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ESPN encerra Futebol 360 e Abel Neto deixa a emissora após sete anos

ESPN encerra Futebol 360 e Abel Neto deixa a emissora após sete anos
Abel Neto (Crédito: Instagram)

O apresentador Abel Neto está deixando a ESPN após sete anos de casa. Com a saída, a emissora vai encerrar o programa matinal Futebol 360, que era comandado pelo jornalista, e deixará a grade de programação no próximo dia 8 de setembro. A ESPN vai anunciar em breve o programa que ocupará a faixa, com foco no digital.

“Essa mudança faz parte do nosso plano de expansão digital, que visa integrar TV e plataformas digitais para oferecer uma experiência mais rica e diversificada aos nossos fãs de esporte”, escreveu a empresa, em comunicado enviado à imprensa. “A ESPN prepara novidades para sua faixa matinal, integrando TV e plataformas digitais em uma estratégia voltada a um público mais jovem e diverso”.

Abel Neto estava no Grupo Disney desde 2018, somando o tempo de ESPN e Fox Sports. Iniciou a carreira no jornalismo esportivo em 1997, no Lance. Foi para a Globo em 2000, trabalhando na TV Tribuna, afiliada da TV Globo em Santos. No mesmo ano, mudou-se para São Paulo e atuou como setorista de futebol, cobrindo o dia a dia das equipes de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Portuguesa.

A partir de 2012, passou a comandar eventualmente a edição paulista do Globo Esporte, na ausência do então titular Tiago Leifert. De 2013 a 2018, esteve à frente do quadro de esportes no Bom Dia São Paulo. Também esteve à frente do Seleção, do SporTV, e do Espaço Esporte Aberto, da GloboNews.

Globo contrata Antony Curti para transmissões da NFL

Globo contrata Antony Curti para transmissões da NFL
Antony Curti (Crédito: Instagram)

O Grupo Globo anunciou a contratação do comentarista Antony Curti, ex-ESPN, que passa a integrar a equipe especializada na cobertura da NFL, a liga de futebol americano. A emissora carioca fechou nessa semana a compra dos direitos de transmissão da NFL a partir da temporada 2025.

Curti trabalhava na ESPN desde 2014. Especializado na cobertura de esportes americanos, atuava como comentarista de beisebol e futebol americano. Eventualmente, comandava o programa ESPN League. Além do trabalho na ESPN, Curti é criador e editor-chefe do site Pro Club Football, focado em futebol americano, desde 2011. É também autor de três livros, incluindo o Manual do Futebol Americano, considerado leitura essencial para fãs e iniciantes na modalidade.

Na Globo, o comentarista deve fazer dupla com o narrador Everaldo Marques, que também tem larga experiência na transmissão da NFL. A emissora carioca exibirá partidas de pré-temporada, os jogos da temporada regular (com destaque para as partidas em horário nobre, o Thursday Night Football e o Sunday Night Football), seis partidas dos playoffs e o Super Bowl LX, a grande final da liga, marcada para fevereiro de 2026. Serão três partidas por rodada, uma às quintas-feiras e duas aos domingos. A estreia será próxima quinta-feira (4/9), com o jogo entre o atual campeão, Philadelphia Eagles, e o Dallas Cowboys. A Globo também transmitirá o NFL São Paulo Game, entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs, em 5/9, na Arena Corinthians.

TOP Mega Brasil homenageia feras da comunicação corporativa de 2025

TOP Mega Brasil homenageia feras da comunicação corporativa de 2025

Em cerimônia para quase 200 convidados na Unibes Cultural, em São Paulo, a Mega Brasil recepcionou na noite desta quarta-feira (27/8) os vencedores da 10ª edição do TOP Mega Brasil, celebrando simbolicamente as feras da comunicação corporativa do País.

Marcado para a véspera da abertura do Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas, no mesmo espaço, o evento contou com a presença da quase totalidade das agências e executivos eleitos TOP 10 Brasil e TOP 5 das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

No primeiro turno de votação foram indicadas mais de 400 agências, classificando-se, para o segundo, 129; e mais de 1.100 executivos, 153 deles passando para o segundo turno. “Só por esses números dá para se ter noção do tamanho da vitória dos colegas e agências eleitos em 2025”, assinala Marco Rossi, diretor da Mega Brasil. Ele também destaca o relevante índice de renovação da premiação, em especial entre os executivos de comunicação corporativa: “Tivemos 19 estreias entre os 35 eleitos (54%). E mesmo na vertical das agências, embora menor, a renovação foi de 14%, com cinco estreias entre as 35 eleitas. Como esperado, as mulheres dominaram a eleição entre os executivos, ficando com 75% das vagas (26 das 35 em disputa)”.

