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terça-feira, dezembro 9, 2025

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Como evitar processos judiciais no jornalismo?

Organizações de imprensa assinaram junto ao Ministério Público um termo de cooperação para a criação de um canal complementar de denúncias.
Organizações de imprensa assinaram junto ao Ministério Público um termo de cooperação para a criação de um canal complementar de denúncias.

Em meio ao aumento de processos judiciais contra publicações e profissionais de jornalismo, a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e o Instituto Tornavoz promoverão um ciclo de encontros para ajudar as organizações a se prepararem para a cobertura eleitoral.

A ideia é evitar que reportagens, veículos e jornalistas sejam alvo de processos, e, caso eles não possam ser evitados, que a apuração jornalística e sua documentação adequada garantam mais chances de vitória na disputa judicial.

Os encontros acontecerão durante o mês de julho, pelo Zoom, com especialistas em Direito. Eles mostrarão casos e darão dicas sobre como as iniciativas independentes e digitais podem se proteger para evitar e enfrentar processos judiciais. Ao final de cada dia do evento, haverá um espaço para dúvidas e intervenções.

Confira a programação:

Encontro 1: Uma liberdade complexa
Dia 06/07 das 18h às 19h30
Com Taís Gasparian: Advogada especialista na área do direito civil relacionado à mídia, à publicidade e à internet. Fundadora do Instituto Tornavoz. Sócia do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian – Advogados.
Encontro 2: Noções de direito e processo penal para jornalistas
Dia 13/07 das 18h às 19h30
Com Maurício de Carvalho Araújo e Laura Tkacz. Maurício é graduado pela Faculdade de Direito da PUC SP (1995), tem especialização em “Direito da Economia e da Empresa” pela Fundação Getúlio Vargas, FGV-SP/GVpec (2000) e é mestre em Direito Processual Penal pela Faculdade de Direito da PUC SP (2005). Laura é advogada com experiência na área de direito penal, especialista em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (2020). Fundadora do Instituto Tornavoz e Advogada no escritório Hugo Leonardo Advogados.
Encontro 3: Direito Eleitoral – Mídias Digitais, Liberdade de Expressão e Eleições
Dia 21/07 das 18h às 19h30
Com Hélio Freitas de Carvalho da Silveira: Advogado com atuação profissional voltada para o Direito Eleitoral. Membro da Comissão de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB, Membro Consultor da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/SP, Membro do Conselho da Escola Judiciária Eleitoral Paulista, vinculada ao TRE/SP.
Encontro 4: Regras que fazem parte do jogo
Dia 28/07 das 18h às 19h30
Com Mônica Filgueiras da Silva Galvão: Advogada especialista em casos de liberdade de expressão e do pensamento na esfera cível. Fundadora do Instituto Tornavoz. Sócia do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian – Advogados.

Cada um dos encontros é independente e será oferecido por profissional especialista nos temas recortados para cada encontro. As sessões são voltadas para as organizações associadas à Ajor e aos membros de suas equipes.

As inscrições ficam abertas até às 18h do dia 5 de julho.


E mais:

Governo Bolsonaro tem responsabilidade no assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, diz Eliane Brum

Governo Bolsonaro tem responsabilidade no assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, diz Eliane Brum
Crédito: Lilio Clareto/Divulgação

Em entrevista para o UOL, Eliane Brum, a +Premiada jornalista de 2021 e da história, comentou o assassinato do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira. Segundo ela, o crime teve mandantes e o governo de Jair Bolsonaro (PL) tem responsabilidade no caso.

“É importante que a gente lembre que Bruno estava com alvo na cabeça por conta do governo Bolsonaro. Porque no momento em que o Bruno, como chefe na Funai, faz operação que destrói balsas de garimpo, mas é exonerado do cargo, o governo brasileiro botou um alvo na cabeça dele”, comentou.

Eliane, que há alguns anos mora em Altamira (PA) e está acostumada a viajar pela Amazônia para a produção de reportagens e livros, explica que tudo o que acontece na região é monitorado por grileiros de terra, e, por causa disso, acredita que o crime em questão teve mandantes.

