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domingo, novembro 16, 2025

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Inscrições abertas para a 7 edição do Curso Completo de Comunicação Pública, promoção ABCPública/Aberje

Estão abertas as inscrições para o Curso Completo de Comunicação Pública, edição 2026, promovido em parceria pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e a Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública). Esta é a 7ª edição do curso, que terá início em maio de 2026 e encerramento em outubro, com aulas online aos sábados (e possibilidade de assistir às gravações).

O curso é voltado para profissionais de comunicação que atuam em órgãos públicos, empresas estatais, autarquias, fundações, conselhos de classes, estudantes, pesquisadores do tema. Muitos dos alunos têm buscado com sucesso apoio na área de relações humanas para obter bolsas e suporte à participação.

Além da seleção de conteúdo de alta relevância para a compreensão da noção da comunicação pública e implementação nas assessorias de comunicação do poder público, o curso oferece aos alunos a oportunidade de ampliar a rede de relacionamentos e estabelecer parcerias, com profissionais de outros órgãos. Os alunos têm a vantagem de poder participar das aulas on-line, trocando experiências e combinando iniciativas ou assistindo às gravações, quando necessário.

O presidente da ABCPública e um dos curadores do curso, Jorge Duarte, destaca que “para quem atua em comunicação na área pública, esta é uma oportunidade de aprimorar competências, ampliar redes de colaboração, aprender com as teorias mais recentes e com a experiência dos profissionais para qualificar a comunicação das instituições e as entregas de valor para a sociedade”.

Ele conta que ao longo das primeiras seis edições, os alunos lançaram seis livros, um por turma. “Também participaram a produziram seminários temáticos, pesquisas de campo e conheceram casos e soluções de referência em comunicação pública. As aulas são sempre com profissionais de larga experiência na área pública e formação de alto nível, o que tem garantido avaliações sempre altamente positivas por parte dos alunos”, diz.

A equipe de professores é composta por profissionais com carreira sólida e longa na comunicação pública em diversos níveis do poder público, como os professores Jorge Duarte e Armando Medeiros, Paulo Nassar, Aline Castro, Marcos André Costa, Vivian Stella de professores Paulo Nassar, Aline Castro, Erica Abe, Marcos André Costa, Vivian Stella. O currículo de todos está disponível no site do curso.

O Curso Completo de Comunicação Pública (ABCPública/Aberje) cobre uma trilha prática e atualizada que vai de fundamentos a gestão avançada: linguagem simples aplicada ao setor público; planejamento; comunicação pública digital; estratégia e relações com a mídia; mensuração de resultados; gestão de riscos e crises; liderança de equipes e organização de estruturas e processos; comunicação interna no serviço público; além de gestão de publicidade, marketing e patrocínios. A programação inclui ainda seminários de casos para discussão com especialistas e participantes, favorecendo troca de experiências e formação de rede profissional.

No seminário de abertura está previsto um seminário com a participação de cinco secretários estaduais de comunicação para falar sobre desafios e práticas de comunicação no Poder Executivo.

O Curso Completo de Comunicação Pública tem duração total de 60 horas, com aulas online aos sábados. As aulas começam no dia 16 de maio e serão encerradas no dia 24 de outubro de 2026.

Confira todas os temas que serão tratados:

  • TEMA 1: Comunicação Pública Na Prática – Seminário de Abertura, com Jorge Duarte e Paulo Nassar.
  • TEMA 2: Estratégia e Planejamento Em Comunicação Pública, com Aline Castro, Wilson Bueno
  • TEMA 3: Comunicação Pública Digital: Gestão, Estratégias e Operacionalização, com Erica Abe
  • TEMA 4: Estratégias em Relações com as Mídias: muito além de Assessoria de Imprensa, com Jorge Duarte
  • TEMA 5: Mensuração da Comunicação na Área Pública, com Marcos André Costa
  • TEMA 6: Gestão de Riscos e Crises em Comunicação: uma agenda permanente, com Armando Medeiros de Faria
  • TEMA 7: Gestão de Publicidade, Marketing e Patrocínio
  • TEMA 8: Gestão de Equipes, Estruturas e Processos de Comunicação Pública, com Vivian Rio Stella
  • TEMA 9: Gestão da Comunicação Interna: Informação e Diálogo Com Empregados da Área Pública, com Carlos Netto
  • TEMA 10: Seminários de Comunicação Pública, com Jorge Duarte, Emiliana Pomarico Ribeiro

