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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (33)

Por Assis Ângelo

Antes de os portugueses aportarem na nossa costa baiana, habitavam nossas matas, nossas terras, muito mais de cinco milhões de indígenas. A esse número também chegaram africanos e africanas trazidos à força para cuidar dos interesses dos ricos e poderosos aboletados na terra brasilis. Sim, essa mesma terra em que vivemos em nome de Deus e da paz.

O escriba Pero Vaz de Caminha, integrante da frota cabralina, enviou carta ao rei D. Manuel I dizendo das maravilhas que os seus olhos vislumbravam. Referindo-se ao Brasil, escreveu: “…querendo-a [a terra] aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem”.

Tivemos, entre tantos, um escritor cearense da mais alta inspiração: José Martiniano de Alencar (1829-1877).

Alencar é considerado o pai da literatura brasileira. É considerado também o principal expoente do indianismo.

Sobre a temática indianista, José de Alencar escreveu o clássico O Guarani (1857), seguido de Iracema (1865), “a virgem dos lábios de mel”, e Ubirajara (1874).

No romance Ubirajara, o mestre cearense mostra quão valente é o personagem que dá título ao livro. Em luta com uma centena de indígenas de uma tribo inimiga, o herói de Alencar acaba com todos e ganha como prêmio Araci, a filha do cacique. Antes, o imbatível guerreiro vencera e cegara Pojucã, numa briga à toa.

As histórias do Brasil não são poucas e não são poucas as histórias criadas em prosa e verso por nossos intelectuais.

As histórias verdadeiras e inventadas no nosso Patropi ocorreram e ocorrem todos os dias, independentemente do mês.

O bom e velho Machado de Assis falou nos seus textos de tudo ou quase tudo, incluindo temas políticos e religiosos.

Em 1893, Machado escreveu e publicou na coluna A Semana, do jornal Gazeta de Notícias, um dos seus contos mais famosos: Missa do Galo, cujo enredo conta com um jovem chamado Nogueira e o amigo Menezes, casado em segunda núpcias com Conceição.

Nogueira tinha 17 anos e Conceição, 30.

O mocetão Nogueira achava-se hospedado na casa de Menezes. Só que Menezes trabalhava a semana inteira e nos fins de semana ia encontrar-se com uma amante. Todos em casa sabiam disso: dona Inácia, mãe de Conceição, dois escravos e a própria Conceição, que achava natural o que o maridão fazia.

A história desenvolve-se numa noite de Natal e entre Nogueira e Conceição rola um clima…

Machado de Assis escreveu em gêneros diversos incluindo romances, contos e poemas, além de peças para teatro e crônicas para jornais e revistas do seu tempo. Aliás, seu primeiro texto publicado num jornal foi um poema. Tinha 14 anos. Com o passar dos anos, ele tornou público o Soneto de Natal. Este:

 

Um homem – era aquela noite amiga,

Noite cristã, berço do Nazareno –,

Ao relembrar os dias de pequeno,

E a viva dança, e a lépida cantiga,

 

Quis transportar ao verso doce e ameno

As sensações da sua idade antiga,

Naquela mesma velha noite amiga,

Noite cristã, berço do Nazareno.

 

Escolheu o soneto… A folha branca

Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,

A pena não acode ao gesto seu.

 

E, em vão lutando contra o metro adverso,

Só lhe saiu este pequeno verso:

“Mudaria o Natal ou mudei eu?”

 

E por falar em soneto, é do Brasil o autor até agora com o maior número de sonetos escritos. São milhares. Seu nome? Glauco Mattoso, como todo mundo o conhece.

Glauco, de batismo Pedro José Ferreira da Silva, tem publicados em papel e no formato de PDF pelo menos 200 livros. É um tarado. Escreve todos os dias, incluindo feriados, sábados e domingos. É daqueles poetas que não vai dormir com a garganta apertada. Isto é: diz sempre o que quer, no papel e na fala ouvida.

Lá pelos anos de 1970, Glauco já era chamado de poeta maldito. Aliás, essa expressão foi cunhada por Alfred de Vigny (1797-1863), francês, de profissão dramaturgo e poeta. Depois, essa expressão foi popularizada por Paul Verlaine, ao publicar a seleta Les Poètes Maudits (1884).

