Estão abertas as inscrições para o Edital de Jornalismo de Educação, iniciativa da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e do Itaú Social. O projeto incentiva e premia TCCs de estudantes de Jornalismo que abordem temas relacionados a educação.
Serão aceitos trabalhos em diferentes formatos, como livros-reportagem,
documentários, podcasts, multimídia,
entre outros. O primeiro colocado receberá R$ 3 mil, enquanto que o segundo e
terceiro colocados receberão, respectivamente, R$ 2 mil e R$ 1 mil. Os
trabalhos podem ser individuais ou em grupo. Estudantes que concluíram o curso
em 2018 ou 2017 também podem se inscrever.
Os critérios de avaliação serão a originalidade do tema, a
relevância e a qualidade do trabalho. As inscrições vão até 15/12 e o resultado
será anunciado em março de 2020. Inscreva-se aqui.
A Fundação Padre Anchieta anunciou em 28/11 que em 2020 a TV Cultura alugará seus estúdios e outras dependências em São Paulo para artistas, produtoras e empresas.
Em comunicado à imprensa, a emissora disponibilizou
contatos aos interessados: o telefone 11-2182-3100 e o e-mail [email protected].
A editora Abril colocará a revista Exame em leilão nesta quinta-feira (5/12). A ação faz parte do Plano de Recuperação judicial da empresa, aprovado em agosto deste ano.
Segundo o Meio&Mensagem, a ideia é usar o valor que for
arrecadado para ajudar a quitar a dívida de aproximadamente R$ 1,7 bilhão da
editora. Alguns imóveis, como a sede da empresa na Marginal Tietê, em São
Paulo, também serão vendidos.
O lance mínimo pela Exame é de R$ 72,37 milhões. Existe a
possibilidade de o BTG Pactual, que assumiu a dívida ao adquirir os ativos da
Abril, comprar o título e transformá-lo em uma plataforma de conteúdo
financeiro.
O jornalista esportivo Ronald Santos Trindade, o Ronald Capita, morreu na em 29/11, aos 20 anos, vítima de pneumonia e infecção urinária. Ele estava internado desde 27/10.
Ronald foi um símbolo de inclusão no jornalismo. Criou
campanhas de inclusão e acessibilidade em estádios e no universo do futebol
como um todo. Em 2015 escreveu um texto
sobre o assunto: “Faço este questionamento por passar na pele
quando vou aos estádios de futebol. Não só no Ninho do Corvo, mas também em
Pacaembu e Nicolau Alayon. Sou deficiente físico, como podem ver necessito de
cadeiras de rodas. A deficiência impede que eu possa fazer muitas das coisas
que gosto – inclusive já perdi o prazer de ir aos estádios, como tinha antes −,
mas não me impede de escrever e, acima de tudo, questionar. Afinal,
acessibilidade nos estádios de futebol, por que não ter?”. Ronald possuía a
síndrome de Marfam, doença rara que afeta os sistemas esquelético e cardiovascular,
além de olhos e pele. A doença também provoca escoliose.
Ele criou o blog Futebol na Rede e o site Esporte na web. Também era colaborador no Torcedores.com.br. Seu último projeto foi o Eficientes, criado em 2018, que busca incentivar e encorajar pessoas com necessidades especiais.
Era muito querido por jogadores. Diversas homenagens em memória dele foram feitas nas redes sociais. Times de futebol e jornalistas esportivos também prestaram suas homenagens.
O Gecom anunciará na cerimônia a
primeira parceria internacional da premiação
Logo Prêmio Jatobá
Com os 250 lugares já praticamente vendidos (30 a mais do que o inicialmente previsto), a cerimônia de premiação da edição 2019 do Jatobá PR terá casa cheia. Os poucos ainda disponíveis devem esgotar-se nesta quinta-feira (28/11). O encontro será na próxima segunda-feira (2/12), no Salão América do Renaissance Hotel, em jantar com início marcado para as 19h, reunindo agências, clientes e outros convidados.
