visão holística do público. Contudo, o excesso de dados pode ser contraproducente, demandando que as empresas priorizem métricas realmente relevantes para a tomada de decisão. Além disso, a precisão e a ética no uso dos dados são fatores críticos para que esse investimento tenha sucesso.

(Crédito: Flaticon.com)

A criação de conteúdo de alta qualidade também é destacada pela Kantar como uma prioridade. Com o aumento exponencial de informações disponíveis, os consumidores buscam experiências que sejam tanto autênticas quanto relevantes. Isso exige que as empresas invistam em narrativas bem elaboradas e criativas, que gerem conexão emocional com o público. Além disso, tecnologias como IA generativa podem ajudar a customizar conteúdos, enquanto formatos inovadores, como a realidade aumentada e a interatividade, ampliam o engajamento. Apesar disso, aumentar a qualidade do conteúdo sem inflacionar os custos de produção é um desafio constante, especialmente para empresas menores. Outro ponto de atenção é encontrar o equilíbrio entre a automação proporcionada pela IA e a criatividade humana, que ainda é um diferencial insubstituível.

A evolução tecnológica da mídia também exige o desenvolvimento de novas habilidades entre os profissionais da área. A ciência de dados e a IA são competências indispensáveis para navegar no cenário atual. A capacitação das equipes pode ser feita por meio de treinamentos internos ou parcerias com instituições acadêmicas e startups especializadas. Contudo, atrair e reter talentos qualificados em um mercado altamente competitivo pode ser financeiramente desafiador, especialmente para empresas menores. Além disso, a rápida evolução tecnológica exige aprendizado contínuo, o que demanda investimentos constantes em educação e atualização.

Por fim, a Kantar recomenda que a indústria da mídia fomente a colaboração e a abertura entre os diferentes players. Parcerias entre empresas de mídia, plataformas tecnológicas e criadores de conteúdo são essenciais para enfrentar desafios como a desinformação e a fragmentação da audiência. A cooperação pode se manifestar na criação de padrões comuns para a medição de métricas ou na busca de soluções conjuntas para questões complexas, como a monetização de novos formatos de mídia. Apesar disso, a competição acirrada e a relutância em compartilhar dados ou recursos estratégicos ainda representam barreiras para o avanço dessa colaboração. Superar essas resistências é crucial para criar um ecossistema mais transparente e confiável.

As recomendações da Kantar são um guia para as empresas que desejam prosperar no dinâmico cenário da mídia contemporânea. Contudo, cada uma delas apresenta desafios que exigem inovação, adaptabilidade e, acima de tudo, um compromisso com a entrega de valor tanto para o consumidor quanto para o mercado. Combinando tecnologia, criatividade e uma postura colaborativa, as empresas podem não apenas sobreviver, mas também prosperar nesse ambiente em constante transformação.


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Após demissões, SBT faz contratações em reestruturação

Após demissões, SBT faz contratações em reestruturação
Crédito: SBT News/YouTube

Após promover demissões de profissionais com mais tempo de casa, como Cilene Farias, que atuava como chefe de redação, e Márcia Dantas, uma das apresentadoras do Primeiro Impacto, o SBT fará contratações. Sob a gestão de Leandro Cipolini, diretor de Jornalismo, o departamento passa por uma série de mudanças como parte de uma reestruturação.

De acordo com Gabriel de Oliveira, do TV Pop, a nova chefia de redação será composta por Mariana Ferreira, atual diretora de Jornalismo da Jovem Pan, e Caio Piccolo, ex-diretor do Domingo Espetacular, da Record. Assim como Cipolini, ambos tiveram passagens pela Record.

Nas próximas semanas, a versão paulista do Primeiro Impacto também deverá ganhar um novo visual, podendo até mesmo sofrer mudanças no nome e na faixa horária. Ainda segundo as informações, os nomes cogitados para a nova fase do telejornal são Bruno Peruka, que ganhou destaque ao comandar o Tá na Hora, e Felipe Macedo, apresentador do Tribuna da Massa da TV Cidade. Já Marcão do Povo, apesar do futuro incerto, deverá ser mantido na grade após a reformulação.

Maurício Lima é o novo CEO da Editora Abril

Maurício Lima é o novo CEO da Editora Abril

Maurício Lima, atual diretor de redação da revista Veja, é o novo CEO da Editora Abril, em substituição a Fábio Carvalho, que passa a ser chairman do grupo e publisher da Abril Holding. Sérgio Ruiz, atual redator-chefe da Veja, é um dos cotados para assumir a direção da revista.