Leia também: 100 anos de Rádio no Brasil: Novas possibilidades de integração com as ferramentas de IA

Luís Nassif receberá título de Cidadão Paulistano

Luis Nassif (Crédito: Instagram)

Luís Nassif, diretor e fundador do Jornal GGN, receberá na próxima sexta-feira (14/11) o título de Cidadão Paulistano, honraria concedida pela Câmara Municipal de São Paulo a pessoas não nascidas em São Paulo que prestaram serviços importantes ao município nas áreas social, cultural, econômica, entre outras.

A iniciativa, do vereador Professor Eliseu Gabriel (PSB), visa a homenagear o trabalho e a carreira de Nassif no jornalismo brasileiro. A cerimônia de entrega será em 14/11, às 19h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100, 8º andar – Bela Vista). Ao final do evento, haverá um sarau, com direito a “palhinha” de Nassif, que é também músico.

Esta não é a primeira vez que um jornalista recebe o título de Cidadão Paulistano. Antes de Nassif, também foram homenageados Milton Neves (nascido em Muzambinho-Minas Gerais) em 2003, Márcio Canuto (nascido em Maceió-Alagoas) em 2008, Audálio Dantas (nascido em Tanque d’Arca-Alagoas) em 2008, José Trajano (nascido no Rio de Janeiro) em 2011, Gary Neeleman (nascido em Utah-Estados Unidos) em 2015 e mais recentemente Frei Betto (nascido em Belo Horizonte-Minas Gerais) em maio de 2025.

Natural de Poços de Caldas (MG), Nassif teve seu primeiro contato com a carreira de jornalista aos 13 anos, editando o jornal do Grupo Gente Nova em sua cidade natal. Passou por jornais locais até se mudar para São Paulo para estudar. Foi estagiário da revista Veja, sendo efetivado em 1971. Três anos depois, em 1974, tornou-se repórter de Economia da revista. Formou-se pela ECA-USP em 1976.

Em 1979, assinou com o Jornal da Tarde, como pauteiro e chefe de Reportagem de Economia. Lá, foi responsável pela criação da seção Seu Dinheiro e o caderno Jornal do Carro. Em 1983, foi para a Folha de S.Paulo, onde criou a seção Dinheiro Vivo e participou do projeto de criação do Datafolha. Atuou também como colunista de Economia no jornal. Na década de 1980, apresentou ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, o programa São Paulo na TV, umas das primeiras experiências de produção independente na tevê aberta brasileira, produzido pela Editora Abril e veiculado pela TV Gazeta.

Foi comentarista de Economia na Bandeirantes e na TV Cultura. Em 1987, venceu o Prêmio Esso na categoria Principal, pela série de reportagens em que abordou diversos aspectos da edição do Plano Cruzado. Em 2013, fundou o Jornal GGN, com o slogan O Jornal de Todos os Brasis.

Livro mostra a importância do tratamento e diagnóstico precoce da endometriose

Cristiane Segatto (ex-Estadão, UOL, Época, O Globo e Abril) e o ginecologista e obstetra Rubens Paulo Gonçalves Filho lançam o livro Dores Femininas: a jornada humana de um médico contra a endometriose (Matrix Editora), que aborda a importância do tratamento adequado da doença e a necessidade de diagnóstico precoce. A obra tem o objetivo de servir como ferramenta de auxílio e alerta, com informação, empatia e ciência, voltada para quem sofre com a endometriose, para quem cuida e para quem quer entender melhor o corpo feminino.

O lançamento do livro, com sessão de autógrafos, será na próxima terça-feira (11/11), das 18h30 às 21h30, na Livraria Drummond do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073), em São Paulo.