O detalhe nessa história toda é que Glauco perdeu completamente a visão em 1995, vitimado que foi pelo glaucoma. E para não sofrer demais além da conta, o poeta reinventou-se de todas as maneiras. Trocou até de nome.

No Brasil, atualmente, há pelo menos 1,7 milhão de pessoas portadoras de glaucoma.

Bom, em vez da bandeira de Pedro I, Independência ou Morte, a bandeira de Glauco Mattoso sempre foi Independência e Arte!

Sobre tudo e também sobre o Natal, Glauco escreveu o soneto que aqui segue:

Glauco Mattoso, por Fausto Bergocce

SONETO 925 – NATAL

 

Nasci glaucomatoso, não poeta.

Poeta me tornei pela revolta

Que contra o mundo a língua suja solta

E a vida como báratro interpreta.

 

Bastardo como bardo, minha meta

Jamais foi ao guru servir de escolta

Nem crer que do Messias venha a volta,

Mas sim invectivar tudo o que veta.

 

Compenso o que no abuso se me impôs

(pedal humilhação) com meu fetiche

lambendo, por debaixo, os pés do algoz

 

Mas não compenso, nem que o gozo esguiche,

Masoca, esta cegueira, e meus pornôs

Poemas de Bocage são pastiche.

 

A partir da próxima semana publicaremos neste espaço, inspirado bate-papo que Glauco e eu tivemos. Aguarde, pois valerá a pena.

Ah! Sim: ia me esquecendo de dizer que Glauco é leitor contumaz de Sade, Masoch, Rimbaud e autodeclarado herdeiro intelectual do baiano Gregório de Matos e Guerra, o Boca do Inferno.

100 anos de Rádio no Brasil – Podcast: alcance, formatos e plataformas

(Crédito: LG)

Por Álvaro Bufarah (*)

Um dia você fazia download; hoje talvez espere a TV ou se acomode com o celular – o que importa é que o som continua chegando. O estudo The Podcast Landscape 2025, resultado da parceria entre Sounds Profitable e Signal Hill Insights, marca um ponto de inflexão no universo dos podcasts norte-americanos: a maioria dos adultos consome podcast pelo menos uma vez por mês, o vídeo firma-se como formato complementar e a smart TV surge como uma porta de entrada inesperada para o áudio. Para o mercado brasileiro e global, o dado principal é que o podcast não apenas cresceu – amadureceu.

Segundo o levantamento, 75% dos americanos já consumiram um podcast – praticamente o mesmo patamar, de 74%, em 2024 –, mas pela primeira vez o consumo mensal alcançou 55% dos adultos, e a escuta semanal subiu para 38%. Os ouvintes frequentes (semanais) gastam em média 6,3 horas por semana com podcasts, sendo que 21% deles relatam ouvir mais de 10 horas por semana. Em termos demográficos, a audiência tornou-se mais diversificada: 35% dos ouvintes mensais têm entre 18 e 34 anos, 37% entre 35 e 54 anos, e 28% têm mais de 55 anos.

(Crédito: Soundsprofitable)

Mas talvez a transformação mais significativa seja no formato e na plataforma. Ainda que 59% dos entrevistados esperem que podcast seja “apenas áudio” e 21% “geralmente áudio”, somando as categorias que permitem vídeo (“geralmente áudio, pode ser vídeo”, “pode ser qualquer um”, “geralmente vídeo, pode ser áudio” e “apenas vídeo”) chega-se a +79%. O formato audiovisual no podcast cresce. Na plataforma, o YouTube domina, com 40%, como plataforma primária de consumo de podcast, seguido pelo Spotify (18%) e Apple Podcasts (11%). O smartphone permanece no topo da preferência (34% iPhone, 25% Android), mas a smart TV aparece já como quarto dispositivo mais usado (9%) – e entre os que usam TV, 76% escutam via YouTube.

Esses números delineiam três vetores de reflexão: alcance amplo, formatos híbridos e plataformas além do fone de ouvido.

Quando mais da metade dos adultos diz usar o podcast mensalmente, não se trata mais de nicho. O podcast é mainstream. Essa maturidade dialoga com os dados brasileiros: o estudo Inside Audio 2025 da Kantar IBOPE Media registrou que 92% dos brasileiros consomem algum tipo de áudio digital ou rádio. Isso indica que o Brasil está no trilho dessa trajetória global – e que a formação de público já não é o gargalo, é a consolidação.

