Foi um primeiro turno movimentado e que de certo modo demonstrou o apreço do mercado
pelo jornalismo e pelos jornalistas. Com votos de todo o País, vindo das próprias redações,
das assessorias e agências de comunicação e de profissionais de áreas afins, o Prêmio
100 +Admirados Jornalistas Brasileiros, recriado como parte das celebrações dos 30 anos de Jornalistas&Cia, teve mais de 2.300 nomes indicados, dentre os quais 246 (os de maior votação) seguem agora para uma disputa personalizada, que elegerá os vencedores da premiação.
Entre os classificados, estão colegas de todas as regiões e de praticamente todas as
plataformas editoriais (televisão, rádio, jornal, revista, web) e profissionais de texto e
imagem.
A região Sudeste liderou a votação, com 195 indicações. Na sequência aparecem Centro-Oeste, com 20 profissionais, Sul, com nove, Norte, com sete, e Nordeste, com quatro. Outros oito jornalistas que atuam fora do Brasil também estão entre os classificados, além de sete profissionais que hoje têm atuação independente.
No segundo turno, que começa nesta terça-feira (29/7) e vai até 11/8, os eleitores poderão
indicar até cinco profissionais, classificando-os do 1º ao 5 º colocado. Cada posição renderá uma pontuação, seguindo a ordem de 100, 80, 65, 55 e 50 pontos, respectivamente. A somatória final dos pontos definirá não apenas os 100 primeiros colocados, mas também os TOP 10 +Admirados Jornalistas de 2025 e os cinco campeões regionais.
Além da tradicional lista com os nomes dos finalistas, disponibilizamos nesta fase as fotos de todos os indicados, facilitando assim a escolha e tornando o segundo turno ainda mais democrático. Também há um tutorial na cédula de votação para quem tiver alguma dificuldade em votar.
Eleitores também poderão escolher os TOP 10 Correspondentes Estrangeiros
Outra novidade desta fase final do prêmio é a inclusão da categoria dos +Admirados Correspondentes Estrangeiros do Brasil. Entram na disputa os 37 profissionais associados à ACE – Associação dos Correspondentes Estrangeiros, que também poderão ser votados nas cinco colocações disponíveis. Ao final da votação, os TOP 10 correspondentes que somarem maior pontuação também serão homenageados na festa de premiação, marcada para o dia 29 de setembro, em São Paulo.
Na fotografia global do consumo de notícias, o rádio permanece como um ponto de confiança em meio ao turbilhão digital. O Digital News Report 2025, divulgado pelo Instituto Reuters, mostra que, embora a audiência das mídias tradicionais continue em declínio, o rádio mantém um papel resiliente e relevante, especialmente como fonte de credibilidade em tempos de incerteza. Enquanto a TV aberta e os jornais impressos perdem terreno para plataformas digitais e redes sociais, o rádio preserva parte de seu espaço, principalmente entre ouvintes que ainda valorizam a apuração e a profundidade do jornalismo profissional.
Essa resiliência contrasta com a crescente fragmentação do consumo de notícias no ambiente digital. Segundo o relatório, o engajamento com mídias tradicionais caiu globalmente, enquanto redes sociais, agregadores e serviços de vídeo, como YouTube, TikTok e Instagram, ampliaram seu alcance como canais informativos. Cerca de 36% dos entrevistados afirmam recorrer ao Facebook para notícias, e 30% ao YouTube, enquanto o TikTok registra 16% de uso para conteúdos jornalísticos, especialmente entre os mais jovens.
O estudo destaca que as redes sociais já rivalizam, em muitos mercados, com os meios tradicionais de informação. O TikTok é o exemplo mais emblemático: cresceu quatro pontos percentuais no último ano, tornando-se a rede que mais ganha relevância para notícias, embora carregue elevados níveis de preocupação com desinformação, segundo 58% dos entrevistados em países como Nigéria e Quênia. No Brasil, essa preocupação é igualmente intensa, uma vez que WhatsApp, YouTube e TikTok estão entre as principais fontes de notícias, especialmente entre jovens de 18 a 24 anos.
Ainda de acordo com o levantamento, a confiança geral nas notícias se manteve estável em 40% pelo terceiro ano consecutivo, embora esteja quatro pontos abaixo do pico alcançado durante a pandemia. Serviços públicos de radiodifusão e marcas jornalísticas reconhecidas ainda figuram como as fontes mais confiáveis para verificação de fatos, algo que reforça a relevância do rádio como referência editorial.