“Quando vou para Anapu, tem uma balsa lá, e já tem gente tirando foto minha. Ninguém passa na Amazônia sem que olheiros da grilagem saibam quem está entrando”, explicou a jornalista. “Tudo é completamente controlado. Acho quase impossível que não soubessem quem é Dom Phillips. Isso não acontece. Não é assim que funciona. O crime precisa ser elucidado. É evidente que, se não encontrarem mandantes, se o crime não for elucidado, todos os que atuam na Amazônia têm alvo na cabeça. Enquanto mandantes não forem julgados e punidos, nós todos estamos com alvo na cabeça”.

Para Eliane, Dom e Bruno foram vítimas de uma verdadeira guerra que acontece na Amazônia há anos, e que toma proporções maiores “por conta de um governo que tem como principal projeto de poder abrir ainda mais a Amazônia para a exploração predatória”. Ela lembrou ainda de outros assassinatos anteriores, também de pessoas que defendiam a Amazônia. Mas, segundo ela, como foi a primeira vez que mataram um jornalista dentro da floresta, fora de contextos urbanos, “um limite foi extrapolado”.

Assista à entrevista de Eliane Brum na íntegra.

Tino Marcos prepara documentário sobre Ronaldo Fenômeno

Tino Marcos prepara documentário sobre Ronaldo Fenômeno

O jornalista esportivo Tino Marcos, ex-Globo, está preparando um documentário sobre o jogador Ronaldo Fenômeno. Em entrevista ao OtaLab, comandado pelo ator Otaviano Costa, Tino contou que o filme, ainda em fase de edição, focará em um período específico da carreira de Ronaldo.

A ideia é mostrar os acontecimentos desde a final da Copa do Mundo da França, em 1998, na qual o Brasil foi derrotado por 3×0, até o pentacampeonato da Seleção Brasileira quatro anos depois. “Para quem não sabe ou não lembra, Ronaldo teve uma convulsão horas antes da partida”, explicou Tino. “Nunca havia tido antes, nem teve mais depois. Mas aquilo aconteceu, e o Brasil perdeu a Copa para a França”.

O documentário abordará ainda as duas graves lesões no joelho que o jogador teve e que quase o tiraram do futebol, e como ele volta milagrosamente para a Copa de 2002, torna-se o artilheiro e o Brasil ganha o pentacampeonato. “É uma história de filme mesmo”, comentou Tino.

O jornalista explicou que ficou amigo de Ronaldo ao longo de sua carreira, graças à convivência durante a cobertura de várias competições: “Ronaldo é um dos maiores amigos que fiz no esporte. Uma das pessoas mais queridas pra mim. Romário também. Só tenho gratidão a esses dois monstros”.

Assista à entrevista completa.

O adeus a Antônio Júlio Baltazar

O adeus a Antônio Júlio Baltazar

Morreu na madrugada dessa quarta-feira (22/6) o jornalista esportivo Antônio Júlio Baltazar, aos 84 anos. Ele vinha necessitando de cuidados médicos já há alguns meses, passou por cirurgias e estava em recuperação, mas acabou falecendo. Era casado com Maria Hilda e deixa a filha Fátima Baltazar, também jornalista.

Nascido em Tambaú (SP), chegou ainda pequeno a Osasco. Formou ao lado de Toni Marchetti a chamada “Equipe Furacão” na rádio Rádio Terra 1330-AM, antiga Nova Difusora, sediada em Osasco, transmitindo jogos de Grêmio Osasco e Grêmio Barueri, entre outros clubes. Cobriu também diversos eventos esportivos internacionais, como Copas do Mundo.

Por seu trabalho de cobertura da Copa de 2006, disputada na Alemanha, venceu o Prêmio Ford-Aceesp. Foi também colunista no jornal Correio Paulista e, em 2011, secretário de Comunicação em Barueri.

Recebeu o título de Cidadão Osasquense e ocupou cargos de secretário Municipal tanto em Osasco como em Barueri. No início dos anos 1980, foi coordenador de Turismo do Estado de São Paulo. E foi por muito tempo diretor da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp).

Leia também: 

As notícias preocupantes e os “recados” do estudo anual sobre confiança na mídia

As notícias preocupantes e os “recados” do estudo anual sobre confiança na mídia

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Para quem se preocupa com desinformação na sociedade e seus efeitos sobre o jornalismo, a edição 2022 do Digital News Report do Instituto Reuters em Oxford reconfirma os piores temores. Ela é uma das razões para a queda significativa na confiança do público nas notícias.