O salto do “apenas áudio” para “áudio + vídeo” não é moda – é adaptação. Muitos ouvintes esperam que o podcast ofereça imagem ou pelo menos a opção. Esse movimento é confirmado fora do estudo americano: segundo o relatório Streaming Media Market Report, da Futuresource Consulting, mais de 50% dos podcasts novos em 2025 são lançados simultaneamente em vídeo e áudio, com intenção clara de descoberta e visualização em tela grande. O podcast não é mais só “no fone” – ele entra na sala, no carro, no cowork, no grande painel.

O episódio do YouTube dominando consumo de podcast via smart TV revela uma mudança de paradigma: a televisão conectada vira canal de áudio, o rádio vira app, o streaming vira momento de curadoria. No Brasil, a penetração de smart TV cresce: dados da empresa de análise Omdia apontavam que em 2024 mais de 60% dos lares com banda larga fixa tinham televisor conectado à internet. Isso significa que o “áudio em tela” pode ser ponte para salas de estar, não apenas ouvidos nos fones.

Imagine uma mulher que sai do trabalho, pega o metrô, coloca o celular no bolso – não conecta fones. No corredor do apartamento ajeita o sofá, acende a smart TV, digita no controle de voz “meu podcast de hoje”. A tela acende, rostos no YouTube conversam, o áudio flui, ela se reclina, ouve. O podcast que a acompanhou no trajeto agora a segue para a sala. O smartphone ficou no bolso. O momento se alongou, virou ambiente.

(Crédito: LG)

Para o produtor, para o diretor de conteúdo, para a emissora de podcast, o recado é claro: o ouvinte está onde quiser ouvir – e assistir. A estratégia não é abandonar o áudio puro – é expandi-lo. Ter fone, ter tela, ter voz. E entender que o canal importa menos do que o contexto.

O podcast encontra a maturidade e, com ela, exige mais densidade, mais formatos, mais presença. A pergunta deixa de ser “tem podcast?” para ser “onde ele está, para quem, em qual tela, em que momento?”. E a resposta exige que quem produz não pense apenas em ouvidos, mas em “salas, trajetos, pausas e telas”. O som virou encontro. Ele vive em movimento – e agora na sala.

 

Fontes:

Sounds Profitable & Signal Hill Insights. The Podcast Landscape 2025.

Radio Ink – “Podcasting em maturidade alcança público abrangente e amplia presença multiplataforma” (26 out. 2025).

Kantar IBOPE Media – Inside Audio 2025 (92% dos brasileiros consomem áudio digital ou rádio).

Futuresource Consulting – Streaming Media Market Report 2025.

Omdia – Dados de penetração de smart TV no Brasil (2024).

Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Justiça de SP condena Jovem Pan por desinformação durante as eleições de 2022

Jovem Pan sofre ataque hacker e faz limpa de vídeos no YouTube

A Justiça de São Paulo condenou a Jovem Pan por danos morais coletivos devido às fake news propagadas pela emissora durante as eleições de 2022. Na decisão, a juíza Denise Aparecida Avelar, da 6ª Vara Cível Federal de São Paulo, obriga a Jovem Pan a pagar uma indenização de R$ 1,58 milhão por desinformação e incentivo a atos antidemocráticos. A ação foi protocolada pelo Ministério Público Federal e pela União. Cabe recurso.

Segundo informações do UOL, a juíza entendeu que, durante o período eleitoral de 2022, a Jovem Pan “extrapolou a liberdade de radiodifusão” e que seus principais programas promoviam e estimulavam ataques a autoridades públicas e instituições, além de questionarem a legitimidade do processo eleitoral. Na decisão, a magistrada destacou ainda que, após os resultados das eleições, os comentaristas da Jovem Pan fizeram “discursos de insurreição e apoio à hipótese de intervenção das Forças Armadas”.

“A emissora não teve por intenção suscitar debates críticos”, declarou a juíza. Segundo ela, foi possível detectar um grande modus operandi por parte dos comentaristas da Jovem Pan, que evidenciavam “descrença no processo eleitoral e no regime democrático como um todo”.