Outro ponto central do relatório é o papel dos influenciadores digitais, podcasters e criadores de conteúdo. Nos Estados Unidos, 22% da audiência declaram consumir notícias e comentários do podcaster Joe Rogan, enquanto na França o jovem Hugo Travers (HugoDécrypte) alcança o mesmo percentual entre menores de 35 anos via YouTube e TikTok. Esses números sinalizam um fenômeno global: as novas vozes do jornalismo já não estão apenas nas redações, mas em canais independentes e plataformas digitais, muitas vezes com formatos híbridos que misturam opinião, reportagem e entretenimento.
Essa tendência é ainda mais perceptível no Brasil, onde a explosão de podcasts jornalísticos, como Café da Manhã (Folha/Spotify) e Durma com Essa (Nexo), conquistou públicos jovens e qualificados. Segundo a Kantar IBOPE Media, o País já ultrapassa 40 milhões de ouvintes regulares de podcasts, um dado que dialoga diretamente com a migração do público das ondas do rádio para os feeds digitais sob demanda.
O Digital News Report 2025 revela também que 65% do consumo de notícias no mundo já acontece via vídeos curtos em redes sociais, um crescimento expressivo se comparado aos 52% registrados em 2020. Plataformas como YouTube e TikTok lideram esse movimento, enquanto jornais tradicionais tentam adaptar seu conteúdo a formatos rápidos e visuais.
Esse comportamento reflete uma mudança cultural: em mercados como Filipinas, Tailândia e Índia a maioria das pessoas prefere assistir às notícias em vez de lê-las. No Brasil, a Globo, a Folha e veículos independentes como o Metrópoles e o UOL têm ampliado investimentos em redações multimídia, com foco em curtas para redes sociais e vídeos explicativos.
A pesquisa aponta que 7% dos consumidores já usam ferramentas de IA, como chatbots, para buscar notícias semanalmente − número que salta para 15% entre jovens de 18 a 24 anos. Embora exista entusiasmo com aplicações como traduções automáticas (24%) e resumos de notícias (27%), persiste um ceticismo sobre a transparência e precisão das informações geradas por IA.
No Brasil, a adoção de inteligência artificial em redações está em expansão. O jornal O Globo analisou mais de 600 mil discursos legislativos (2001-2024) com suporte de algoritmos para gerar conteúdo. Esse movimento mostra que a IA já é uma ferramenta estratégica para análise de dados e personalização, mas ainda enfrenta resistência editorial para a produção de notícias complexas.
Se o consumo migra para o digital, o rádio busca reinvenção e complementaridade. Em mercados como Reino Unido e Canadá, emissoras públicas apostam em plataformas digitais, transmissões híbridas e podcasts para manter relevância. No Brasil, rádios como a CBN e a BandNews FM já distribuem conteúdos multiplataforma, com boletins ao vivo no dial, streaming online, vídeos curtos e podcasts diários.
A força do rádio está em sua credibilidade histórica e na capacidade de adaptação: seja no carro, no smartphone ou em smart speakers, continua sendo um meio de escuta atenta, especialmente para notícias de última hora. Em um mundo de algoritmos e ruídos, o rádio mantém seu poder como uma voz clara e direta.
Fontes consultadas:
Reuters Institute for the Study of Journalism. Digital News Report 2025
Kantar IBOPE Media. Inside Radio Brasil 2024
Statista. Podcast Market Trends in Brazil, 2024
Folha de S. Paulo. Café da Manhã: dados de audiência 2024
Álvaro Bufarah
Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
A Amazônia Vox e o Centro Knight para Jornalismo nas Américas realizam a partir de quarta-feira (30/7) uma série de webinários gratuitos sobre a cobertura climática. Em um total de seis encontros online, a iniciativa vai reunir 20 especialistas para debater ferramentas, fontes e narrativas para jornalistas e comunicadores interessados em cobrir as mudanças climáticas no Brasil e no mundo.
As sessões serão realizadas nos dias 30 de julho (quarta-feira); 6, 13, 20 e 27 de agosto; e 3 de setembro, sempre às 19h. Entre os jornalistas confirmados nos webinários estão Cris Tardáguila (Agência Lupa), Angela Evans (Solutions Journalism Network), Ana Carol Amaral (freelancer) e Alice Martins (Amazônia Vox e O Eco). Os mediadores das sessões serão Daniel Nardin e Larissa Noguchi. Quem confirmar presença em pelo menos quatro sessões receberá um certificado de participação.
