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terça-feira, setembro 23, 2025

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Papa Francisco deixa legado de transparência na relação com a mídia e “evangelização’ sobre riscos das redes sociais

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O Papa Francisco, que morreu nessa segunda-feira (21/4), aos 88 anos, deixa entre seus principais legados a transparência com que conduzia sua relação com a imprensa e sua constante preocupação com os efeitos das mídias digitais sobre a sociedade.

Durante seu pontificado, ele demonstrou uma visão singular sobre como líderes religiosos e mundiais devem se relacionar com o público em um mundo cada vez mais digital e interconectado, em sintonia com sua trajetória dedicada a aumentar a inclusão e a tolerância.

A relação com a mídia tornou-se um marco de sua liderança, pautada pela honestidade e pela abertura.

Um exemplo notável dessa postura foi a forma como lidou com seus problemas de saúde. Ao contrário de outros pontífices, que mantinham essas informações em sigilo dentro dos muros do Vaticano, Francisco optou por divulgar boletins médicos detalhados durante suas hospitalizações.

Outro aspecto marcante foi sua visão crítica e sensível sobre as redes sociais. Em diversos discursos e documentos, o Papa Francisco alertou para os perigos do discurso de ódio, da disseminação de fake news e do isolamento provocado pelo uso excessivo das plataformas digitais.

Ele defendia uma internet mais ética e inclusiva, onde comunidades marginalizadas pudessem ter voz, e onde o diálogo prevalecesse sobre o sensacionalismo.

Sua preocupação com a cultura da viralização ficou evidente, por exemplo, quando circulou um deepfake que o mostrava vestindo um casaco da grife Balenciaga, como mostra a foto abaixo. (Leia a matéria completa em MediaTalks)


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Leia também: 1º Prêmio de Jornalismo Sicredi Soma abre inscrições

1º Prêmio de Jornalismo Sicredi Soma abre inscrições

1º Prêmio de Jornalismo Sicredi Soma abre inscrições

Estão abertas as inscrições para o 1º Prêmio de Jornalismo Sicredi Soma, promovido pelo Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi). A iniciativa, que faz parte das comemorações pelos 35 anos da instituição, irá premiar matérias e reportagens que abordem o tema O Cooperativismo de Crédito Soma na Vida das Pessoas. Serão aceitos trabalhos veiculados entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2025.

O prêmio está dividido em quatro categorias: Impresso, Digital, Telejornalismo e Radiojornalismo. Os projetos inscritos devem ter publicação ou veiculação comprovadas, realizadas por empresas com sede no Brasil. Cada vencedor do primeiro lugar receberá R$ 2.500 em uma poupança Sicredi Soma. A cerimônia de premiação será em Pato Branco (PR), em data a ser definida e divulgada posteriormente.

As inscrições ficam abertas até 1 de setembro. Saiba mais aqui.

Justiça do Trabalho determina que SBT anule demissão de jornalista com câncer

Justiça do Trabalho determina que SBT anule demissão de jornalista com câncer
Crédito: Tingey Injury Law Firm/Unsplash

A Justiça do Trabalho concedeu nessa quarta-feira (23/4) uma liminar que anula a demissão de uma jornalista em tratamento contra câncer no SBT. Ela foi demitida em janeiro deste ano. A decisão é da juíza Cristiane Serpa Panzan, titular da 5ª Vara do Trabalho de Osasco (Grande São Paulo). As informações são do site Notícias da TV.

O prazo para cumprimento é de dois dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, em caso de descumprimento. A jornalista, com a identidade sob sigilo, tratava um câncer no pulmão desde 2019 e sofre de uma metástase que atingiu seu cérebro. Ela utiliza um medicamento no valor de R$ 40 mil por mês, fornecido pelo plano de saúde da emissora, e que passaria a ser pago por conta própria.

De acordo com a juíza, a medida é tida como urgente, dado que “o desligamento compromete a continuidade do tratamento vital da reclamante, colocando em risco sua saúde e dignidade, em afronta aos princípios da função social do contrato de trabalho, proteção da vida e dignidade da pessoa humana”.