São 34 as agências finalistas (20 butiques e 14 grandes), 89 os cases que figuram nas shortlists (48 de butiques e 41 de grandes) e 15 as categorias em disputa, que se quadruplicam com as premiações de grandes, butiques e respectivos clientes. Três categorias especiais também estão em disputa: Destaque, Case do Ano e Agência do Ano, sempre distinguindo butiques e grandes de forma igual e complementar.
Durante a premiação, os organizadores anunciarão a primeira parceria internacional do Jatobá PR, com a Federação Internacional das Companhias de Monitoramento da Mídia (Fibepe), e a inclusão de todos os cases da edição 2019 no Banco de Cases, elevando a quase 500 os ali já catalogados e disponíveis para consulta.
Mais informações na Mega Brasil (11-5576-5600), com Dalila Ferreira.
Minha única relação com o rabino Henry Sobel durou alguns segundos. Isso foi lá em 2012.
Estava subindo a rua Rego Freitas, do Sindicato dos Jornalistas de São
Paulo, para ir ao lançamento do livro de Audálio Dantas sobre a vida de Vladimir
Herzog – As duas guerras
de Vlado Herzog (Editora Civilização Brasileira), obra que ganhou o Jabuti
de Não-Ficção de 2013. O evento aconteceria no auditório do sindicato, que leva
o nome do jornalista torturado e morto pela ditadura militar.
Chegando perto do prédio vi Sobel, todo atrapalhado, saindo de um táxi.
Daquelas cenas das comédias antigas, gostosas de rever.
Estava fechando a porta do elevador quando ouço uma voz com muito
sotaque norte-americano: “Segure a porte, por favor”.
Nesses poucos segundos do térreo até o andar do sindicato, falei apenas
uma coisa para o rabino: “Muito obrigado por nos ajudar na época da ditadura”.
Ele ficou com as bochechas ainda mais vermelhas e respondeu: “Não foi
nada”.
Já na fila para pegar meu autógrafo com Audálio, troquei algumas
palavras com o autor da noite (já o conhecia dos meus tempos de
Jornalistas&Cia, de Eduardo Ribeiro e seu grande editor-executivo Wilson
Baroncelli) e contente por estar naquele lugar, com aquele personagem que
ajudou a mudar a história do Brasil para melhor.
Estava deixando o auditório quando vi Henry Sobel no meio do espaço sem
conversar com ninguém. “É agora”, pensei. Me aproximei dele e pedi um
autógrafo. Ele ficou meio sem graça, dizendo que o livro era do Audálio.
Respondi o que o próprio jornalista me disse quando assinava uma página do
livro: “Sem o rabino Henry Sobel esse livro não teria existido”.
Depois da minha explicação, Sobel decidiu autografar. “Em nome de
quem?”, perguntou. “Luiz”, respondi. Ele virou e olhou para mim: “Ah, sim, o
Luiz do elevador”. Na dedicatória, algo simples, mas marcante: “Luiz, Shalom e
Paz. Rabino Henry Sobel”.
Diversos líderes e personalidades, como os ex-presidentes FHC, Lula e
Dilma, o governador João Doria, o prefeito Bruno Covas, o apresentador Luciano
Huck, entre outros, se manifestaram sobre a morte de um defensor histórico dos
Direitos Humanos.
Até o fechamento deste texto, o presidente Jair Bolsonaro não havia feito qualquer comentário. É aquele silêncio que explica tudo.
Luiz Anversa
É de Luiz Anversa ([email protected]) o texto desta semana, a propósito da morte do rabino Henry Sobel, que teve papel de destaque nos episódios que se sucederam ao assassinato de Vladimir Herzog, em outubro de 1975. Luiz foi redator deste J&Cia e do portal da RedeTV e hoje integra a equipe de esportes do Yahoo. O artigo foi publicado originalmente no blog Planeta Política, que ele criou há mais de uma década.