Vale lembrar que os seis encontros online terão transmissão simultânea em português e em inglês, com foco na preparação de jornalistas e comunicadores para a COP30. Confira a programação completa e inscreva-se aqui na versão em português e aqui na versão em inglês.
Colunatas em ruínas de Pasárgada, no Irã (Crédito: Zereshk)
Por Assis Ângelo
Pois é, o Oriente Médio reúne hoje pelo menos 15 países. Nem todos são árabes. Nem todos falam a língua árabe.
A Palestina, durante algum tempo, quedou-se aos domínios da Arábia Saudita.
A Palestina tem muito a ver com filisteus.
A história é longa.
A Palestina tem a ver com Ciro.
Ciro, o Grande, foi o cara, na Antiguidade, que transformou o mundo num império por ele feito o maior de todos.
Claro, estou falando do mais importante império da Antiguidade patrocinado por um guerreiro sem limites: Ciro.
Ciro foi o cara que colocou a pedra fundamental de Pasárgada.
Pois é, Pasárgada ainda existe na memória iraniana. Fisicamente, com relembranças táteis.
Colunatas em ruínas de Pasárgada, no Irã (Crédito: Zereshk)
Manuel Bandeira quando escreveu Pasárgada estava completamente infantil, nos seus 16 anos de idade.
É como se diz, e se rediz: a história é longa.
E é longa porque há sempre o que contar em qualquer história ou histórias.
O pernambucano Manuel Bandeira, poeta de temas que anteciparam a famosa Semana de 22, contou sem vergonha a história natural da sua vida. Em Infância, por exemplo, ele não tem pruridos quando lembra seus anos de juventude. Quase cego.
Meninote, vejam só, diz ele que uma menina o carrega pelas mãos num corredor. Lá chegando, ela levanta a sainha e diz: “Mete!” (Infância).
Essa é uma das histórias que Manuel Bandeira conta nos seus tempos de antigamente. Naqueles tempos, ele falou das dores da cegueira que compartilhou com a tuberculose que o levou à morte.
Meu amigo, minha amiga: você sabe qual é o país mais antigo do mundo?
Velório será nesta quarta-feira (30/7), no Memorial do Carmo, no Rio
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro
Marcelo Beraba morreu nesta segunda-feira (28/7), aos 74 anos. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Descobriu em março deste ano um câncer no cérebro e passou por cirurgia em abril. O velório está marcado para a quarta-feira (30/7), das 12h30 às 15h30, na capela 6 do Memorial do Carmo (rua Monsenhor Manuel Gomes, 287) no Caju, Zona Portuária do Rio.
Ele começou a carreira como repórter de O Globo, em 1971, antes mesmo de concluir o curso de Comunicação na ECO-UFRJ. Obteve ali seu primeiro furo de reportagem, quando explodiram duas bombas, durante um festival no Riocentro, no carro de dois militares, um dos quais morreu no local. Beraba conseguiu, com um médico que atendeu o militar sobrevivente da operação frustrada, o filme com imagens da cirurgia.
Contratado pela Folha de S.Paulo em 1984, no ano seguinte foi promovido a diretor da sucursal do Rio do jornal. Na sucursal conheceu a repórter Elvira Lobato, com quem viria a se casar e viver por 30 anos até o fim da vida.
No início da década de 1990, Beraba foi secretário de redação da Folha em São Paulo. Em 1996, voltou ao Rio para ser editor-executivo do Jornal do Brasil, onde ficou até 1999. Depois disso, por um breve período, foi editor-executivo do Jornal da Globo, na TV Globo.
Marcelo Beraba (Crédito: Poder360)
Em 2002, após o assassinato de Tim Lopes, da TV Globo – por traficantes durante uma reportagem sobre aliciamento infantil em bailes funk –, Beraba tomou a iniciativa de fundar a Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Durante o período que passou à frente da entidade, recebeu reconhecimento internacional com o prêmio Excelência em Jornalismo, oferecido pelo International Center for Journalism (ICFJ), nos Estados Unidos, em 2005.
Retornou à Folha para dirigir novamente a sucursal Rio. E voltou a São Paulo como ombudsman e repórter especial, até trocar o jornal, em 2008, pelo principal concorrente, O Estado de S.Paulo. Beraba dirigiu as sucursais do Estadão no Rio e em Brasília, e foi editor-chefe do jornal. Lá esteve por 11 anos, até se aposentar das redações em 2019, após 48 anos de carreira.