Ela também destacou que “a jornalista é portadora de doença incurável e tem necessidade imperativa de manter o tratamento vigente para seu controle adequado, sendo que sua suspensão, ainda que temporária, pode acarretar aparecimento de outros sintomas, progressão da doença e redução de seu tempo de vida”.

Procurado pelo Notícias da TV, o SBT informou que ainda não havia sido notificado.

Reportagem do Intercept Basil mostra como presidente da CBF prejudicou carreira de repórter na Bahia

Reportagem do Intercept Basil mostra como presidente da CBF prejudicou carreira de repórter na Bahia
Oscar Paris

O Intercept Brasil publicou a reportagem Inferno Judicial, sobre como Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), prejudicou a carreira do repórter Oscar Paris, que fez trajetória marcante na Bahia, com diversos processos judiciais movidos contra o jornalista.

O texto, assinado por Paulo Motoryn, explica que Paris publicou, em 2008, uma reportagem sobre como os registros federativos do ex-jogador Liédson (ex-Corinthians, Flamengo e Coritiba) foram adulterados. Os dados falsos teriam garantido mais de R$ 900 mil a um clube do interior da Bahia. Paris entrou em contato com uma ex-funcionária da Federação Baiana de Futebol (FBF), que assinou o documento com informações inverídicas que teria sido alterado por Ednaldo Rodrigues, então presidente da FBF.

Depois da publicação da reportagem, a vida profissional de Paris virou de cabeça para baixo. Ele perdeu o emprego na TVE, televisão pública do governo da Bahia, e no jornal A Tarde. Desde então, nunca mais conseguiu qualquer oportunidade no jornalismo esportivo e teve que se defender dos oito processos abertos por Ednaldo e pela FBF contra ele em diferentes varas e esferas judiciais, por calúnia e difamação.

Apenas em março deste ano, mais de 16 anos depois, Paris comemorou o que considera ser o fim da perseguição judicial. Ele obteve no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a décima vitória judicial contra Ednaldo e a FBF. Entretanto, Paris tem que arcar ainda com as despesas de defesa que já se aproximam de R$ 1 milhão, nas contas do jornalista e do seu advogado, Gileno Felix.

“Eu não esperava essa retaliação, porque não apontei para ninguém, não disse que alguém fez isso ou aquilo. Eu fiz jornalismo. Eu perguntei o que havia acontecido, por que aqueles erros absurdos teriam ocorrido”, declarou Paris em entrevista ao Intercept Brasil. Já a defesa de Ednaldo afirma que as ações “sempre tiveram como único objetivo a reparação de ofensas graves e injustificadas à sua honra e reputação” e “jamais se prestaram a qualquer forma de retaliação ou intimidação à atividade jornalística. Direito de petição não se confunde com perseguição”.

Leia a matéria completa do Intercept aqui.


O presente e o futuro do Jornalismo – Insights: Segundo encontro, sobre jornalismo ambiental, será na segunda-feira (28/4)

Abraji e Transparência Brasil levarão 12 jornalistas da Amazônia Legal para o 20º Congresso em SP
Crédito: Vlad Hilitanu/Unsplash

No rastro da COP30 é o tema-guia que norteará na próxima segunda-feira (28/4) o segundo debate do ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insights, que este Jornalistas&Cia realiza em parceria com a ESPM. O debate tem a proposta de gerar reflexões sobre O Jornalismo, o meio ambiente e as catástrofes ambientais – A dura missão de lutar contra o negacionismo e o poder econômico. Será no auditório da ESPM Tech, à rua Joaquim Távora, 1.240, Vila Mariana, São Paulo, das 9h30 às 12h30.

A mesa contará com as participações de Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, Kátia Brasil, da Agência Amazônia Real, e Veronica Goyzueta, correspondente de veículos internacionais no Brasil e professora da ESPM. A moderação será da professora Maria Elisabete Antonioli, coordenadora do Curso de Jornalismo da ESPM.

As inscrições, que podem ser feitas aqui, são abertas e gratuitas e as vagas limitadas à capacidade do auditório (120 lugares). Haverá transmissão ao vivo pelo Youtube.