Em seus livros infantis, Miriam Leitão já tratou de temas como ecologia, educação, adoção e racismo. Agora, em As aventuras do tempo, que sai pela Rocco, ela brinca com o tempo. Em entrevista à Folha de S.Paulo, disse que a ideia surgiu quando a neta da irmã falou que nunca tinha visto a avó criança: “Achei aquela frase tão maravilhosa que comecei a escrever o livro”.
Além de abordar o tempo em diferentes situações, ela insere na história questões atuais, como a luta dos índios krenak por suas terras às margens do rio Doce. “Quis falar disso no livro, mas sem entrar na má notícia”, disse à Folha. “Procuro sempre levar uma mensagem de maneira divertida para a criança. Não quero que lembre uma lição da escola”.
A cidade de Tambaú, no interior de São Paulo, promoveu em 23/11 a cerimônia de beatificação do Padre Donizetti. O título foi concedido pelo Vaticano após reconhecimento de um milagre atribuído ao padre, que teria curado a doença de um menino que tinha pé torto.
Esse, porém, não foi o único feito atribuído ao célebre padre, falecido em 1961. Um dos que se disseram agraciados com um milagre do agora beato Donizetti foi Joelmir Beting, um dos precursores do jornalismo de Economia no País, falecido em 2012, aos 75 anos. Natural de Tambaú, Beting sofreu boa parte de sua infância de uma gagueira, causada após um quase afogamento no rio Pardo. O problema foi curado imediatamente após um encontro com o padre, que, além de abençoar o jovem Joelmir, também previu que ele seria famoso.
A imprensa de economia, negócios e finanças viveu, na tarde de 25 de novembro, um momento de gala. Reunidos num almoço no Hotel Renaissence, em São Paulo, sob a batuta de Jornalistas&Cia e deste Portal dos Jornalistas, os +Admirados da imprensa especializada combinaram a alegria do reconhecimento com o calor dos aplausos, harmonizado sob uma grande dose de emoção.
A premiação,
conduzida por Fátima Turci, mesclou profissionais e fontes de
informação, experiência e juventude, celebração e reflexão, emoção e razão.
Tudo tendo como pano de fundo a valorização do jornalismo de qualidade e a
defesa da democracia e das liberdades de imprensa e de expressão, como bem
expressou Eduardo Ribeiro, diretor de Jornalistas&Cia e deste Portal
dos Jornalistas, em sua fala: “O Brasil e a sociedade brasileira precisam
muito, e cada vez mais, de uma imprensa livre, democrática e vigorosa. Precisam
muito, e cada vez mais, de cada um de vocês”.
A cerimônia destacou, inicialmente, em ordem alfabética, os
44 profissionais que figuraram entre os TOP 50 (este ano 54, em função de
empates na votação); na sequência, os veículos campeões nas categorias Agência
de Notícias (Agência Estado), Site/Blog (Valor Online), Programa de Rádio (Jornal
da CBN), Programa de TV (Jornal das Dez, da GloboNews), Revista
(Exame) e Jornal (Valor Econômico). O final foi reservado para os TOP 10.
Miriam Leitão e Carlos
Alberto Sardenberg, profissionais multimídia que atuam nos veículos do
Grupo Globo, pontearam novamente os dois turnos de votação. Mas, ao contrário
das edições de 2016, 2017 e 2018, quando deu Miriam na cabeça e Sardenberg
em segundo lugar, este ano ambos foram classificados como campeões da
premiação. Eduardo Ribeiro explica que isso se deveu ao empate técnico ocorrido
na pontuação entre eles, decisão corroborada pelas equipes de Jornalistas&Cia
e da Maxpress, parceira na premiação. O pódio da premiação foi completado, na
terceira posição, por Luís Nassif,
da Agência Dinheiro Vivo e do Jornal GGN, que não pôde participar da cerimônia.
Os outros seis TOP 10 foram: 4º lugar
– Vicente Nunes, do Correio
Braziliense; 5º – Ricardo Amorim, do
Manhattan Connection e da IstoÉ; 6º –
Adalberto Piotto, da EBC/TV Brasil;
7º – Celso Ming, O Estado de S.