Lima está há quase 20 anos na Editora Abril. Na empresa, ocupou diversos cargos, como repórter, editor, editor-executivo, editor-chefe e publisher. Na Veja, são mais de oito anos de trabalho, como colunista de Política, editor-chefe e mais recentemente diretor de redação.

Em seu perfil no LinkedIn, Lima escreveu sobre o desafio de ser CEO da Abril. Ele declarou que vai garantir que o grupo siga sendo referência na mídia brasileira, “oferecendo um jornalismo de impacto nas plataformas impressa e digital”.

“A minha prioridade será promover o crescimento, fortalecer as nossas operações e explorar novas oportunidades de investimento e expansão”, escreveu Lima. “Também me concentrarei em manter uma supervisão rigorosa das métricas de desempenho financeiro, operacional e de mercado para garantir práticas de gestão sustentáveis ​​e eficientes”.

Inscrições para Prêmio Unesco/Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa Mundial vão até 15/2

Estão abertas até 15 de fevereiro as inscrições para o Prêmio Unesco/Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa Mundial, que reconhece e valoriza trabalhos que contribuam para a liberdade de imprensa ao redor do globo, especialmente em áreas de alto risco. A premiação será de US$ 25 mil.

Criado em 1997 pelo Conselho Executivo da Unesco, o prêmio é uma homenagem ao jornalista colombiano Guillermo Cano Isaza, assassinado em frente ao escritório do jornal El Espectador, em 17 de dezembro de 1986, em Bogotá, na Colômbia. É possível indicar até três candidatos para o prêmio. O vencedor será anunciado em cerimônia realizada em 3 de maio, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

No ano passado, a Unesco concedeu o prêmio aos jornalistas palestinos que cobrem a guerra na Faixa de Gaza, em homenagem aos profissionais na zona de conflito e também aos jornalistas que perderam a vida durante a cobertura.

Regulamento completo e inscrições aqui.

Márcia Dantas deixa o SBT após quase nove anos

Márcia Dantas deixa o SBT após quase nove anos
Crédito: Reprodução/Primeiro Impacto

Márcia Dantas, apresentadora do Primeiro Impacto no SBT, foi demitida da emissora após oito anos. Conforme apurado pela coluna F5, da Folha de S.Paulo, a decisão foi tomada por Leandro Cipoloni, novo diretor de Jornalismo. O desligamento ocorreu na manhã desta segunda-feira (6/1). Por enquanto, o programa matinal seguirá sob o comando de Dani Brandi, que dividia a apresentação com Dantas.

Em comunicado, o SBT informou que a saída de Dantas não está relacionada a cortes, mas a substituições: “Estas ações fazem parte da reestruturação pela qual o Departamento de Jornalismo está passando”, diz trecho da nota.

Além do Primeiro Impacto, Márcia apresentou o SBT Brasil de 2020 a 2023, o Tá na Hora em 2024 e foi âncora do Chega Mais Notícias. Antes de ingressar no SBT, atuou como repórter e apresentadora na Record.

TV Tribuna é a nova afiliada da Band no Espírito Santo; SBT estreia na TV Sim

TV Tribuna é a nova afiliada da Band no Espírito Santo; SBT estreia na TV Sim

A TV Tribuna de Vitória é a nova afiliada da Bandeirantes no Espírito Santo. O acordo de afiliação passou a valer a partir de 1º de janeiro deste ano, pelo canal 7.1. A novidade foi anunciada em 31/12 do ano passado, durante a transmissão da Virada da Band.

A programação da TV Tribuna terá telejornais locais e nacionais, com algumas novidades, incluindo a estreia do Brasil Urgente ES, nesta segunda-feira (6/1), com apresentação de Douglas Camargo. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, neste mesmo horário.

Outra novidade é o Tribuna Manhã, que também estreia nesta segunda-feira, comandado pela apresentadora Bruna Maria. O telejornal será exibido de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 9h. Além disso, o Tribuna Notícias 1ª Edição (TN1) foi ampliado e passa a ter duas horas e meia de duração, das 12h às 14h30, com apresentação de Douglas Camargo e George Bitti.

SBT assina com TV Sim

O SBT, que até o ano passado tinha contrato de afiliação com a TV Tribuna, assinou com a TV Sim, que passa a ser afiliada da emissora no Espírito Santo. A TV Sim é fruto da união entre o Grupo Sim e a Rede Capixaba de Comunicação. Os dois grupos vão conduzir as operações do SBT conjuntamente.