GOL cria curso para jornalistas sobre aviação

GOL cria curso para jornalistas sobre aviação
Crédito: Kuan Liao/Unsplash

A GOL Linhas Aéreas iniciou em abril um programa educacional sobre aviação voltado para jornalistas de todo o País, o Conexão GOL − O encontro entre jornalismo e aviação.

A ideia é levar esclarecimentos técnicos aos profissionais, para que possam aprimorar a cobertura sobre o segmento, como explica o diretor do Controle de Operações e Engenharia Eduardo Calderon: “Diariamente recebemos demandas dos mais variados temas que chegam pela imprensa. São questões técnicas que merecem ser esclarecidas. Essa proposta de imersão educacional é importante para sanar essas dúvidas de forma mais aprofundada e simplificar para os jornalistas as nuances da aviação”.

Maira Pinheiro, gerente executiva de Comunicação Corporativa e Reputação da GOL, destaca que essa proximidade com a imprensa é estratégica “porque sabemos que os jornalistas precisam cobrir com imparcialidade e precisão o dia a dia da aviação, e essa oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre as complexidades da operação ajudará a entender com mais propriedade diversos aspectos da rotina de uma companha aérea, aumentando ainda mais a qualidade da informação passada para a sociedade”.

O próximo encontro, com duração de 1 dia, será em junho e as inscrições, já abertas e gratuitas, podem ser feitas pelo conexaogol@inpresspni.com.br.

Patrícia Ávila despede-se da Ágora

Patrícia Ávila despede-se da Ágora
Crédito: Reprodução/Linkedin

Patrícia Ávila anunciou na última semana sua despedida da Ágora, onde por 1 ano atuou como diretora regional latam, além de conselheira da PRCA – Public Relations and Communications Association. Informa, no Linkedin, que foi uma parada motivada por decisão pessoal e familiar: “Não, não é um sabático. Minha decisão de deixar meu trabalho obedeceu simplesmente ao desejo de fazer uma pausa e ajustar as ideias. Um sabático soaria até mais bonito, mas esta minha parada carece de um plano estruturado ou um objetivo definido. Depois de quase 40 anos trabalhando ininterruptamente (com exceção de 6 meses de licença-maternidade), me dei de presente um tempo”.

Entre as organizações em que exerceu cargos de liderança nos últimos anos destacam-se Burson-Marsteller/BCW Brasil, JeffreyGroup e Hill + Knowlton, além de atuação na Abracom como diretora de Inovação, Assuntos Institucionais e Comissão de Ética.

ABCPública Lança Prêmio Beth Brandão de Comunicação Pública

Aracaju/SE – 12 de abril de 2025 – Está oficialmente aberto o processo de seleção para o Prêmio Beth Brandão de Comunicação Pública 2025, promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública). A homenagem será concedida durante o III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (III ComPública), que será realizado de 20 a 22 de outubro, no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A iniciativa visa reconhecer pessoas relevantes para o campo da comunicação pública no Brasil, seu trabalho e trajetória.

O Prêmio é uma homenagem à jornalista, relações públicas, pesquisadora, consultora e professora Elizabeth Pazito Brandão, uma profissional de grande atuação e engajamento na área de comunicação no Brasil. Brandão dedicou-se ao ensino, à pesquisa e a diversas atividades profissionais, sempre buscando o aprimoramento da comunicação, especialmente aquela voltada à qualidade da informação e ao relacionamento entre instituições e sociedade.

A premiação visa valorizar profissionais cuja atuação tenha contribuído significativamente para o uso estratégico da comunicação na construção da cidadania no Brasil. A escolha do(a) agraciado(a) será feita por uma comissão de três especialistas indicados pela Diretoria Executiva da ABCPública, com base em critérios como relevância da trajetória, contribuição acadêmica ou profissional, e alinhamento aos princípios da entidade.

“O Prêmio Beth Brandão é mais do que uma homenagem. É um reconhecimento àqueles que fazem da comunicação uma ferramenta de transformação social e de fortalecimento da democracia”, afirma Jorge Duarte, presidente da ABCPública.

A entrega oficial do prêmio será realizada na noite de abertura do III ComPública, no dia 20 de outubro, em Aracaju. A expectativa é reunir cerca de 400 participantes de todo o país, entre estudantes, pesquisadores e profissionais da área, para discutir temas como emergência climática, direito à informação e as práticas contemporâneas da comunicação voltada ao interesse público.