Apesar da condenação por danos morais, o pedido para o cancelamento das outorgas de radiodifusão da emissora foi rejeitado. Para a magistrada, apesar da conduta ser grave, a cassação das outorgas seria uma “medida extrema”. Procurada pela reportagem do UOL, a rádio declarou que não comenta questões judiciais.

Prêmio Europa de Comunicação muda resultado após denúncia de plágio

Prêmio Europa de Comunicação muda resultado após denúncia de plágio

A organização do 35º Prêmio Europa de Comunicação, que valoriza e reconhece o trabalho de jornalistas brasileiros sobre turismo na Europa, alterou o resultado da categoria Conteúdo Escrito após denúncia de plágio. O prêmio, inicialmente concedido ao casal de influenciadores brasileiros Deisi Remus e Gui Cury, do site experienciaspelomundo.com.br, foi retirado após uma declaração da blogueira britânica Kirstie Will Travel, que denunciou que o casal havia plagiado integralmente um guia de viagem produzido por ela.

Segundo reportagem do Estado de Minas, Travel afirmou que o casal plagiou um conteúdo publicado por ela em 2024 que mostrava a Rota dos Quadrinhos de Bruxelas, na Bélgica. A blogueira denunciou que os brasileiros não apenas traduziram palavra por palavra para o português, como também incluíram todas as fotos originais e supostamente alteraram algumas delas para apagar a presença de Travel. O post, publicado pelo casal em junho deste ano, não está mais no ar.

A blogueira britânica afirmou ainda que analisou o site do casal e encontrou mais conteúdos produzidos por ela que foram plagiados pelos influenciadores brasileiros. Ela apresentou uma notificação de violação de direitos autorais, e todo o conteúdo copiado já foi removido do site dos influenciadores. A reportagem do Estado de Minas tentou entrar em contato com o casal, mas não obteve resposta.

Após a denúncia, a organização do Prêmio Europa retirou o troféu do casal brasileiro e o concedeu a Marina Vidigal Brandileone, do blog Ideias na mala, pelo guia Fiordes Noruegueses: uma viagem por um dos destinos de natureza mais espetaculares do mundo, sobre passeios na Noruega.

Justiça do DF condena Agência Pública a indenizar Arthur Lira; entidades repudiam decisão

Arthur Lira move ação contra ICL Notícas para retirada de conteúdo

O juiz Leandro Borges de Figueiredo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), condenou a Agência Pública a indenizar o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) por causa de uma reportagem que continha um relato inédito de Jullyene Lins, ex-esposa de Lira, sobre supostos casos de violência doméstica e sexual cometidos pelo deputado contra ela.

Na decisão, o juiz declarou que o exercício da liberdade da Pública foi “desproporcional e indevido”. O magistrado argumentou ainda que a reportagem desrespeitou os direitos de personalidade do deputado ao “reavivar” um fato antigo sobre o qual Lira já havia sido inocentado. Tanto a Agência Pública como Jullyene Lins foram condenadas a pagar R$ 30 mil ao ex-presidente da Câmara dos Deputados.

Em 2016, Lira foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de lesão corporal, e este fato foi registrado na reportagem. Porém, a nova denúncia apresentada não havia sido analisada pela corte. Na matéria, baseada em documentos judiciais e dezenas de entrevistas, a ex-esposa de Lira apresentava novos detalhes sobre a conduta do deputado. O texto, publicado em junho de 2023, foi feito com apuração criteriosa e a Agência Pública entrou em contato com o próprio deputado para incluir sua versão sobre os fatos na matéria, antes da publicação da reportagem.

Um mês após a publicação do texto, Lira entrou com uma ação contra a Pública que a obrigou a retirar o conteúdo do ar. Em mais de uma ocasião, em primeira instância, magistrados foram favoráveis à Pública, afirmando que a reportagem não era ofensiva e permitia aos leitores chegarem “às suas próprias conclusões”. Porém, Lira recorreu da decisão e a reportagem seguiu fora do ar.

A Agência Pública, que apresentou um recurso de apelação, considerou a decisão como um “grave ataque à liberdade de expressão e de imprensa no Brasil” e um “perigoso precedente para o jornalismo e para a própria democracia”.

