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Romance de Claudio Ferreira marca estreia da Editora Artesanias, de Paula Quental

Romance de Claudio Ferreira marca estreia da Editora Artesanias, de Paula Quental

Está chegando às livrarias Memórias do Mar − Durante a tormenta, romance de estreia de Claudio Ferreira. A obra gravita em torno do número 7, a partir da simbologia do algarismo, tendo como ponto de partida a mitologia dos “sete mares” e o mar como um personagem oculto e de arrebatamento. O autor, além disso, usa para a construção do livro outros signos que remetem ao 7, como as cores do arco-íris e os pecados capitais.

Claudio Ferreira

Além de ser o primeiro livro de Ferreira, atualmente coordenador de Comunicação Corporativa da XCom, a obra marca o lançamento da Editora Artesanias, projeto comandado por Paula Quental (ex-O Globo, JB, JT e Estadão). Ela explica que criou a Artesanias como resposta a uma inquietação profissional e acadêmica: “Me despertou a vontade de fazer mais livros quando editei a obra da minha mãe sobre a história da nossa família, chamada Brasileiros Há Muitas Gerações. Mas o que realmente impulsionou a criação da editora foi o que vi na universidade: uma quantidade imensa de trabalhos relevantes que não são publicados nem pelas editoras universitárias”.

Com foco inicial em não ficção e temáticas das humanidades − economia, política, sociologia, história e estudos da cultura −, a editora apostará em autores que reflitam o mundo de forma crítica e inovadora, tanto no campo acadêmico como na literatura em geral. “Vejo muitos autores novos ansiando por serem publicados. Por isso, começamos com um romance”, complementa Paula.

Daniela Grelin assumiu a liderança da Rede Brasil do Pacto Global da ONU

Daniela Grelin assumiu em junho a Diretoria Executiva da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, uma das mais importantes iniciativas de sustentabilidade corporativa do mundo. Chegou com a missão de engajar o setor empresarial na promoção dos Dez Princípios Universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção, e na aceleração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Antes, foi diretora executiva dos Institutos Natura e Avon e líder de public affairs na Dow.

“Venho construindo minha trajetória na interseção entre propósito e estratégia, com foco em inovação, transformação social e reputação institucional”, escreveu Daniela no LinkedIn. “Para quem é movido pela esperança criativa diante dos grandes desafios do nosso tempo, juntar-me ao time brilhante e comprometido do Pacto Global – Rede Brasil é fascinante. Uma grande honra. Uma grande responsabilidade. Com iguais medidas de gratidão e desejo genuíno de contribuir com transformações que nos ajudem a construir um mundo mais justo, sustentável e inclusivo, sem deixar ninguém para trás, abraço essa convocação global”.

Morreu Jaguar, o humor cáustico que revolucionou o cartum na imprensa brasileira

* Por Cristina Vaz de Carvalho

Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, morreu neste domingo (24/8). Ele foi internado há três semanas, com pneumonia, no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. O quadro evoluiu para complicações renais e passou os últimos dias sob cuidados paliativos. Jaguar deixa viúva e a filha Flávia Savary, escritora. O corpo foi cremado na tarde da segunda-feira (25/8) no Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio.

Carioca, começou a carreira aos 20 anos, desenhando para a revista Manchete em 1952. Adotou o pseudônimo por sugestão do cartunista Borjalo. Na época, Jaguar trabalhava no Banco do Brasil e seu chefe, o cronista Sérgio Porto, convenceu-o a não abandonar o emprego para se dedicar exclusivamente ao humor. Jaguar só deixou o BB em 1971. Consagrou-se como cartunista na revista Senhor. Colaborou ainda com as revistas Civilização Brasileira e Pif-Paf, e os jornais Última Hora e Tribuna da Imprensa.

Aos 37 anos, foi um dos fundadores de O Pasquim e deu nome ao semanário. Jaguar já era então um nome de primeira linha nas artes gráficas. Naqueles anos, revolucionou o humor feito na imprensa, por retratar com acidez – em traço e texto – a sociedade brasileira. E foi o único da equipe original a permanecer até a última edição, 22 anos depois, em 1991. A partir de O Pasquim, ele formou sucessores como Chico e Paulo Caruso no Rio e, em São Paulo, Angeli e Laerte.