Os vencedores da edição 2025

O Troféu da Onça Pintada, símbolo que homenageia as feras da comunicação corporativa, foi entregue aos três primeiros colocados dos TOP 10 Brasil, que formaram o Pódio Brasil, e aos campeões das cinco regiões. Isso tanto entre os executivos quanto entre as agências de comunicação. Confira!

Pódio Brasil

  • Agências
    • 1ª colocada – Oficina Consultoria
    • 2ª colocada – InPress Porter Novelli
    • 3ª colocada – FSB Comunicação
  • Executivos
    • 1º colocado – Pedro Torres (Gerdau)
    • 2ª colocada – Débora Pratali (Einstein Hospital Israelita)
    • 3º colocado – Eduardo Pedro Silva (EDP)

Região Norte

  • Agência Campeã – Três Comunicação (AM)
  • Executivo – Eunice Venturi – Fundação Amazônia Sustentável – FAS (AM)

Região Nordeste

  • Agência – Comunicativa (BA)
  • Executivo – Daniela Franco Verhine − Vince Airports (BA)

Região Centro-Oeste

  • Agência – Contexto Mídia (MS)
  • Executivo – Rodrigo Corrêa − Bracell (MS)

Região Sudeste

  • Agência – Árvore Comunicação (MG)
  • Executivo – Amanda Brum − Anbima (SP)

Região Sul

  • Agência – V3COM (PR)
  • Executivo – Thaís Pedrazzi − Ânima Educação (RS)

TOP de Ouro

A edição 2025 do TOP Mega Brasil homenageou a agência Martha Becker Comunicação com a outorga do Troféu TOP de Ouro, por sua quinta conquista na Região Sul, vitoriosa que foi nos anos de 2015, 2017, 2018, 2019 e 2024. E teve o anúncio do primeiro TOP de Ouro para o segmento de Executivos, para a comunicadora Daniela Franco Verhine, do Vince Airports (BA), por ter conquistado por cinco vezes o primeiro lugar da Região Nordeste – anos de 2019, 2022, 2023, 2024 e 2025.

O TOP de Ouro é entregue aos executivos ou agências que conquistarem por cinco vezes, consecutivas ou alternadas, o troféu de 1º lugar na mesma categoria (regional ou nacional). E quem o conquista cumpre dois anos de quarentena.

Google virou concorrente direto do jornalismo digital? É o que diz a associação de editores americanos Digital Content Next

Google virou concorrente direto do jornalismo digital? É o que diz a associação de editores americanos Digital Content Next

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Mais uma pesquisa confirma que a era do “clique-zero” já é uma realidade. Segundo levantamento da associação norte-americana Digital Content Next (DCN) publicado na semana passada, o tráfego vindo do Google para sites jornalísticos e de entretenimento caiu 10% entre maio e junho em relação ao mesmo período de 2024.

O estudo saiu dias antes de a Folha de S.Paulo entrar com processo contra a OpenAI por uso não autorizado de conteúdo, juntando-se a veículos como o New York Times, que também está acionando judicialmente a dona do ChatGPT, e o Financial Times, que acaba de processar a Perplexity AI − enquanto outros, como o Washington Post, preferiram assinar contratos de cessão.

Segundo a DCN, empresas não jornalísticas que publicam conteúdo de notícias sofreram mais, com retração de 14%, enquanto as marcas jornalísticas registraram queda de 7%.

O relatório reforça conclusões de estudos anteriores que mostram redução na taxa de cliques sempre que os resumos automáticos feitos por inteligência artificial estão presentes na busca.

O Google, com seu recurso AI Overview, não é o único buscador a oferecer resumos. Mas está no centro do debate por ser o principal caminho para quem quer achar alguma coisa na internet.

Jason Kint, CEO da DCN, afirma que ele deixou de atuar como parceiro de distribuição e passou a ser concorrente direto dos sites que veiculam notícias, retendo a audiência e reduzindo o alcance do conteúdo.

Ele reitera a preocupação geral: esse novo modelo prejudica ainda mais a sustentabilidade do jornalismo digital, levando a menos leitores, menos impressões de anúncios e menos conversões em assinaturas. E compromete a diversidade da informação.

Para a DCN, é urgente estabelecer regras de transparência, opções de opt-out, acordos de licenciamento e regulação das práticas do Google.

Leia mais em MediaTalks.


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Marcelo Bechler retorna ao Brasil e será comentarista da TNT Sports

Marcelo Bechler, que há dez anos atua como correspondente da TNT Sports em Barcelona, na Espanha, está retornando ao Brasil para atuar como comentarista em transmissões esportivas da emissora. Ele também fará parte da programação digital da marca.