A confiança aumentou em apenas sete dos 46 países pesquisados, e o Brasil não está entre eles. Perdeu sete posições, mas ainda assim aparece em 14º lugar, com 48% confiando nas notícias. A média global é de 42%.

O resultado pode parecer estranho, pois a imprensa ganhou credibilidade depois da Covid, quando o mundo entendeu a importância de separar informação de boato ou ciência de fake news.

Mas ele se explica examinando-se aspectos da pesquisa que mandam alguns recados.

As mídias sociais já superam o acesso direto pelos sites ou apps dos veículos de comunicação como fontes de notícias no mundo. Segundo o Reuters, foi a única forma de acesso que cresceu no Brasil em 2022, com 64% dos brasileiros afirmando terem se informado por elas na semana anterior às entrevistas – aí incluindo o acesso aos veículos jornalísticos presentes nas mídias sociais.

O YouTube destronou Facebook e WhatsApp como principal mídia social para informação no Brasil e em outros quatro países. Mas os que cresceram mais no Brasil e no mundo foram Instagram e TikTok, enquanto o Facebook perdeu terreno como fonte para se informar.

Ao quantificar o tamanho da audiência que se informa pelas redes, o estudo junta os canais de veículos confiáveis e de jornalistas responsáveis com mídias partidárias e extremistas, que propagam discurso de ódio. Ou figuras como o podcaster Joe Rogan, que fez Neil Young retirar suas canções do Spotify em protesto contra desinformação sobre a Covid.

Dentro desse balaio, o jornalismo responsável acaba contaminado pelo mau jornalismo ou pelo não jornalismo. Para pessoas comuns, é tudo “mídia”.

Assim, o jornalismo acaba afetado de duas formas: uma é o efeito de estar no mesmo ecossistema, dificultando perceber as diferenças; outra são os ataques diretos para desacreditar a grande imprensa e as mídias independentes.

Uma evidência do efeito desse movimento é que os EUA ficaram empatados em último com a Eslovênia como país onde que a população menos confia nas notícias. Difícil não associar esse resultado aos anos de Donald Trump disparando contra a imprensa.

Reconquistar a confiança do público demanda educação midiática, e não apenas para identificar fake news.

É preciso fazer o público perceber a diferença entre jornalismo confiável e o que não pode ser chamado de jornalismo.

Crédito: Nordwood Themes/Unsplash

Nos tempos de notícias pela TV, rádio ou impressos isso não era tão importante, salvo em países onde jornais sérios e tabloides convivem na mesma banca.

Agora estão todos debaixo do mesmo teto digital, disputando a atenção de uma turma chamada pelo Reuters de “nativos sociais”. Eles não têm a referência de grandes nomes do jornalismo como as pessoas acima de 50 anos − que por sinal compõem 50% dos que aceitam pagar por notícias.

Mas há coisa pior do que duvidar da credibilidade: desligar a tomada. Mesmo depois de a Covid ter provado o valor das informações confiáveis, o público continua se afastando do noticiário em todos os países pesquisados.

A “evasão seletiva” subiu de 29% em 2017 para 38%% em 2022. No Brasil ela dobrou em cinco anos, batendo 54%.

Há motivos óbvios, como o efeito negativo sobre o humor. E outros nem tanto. Pessoas abaixo de 35 anos e menos instruídas declararam que simplesmente não entendem as notícias. O Brasil está em segundo lugar onde isso mais acontece, numa comparação feita pelo Reuters entre 12 países.

Pensando que boa parte dessa faixa etária está nas mídias sociais, é fácil entender porque se afastam de coisa séria para seguir absurdos que podem estar sendo mais hábeis em falar uma língua que eles entendem.

Nesse caso, não adianta culpar as plataformas. O jornalismo tem um dever de casa, que é oferecer conteúdo compreensível por quem não faz parte da mesma geração ou da mesma elite que produz o noticiário. (Leia mais)


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Leandro Demori é condenado a indenizar juíza de Minas Gerais em R$ 5 mil

Leandro Demori é condenado a indenizar juíza de Minas Gerais em R$ 5 mil

Leandro Demori, ex-editor executivo do Intercept Brasil, foi condenado em segunda instância a pagar R$ 5 mil à juíza Ludmila Lins Grillo por danos morais, além de publicar uma retratação pública em suas redes sociais. O processo refere-se a um bate-boca entre os dois nas redes sociais, no ano passado, no qual a juíza alega que foi chamada de “jumenta”.