Entidades defensoras de liberdade de imprensa repudiaram a decisão judicial. Para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), “esse tipo de punição, sobretudo por se tratar de um parlamentar, causa um efeito danoso ao conjunto da imprensa, funcionando como um inibidor do exercício da profissão e do escrutínio público ao qual detentores de mandatos devem ser submetidos”.

Prêmio bstory, de valorização da geração 50+, estreia com dez categorias e 275 indicações

O Prêmio bstory – Experiência que transforma, criado pelo Movimento bstory e que conta, em sua gestão, com o apoio de um Conselho Maestro integrado por 133 executivos de comunicação, reputação, sustentabilidade e áreas afins, iniciou de forma surpreendente sua trajetória, com 275 indicações distribuídas pelas dez categorias em disputa.

Todas elas dizem respeito a iniciativas, organizações ou personalidades com forte atuação em defesa da Geração 50+, da Diversidade e dos desafios da longevidade cada vez mais presente na vida contemporânea.

Integrada pelos próprios conselheiros maestros do Movimento, a Comissão de Julgamento já iniciou seus trabalhos, que se estenderão até o próximo dia 10 de dezembro. Cada um deles terá até 11 iniciativas para julgar, e todas elas serão avaliadas em dez quesitos, recebendo ao menos quatro notas. As três iniciativas de cada uma das dez categorias com as maiores médias integrarão as shortlists e entrarão na disputa pelas medalhas de ouro, prata e bronze.

“Todos os 133 conselheiros foram mobilizados para o julgamento”, diz Paulo Marinho, que lidera, ao lado do irmão Daniel Marinho, o Movimento bstory, em parceria com o Gecom – Grupo Empresarial de Comunicação. “Com um detalhe: não é permitido ao conselheiro votar em iniciativas que ele próprio indicou, regra seguida com rigor pela organização”, explica.

Segundo o calendário estabelecido pelos organizadores, o julgamento encerra-se no dia 10 de dezembro, a apuração será de 11 a 14, a divulgação das shortlists no dia 15 e a cerimônia de premiação está marcada para 2 de fevereiro de 2026, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.

Conheça as dez categorias em disputa:

  1. Empreendedores
  2. Empresas Privadas ou Públicas
  3. Eventos
  4. Influenciadores Sociais
  5. Iniciativas Culturais (literatura, cinema, teatro, artes plásticas)
  6. Iniciativas Digitais (Sites, Blogs, Podcasts/Videocasts)
  7. Iniciativas Educacionais
  8. Iniciativas Jornalísticas (Artigos, Programas, Quadros, Reportagens, Séries, Ilustrações, Quadrinhos)
  9. Instituições da Sociedade Civil
  10. Políticas Públicas

Interessados em apoiar ou em ter informações sobre o Movimento bstory podem enviar mensagem para o e-mail [email protected], aos cuidados de Paulo Marinho.

Tom Almeida e Juliana Dantas lançam guia para ajudar pessoas enlutadas durante as festas de fim de ano

Tom Almeida e Juliana Dantas

Tom Almeida, empreendedor social, ativista e fundador do Movimento inFINITO, sobre envelhecimento, adoecimento, cuidados paliativos, morte e luto, e Juliana Dantas, sócia e diretora de comunicação do Movimento, com passagens por TV Gazeta, Record News e BandNews FM, lançam na próxima semana o Guia para Encarar as Festas de Fim de Ano – Informação e acolhimento para perdas e lutos (e-galáxia).

Tom Almeida e Juliana Dantas

Com linguagem clara e acessível, os autores partem dos próprios lutos e de anos de trabalho com a temática para apresentar ferramentas para atravessar períodos difíceis, especialmente durante as festas de fim de ano.

A orelha foi escrita por Gabriela Casellato, psicóloga clínica e cofundadora do 4 Estações Instituto de Psicologia, com prefácio de Bettina Bopp, autora de Pra quando você acordar e Afetos colaterais, edição de Tiago Ferro, autor de O Pai da Menina Morta, e projeto gráfico de Mika Matsuzake.

A sessão de autógrafos está marcada para as 18h30 de 3/12 na Livraria das Perdizes (rua Bartira, 317), em São Paulo.