Organizado pela ABCPública em parceria com a UFS, o congresso contará com uma programação intensa de palestras, mesas temáticas, oficinas e apresentação de artigos científicos.

O prêmio Beth Brandão foi entregue pela primeira vez no II ComPública à professora Heloiza Matos, pela sua notória contribuição ao quadro da comunicação pública no Brasil e também por sua atuação que se liga fortemente à missão da ABCPública. Heloiza é doutora em Ciências da Comunicação e pesquisadora, sendo sócia-honorária da ABCPública desde 2019 e referência na Comunicação Pública.

Cronograma do prêmio Beth Brandão 2025

  • Formação da comissão de seleção: abril de 2025
  • Indicação à Diretoria da ABCPública: até 31 de julho
  • Decisão final: até 31 de agosto
  • Divulgação do resultado: 20 de setembro
  • Entrega do prêmio: 20 de outubro, durante o III ComPública

A premiação consistirá em um troféu e um diploma de reconhecimento. Todos os integrantes da comissão de seleção também receberão certificados pela participação.

Leia o edital! Mais informações acesse o site https://doity.com.br/iii-compublica

Sobre o III ComPública

Em outubro de 2025, será realizado o III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (III ComPública) no Campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O evento discutirá diversos temas relevantes para a comunicação pública no Brasil, com ênfase no papel dos profissionais de comunicação frente à emergência climática e no direito à informação. O congresso é destinado a estudantes, pesquisadores e profissionais da área.

A Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) é uma associação civil instituída em 2016, com o objetivo de fortalecer e promover a comunicação pública no Brasil.


Juliana Dal Piva participa de evento internacional em Nova York sobre ataques à imprensa

Juliana Dal Piva participa de evento internacional em Nova York sobre ataques à imprensa
Crédito: Columbia Journalism School/YouTube

Juliana Dal Piva, repórter do ICL Notícias e integrante do Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (CLIP, na sigla em espanhol), participou no começo da semana de um evento internacional em Nova York sobre ataques à liberdade de imprensa e ao trabalho jornalístico ao redor do globo. No debate A Luta pela Liberdade de Imprensa Global, organizado pela Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia e pelo jornal The New York Times, a brasileira falou sobre os ataques que sofreu durante seu trabalho, especialmente de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Juliana citou o podcast A Vida Secreta de Jair, sobre o envolvimento do ex-presidente e de seus filhos em esquema de desvio de salários de assessores do seu gabinete quando era deputado federal. Ela comentou os ataques que sofreu de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, após a publicação do podcast.

“Ele é uma pessoa muito difícil de lidar, para dizer o mínimo, me ameaçou diversas vezes por causa do meu trabalho”, disse Juliana. “Após publicarmos o podcast, ele me escreveu uma mensagem contendo ameaças contra mim. Tornei a ameaça pública e entrei na Justiça contra ele. Mas, antes disso, ele chegou a dizer para mim, durante um telefonema, algo como ‘você se sente muito poderosa aí no prédio em que você trabalha, mas quando está na rua, você é que nem qualquer outra pessoa que pode a qualquer momento levar um tiro na cabeça, porque o Rio de Janeiro é uma cidade muito violenta, e o presidente está trabalhando arduamente contra a violência’. Em outras ocasiões, fez comentários sobre minha aparência, comentários misóginos”.

Em primeira instância, a Justiça chegou a condenar Wassef por danos morais, mas a própria a jornalista também foi condenada por invasão de privacidade, após ter tornado públicas as ameaças do advogado. Em 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a condenação de Juliana e manteve a de Wassef, de indenizá-la em R$ 10 mil.

No debate, Juliana também comentou de um caso recente, no qual apoiadores de Bolsonaro e pessoas próximas a Wassef começaram a criar narrativas falsas de que ela estaria envolvida em um esquema para incriminar Bolsonaro e colocá-lo na cadeia.