Sobre a mudança, a direção da TV Sim/SBT declarou que vai anunciar novidades e mudanças na grade nas próximas semanas e que vai manter os “formatos do SBT em jornalismo, entretenimento e esportes”.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (XCII)

Por Assis Ângelo

Essa história de juntar uma coisa com outra, no caso aí uma cabeça com o corpo de pessoas diferentes, é algo, na realidade, impensável. Na ficção, porém, tudo é possível. Na ficção, eu disse.

Claro que na medicina a ficção parece estar se tornando realidade.

Há casos confirmados dando conta de que humanos já têm substituído braços e pernas mecânicos. Até cabeças humanas já tentaram e continuam tentando transplantar de um corpo para outro. Com chips e tudo mais.

RoboCop é um personagem meio humano, meio máquina, que ganhou repercussão internacional na TV e no cinema.

Num campo mais amplo, além da Terra, há muito se cogita a existência de seres chamados, grosso modo, ETs, Ovnis…

Há muitos estudos sobre o assunto desde tempos imemoriais.

Não é de hoje que todo mundo diz que os gringos norte-americanos sabem muito mais do que nós, pobres mortais, nem sonhamos saber, pelo menos no campo científico e tal.

Sobre esse assunto, existe um seriado chamado Arquivo X (1993).

O suíço caçador de mistérios interplanetários Erich von Däniken, autor do best-seller Eram os Deuses Astronautas?, disse acreditar piamente na existência de seres vivos espalhados galáxias mundo afora. Eu o entrevistei. Disse ele que não estamos sós no Espaço. Hummm…

Em nome da ciência, muita bobagem tem sido feita, inclusive no que tem a ver com sacanagem.

Em junho de 1903, o escritor taubateano Monteiro Lobato (1882-1948), sob o pseudônimo Lobatoyewscky, escreveu um conto a que intitulou Rubis.

Monteiro Lobato

Nesse texto, Rubis são os biquinhos do peito de uma virgem, durinhos. O personagem Paulo dialoga com a prima Lúcia, convencendo-a a mostrar, em nome da ciência, seus peitinhos duros e lindinhos.

Na sua doçura adolescente, Lúcia cai na onda do seu primo e mostra tudo o que ele quer ver e apalpar. No momento X chega a vovó quase cega de Lúcia. E espantada pergunta: “Minha filha! Tudo bem!?”.

Uma coisa puxa outra.

Pois, pois: no decorrer da sua existência, Coelho Neto abordou temas sobre homossexualidade e tal. Provocou polêmica. E muita.

No conto O Patinho Torto, ele faz ligação inversa do que fez Christian Andersen (1805-1875) com O Patinho Feio.

Na sua história, Neto conta que uma mulher deu à luz a uma criança no mesmo dia em que morria o seu marido. A mulher entrou em parafuso, em depressão, quase ficando doida. A criança foi crescendo, crescendo pelas mãos de uma babá que aos poucos ia transformando o seu comportamento de menino numa menina, como desejava a mãe.

A mãe do menino queria uma menina, mas deu zebra. E aí…

Essa história ganhou formato impresso em 1924. Quatro décadas depois foi encenada pela primeira vez, em outubro de 1964, no Teatro Nacional de Comédia, RJ. E, em 2001, ganhou espaço na série Brava Gente (Globo).

Como jornalista, Coelho Neto começou a carreira num jornal de José do Patrocínio, de quem se tornou amigo. Usou muitos pseudônimos, entre os quais Anselmo Ribas, Caliban, Ariel, Democ, N. Puck, Tartarin, Fur-Fur e Manés.

Em 1923, Coelho Neto conheceu o escritor português Júlio Dantas (1876-1962).

Júlio Dantas

Neto e Dantas tornaram-se amigos de infância.

Dantas é autor do interessantíssimo livro A Conquista.

Os personagens que transitam nas páginas desse livro são reais, denominados, porém, por nomes como Anselmo Ribas, Rui Vaz, Paulo Neiva e Octávio Bivar, respectivamente, Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Paula Ney e Olavo Bilac.

O título do livro é uma referência à vitória dos abolicionistas.

Casado, Coelho Neto foi pai 14 vezes.

Também por 14 vezes foi pai o poeta simbolista de Minas Alphonsus de Guimarães.

Os poemas de Alphonsus tratam de religião, amor e morte. Seu personagem mais conhecido é Constança, dedicado a uma prima por quem se apaixonara e que morrera aos 17 anos de idade.

Alphonsus era casado com uma filha do romancista Bernardo Guimarães, autor do livro A Escrava Isaura.

A história em todos os tempos é longa e a tendência é se alongar cada vez mais.

O Movimento Modernista de 22 foi ingrato com Coelho Neto e Lima Barreto.

Injustiçado como Coelho Neto foi o inspiradíssimo escritor Júlio Dantas.