Paulo; 8º – Cleide Silva, O Estado
de S. Paulo; 9º – Thais Herédia, Rádio
Bandeirantes; e 10º – Denise Campos de
Toledo (Rádio Jovem Pan/TV Gazeta).
Em depoimento
emocionante, Sardenberg lembrou da esposa Cybelle, falecida há pouco tempo.
Disse inclusive que um dos motivos que o levaram a comparecer à cerimônia,
apesar do luto, foi o fato de que ela adorava a homenagem; só não participou em
2018, quando ambos estavam no exterior. Sardenberg confessou até ter pensado em
deixar o jornalismo após a morte dela, mas desistiu da ideia por saber que não
suportaria a inatividade. E revelou: decidiu renovar todos os contratos de
participação nos programas em que atua nas emissoras do Grupo Globo, incluindo,
claro, a CBN.
Miriam Leitão, ao
lado de Carlos Alberto Sardenberg, assinalou: “Escuto sempre, e vocês devem
ouvir também, que a economia está melhorando, mas o social e o ambiental vão
mal. Eu simplesmente não acredito que possa haver essa divisão. E quero dizer a
vocês aproveitando essa premiação para jornalistas de economia: não acredito
que a economia possa avançar se está sendo destruída a Floresta Amazônica, se
está sendo apagada a agenda do combate ao racismo, se está sendo dito às
mulheres que elas precisam ser submissas. Não acredito em economia melhor se
estão sendo ameaçadas as liberdades democráticas e a liberdade de expressão.
Economia sem inclusão não constrói uma nação justa. Eu vi o milagre econômico
no começo da minha vida profissional e sei o preço que nós tivemos que
pagar”.
Prestando homenagem ao primeiro time do Jornalismo Econômico do País, estavam presentes nomes badalados como os ex-ministros Henrique Meirelles (atual secretário da Fazenda do Governo de São Paulo) e Maílson da Nóbrega; o economista Antonio Corrêa de Lacerda e CEOs, dirigentes de instituições empresariais e uma plêiade de executivos de comunicação de algumas das mais importantes organizações brasileiras. E também filhos, irmãos, esposos e pais de muitos dos homenageados, o que deu à premiação um quê de confraternização e amizade.
Do BTG Pactual, veio o sócio-diretor Oswaldo Assis;
da Deloitte, o CEO Altair Rossato; da Vivo, o VP de Relações
Institucionais Renato Gasparetto Jr.; da Captalys, a CEO Margot
Greenman; da Gerdau, o gerente de Comunicação Pedro Torres; da GOL,
o diretor de Finanças Mário Liao; do Ibri, o presidente Guilherme
Setubal; da Abrasca, o presidente Alfried Plöger; da Trevisan Escola
de Negócios, o CEO VanDyck Silveira; e do Codim, o diretor Hélio
Garcia.
A baixa diversidade nas redações e seu possível reflexo sobre o papel social da imprensa vem sendo amplamente debatidos no Reino Unido. A profissão tem no país uma alta concentração de homens brancos e oriundos de classes mais favorecidas.
Não é comum ver no rádio ou na TV
jornalistas falando com sotaque regional ou que denote origem humilde. Na área
reservada à imprensa no Parlamento são poucas as mulheres acompanhando as
sessões – boa parte delas, correspondentes estrangeiras.
Várias iniciativas estão em curso
para mudar essa realidade, conduzidas pelas próprias organizações de mídia e
por entidades da sociedade civil. Uma das mais interessantes é capitaneada pela
jornalista da BBC Olivia Crellin e
pela professora da Universidade de Kent Laura
Garcia, mexicana, também jornalista.
Elas criaram em 2018 o PressPad, um programa destinado a
viabilizar estadia em Londres para aspirantes a jornalistas de outras
localidades durante estágio não remunerado, prática comum aqui. A ideia surgiu
porque o alto custo imobiliário da capital foi identificado como barreira para
esses jovens conseguirem estagiar onde estão as principais redações do país.