Daily Telegraph “sob nova gerência”

Daily Telegraph “sob nova gerência”
Grupo liderado por Lord Rothermere comprou o Daily Telegraph, jornal alinhado à direita (Crédito: Divulgação)

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A venda do jornal britânico conservador Daily Telegraph, anunciada em 22/11, por £ 500 milhões, coloca fim a um longo enredo, que se estende desde 2023, quando o Lloyds Bank confiscou o título devido a uma dívida bilionária dos então donos, os irmãos Barclay. E representa muito mais do que uma transação comercial.

O novo dono é o grupo DMGT, que possui um vasto portfólio de publicações, liderado pelo tabloide de direita Daily Mail. Ele é comandado por Lord Rothermere, um dos descendentes da família que fundou o Daily Telegraph em 1896.

A aquisição é vista como um golpe de mestre. Isso porque, após o confisco em 2023, os irmãos Barclay tinham chegado a recuperar temporariamente a propriedade do Telegraph, pagando £ 1,2 bilhão ao Lloyds.

Em seguida, venderam a empresa para o consórcio RedBird IMI, que nunca exerceu controle direto por falta de aprovação das autoridades regulatórias. O jornal seguiu no limbo, sem “chefe”, comandado apenas pela redação – que não queria o RedBird como novo proprietário.

O fundo capitulou na semana passada, ao ver reduzidas suas chances de aprovação. E deixou o Telegraph de presente para Rothermere, que tinha sido um dos interessados no início, mas ficou pacientemente aguardando os ventos soprarem a seu favor.

Grupo liderado por Lord Rothermere comprou o Daily Telegraph, jornal alinhado à direita (Crédito: Divulgação)

A transferência do controle do Telegraph acontece no contexto de uma inclinação do país para a direita – ou, mais precisamente, para a extrema direita. O partido Reform, do controvertido Nigel Farage, está em primeiro lugar nas intenções de voto nas próximas eleições.

Como a imprensa britânica tem predileção política declarada, a propriedade dos meios de comunicação tem relação direta com eleições. E, no cenário atual, foi lamentada pela esquerda e por meios como The Guardian, diante do risco de contrinbuir para um resultado eleitoral que assombra progressistas e moderados. E de comprometer a pluaralidade da impensa, pilar da democracia.

Os temores não são infundados, mas carregam uma dose de exagero e frustração injustificada, pois não foi um desfecho inesperado. E nem vai mudar tanto assim o contexto atual.

Leia a matéria completa em MediaTalks.


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Esta semana em MediaTalks

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Pelo segundo ano consecutivo, Cláudia Collucci é a +Admirada Jornalista de Saúde, Ciência e Bem-Estar

Pelo segundo ano consecutivo, Cláudia Collucci é a +Admirada Jornalista de Saúde, Ciência e Bem-Estar
Claudia Collucci (Crédito: Jurandir Santana)

O Einstein Hospital Israelita, em parceria com Jornalistas&Cia, realizou na noite desta quinta-feira (27/11) a cerimônia de premiação do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar 2025. Em sua quinta edição, o prêmio elegeu, pelo segundo ano consecutivo, Cláudia Collucci, da Folha de S.Paulo, como a +Admirada Jornalista do País.

“Fico muito feliz com este reconhecimento. O trabalho do jornalismo de saúde é coletivo, preciso agradecer aos meus colegas da Folha que me inspiram diariamente, é uma alegria também estar coordenando nos últimos anos o programa de saúde do jornal, e obrigada ao Einstein também pela parceria. Acredito que hoje, fazer jornalismo de saúde, é ter muita persistência, então parabéns para todos nós que persistimos na busca por informação ética e de qualidade. Vamos em frente”.

Claudia Collucci (Crédito: Jurandir Santana)

Cláudia é agora tricampeã do Prêmio Einstein, pois também ficou na primeira colocação em 2022. Além disso, ela venceu duas vezes o troféu de +Admirada Jornalista da Região Sudeste, em 2021 e 2023, e esteve entre os TOP 3 +Admirados Colunistas de Saúde em três edições anteriores do prêmio.

Ela está na Folha de S.Paulo há quase 30 anos, desde 1997, como repórter especial, à frente de importantes coberturas relacionadas à saúde nacional e global. Também tem atuação na área de pesquisa, com estudos sobre novas tecnologias de saúde em países em desenvolvimento e conflitos de interesses entre médicos, jornalistas e a indústria da saúde.