Márcio Pinheiro, autor de Rato de redação: Sig e a história do Pasquim, citado no Globo, afirma que “muito da irreverência e da competitividade do semanário se deviam ao cartunista”. Jaguar criou vários personagens, mas poucos como o rato Sig, mascote do jornal, tiveram tanta repercussão. O nome do herói safado, redução de Sigmund Freud, foi inspirado numa piada da época: “Se Deus criou o sexo, Freud criou a sacanagem”. O traço tinha sido originalmente feito por encomenda para um comercial da cerveja Skol, mas sem a mesma conotação.

Jaguar descrevia O Pasquim como o seu ‘auge do sucesso’. Ele disse em entrevista: “Até a censura era um barato. Feita pelo Coronel Juarez, um bonitão, sósia do Gary Cooper. Recebia a gente na garçonnière dele. Pegava o material e riscava a lápis. A gente argumentava. Havia diálogo. O pessoal torcia para chegarem as garotas. Ele apresentava: ‘Esses são meus amigos do famoso Pasquim’. Aí liberava as maiores atrocidades! Ele tinha uma turma de coroas na praia, a gente contratou uma loura espetacular de biquíni. Ela levava o material, e ele censurava na praia! E ela, alisando o velho, dizia: ‘Ah, meu bem, não faz isso, os meninos vão ficar tão tristes…’ Ele ficava orgulhoso e liberava”.

Em 1970, Jaguar ficou preso durante três meses. Em 2008, ele e outros 20 jornalistas que foram perseguidos durante a ditadura militar, tiveram seus processos aprovados pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Ele e o cartunista Ziraldo receberam as maiores indenizações, de R$ 1 milhão cada um, além de uma pensão mensal de R$ 4 mil. Jaguar foi criticado pelo valor da indenização e respondeu que ‘não esperava levar tanta porrada’.

Nos anos 1990, fez animações para as vinhetas do Plim Plim da TV Globo. Com Ziraldo, aventurou-se no lançamento da revista Bundas, título que debochava da revista Caras, de celebridades. Já em 2008, passa a ter uma coluna no jornal O Dia e colabora com charges para a coluna de Ivan Lessa no Jornal do Brasil.

Jaguar publicou cinco livros. O primeiro deles, Átila, você é bárbaro, usava de sarcasmo para contrapor-se ao preconceito, à ignorância e à violência. O cronista Paulo Mendes Campos descreveu a obra como ‘um livro de poemas gráficos’. Confesso que bebi é um roteiro afetivo dos bares da cidade, de casas chiques a simpáticos pés-sujos. Mas aos 82 anos, tornou-se abstêmio por causa de um tumor no fígado. Escreveu ainda Nadie es perfectoIpanema, se não me falha a memóriaÉ pau puro! – O Jaguar do Pasquim.

Jaguar lia muita poesia, gostava de jazz e de futebol.

Mídia digital cresce e deve ultrapassar TV aberta no próximo ano, segundo dados do Cenp

Mídia digital cresce e deve ultrapassar TV aberta no próximo ano, segundo dados do Cenp
Crédito: Rami Al-zayat/Unsplash

Dados recentes do Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp) indicaram que a mídia digital alcançou 36,5% dos investimentos publicitários em 2025, chegando muito perto do índice referente à TV aberta, de 37,1%. A tendência é que a mídia digital ultrapasse a TV aberta já em 2026.

Para efeito de comparação, enquanto a participação da TV aberta em investimentos publicitários caiu de 50% em 2022 para 37,1% em 2025, o digital saltou de 27,6% para 36,5% no mesmo período. Isso representa um aumento de quase nove pontos percentuais no ambiente digital, enquanto a TV perdeu mais de 12 pontos em três anos.

Segundo especialistas da área, essa virada ocorre devido a uma mudança fundamental tanto no comportamento do consumidor como na expectativa das marcas. Nos dias atuais, os consumidores não seguem uma jornada de mídia linear, pelo contrário: eles estão constantemente conectados a múltiplas telas, consumindo conteúdo de formas e em momentos distintos. E no caso das marcas, exige-se cada vez mais clareza e retorno sobre o investimento, me detrimento dos relatórios sem correlação direta com os resultados do negócio.

“O que sustenta essa virada é a migração da expectativa de entrega. As marcas passaram a exigir mensuração granular e prestação de contas mais direta, algo que o digital entrega com mais clareza”, declarou Bruno Almeida, CEO da US Media, hub de soluções de valor entre marcas e audiências. “Além disso, o consumidor deixou de ter uma rotina linear de mídia e está permanentemente conectado. Isso desloca o investimento para onde a atenção está”.