Dantas deixou pelo menos 40 livros publicados, incluindo poesia, romance, história. É dele a peça de teatro A Severa. É dele também a peça Sóror Mariana e A Ceia dos Cardeais.

A Ceia dos Cardeais continua sendo encenada mundo afora até hoje, nas línguas mais diversas.

Em 2011, foi apresentada no Theatro Municipal de São Paulo.

Ceia por ceia, bobagem, pois histórias surgem e seguem quase sempre de modo incomum, aqui e alhures.

Há histórias simples e complexas, reais e inventadas. Reflexivas…

Do nada, Machado de Assis inventava histórias reais.

Do nada também há quem crie ficção do real.

A cada história que traz à tona, o escritor paulista de Araraquara Ignácio de Loyola Brandão se supera. Seus livros são todos bons, desde Zero, lançado em 1971 na Itália e aqui proibido pelos milicos de plantão.

Ignácio de Loyola Brandão

No conto Obscenidades para uma dona de casa, Brandão deixa o leitor babando. E quanto mais lê, o leitor baba. Muito bom. Trata de uma mulher que passa a receber cartas obscenas de um desconhecido. No começo ela não quer saber de nada, mas com o passar dos dias vai se envolvendo chegando ao desespero quando a carta demora pra chegar. E mais não digo.

Curiosidade: até o fim de 2024, Brandão havia escrito e publicado o espantoso número de 8 mil crônicas. Foi o que me disse.

Até 1980, Ignácio de Loyola Brandão havia publicado apenas oito livros. Até 2024, ele contabilizava exatos 58 títulos publicados, em francês, italiano, alemão e outras línguas mais.

Loyola Brandão é membro da Academia Brasileira de Letras, ABL, desde 2019. A cadeira que ocupa é a de número 11.

Machado de Assis conta num conto o caso de uma mulher casada que passa a receber cartas anônimas. Nessas cartas a pessoa que as manda sugere de forma incisiva que a destinatária pare de trair o próprio marido e de atacar os maridos alheios.

São muitas as cartas anônimas que a suposta adúltera recebe. Uma dessas cartas é interceptada pelo marido que até então de nada desconfiava.

O caso cá em pauta não termina bem.

Ah! Sim: ia-me esquecendo que há uma viuvinha nessa história do bruxo.

Digo com certeza que Machado de Assis foi o escritor que mais criou personagens viúvas na literatura brasileira. Dezenas e dezenas. Começa já no seu primeiro romance, Ressurreição (1872), segue em A Mão e a Luva (1874), em Helena (1876) e, entre outros mais, Memorial de Aires (1908).


Foto e ilustrações por Flor Maria e Anna da Hora

Contatos pelos assisangelo@uol.com.br, http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

Estadão completa 150 anos e anuncia novidades

Estadão completa 150 anos e anuncia novidades

O jornal O Estado de S. Paulo, popularmente conhecido como Estadão, comemora neste sábado (4/1) seu 150º aniversário. Para celebrar a data, que marca também os 55 anos da Agência Estado e os 67 da Rádio Eldorado, o Grupo Estado deu início a uma série de ações especiais que se estenderão ao longo de 2025.

A primeira novidade foi o lançamento de uma logomarca específica para celebrar a marca, criada pela Africa Creative, que passa a ser a nova agência de publicidade do jornal e que cuidará da campanha publicitária em celebração aos 150 anos do Estadão.

Outra novidade que já ganha espaço neste mês é o lançamento da série Em Transformação, que aproveitará mote ”celebrar o passado e apontar para o futuro‟, adotado em comemoração aos 150 anos da marca, para discutir temas cruciais para a sociedade e o jornal a partir de sete eixos editoriais: República; Economia; Terra; Tecnologia; São Paulo; Viver; e Estadão e Jornalismo. O especial circulará durante todo o ano e contará com conteúdos multimídia, entrevistas, vídeos, editoriais e eventos temáticos, além de cadernos impressos.

Ainda em janeiro será lançado no site do Estadão um hub de informação voltado para as celebrações dos 150 anos do jornal. Neste espaço, o leitor poderá navegar por momentos e coberturas marcantes do jornal desde a sua fundação, passando pela cobertura da Guerra de Canudos por Euclides da Cunha, o período da ditadura militar, até os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Um especial multimídia, assinado por Eugênio Bucci, também fará parte do especial. Nele, o jornalista e professor da ECA-USP discutirá o papel do jornalismo nos dias atuais e sua importância para o futuro da democracia.

Séries nas redes sociais e um caderno especial completarão as celebrações neste mês de janeiro.

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