Jornalista especializada em saúde e mestra em gestão em saúde pela FGV-SP, Cristiane recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais de jornalismo, entre eles dois Esso na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ambiental. Atualmente escreve livros sob encomenda, produz conteúdo sobre saúde e participa de eventos como moderadora.

O avanço dos desertos de notícias nos EUA: 40% dos jornais sumiram em duas décadas

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O jornalismo local nos Estados Unidos vive uma crise sem precedentes, que não se deve apenas aos ataques de Donald Trump à imprensa.

Segundo o relatório State of Local News 2025, feito pela Medill School of Journalism da Northwestern University, que acaba de ser divulgado, 40% dos jornais desapareceram desde 2005 e 50 milhões de pessoas já vivem em regiões sem cobertura jornalística sobre assuntos da comunidade.

A retração atinge não só o impresso: nos 100 maiores jornais do país, o tráfego digital caiu 45% em quatro anos, refletindo mudanças de hábito e o impacto da inteligência artificial nas buscas, que reduzem o acesso direto às fontes originais.

O estudo mostra que os chamados “desertos de notícia” se expandem em ritmo constante nos EUA. Já são 213 condados (equivalentes aos municípios no Brasil) sem qualquer veículo local e outros 1.524 com apenas um jornal, geralmente semanal.

A circulação impressa despencou 70%, e os empregos no setor encolheram 75% em duas décadas. Ao mesmo tempo, o Congresso cortou a pedido de Donald Trump mais de US$ 1 bilhão em verbas da Corporation for Public Broadcasting, ameaçando o funcionamento de centenas de rádios e TVs públicas que sustentam a informação em comunidades rurais.

As startups digitais e o apoio filantrópico crescem, mas ainda não compensam o colapso da cobertura local. O resultado é um país onde o acesso à informação tornou-se desigual e dependente da renda e da geografia, deixando o campo livre para influenciadores que nem sempre seguem os padrões jornalísticos tradicionais.

Leia em MediaTalks a matéria completa sobre o relatório State of Local News 2025.

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Esta semana em MediaTalks

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Gilson Garrett Junior é o novo editor da Forbes Motors

Gilson Garrett Junior é o novo editor da Forbes Motors
Gilson Garrett Junior (Crédito: LinkedIn)

A Forbes Brasil reforçou sua equipe com a chegada de Gilson Garrett Junior, que assume o posto de editor do caderno Motors. Neste novo desafio, será responsável pela cobertura de carros, motos, aviação e náutica. “Atuo na interseção entre inovação, negócios e experiência do usuário, com foco em produtos premium e tendências de mercado”, explicou nas redes sociais.

Ele estava há cinco anos e meio na Exame, onde ultimamente era repórter de Estilo de Vida, e antes atuou na Gazeta do Povo por quase nove anos. Formado em Jornalismo pela PUC Paraná, Gilson tem especializações em Relações Internacionais e Gestão Empreendedora. Trabalha também como Jurado do Vozes Influentes do Setor Automotivo, do Veja Comer e Beber SP 2025, do Melhores da Taça e do Melhores da Gastronomia, ambos da Prazeres da Mesa.

SportsCenter, da ESPN, entra no Guinness Book por maior distância percorrida em programa de TV

SportsCenter, da ESPN, entra no Guinness Book por maior distância percorrida em programa de TV
Crédito: ESPN/Instagram

O programa SportsCenter, da ESPN Brasil, recebeu nesta quinta-feira (6/11) um certificado do Guinness Book por alcançar a marca de maior distância percorrida durante a transmissão de um programa ao vivo na TV. O recorde mundial, de 3.07 quilômetros, ocorreu durante uma ação contra sedentarismo, realizada em 10 de março deste ano, no qual apresentadores, repórteres, comentaristas e convidados participaram do programa correndo ao ar livre.

Na ação, os apresentadores Bruno Vicari e Mariana Spinelli (hoje na GE TV) correram atrás da bancada e apresentaram o SportsCenter 1ª edição por 30 minutos, tempo mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde para exercícios diários. “A ideia do programa é mostrar como nós que trabalhamos na ESPN também estamos envolvidos em atividades físicas. Estamos mostrando o nosso estilo de vida e incentivando as pessoas a se exercitarem”, declarou Bruno.