Outro ponto a ser observado é que o crescimento do digital vai além da popularidade das redes sociais e das ferramentas de busca. O próprio ambiente digital se diversificou muito, com diversas oportunidades de consumo e de investimento para das marcas. O digital hoje engloba streamings, TVs Inteligentes, podcasts, games, Digital Out-of-Home (DOOH), Retail Media, social commerce, marketing de influência, entre outros.

PRGN anuncia a criação do Latam Up, hub de agências especializadas

PRGN anuncia a criação do Latam Up, hub de agências especializadas
Rogério Artoni

A Rede Global de Agências de Relações Públicas (PRGN) anunciou recentemente a criação do Latam Up, hub de agências ibero-americanas especializadas em comunicação, assuntos públicos e assuntos corporativos, integradas por agências da América Latina e da Península Ibérica. A brasileira Race, de Rogério Artoni e Wilson Barros, é uma das integrantes, ao lado de Eje Comunicación (México), Global (Portugal), Identia PR (Argentina), Marlow (Espanha), Rumbo Cierto (Chile) e The Moore Agency (Estados Unidos ).

O objetivo, segundo informa o comunicado distribuído ao mercado, “é oferecer soluções personalizadas que combinem experiência local com perspectiva global, além de garantir uma execução padronizada e a entrega efetiva de resultados para clientes de uma região multicultural como a latino-americana ou ibérica”.

Natacha Clarac

“A Latam Up é uma resposta eficaz para a realização de uma comunicação regional diferenciada, eficiente e inovadora, que combina uma coordenação regional com uma execução local de sucesso, por profissionais experientes e fluentes em espanhol, português e inglês”, destaca Artoni.

A opinião é complementada pela presidente da associação, Natacha Clarac: “Na PRGN, celebramos esse esforço sem precedentes, em que agências independentes de diferentes partes do mundo se unem para oferecer serviços unificados a clientes com necessidades de relações públicas em diversos países. Ao unir as forças de agências de alto nível da América Latina e da Península Ibérica, transformamos a diversidade em sinergia, oferecendo aos nossos clientes uma solução integral, multilíngue e multicultural, impulsionada pela experiência global”.

A destruição do jornalismo no Afeganistão quatro anos após a volta do Talibã

A destruição do jornalismo no Afeganistão quatro anos após a volta do Talibã

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A tragédia da liberdade de imprensa  em Gaza − com cerca de 200 jornalistas mortos e bloqueio total ao acesso da mídia estrangeira − é hoje o retrato mais extremo do risco de cobrir uma região de conflito.

Na guerra entre Rússia e Ucrânia, que reuniu os principais líderers mundiais nesta semana para a costura de um acordo de paz, há registros de mortes resultantes de ataques diretos a profissionais de imprensa e vários ucranianos ainda desaparecidos.

Mas no Afeganistão, que ficou esquecido quatro anos após a retomada do poder pelo Talibã (em 15 de agosto), as mortes não são apenas estatísticas. O que morreu foi o jornalismo livre − sobretudo aquele praticado por mulheres.

Um novo relatório do CPJ (Comitê para Proteção dos Jornalistas) descreve como a mídia independente do país foi aniquilada e substituída por um império de propaganda, sustentado por rádios e TVs estatais, plataformas digitais controladas e uma operação coordenada de desinformação.

O autor do relatório é Waliullah Rahmani, pesquisador do CPJ para a Ásia. Entre 2016 e a queda de Cabul em agosto de 2021, ele foi fundador e diretor da Khabarnama Media, uma das primeiras organizações de mídia digital do país − experiência que o coloca como testemunha direta do que foi perdido e do que se instalou no lugar: um regime de censura total.

O CPJ entrevistou 10 jornalistas afegãos, dentro e fora do país. Nenhum aceitou ser identificado, por medo de represálias. Todos descrevem um cenário no qual veículos independentes, que antes alcançavam milhões, foram banidos, suspensos, fechados ou tomados pelo Talibã.

Nesse vácuo, o regime passou a operar cerca de 15 canais de TV e rádio, jornais e plataformas digitais − incluindo YouTube, X (Twitter) e Telegram −, alinhados estritamente à ideologia islamista radical do grupo.