Neste ano, assim como em edições anteriores, é importante destacar a forte presença de mulheres jornalistas nos TOP 5 +Admirados do País. Em segundo lugar, ficou André Biernath, da BBC News, vencedor da edição do prêmio em 2021 e eleito o +Admirado profissional do Sudeste em 2022. Na terceira posição, fechando o pódio, Chloé Pinheiro, de Veja Saúde e Ciência Suja, que levou para casa também o troféu de +Admirada Jornalista Especializada em Ciência. Completam os TOP 5, pela ordem, Luiza Caires, do Jornal da USP, eleita em duas ocasiões anteriores como a +Admirada profissional especializada em Ciência e que no ano passado ficou em segundo lugar entre os TOP 5 +Admirados do País; e Lúcia Helena de Oliveira, do VivaBem/UOL, figura já conhecida da premiação, que esteve entre os TOP 3 +Admirados Colunistas de Saúde do País em edições passadas.

O prêmio de +Admirado Colunista desta edição foi novamente para as mãos do Dr. Drauzio Varella, da Folha de S.Paulo, que é agora tetracampeão da categoria, com quatro troféus consecutivos recebidos ao longo das últimas edições.

A cerimônia também revelou os jornalistas +Admirados em cada uma das cinco regiões do Brasil: No Centro-Oeste, a vencedora foi Carmen Souza, do Correio Braziliense, estreante no Prêmio Einstein; na região Nordeste, o troféu foi para Cinthya Leite, do Jornal do Commercio, que se tornou tetracampeã da categoria; no Norte, o primeiro lugar ficou com Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica, que pela primeira vez aparece na relação dos +Admirados do setor; na região Sudeste, o vencedor foi Theo Ruprecht, do Ciência Suja, que sempre esteve entre os +Admirados do País; e no Sul, o troféu foi para Sílvia Lisboa, de Intercept Brasil e Fronteira, presente nos TOP 3 da categoria em outras três edições do prêmio.

Entre o veículos, os vencedores foram Agência Brasil, em Agência de Notícias, agora tricampeã da categoria; DrauzioCast, na categoria Áudio, que recebeu o troféu em três edições consecutivas; Folha de S.Paulo, em Jornais e Revistas, pentacampeã do troféu; Fantástico (Globo), em Programa de TV, que recebeu neste ano o seu terceiro prêmio na categoria; VivaBem/UOL, na categoria Site/Portal, agora bicampeão do troféu (venceu em 2021 a categoria Canal Digital); e o Jornal da USP, eleito o +Admirado Veículo Especializado em Jornalismo Científico pelo segundo ano consecutivo.

Assista à cerimônia de premiação na íntegra aqui.

Casimiro Miguel vende sua participação na CazéTV

A LiveMode assumiu a participação de Casimiro Miguel na CazéTV. A empresa, que já detinha 51% do capital, realizou uma reorganização societária, adquirindo os 49% da CMiguel Produções. A notícia é de Rikardy Tooge, no Investnews.

Como contrapartida, Casimiro passa a ter participação na LiveMode Holdings Limited, ou LiveMode Cayman. Os valores da transação não foram revelados, e a operação ainda depende de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Na prática, Casimiro troca a sociedade em um único canal por uma fatia – em percentual não divulgado – de uma holding muito mais abrangente. A LiveMode é uma das principais empresas do País em direitos esportivos, produção digital e transmissões multiplataforma. Criada por Sergio Lopes e Edgar Diniz em 2017, conta com a participação de fundos de investimentos.

A CazéTV foi fundada em 2022, como uma associação entre a CMiguel Produções e a LiveMode Cayman em que cada parte detinha 50% das ações, posteriormente alterada para a ligeira maioria da LiveMode. Tem sede no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, em um prédio próprio de cinco andares, com estúdios e áreas para a equipe.

O início das transmissões, durante a Copa do Mundo do Catar, em 2022, marcou a presença da LiveMode no ambiente digital. Imediatamente, a CazéTV caiu no gosto do público. Assim, após o sucesso da transmissão inicial, a CazéTV adquiriu novos conteúdos e, em 2024, tornou-se o maior canal de esportes da internet brasileira. Detém hoje alguns direitos sobre Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Brasileirão, Copa do Brasil e competições internacionais.

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