A juíza viralizou em 2020 por incentivar aglomerações e zombar do uso de máscaras em meio à pandemia de Covid-19, inclusive dando dicas em um vídeo de como burlar o uso obrigatório de máscara tomando sorvete. Demori criticou as atitudes dela e daí surgiu o bate-boca, no qual a juíza sentiu-se ofendida. Já o jornalista argumentou que se limitou a criticá-la “dentro dos limites da liberdade de expressão”.

Em primeira instância, o Juizado Especial Cível da Comarca de Unaí-MG, onde inclusive trabalha Ludmila, condenou Demori a indenizá-la em R$ 2 mil e publicar uma retratação. Após recorrer da decisão, Demori perdeu em segunda instância e foi condenado a publicar novamente a retratação, além da indenização por danos morais.

Em seu novo projeto A Grande Guerra, Demori escreveu que, em segunda instância, tentou mudar a sede do processo: “Não queria ser julgado por pessoas que trabalham com a juíza que me processou. Não que eu desconfie da capacidade técnica dos magistrados, longe disso. É que a acredito no poder da empatia. Um cafezinho entre um julgamento e outro poderia pender a balança para o lado da colega. Tenho direito de acreditar nisso”.

O pedido, no entanto, foi negado. O juiz que condenou Demori declarou que “o simples fato” de ele (o próprio juiz) “compor sede colegiada e atuar em conjunto” (com Ludmila) “em alguns processos, por si só, não configura prejuízo ao Recorrente” e classificou o apelo do jornalista como “inconformismo com a decisão que lhe foi desfavorável”.

Demori classificou o episódio como parte do “enorme assédio judicial” aos jornalistas. Interessados em ajudá-lo com as custas e apoiar seu novo projeto podem fazê-lo aqui.

Aberje e FGV firmam parceria que viabiliza realização de MBA

Aberje e FGV firmam parceria que viabiliza realização de MBA

A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) firmaram uma parceria inédita, que tem o objetivo de viabilizar a realização de MBA em Gestão da Comunicação Empresarial, oportunidade para que profissionais de comunicação desenvolvam o papel estratégico dessa área nas organizações e atuem na gestão da comunicação com base nas melhores práticas de mercado.

A grade curricular tem três módulos: gestão estratégica de públicos, gestão estratégica de conteúdos, e planejamento e gestão de projetos. A ideia é oferecer as bases para a evolução do profissional, na sua preparação para posições de liderança, atuação gerencial, atualização tecnológica e aprimoramento no conhecimento sobre as novas tendências em comunicação. A parceria foi anunciada na sexta edição do Aberje Trends, que se realiza até esta quinta-feira (23/6), no Teatro Tomie Ohtake, em São Paulo.

Para Marcela Canavarro, coordenadora da pós-graduação em Gestão de Comunicação Emrpesarial, “hoje, a comunicação vive uma transformação profunda, sendo os principais destaques para mudanças tecnológicas em curso e as mudanças culturais, motivadas pela diversidade de públicos, que interagem cada vez mais com as marcas, empresas e organizações. É uma parceria propícia para nós, trabalhar com a Aberje na realização deste curso”.

Mais informações e inscrições aqui.

TOP Mega Brasil está de volta. Primeiro turno de votação já começou

Aberta a votação do TOP Mega Brasil

Foi aberto nessa terça-feira (21/6), e vai até a próxima terça (28/6), o primeiro turno de votação da sétima edição do TOP Mega Brasil, premiação organizada pela Mega Brasil, em dois turnos, para eleger as agências de comunicação e os executivos de comunicação corporativa mais admirados do País.

Neste primeiro turno, os colegas de comunicação, redações jornalísticas e áreas afins são convidados a indicar até dez nomes de livre escolha de executivos e de agências de comunicação, de qualquer região do País. Os mais votados vão para a final, que elegerá os TOP 10 Brasil e os TOP 5 das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul).

O evento de premiação está marcado para a noite de 17/8, na Unibes Cultural, em São Paulo, véspera da abertura do 25º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. Nele, serão anunciados o pódio do TOP Brasil (os três mais votados nas duas categorias) e os campeões regionais, também nas duas categorias.

Para votar nesta primeira etapa, clique aqui.

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