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III ComPública divulga finalistas do Prêmio Neuza Meller de Radiodifusão Universitária

O III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública divulgou os três finalistas do Prêmio Neuza Meller de Radiodifusão Universitária. Os três finalistas são “Direito Indígena à Universidade”, da UNB TV, “Raízes do Mangue”, da TV Unifor e “Universo das Emissoras Públicas”, da USP. O vencedor da premiação será divulgado durante o Congresso, que ocorre entre os dias 20 e 22 de outubro na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A iniciativa reconhece e premia as melhores produções jornalísticas de emissoras universitárias brasileiras que contribuam para o debate público sobre emergência climática e direito à informação. E homenageia a jornalista Neuza Meller, servidora da Universidade de Brasília (UnB) e diretora da UnBTV por uma década. Referência na comunicação pública e uma das responsáveis pela criação do Canal Universitário de Brasília, Neuza faleceu em 2021, vítima da COVID-19, deixando um legado de comprometimento com a democratização da informação.

Sobre os finalistas

1. Raízes do Mangue: O que te enraíza nesse lugar? Esse é o fio condutor de “Raízes do Mangue”, documentário produzido pelos núcleos de jornalismo e de produção da TV Unifor, emissora pública vinculada à Universidade de Fortaleza (Unifor), mantida pela Fundação Edson Queiroz (FEQ), e associada à Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU).

A partir da história de Dona Neusa, marisqueira, dona de barraca de praia e integrante da comunidade tradicional Boca da Barra — localizada na Sabiaguaba, bairro litorâneo de Fortaleza (CE), a 15 Km do Centro da Cidade —, o documentário evidencia como práticas culturais, modos de vida e saberes ancestrais e populares se entrelaçam à resistência frente às ameaças da especulação imobiliária, do avanço urbano e da degradação ambiental.

O documentário busca refletir sobre como a natureza e os povos tradicionais da Sabiaguaba resistem às forças de transformação impostas por esse avanço do mercado imobiliário e por modelos de desenvolvimento urbano que desconsideram a proteção ambiental e os direitos das populações locais. Entre os casos emblemáticos, destaca-se o projeto de loteamento embargado em 2020 graças à mobilização da sociedade civil, de pesquisadores, ambientalistas e do Ministério Público do Ceará. Ainda assim, as ameaças persistem. Em 2022, a inauguração de um complexo gastronômico e ambiental no território acirrou tensões, evidenciando os conflitos socioambientais que seguem invisibilizados no debate público.

2. Universo das Emissoras Públicas da Rádio USP: é um podcast que retrata papel vital da comunicação pública na nossa sociedade. De forma didática e acessível, analisamos como emissoras públicas ao redor do mundo informam, educam, promovem a cultura e garantem o direito à informação aos cidadãos.

Em cada episódio, investigamos a história da radiodifusão pública em países como Reino Unido (BBC), Alemanha (ZDF e ARD), Estados Unidos (PBS e NPR) e Uruguai (Medios Públicos) com o objetivo de entender como essas instituições construíram sua independência financeira e editorial, protegendo-se de pressões comerciais e governamentais. As edições abordam também o trabalho de construção de empresas públicas de comunicação em países da África e da América Latina, incluindo o Brasil.

Através de entrevistas dinâmicas com profissionais e pesquisadores, e enriquecido com a sonoridade das emissoras em destaque, o programa Universo das Emissoras Públicas tem 30 minutos de duração e oferece um espaço de diálogo sobre como as emissoras públicas de rádio e televisão não comerciais podem assegurar o acesso à informação de forma independente e plural para a sociedade. As edições são transmitidas pela Rádio USP mensalmente, publicadas em formato de podcast e distribuídas em diversas plataformas.

3. Direito Indígena à Universidade: é um minidocumentário realizado em 2024 pela UnBTV, canal universitário da Universidade de Brasília, que convida o público a refletir sobre os avanços e os desafios da presença indígena no ensino superior. A produção marca os 20 anos da implementação da política de cotas para indígenas na UnB, pioneira no Brasil ao adotar essa ação afirmativa em 2004.

A partir de depoimentos de estudantes e especialistas, o documentário investiga de que forma as universidades têm acolhido os estudantes indígenas e quais barreiras ainda persistem para que esse direito seja plenamente garantido. Mais do que o acesso, a permanência e a valorização das identidades e culturas indígenas são temas centrais da narrativa.