“Mais do que falar sobre a importância de algo, é fazer também”, disse Mariana. “Nós sabemos a influência que temos e esperamos que com ações assim as pessoas fiquem com o recado no subconsciente, se animem, e que seja algo que dê aquele empurrãozinho”.

Mais de 120 profissionais estavam envolvidos no projeto. Além dos apresentadores, o programa também teve a participação da repórter Natasha David, do comentarista Eduardo Affonso e do entrevistado especial Caio Bonfim, medalhista de prata da marcha atlética nas Olimpíadas de Paris 2024. Para a realização do projeto, a ESPN utilizou um Cine Car, veículo utilizado em produções de cinema, onde a tradicional bancada do SportsCenter foi posicionada.

Guilherme Magalhães deixa a Meta e começa no Prime Video & Amazon MGM Studios

Guilherme Magalhães está de trabalho novo. Deixou a Meta em setembro, após quase 5 anos de casa, por último como gerente de comunicação no Brasil, e entrou outubro como head de Comunicações Brasil no Prime Video & Amazon MGM Studios. Antes, por 18 anos, integrou o time de comunicação do Itaú-Unibanco, por último como gerente de comunicação corporativa.

Na Amazon, Guilherme atuará ao lado de Isabela Fonseca, Manager de Relações Públicas; Nathalia Vechio, Manger de Relações Públicas e Publicidade; Beatriz Salvia, coordenadora de Relações Públicas; e Laura Zago, Manager de esportes do Prime Video.

“O jovem Gui deve estar muito feliz ao me ver hoje, pois começo a realizar mais um sonho!”, escreveu Guilherme no LinkedIn. “Sempre escutamos que trabalhar com o que amamos faz tudo ser melhor e é isso que busco nessa nova fase. Agradeço demais ao David Flores-Sanchez pela confiança e a todos os Amazonians que estão me recebendo com muito carinho nesses primeiros dias.

Bruno Boghossian é o novo diretor da sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília

Bruno Boghossian assumiu em 3/11 o posto de diretor da sucursal da Folha de S.Paulo em Brasília, em substituição a Camila Mattoso, que seguiu para o SBT News.

Bruno Boghossian assumiu em 3/11 o posto de diretor da sucursal da Folha de S.Paulo em Brasília, em substituição a Camila Mattoso, que seguiu para o SBT News. Graduado pela UFRJ, com mestrado em Ciência Política pela Columbia University, em Nova York, Bruno era secretário de Redação e colunista do jornal, onde também foi repórter da coluna Painel. Antes, passou por Época, Estadão e GloboNews.

Julio Wiziack

Ainda por lá, outro que saiu foi Julio Wiziack, que cobria economia e negócios há cerca de 10 dos seus 18 anos no jornal. Pela Folha, foi vencedor dos prêmios Esso e Embratel, em 2012. Antes, passou por IstoÉ Dinheiro e Época. É autor do livro Abrindo o armário? encontrando uma nova maneira de amar e ser feliz, pela editora Jaboticaba. O destino dele não foi informado.

Anuário Informática Hoje, especializado em tecnologia da informação, comemora 40 anos

O Anuário Informática Hoje, publicação especializada em tecnologia da informação que analisa o desempenho anual do mercado brasileiro, comemora neste mês de novembro 40 anos de circulação. Além de analisar as empresas do setor, o anuário premia os melhores desempenhos em suas respectivas áreas de atuação. A publicação também ranqueia as 200 maiores empresas de TI do País, com dados analisados por uma equipe especializada no segmento, sob a supervisão de professores da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.

O Portal dos Jornalistas conversou com Wilson Moherdaui, publisher da Fórum Editorial, responsável pelo anuário. Ele falou sobre a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos de circulação, os desafios e obstáculos da cobertura do setor, a necessidade de se adaptar constantemente e a ameaça da inteligência artificial. Leia a entrevista na íntegra:

Portal dos Jornalistas Qual a importância de uma publicação especializada em tecnologia chegar a 40 anos? O que representa esse marco?

