Eles não são muitos. Talvez até muito poucos, como acontece com a imensa parcela de pessoas com deficiência no País, de um modo geral alijadas do mercado de trabalho. Mas são heróis que, na adversidade e sob intenso preconceito, conseguiram vencer na profissão de jornalista. São colegas com diferentes problemas, de diferentes regiões e que se espalham por distintos veículos e atividades, tendo em comum a paixão pelo Jornalismo.
Jornalistas&Cia dedicará sua edição especial do Dia do Jornalista aos colegas com deficiência, em trabalho liderado por Plínio Vicente da Silva, ele próprio com uma história de vida emocionante, e que contará um pouco da saga dos que, com deficiência, enfrentam a maratona da melhor de todas as profissões do mundo. São perto de 30 depoentes.
A edição já conta com o apoio de 2 PRÓ, Aberje, BCW – Global, BRF Foods, CNH Industrial, Energisa, Ericsson, FSB, GBR Comunicação, Gerdau, Grupo In Press, I’Max, LATAM, Prevent Senior, Robert Bosch, Usiminas, Vivo e XP Inc. Interessados em participar podem procurar Silvio Ribeiro, pelo WhatsApp 19-97120-6693 ou e-mail [email protected]
Comitê para a Proteção de Jornalistas lista dicas para evitar ataques cibernéticos
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) criou uma lista com dicas de ouro para profissionais de imprensa se protegerem de ataques cibernéticos, doxxing, espionagem, assédio ou ameaças online. As recomendações incluem a opção por navegadores que não usam tantos dados, como o Firefox, além de evitar clicar em links não confiáveis, usar gerenciador de senhas e mensagens criptografadas.
Segundo relatório da Repórteres Sem Fronteiras, cerca de 73% dos ataques a jornalistas mulheres ocorrem na intenet, o que comprova o aumento de agressões online a profissionais de imprensa, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Confira as outras dicas em MediaTalks by J&Cia.
Douglas Tavolaro, CEO e idealizador do projeto da CNN Brasil, está deixando a empresa. O anúncio foi feito em comunicado de Rubens Menin, sócio do canal e presidente da Construtora MRV, aos funcionários e à imprensa nesta quinta-feira (25/3).
No texto enviado aos funcionários, Menin diz que Tavolaro vai dedicar-se a projetos editoriais nos Estados Unidos e que ele vendeu sua participação na sociedade para a família Menin, que passa a ter controle total da CNN Brasil. “Em nome todos, eu gostaria de aproveitar para agradecer ao Douglas e reafirmar a importância que ele teve para a CNN Brasil desde a concepção do projeto”, informou. “Seu desempenho liderando o nosso talentoso time de profissionais foi fundamental para consolidar a empresa como uma das principais e mais premiadas operações jornalísticas do País”. Tavolaro disse em nota que “foi uma realização profissional memorável implantar a marca CNN no Brasil. Tenho uma alegria enorme do que fizemos. Desejo todo sucesso à empresa”.
O comunicado informa ainda que o substituto dele será anunciado nas próximas semanas e que “uma transição de gestão será realizada e se estenderá pelo período 90 dias”.
Douglas Tavolaro deixou em janeiro de 2019 a Vice-Presidência de Jornalismo da Record, onde estava havia dez anos, e passou todo aquele ano estruturando a operação do canal e as redações de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A CNN Brasil entrou no ar em 15 de março de 2020.
A Editora Intrínseca lança a biografia A decodificadora, de Walter Isaacson. O autor narra a trajetória de Jennifer Doudna, cientista brilhante e inspirada, pioneira nas pesquisas de edição genética, uma das ganhadoras do Nobel de Química de 2020.
Suas descobertas resultaram na técnica conhecida como CRISPR, método que se baseia nas defesas desenvolvidas por bactérias em suas batalhas ancestrais contra diferentes ataques promovidos por vírus invasores. Marco inicial de uma era de inovações biológicas com alcance inimaginável, a experiência tem o potencial de curar doenças e controlar futuras pandemias, por nos tornar menos suscetíveis a infecções virais. James Watson, um dos descobridores da estrutura do DNA, classificou a edição do DNA como o próximo avanço científico mais importante da biologia.