O programa conecta profissionais
iniciantes a jornalistas mentores que se disponham a orientá-los e a
proporcionar hospedagem durante o estágio, que pode custar mais de £ 1 mil por
mês, inviável para quem não tem recursos. Mais de 50 estágios já foram
concretizados, com mentores de importantes redações, como o Financial Times.
Jornalismo de elite:
distanciamento da realidade? – Não há unanimidade sobre a tese
de que um profissional bem-nascido, que estudou em escola particular, não tenha
capacidade de contar uma história de miséria. Ou que um homem não possa
escrever com sensibilidade sobre o universo feminino. Há grandes exemplos
mostrando que é possível.
Mas tem prevalecido aqui a ideia
de que a diversidade de gênero e social nas redações pode contribuir para uma
cobertura jornalística que reflita melhor as realidades diferentes de um país
com tantas religiões, etnias, sotaques e até idiomas que não são o inglês.
Pesquisas mostram que há um longo
caminho a percorrer para que as redações espelhem melhor a sociedade britânica.
Um estudo feito pela ONG The Sutton Trust, dedicada à questão da mobilidade
social, apontou em julho que 43% dos 100 jornalistas mais influentes do Reino
Unido – editores e apresentadores de rádio ou TV – frequentaram escolas
particulares.
Houve uma queda de 11% em relação
a 2014, mais ainda assim é um número alto. Quando se compara à taxa da
população, a discrepância é grande: apenas 7% dos britânicos estudaram em
instituições privadas. E enquanto menos de 1% do povo do país teve a
oportunidade de se graduar em Oxford ou Cambridge, entre colunistas de jornal a
taxa é de 44%. O trabalho conclui que a imprensa é um dos setores profissionais
mais elitistas do país.
Outra pesquisa, feita pela City
University em 2016, revelou que 94% dos jornalistas do país eram brancos e
apenas 0,4% se declararam muçulmanos. E o relatório State of the Nation de 2016, que trata de mobilidade social, indicou
que só 11% dos jornalistas eram na época oriundos da classe trabalhadora, que
representa 60% da população.
A preocupação não é apenas
social, mas também comercial. Minorias raciais ou regionais que não se
identificam com a cobertura da imprensa tradicional tendem a buscar informação
em outras fontes, afetando a sustentabilidade dos veículos.
Sotaques regionais ausentes – Um
dos desafios a respeito do aumento da diversidade na imprensa é o sotaque
predominante na TV e no rádio, com poucos exemplos de jornalistas falando com
acentos regionais. Esta semana Chris
Mason, novo apresentador do programa político Any Questions?, da rádio BBC, abordou o assunto em uma entrevista
para o The Times.
Ele é de Yorkshire, região com
sotaque diferente do chamado “RP”, ou “Received Pronunciation”, a forma de
falar do inglês britânico de classe média “neutro”, sem regionalismos nem
associação com elites como a realeza, o chamado “Queen English”. Pela grande
influência da BBC sobre o país, é também chamado de “BBC English”.
Mason acha que foi beneficiado
por viver um momento no jornalismo em que a diversidade é uma vantagem. E sua
forma de falar não foi um obstáculo para assumir o cargo. Mas observa que ainda
são poucos os apresentadores com sotaque regional. A situação também foi exposta pela
apresentadora Steph McGovern, que em
2018 reclamou publicamente do salário mais baixo do que o de colegas com
sotaque “posh”, que tem um sentido de “esnobe”, por causa de sua forma nortista
de falar.
Trata-se de uma situação complexa. Alguns dos sotaques regionais britânicos não são facilmente compreensíveis por todas as pessoas, o que pode tornar confusa uma transmissão de rádio ou TV em escala nacional. Outros trazem à tona sensibilidades políticas, como a tensão ainda viva entre Irlanda e Inglaterra.
Equacionar todos os aspectos
envolvidos nesse debate não é tarefa simples. Mas há muita gente pensando
nisso. E mudanças reais podem acabar ocorrendo ao longo do tempo, para o bem do
jornalismo e da sociedade.