Wilson Moherdaui

Wilson Moherdaui – Se eu me deixasse levar só pela emoção, certamente poderia resumir minha resposta a uma única frase: é um tremendo orgulho lançar a edição especial de 40 anos do Anuário Informática Hoje. Afinal, não é trivial que uma publicação jornalística brasileira complete 40 anos. Ainda mais quando se trata de uma publicação especializada em tecnologia.

Mas não seria coerente com a trajetória do Anuário deixar de destacar o papel dele como fonte de informações e análises fiéis e independentes do mercado brasileiro de tecnologia da informação. Acredito sinceramente que esta edição, como as 39 anteriores, cumpre o compromisso de fazer uma radiografia apurada e isenta do desempenho econômico-financeiro e das estratégias das empresas que atuam no setor brasileiro de TI.

Portal – Fale um pouco sobre a história do anuário. Como surgiu a ideia da publicação?

Wilson – Em abril de 1985, enquanto o Brasil vivia os angustiantes dias da agonia do presidente eleito Tancredo Neves, lançamos o Informática Hoje, uma publicação semanal, em formato tabloide, impressa em papel jornal, em quatro cores (algo inédito na época), especializada em tecnologia. Meses depois, como um desdobramento natural do IH, surgiu o Anuário Informática Hoje, com a proposta de analisar o desempenho econômico-financeiro do mercado brasileiro do que hoje chamamos de tecnologia da informação. Era uma espécie de Melhores e Maiores (NdaR.: edição especial anual da revista Exame, da Editoria Abril), numa versão focada nas empresas de informática.

Além de analisar os balanços das empresas do setor, o Anuário passou a premiar as empresas com o melhor desempenho em seus respectivos segmentos de atuação (como hardware, software, serviços, distribuição e revendas, por exemplo). Como deve fazer toda publicação jornalística que ousa atribuir prêmios, o Anuário sempre adotou critérios claros e objetivos, que são explicitados logo nas primeiras páginas de cada edição. Com isso, em pouco tempo o Anuário tornou-se referência para o mercado brasileiro. Ao ponto de várias empresas terem sido compradas ou incorporadas por outras ou por grupos de investidores justamente pelo fato de terem sido premiadas.

J&Cia – Como um profissional que cobre o setor da tecnologia da informação há anos, fale sobre as peculiaridades do setor, os desafios e obstáculos encontrados durante essa cobertura e a necessidade de se adaptar constantemente, pensando nas novas tendências que surgem a todo o momento.

Wilson – Acho que o maior desafio dos jornalistas que, como eu, cobrem um setor tão dinâmico quanto o de tecnologia é se manterem atualizados sobre o processo acelerado de inovação das empresas, dos centros de pesquisa e dos profissionais envolvidos. Não seria exagero dizer que esses jornalistas especializados são os que mais sofrem de uma síndrome que costumo chamar de “ansiedade da informação”. Só para ilustrar essa afirmação de uma forma prosaica: a capacidade de processamento de um mainframe (nome que se dá aos grandes computadores, que nos anos 1980 ocupavam salas inteiras) é infinitamente menor do que a de um smartphone dos dias de hoje. Imagine o que isso significa no dia a dia de quem se propõe a cobrir esse tema. A velocidade da inovação é diretamente proporcional à ansiedade de quem se propõe a descrevê-la para o seu público – sejam leitores, ouvintes ou espectadores, nos veículos tradicionais ou nas implacáveis mídias sociais.

Capa da primeira edição do Anuário Informática Hoje

J&Cia – Nos dias atuais, é impossível falar em tecnologia e não pensar em inteligência artificial. Como você enxerga a evolução da IA, seus benefícios e ameaças ao setor?

Wilson – Nos anos recentes, surgiram muitas expressões no mundo da tecnologia das quais a gente nunca mais ouviu falar – como metaverso, por exemplo. Agora, chegou a vez da inteligência artificial. Só que essa veio para ficar e transformar radicalmente o mundo em que a gente vive. Para o bem e para o mal.