O americano Isaacson foi editor da revista Time e CEO da CNN. É autor de biografias, entre outras, de Leonardo da Vinci, Albert Einstein e Steve Jobs.
Instituto Aspen cria comissão para formular propostas de combate a fake news
O Instituto Aspen criou a Comissão de Desordem em Informação, que nos próximos seis meses vai examinar o impacto da desinformação e propor soluções de combate às fake news, com foco em temas como as eleições americanas, a Covid-19 e como elas afetam as minorias raciais.
O príncipe Harry, um dos principais críticos dos tabloides britânicos, é um dos 15 membros da comissão. A ideia é apresentar um relatório com um panorama inicial sobre desinformação já nos primeiros dois meses. Veja em MediaTalks by J&Cia como vai funcionar o projeto.
Empresa também ganha concurso de boas práticas de ouvidoria da CGU
Capa da série Vidas Secas no País das Águas, da EBC
A série Vidas Secas no País das Águas, produzida pela equipe web da EBC e veiculada pela Agência Brasil, venceu a categoria Comunicação do Prêmio ANA 2020. Os ganhadores foram anunciados em 22/3, Dia Mundial da Água. Os conteúdos foram produzidos por Luiz Cláudio Ferreira. Um dos repórteres e editor na equipe, ele lembra que o prêmio é resultado de um trabalho colaborativo, feito por muitas mãos: “No Brasil, historicamente, há muitas pessoas sem água e, ao mesmo tempo, água potável em fartura. Foi um grande momento nosso de produção. Muita gente trabalhou com muito carinho pra falar de um tema científico e humano, que é a falta de água”.
Também estão na equipe: Edgard Matsuki, Fabíola Sinimnú, Líria Jade, Luiz Cláudio Ferreira e Priscila Ferreira (reportagem); Ana Elisa Santana, Carolina Pimentel, Ligya Carvalho, Nathália Mendes e Noelle Oliveira (edição); Alexandre Krecke e Marcelo Nogueira (produção visual e implementação); Daniel Dresch e Cid Vieira (Infografia); e imagens de Gustavo Gomes e Tiago Moreira, além de cedidas por ANA e Agência Brasil.
Esta edição recebeu 695 inscrições. As reportagens da EBC concorreram com o documentário Dessalinizada, Água do Mar Pode Equilibrar Abastecimento, de Jusciane Matos de Lima, da TV Justiça, e Guerra da Água, de Patrik Camporez, do Estadão.
Boas Práticas da Rede Nacional de Ouvidorias
A EBC também ganhou o IV Concurso de Boas Práticas da Rede Nacional de Ouvidorias, promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU). O projeto Ouvidoria Inclusiva, destinado ao público surdo, venceu a categoria Tecnologia, Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais. O anúncio foi feito em 16/3, durante evento online em homenagem ao Dia do Ouvidor.
De acordo com Christiane Samarco, ouvidora da EBC, o serviço é fundamental para garantir o exercício da cidadania a 11 milhões de brasileiros surdos, muitos dos quais só puderam criticar, solicitar e apresentar sugestões à Agência Brasil, à TV Brasil e às rádios EBC a partir do momento em que a Ouvidoria passou a receber e responder mensagens em Libras. As mensagens são recebidas pelo 61-99862-1971 (WhatsApp). As intérpretes de Libras da EBC traduzem o conteúdo, que é repassado para as áreas. A partir das informações, um vídeo em Libras é gravado e enviado como resposta ao cidadão.
Entra no ar nesta quinta-feira (25/3) o Hora Campinas, startup multimídia criada por jornalistas que integravam a redação do Correio Popular.
Entra no ar nesta quinta-feira (25/3) o Hora Campinas, startup multimídia criada por jornalistas que integravam, até o início do ano, a redação do Correio Popular. A publicação nasce com a promessa de oferecer “conteúdo ágil, dinâmico, versátil e plural”, conforme divulgado no pré-lançamento do site.