Chamado de “mestre” pelos que trabalharam com ele, Beraba orientou coberturas históricas. Era extremamente rigoroso com a checagem de dados, muito antes da explosão das fake news e das redes sociais. Assim ele próprio se definia: “Já fui editor, fechei Primeira Página…, mas o que me deu mais prazer, deu mais motivação, foi trabalhar com produção de reportagens, com repórteres, fazer planejamento, a pauta”.
Vladimir Herzog (Crédito: Instituto Vladimir Herzog)
A Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo aprovou, por unanimidade, a indicação do nome de Vladimir Herzog, jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975, para receber o título de Doutor Honoris Causa in memoriam. O título é concedido por instituições de ensino a pessoas falecidas que se destacaram em suas áreas de atuação. No caso de Herzog, por seu trabalho no jornalismo.
A iniciativa de indicar Vladimir Herzog ao título veio do Conselho do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE), onde o jornalista lecionava a disciplina de Jornalismo Televisivo no ano de 1975, quando foi assassinado.
“Em função da atuação de Herzog enquanto jornalista comprometido com a comunicação pública e o direito à informação de qualidade, bem como com os direitos e a formação de jornalistas, tanto enquanto reconhecimento profissional, como também por uma política de memória e verdade defendidas pela USP para promoção da democracia, entendemos que Vladimir Herzog faz jus ao recebimento do título”, declarou o professor Wagner Souza e Silva, chefe do CJE.
A proposta de indicação foi encaminhada ao Conselho Universitário, a quem cabe a decisão sobre a concessão do título. A próxima reunião do conselho está agendada para 26 de agosto. Vale lembrar que, em outubro deste ano, o assassinato de Vladimir Herzog completará 50 anos. Ao longo de 2025, entidades defensoras do jornalismo realizaram atos e eventos em memória dele.
Começa na sexta-feira (1º/8) o período de inscrições para a 24ª edição do Curso de Jornalismo em Guerra e Violência Armada – Projeto Repórter do Futuro, promovido por Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e Oboré Projetos Especiais. As aulas abordarão conflitos e emergências armadas e outras preocupações humanitárias no Brasil e no mundo.
As aulas serão realizadas em formato online aos sábados, de 06 de setembro a 18 de outubro. Participarão do curso correspondentes que atuaram em situações de conflito e violência armada, para compartilhar experiências sobre o trabalho, como realizar uma cobertura ética e responsável, como evitar a revitimização das pessoas afetadas.
Serão selecionados ao todo 50 comunicadores para o curso. No dia 6 de setembro, às 19h, haverá uma aula magna aberta para todos os inscritos. A participação na aula faz parte do processo seletivo. Já os quatro encontros seguintes (nos dias 27 de setembro e 04, 11 e 18 de outubro) são exclusivos para os selecionados.
Entre os confirmados no curso estão Tarciso dal Maso, jurista e consultor legislativo do Senado Federal para Direito Internacional, que discutirá o que o repórter precisa saber sobre as “leis da guerra”; e Edmar Martins, chefe do Programa com Forças Policiais e de Segurança da Delegação Regional do CICV, que falará sobre normas internacionais aplicáveis à função policial no uso da força e de armas de fogo.
As inscrições poderão ser realizadas no site do Oboré.
Está no ar o ONG News, portal voltado exclusivamente à cobertura do trabalho de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e demais instituições do Terceiro Setor. A ideia do projeto é ampliar a visibilidade e fortalecer a credibilidade das ONGs brasileiras.
“Queremos preencher uma lacuna deixada pela grande imprensa, que costuma reservar pouco espaço para retratar o trabalho dessas instituições em lugares onde nem o Estado nem o setor privado chegam”, declarou Adriana Silva, diretora-executiva do Instituto Pauta Social, mantenedor do ONG News. Além de Adriana Silva, fazem parte da equipe do portal a editora Amanda Maciel e os colaboradores Felipe Tavares e Fernanda Lagoeiro.
O portal traz reportagens especiais, artigos e colunas, notícias e informações sobre cursos e eventos , com o objetivo de dar visibilidade às iniciativas das OSCs no Brasil e no mundo. Além disso, todos os conteúdos publicados no site podem ser reproduzidos gratuitamente, desde que seja citada a fonte “ONG News” e o respectivo autor ou autora dos textos e colunas.
Os contatos para pautas e outras informações são o e-mail [email protected] e/ou o telefone (11) 3251-4482.
Maria Helena Weber (Crédito: TV Campus da Universidade Federal de Santa Maria/YouTube)
O prêmio Beth Brandão é entregue pela Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), a cada dois anos, durante o Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (Compública), para reconhecer o trabalho de profissionais cuja atuação tenha contribuído significativamente para o uso estratégico da comunicação na construção da cidadania no Brasil e fortalecimento da democracia. Neste ano, a solenidade de entrega será no dia 20 de outubro, em Aracaju, cidade sede do III Compública.