Com uma linguagem acessível e sensível, a produção evidencia o papel transformador da educação superior na vida de jovens indígenas, sem deixar de questionar as lacunas institucionais e as práticas que ainda reproduzem exclusões. O especial também dá visibilidade às trajetórias acadêmicas e pessoais de estudantes que, mesmo diante de múltiplos desafios, afirmam seus saberes, suas línguas e suas culturas dentro da universidade.

O presente e o futuro do Jornalismo – Insights: Quinto encontro será na próxima segunda-feira (25/8)

Crédito: Agence Olloweb/Unsplash

Será na próxima segunda-feira (25 de agosto), das 9h30 às 12h30, na ESPM Tech (Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana, São Paulo), o quinto dos sete encontros da série O presente e o futuro do Jornalismo – Insights, que J&Cia realiza em parceria com a ESPM e o Portal dos Jornalistas como parte das comemorações de seu 30º aniversário. Ele terá por tema o Jornalismo Investigativo e os debates procurarão trazer reflexões sobre Os caminhos e avanços das investigações jornalísticas com o Jornalismo de Dados e sob ataque do poder político e econômico.

Participarão Juliana Dal Piva (repórter do Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística − CLIP e apresentadora do podcast A vida secreta do Jair), Luiz Vassalo (repórter do Metrópoles, autor da reportagem que denunciou os descontos ilegais do INSS) e Marcelo Soares (fundador e editor da Lagom Data, consultor Independente e membro do International Consortium of Investigative Journalists – ICIJ). A mediação será de Reinaldo Chaves, coordenador de Projetos da Abraji.

Inscrições gratuitas aqui. Vagas limitadas. Também haverá transmissão pelo YouTube. O ciclo tem apoio institucional de ABI, Abraji, Ajor, Aner, ANJ, Projor.

André Basbaum é nomeado presidente da EBC

André Basbaum (esq.), Lula e Sidônio Palmeira (Crédito: Ricardo Stuckert/PR)

Foi nomeado nesta quinta-feira (21/8), no Diário Oficial da União, o jornalista André Basbaum como novo presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com 25 anos de carreira, Basbaum tem experiência em cargos de liderança nas maiores emissoras de televisão do Brasil. Foi editor de Economia do Jornal Nacional, editor de especial do Jornal da Record, editor-chefe do SBT Brasil e diretor de jornalismo na Band.  Antes de assumir a presidência da EBC, ocupava o cargo de diretor de integração de jornalismo da TV Record.

Basbaum substitui a Jean Lima, que pediu demissão da presidência da EBC após 1 ano e 10 meses de trabalho. Em sua gestão, Jean ampliou a Rede Nacional de Comunicação Pública para todas as capitais e relançou a TV Brasil Internacional.

100+ Admirados Jornalistas: José Hamilton Ribeiro e Lucio Flávio Pinto são Hors Concours

100+ Admirados Jornalistas: José Hamilton Ribeiro e Lucio Flavio Pinto são Hors Concours

José Hamilton Ribeiro e Lucio Flávio Pinto são dois dos mais admirados jornalistas brasileiros de todos os tempos. E conquistaram essa admiração por décadas de um denodado trabalho, que elevou ao mais alto patamar o jornalismo de nosso País.

Por isso, não seria justo com eles − nem com os demais jornalistas que continuam na lida − que disputassem uma das vagas entre os 100+ Admirados Jornalistas Brasileiros. Mesmo tendo sido muito bem votados e com pontuação para engrossar esse time de notáveis, J&Cia decidiu fazer a eles uma homenagem que faz justiça à história dos dois, dando-lhes o título de Hors Concours do Jornalismo Brasileiro. Eles estão em outra dimensão!

José Hamilton tem mais de 60 anos de jornalismo, 40 deles dedicados à Globo. Tem uma importância gigantesca na existência de J&Cia e do Portal dos Jornalistas. Foi dele a ideia de criar, em 1991, a coluna Moagem no jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, sobre o vaivém profissional, escalando para a tarefa o então colega Eduardo Ribeiro, diretor de J&Cia. A coluna permaneceu ativa por 21 anos e tornou-se o FaxMOAGEM, que posteriormente acabou virando o Jornalistas&Cia.