A coordenação executiva e o relacionamento com o mercado será de Marcelo Pereira, que por duas décadas foi editor executivo do Correio Popular. Maria José Basso será a responsável pela curadoria editorial e Tote Nunes, que também acumula passagens por Agência Estado e Metro Campinas, ficará com a coordenação da pauta e do noticiário político. O projeto terá ainda Laine Turati no gerenciamento noticioso.
Integram a equipe de colunistas Carlos Brickmann, Kátia Camargo, Fábio Toledo, Janete Trevisani, Daniela Nucci, João Nunes, Thiago Pontes e Zeza Amaral.
Vale lembrar que a saída dos profissionais do tradicional jornal campineiro deu-se de forma unilateral, após mudança no comando do Grupo RAC, que edita a publicação. Com atraso nos pagamentos, em alguns casos com dívidas superiores a 20 salários, a redação estava em greve quando a nova direção decidiu montar outra redação para continuar rodando o jornal.
Em um documento assinado por Mary Barra, Chairman e CEO Global da General Motors, o diretor de Comunicação Corporativa e Marcas para América do Sul Nelson Silveira foi homenageado pelo seus 20 anos de atuação na companhia.
“Uma história repleta de desafios e conquistas, e que caminha junto com a transformação digital que mudou completamente a Comunicação e as mídias”, destacou o executivo em seu perfil no Linkedin. “Sou grato pelo aprendizado que veio da convivência com tantos grandes líderes e talentos com quem tive o privilégio de trabalhar”.
Antes da fabricante, onde responde pela área há sete anos e meio, Nelson passou pelas redações de Folha de S.Paulo, Diário do grande ABC e Jornal do Brasil.
As aulas acontecerão de 29 de março a 25 de abril, e serão disponibilizadas em quatro idiomas: inglês, espanhol, português e francês. Além do conteúdo em vídeo, serão disponibilizados materiais de leitura e testes, e entrevistas com palestrantes convidados.
Com quatro semanas de duração, o curso é cofinanciado pela União Europeia e será ministrado pela jornalista e pesquisadora sênior do Centro de Estudos de Saúde Humana da Emory University, Maryn McKenna.
Ela contará com o suporte de instrutores assistentes para cada idioma, entre eles o jornalista de ciência da BBC Brasil André Biernath. Também participarão o argentino Federico Kukso e o francês Yves Sciama.
Segundo Maryn McKenna, com a chegada da COVID-19, estamos vivendo o pior desastre de saúde pública em toda a nossa vida e, “graças à rápida conquista de várias vacinas, e com mais dezenas de candidatas alinhadas atrás delas, trabalhadas em ensaios clínicos e aguardando avaliação. Isso vai desencadear uma das maiores campanhas de vacinação da história. Para ajudar a entender e cobrir essa história, eu vou ministrar um curso online aberto e massivo. Um MOOC sobre a vacinação contra Covid”.
O jornal britânico The Guardian revelou em 23/3 o conteúdo de um documento sobre as diretrizes de moderação de conteúdo do Facebook. Segundo a publicação, a rede permite a publicação de ataques e até ameaças de morte a figuras públicas, incluindo jornalistas.
Foto: Crawford Jolly/Unsplash
Vale lembrar que o Brasil é um dos países em que casos de assédio a profissionais de imprensa têm se tornado cada vez mais frequentes. Em um relatório sobre violência contra mulheres jornalistas, a organização Repórteres Sem Fronteiras apontou que 73% das agressões acontecem justamente online.
Conheça melhor a política de moderação da rede, que vale também para o Brasil, em MediaTalks by J&Cia.
Queixa por “práticas comerciais enganosas”
Foto: Repórteres Sem Fronteiras
Ainda sobre o Facebook, a Repórteres Sem Fronteiras apresentou uma queixa contra a rede por “práticas comerciais enganosas”. Segundo a entidade, a gigante digital fala sobre diversas campanhas de combate a desinformação, mas adota poucas medidas que de fato barram a circulação de fake news em suas plataformas.
A RSF usou como argumento muitas pesquisas que apontam o Facebook como a principal fonte de desinformação sobre diversos assuntos. Leia mais em MediaTalks.