A homenageada será a pesquisadora e professora titular aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Maria Helena Weber, que é referência nacional na interface entre comunicação e política. Ao longo da carreira, desenvolveu produção científica e intelectual voltada à análise dos discursos políticos, da comunicação institucional e da construção simbólica da esfera pública.
Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq (nível 1C), a professora Maria Helena coordena o Núcleo de Comunicação Pública e Política (Nucop) e o Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP/UFRGS). É autora e organizadora de dezenas de livros, artigos e capítulos que se tornaram referência para pesquisadores e profissionais da área. Ao longo de sua carreira, orientou dezenas de dissertações e teses premiadas por entidades como Capes, Compolítica, Abracorp, Compós e SBPJor.
“Recebi com surpresa com a indicação porque é um prêmio muito importante e fiquei emocionada por saber que minhas reflexões, produção científica, minhas experiências e meu trabalho como professora foram reconhecidos e até premiados”, descreveu a professora Maria Helena Weber, destacando que “o legado de Elisabeth Brandão é um dos mais importantes no campo da comunicação pública com repercussões fundamentais para a comunicação política e governamental e, também, para a profissão de Relações Públicas. Beth Brandão questiona e analisa a responsabilidade dos sistemas e profissionais na comunicação entre o estado brasileiro e a sociedade e, a partir deste movimento, ‘comunicação pública’ passa a ser um conceito em construção, instigante teoricamente como demonstram tantas abordagens da produção científica e, ainda, profissionalmente, desafiador.”
Maria Helena Weber falou com exclusividade para a ABCPública sobre a emoção de ser indicada ao prêmio, sobre sua trajetória na comunicação e também sobre questões atuais e desafios que estão postos aos comunicadores públicos na atualidade. Leia a íntegra da entrevista aqui.
A comissão avaliadora, composta pelos comunicadores públicos Lincoln Macário, Alessandra Anselmo e José Agnaldo Montesso, declarou que “a professora preenche integralmente os requisitos do edital: relevante trajetória profissional em comunicação pública; contribuição acadêmica e/ou profissional significativa para a comunicação pública no Brasil; e atuação vinculada às diretrizes e missão da ABCPública”. Confira aqui a íntegra da justificativa.
Sobre o Prêmio Beth Brandão – O recebeu este nome em homenagem à jornalista, relações públicas, pesquisadora, consultora e professora Elizabeth Pazito Brandão, pela relevante atuação e engajamento na área de comunicação no Brasil. Brandão dedicou-se ao ensino, à pesquisa e a diversas atividades profissionais, sempre buscando o aprimoramento da comunicação, especialmente aquela voltada à qualidade da informação e ao relacionamento entre instituições e sociedade.
Participe do III Compública – O III Compública será realizado de 20 a 22 de outubro no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A expectativa é reunir cerca de 300 participantes de todo o país, entre pesquisadores, profissionais e estudantes da área, para discutir temas como emergência climática, direito à informação e as práticas contemporâneas da comunicação voltada ao interesse público.
Além das mesas de debate, já estão confirmadas minicursos e oficinas sobre temas como linguagem simples, comunicação pública estratégica, participação social, escuta ativa. Informações e inscrições aqui.
O Grupo RBS anunciou a contratação de Cacau Corazza, que passa a integrar a equipe de Esportes da empresa. Ela atuará nos programas Globo Esporte e Bom Dia Rio Grande, da RBS TV, e vai apresentar o Segue o Fio, programa esportivo de GZH no YouTube, em substituição a Kelly Costa, que assinou com a TV Globo. A estreia de Cacau na nova emissora ocorreu nesta sexta-feira (25/7).
Cacau trabalha com jornalismo esportivo desde 2014. Foi repórter do programa Futebol Show, na Band FM, em Florianópolis. Posteriormente, atuou como produtora e apresentadora esportiva na RicTV Record e na Rádio Guarujá 1420 AM (SC). Foi por quase quatro anos apresentadora do Jogo Aberto SC, da TVBV. E desde abril de 2023, comandou o Globo Esporte SC, da NSC Comunicação.
Além de Kelly Costa, também deixa o Grupo RBS o repórter Bruno Halpern, que vai para Esporte da Globo no Rio de Janeiro. O profissional que substituirá Bruno será anunciado em breve.