Globo demite José Hamilton Ribeiro e “repórter secreto” do Fantástico
José Hamilton Ribeiro

José Hamilton começou no jornalismo em 1955, trabalhando como redator na rádio Bandeirantes. Posteriormente, passou a atuar na imprensa escrita, no extinto jornal O Tempo e em seguida na Folha de S.Paulo. Em 1962, foi para a Editora Abril, como redator-chefe da revista Quatro Rodas. Neste período, ganhou dois Prêmios Esso, um em equipe (em 1963, com a matéria especial Radiografia do Rio) e outro na categoria Regional/Grupo A (em 1964, com o especial São Paulo de corpo inteiro), ao lado de Mino CartaVitor Antônio Gouveia, Paulo PatarraJosé Roberto Pena. Em 1966, foi editor-chefe da revista Realidade, comandando grandes reportagens. Em março de 1968, atuou como enviado especial para cobrir a guerra no Vietnã. Foi nessa ocasião que perdeu a parte inferior da perna esquerda na explosão de uma mina terrestre.

Na Realidade, venceu mais quatro Prêmios Esso, três deles individuais, todos na categoria Informação Científica. Em 1974, foi repórter da revista Veja. Passou uma temporada no interior de São Paulo, trabalhando como diretor de O Diário, de Ribeirão Preto, em 1975, e dirigiu o Dia e Noite, de São José do Rio Preto, em 1977, onde ganhou mais um Prêmio Esso, na categoria Regional/Sudeste, com a matéria Na boca da milésima extracorpórea. Voltou a São Paulo em 1978, quando assumiu o cargo de editor-chefe de Jornalismo da extinta TV Tupi, além do de diretor-geral do programa Pinga Fogo. Passou definitivamente para a frente das telas em 1981, como repórter especial do Globo Repórter, da Rede Globo. No mesmo ano, começou a produzir reportagens para o programa e para a revista Globo Rural, da qual se tornou, posteriormente, repórter especial. Venceu o Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, um dos mais importantes do jornalismo mundial, na categoria Outstanding on Latin America, pelo seu comprometimento com a liberdade de imprensa. Está também entre os mais premiados jornalistas brasileiros.

Lúcio Flávio Pinto é Doutor Honoris Causa
Lúcio Flávio Pinto

Lúcio Flávio Pinto tem mais de cinco décadas de trabalho como jornalista, tendo iniciado a carreira em 1966. Aos 16 anos, trabalhou como repórter no jornal A Província, do Pará. Dois anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou por pouco tempo no Correio da Manhã. Depois foi para São Paulo, atuando em Diário de S. Paulo, Diário da Noite, Veja, IstoÉ, Jornal da República, Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo, onde consolidou sua carreira, atuando como repórter entre os anos de 1971 e 1989. Ao mesmo tempo, trabalhou na imprensa alternativa, nos jornais Opinião e Movimento. Formou-se em Sociologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1973.

De volta a Belém, em 1975, editou o suplemento alternativo Bandeira 3, nos moldes do antológico Pasquim. Trabalhou em O Liberal, das Organizações Romulo Maiorana (ORM). Posteriormente, fundou o Jornal Pessoal, em 1987, o primeiro veículo independente do Pará. Em 2016, passou a integrar, como colunista, a redação da agência Amazônia Real.

Na carreira, venceu diversos prêmios, incluindo quatro prêmios Esso e três prêmios internacionais: Foi o primeiro não europeu premiado com a Colombe d’Oro per la Pace, a mais importante premiação da imprensa italiana; venceu o prêmio anual do Comittee for Jornalists Protection, dos Estados Unidos; e foi eleito um dos 100 heróis do jornalismo pela organização Repórteres Sem Fronteiras. É autor de mais de 20 livros sobre a Amazônia. Foi por muitos anos o +Premiado Jornalista da Região Norte, além de sempre figurar entre os +Premiados do País, em ranking realizado por este J&Cia.

Em 2023, Lúcio encerrou as atividades do Jornal Pessoal, que manteve por 36 anos. O motivo da decisão foi o Mal de Parkinson, do qual se descobriu portador em 2018. Ele segue sendo colaborador da Amazônia Real, com o envio de textos semanais.

Especializado na cobertura da Amazônia, Lúcio percorreu a região de forma intensa por quase 40 anos, de 1966 a 2002. No período, cobriu praticamente todos os acontecimentos e episódios importantes da região. E como viu tais acontecimentos com os próprios olhos, destaca que isso lhe possibilitou “criar uma visão tanto global − o que inclui fatos externos − como detalhada, factual e personalizada, com fontes em todos os Estados da região”.

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