“Eu meio que já aceitei que sempre serei um alvo que eles veem e eles precisam derrubar de alguma forma”, desabafou Juliana. “Existe uma espécie de violência psicológica, quase fiz uma pausa na carreira depois de tudo o que aconteceu. Eu achei que o pior havia passado. Mas nesse último caso, de criar falsas narrativas sobre mim, eu não estava nem trabalhando, eu estava fazendo um curso aqui nos Estados Unidos, e eles inventaram mentiras a meu respeito. Eu acordei um dia e havia milhares de mensagens sobre isso, e fiquei três meses tendo que resolver e lidar com ameaças, comentários misóginos, pessoas dizendo que estavam me observando na rua, coisas do tipo. Demorou um tempo para que eu pudesse recuperar o controle da minha própria vida”.

Quando questionada sobre como combater essas ameaças ao trabalho jornalístico, Juliana destacou a importância de os próprios jornalistas e veículos discutirem questões de segurança e integridade física e mental dos profissionais, antes, durante e depois da cobertura, além de incentivar que os jornalistas processem quem os ameaçou.

Patrícia Campos Mello, por exemplo, é outra repórter brasileira que também sofreu ataques e foi vítima de comentários misóginos”, disse Juliana. “E quando eu estava sofrendo os ataques que citei, a própria Patrícia, que já havia sofrido ameaças antes, me recomendou levar o caso à Justiça. E isso é algo que nós não estamos costumados a fazer. Os veículos, as empresas, não querem ver seus jornalistas processando fontes. O advogado que citei, um dia, foi uma fonte. Não só para mim, mas para outros repórteres. Então, apesar da solidariedade e carinho que recebi de colegas quando sofri os ataques, existe também este lado, das empresas jornalísticas não quererem ver seus jornalistas processando fontes”.

“Então, é importante pensar nisso, sobre os jornalistas se defenderem judicialmente, processarem quem os ameaçou, mesmo que sejam fontes. Claro que existem injustiças no próprio sistema judiciário, com decisões duvidosas, mas é uma forma de nos defendermos e defendermos o nosso trabalho. E é essencial também discutir a segurança dos jornalistas durante a cobertura, e não apenas antes, ou depois, como uma forma de se preparar para o que pode acontecer”, concluiu Juliana.

Além de Juliana, participaram do debate Aida Alami, professora da universidade James Madison; András Pethő, cofundador e diretor do Direkt36 (Hungria); e Siddharth Varadarajan, fundador e editor do portal de notícias digitais The Wire e ex-editor do The Hindu (Índia). A moderação foi de Sheila Coronel, professora de prática profissional em jornalismo investigativo e diretora do Centro Toni Stabile de Jornalismo Investigativo na Escola de Jornalismo de Columbia.

Assista ao debate completo no YouTube (em inglês).

Termina nesta quinta-feira (24/4) o 1º turno da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Termina nesta quinta-feira (24/4) o 1º turno da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agro 2025

Jornalistas e profissionais da comunicação têm até esta quinta-feira (24/4) para fazerem suas indicações no primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025. Em sua quinta edição, a iniciativa reconhecerá os jornalistas e veículos preferidos na cobertura do Agro pela avaliação dos demais colegas de profissão.

Nesta primeira fase, os eleitores poderão indicar livremente até cinco candidatos por categoria. Os nomes mais lembrados serão classificados para o segundo turno. Além da categoria profissional, que destacará os TOP 50 +Admirados Jornalistas do Ano, serão reconhecidos os TOP 3 +Admirados Veículos nas categorias Agência de Notícias, Áudio, Canal de Vídeo, Periódico Especializado, Programa de TV Especializada, Programa de TV Geral, Site/Portal e Veículo Geral.

Os mais citados em cada categoria, que se classificam para a fase final de votação dirigida, serão anunciados em uma edição especial que circulará na próxima terça-feira (29/4). Para participar, basta acessar o link de votação, preencher um rápido cadastro e informar até cinco profissionais ou veículos por categoria. Não é necessário preencher todos os campos para validar os votos.

A eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025 conta com os patrocínios de Cargill, Copersucar, Mosaic e Syngenta, apoios de Bosch, CNA, Elanco, Tereos e Yara, colaboração de Agrel, BRF e John Deere, e apoio institucional da Rede Agrojor. Empresas interessadas em associarem suas marcas à premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).

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