Considerando que a IA é a capacidade que soluções tecnológicas têm de simular a inteligência humana, realizando determinadas atividades de maneira autônoma e aprendendo por si mesmas – graças ao processamento de um grande volume de dados que recebem de seus usuários –, não dá para imaginar até onde ela pode chegar. Mas o objetivo final dos desenvolvedores dos sistemas de IA é chegar o mais próximo possível da capacidade do cérebro humano. A dúvida não é se, mas quando isso vai acontecer. O que talvez possa nos tranquilizar é que, mesmo em velocidade difícil de acompanhar, isso virá gradualmente, não de uma hora para outra.

De qualquer forma, a IA vai estar em todos os processos corporativos, na educação, na medicina, na indústria, no urbanismo, no processo eleitoral – enfim, nenhuma área de atividade humana vai escapar.

O jornalismo como a gente conhece também nunca mais vai ser o mesmo: o jornalista não será substituído por uma IA, mas o profissional que não souber usar a IA com certeza será menos completo do que um que souber. E o grande segredo, aqui, não só para nós, jornalistas, é aprender a fazer as perguntas corretas (o que no jargão a tecnológico chamam de prompt) para extrair o melhor conteúdo da IA.

Se eu precisasse apontar minha maior preocupação com o uso da IA sem dúvida seria a segurança da informação. É aí que mora o perigo. Notícias falsas, vídeos adulterados, imagens fraudulentas já fazem parte da nossa rotina. Contra tudo isso costumo dizer que é preciso dispor de ferramentas de proteção, produzidas justamente… pelos sistemas de IA.

Mas, voltando ao Anuário, não é por acaso que a expressão mais frequente nas reportagens e entrevistas que publicamos é, sem dúvida, inteligência artificial. Quer como parte da estratégia de negócios, quer como solução oferecida aos clientes, ou ainda como ferramenta de gestão dos próprios fornecedores de tecnologia.

Capa dos 40 anos do Anuário

J&CiaComo você descreveria o panorama do setor da tecnologia da informação nos últimos anos? E quais são as expectativas e previsões para os próximos? É possível afirmar se o saldo é mais positivo ou mais negativo?

Wilson – Sem dúvida, por tudo o que a gente falou aqui, com todas as ressalvas necessárias – especialmente em relação à segurança das pessoas e à preservação da democracia –, o saldo é positivo.

O exemplo mais claro dos últimos anos foi a revolução provocada pela introdução do 5G, a quinta geração da telefonia celular, que permitiu transformações incríveis em setores como a Internet das Coisas, a automação industrial, os carros conectados, as cidades inteligentes, o agronegócio, a logística, a saúde.

Um último comentário: é muito significativo que esta edição especial do Anuário seja lançada exatamente quando se celebram os 40 anos da redemocratização do Brasil – marco histórico de civilidade e símbolo da esperança de que o País se desenvolva com soberania, educação, maturidade tecnológica, mas, acima de tudo, com o respeito indelegável aos princípios de justiça social para o seu povo.

Conheça os finalistas da edição 2025 do Prêmio Jatobá PR

Prêmio Jatobá PR 2024 bate recorde de inscrições e de participação

Foram divulgados em 30/10 os 185 cases que se classificaram para a disputa dos 55 troféus do Prêmio Jatobá PR, nas 42 categorias regulares e nas 13 especiais. A cerimônia de premiação está marcada para a noite de 1º de dezembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo.

Na atual edição, o Prêmio Jatobá contemplará 12 categorias da vertical Agência-Butique, 12 da vertical Grande Agência, 12 da vertical Organização Empresarial ou Pública, 5 da vertical América Hispânica e 1 focada na COP30. Também serão premiados os cases campeões regionais de Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além dos Cases do Ano e Organizações do Ano, das 4 verticais da premiação.

O jornal Valor Econômico, que está celebrando seu 25º aniversário, receberá da organização o Prêmio Decio Paes Manso de Contribuição à Comunicação Corporativa, pelo apoio que tem dado à atividade, sobretudo com a edição anual da revista Valor Setorial – Comunicação Corporativa.

Interessados em participar da cerimônia de premiação já podem fazer as reservas de lugares ou mesas clicando aqui.

Confira os cases classificados.

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