“É uma honra fazer parte de um time tão qualificado quanto o da TNT Sports, que tem sido a minha casa há 10 anos, me proporcionando experiências incríveis na carreira. Agora, volto ao Brasil para encarar mais um grande desafio”, declarou Bechler, em nota enviada à imprensa. “Farei o meu melhor para contribuir com as transmissões e a programação da casa, que levam toda a emoção e as informações dos jogos com excelência para o público”.

Como comentarista, Bechler, participará das transmissões de diversos eventos esportivos na TNT Sports, com destaque para os jogos da elite do futebol europeu, a UEFA Champions League e a Supercopa da UEFA. Na TNT Sports desde 2015, o jornalista tornou-se referência na cobertura do futebol europeu, com foco no Barcelona. Em 2017, Bechler deu o furo sobre a saída de Neymar Jr do time catalão rumo ao Paris Saint-Germain. Como correspondente na Espanha, trabalhou também para o jornal Diário Sport. Antes da TNT Sports, chegou a atuar como comentarista na Bandeirantes e no Grupo Globo. Trabalhou também no Lance.

Justiça de Rondônia determina retirada de reportagem de O Joio e O Trigo sobre indústria da carne

Justiça de Rondônia determina retirada de reportagem de O Joio e O Trigo sobre indústria da carne
Crédito: Stijn te Strake/Unsplash

O Tribunal de Justiça de Rondônia determinou que O Joio e O Trigo retire do ar uma reportagem sobre desmatamento e a indústria da carne, publicada em janeiro deste ano. A decisão, de caráter liminar, determinou que o veículo tire o texto de seu site, das redes sociais e de todos os espaços de publicação. O caso corre em segredo de Justiça.

O Joio e O Trigo informou que cumpriu a decisão tão logo foi notificado, retirando do ar a reportagem publicada em 30 de janeiro deste ano. É a primeira vez em sua história que o veículo sofreu uma ação judicial por pessoas mencionadas em uma de suas reportagens.

“Nosso jornalismo prima pela qualidade das apurações, marcadas por um processo de checagem de informação e consulta prévia a advogados no caso de conteúdos sensíveis”, declarou O Joio. “Todas as reportagens levadas ao público são fruto de um acúmulo de expertise na cobertura sobre sistemas alimentares. Para nós, a ação e a determinação de retirada da matéria do ar configuram um cerceamento da liberdade de expressão.
No caso em questão, e como em todas as outras matérias jornalísticas feitas pelo Joio, foram ouvidas todas as pessoas citadas na matéria e dada oportunidade para o contraditório”.
O veiculo declarou que não concorda com a decisão judicial e vai recorrer da decisão.

Começa a eleição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira 2025

Foram definidos os profissionais e veículos finalistas do Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira

Pelo terceiro ano consecutivo, Jornalistas&Cia, em parceria com os sites Neo Mondo e 1 Papo Reto e com a Rede JP – Jornalistas Pretos, promoverá o Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. A iniciativa tem como objetivo reconhecer o trabalho desses profissionais e de veículos que se destaquem na cobertura do tema e na atuação de profissionais negros em suas equipes.

Além de premiar os TOP 50 +Admirados Jornalistas do Ano, a premiação também reconhecerá os TOP 5 mais votados nas categorias Imagem/Vídeo, Veículos Liderados por Jornalistas Negros e Veículos Gerais.

Assim como nas edições anteriores, serão dois turnos de votação. Neste primeiro, de livre indicação, os eleitores podem escolher até cinco candidatos por categoria. Os nomes mais citados classificam-se para o segundo turno, de votação dirigida, em que os eleitores selecionarão seus favoritos ranqueando-os do 1º ao 5º colocado. Para participar, basta acessar o link de votação até 11 de setembro, preencher um rápido cadastro e fazer as indicações.

Evento de premiação será carbono neutro

Uma das novidades desta edição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira será a parceria com a GSS Carbono e Bioinovação, empresa especializada em projetos e comercialização de créditos de carbono, que fará a compensação do evento de premiação, na Câmara Municipal de São Paulo, transformando-o em um encontro “carbono neutro”.

A cerimônia, marcada para 10 de novembro, reunirá jornalistas de todas as regiões do Brasil. Mais uma vez, a iniciativa conta com os patrocínios de Unilever e Uber. Empresas interessadas em associar suas marcas à premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro ([email protected]).

Rafael Colombo apresentará o Conexão GloboNews, no lugar de Daniela Lima

Rafael Colombo apresentará o Conexão GloboNews, no lugar de Daniela Lima
Crédito: Instagram

Rafael Colombo, que até então atuava como repórter em telejornais da Globo em São Paulo, será o novo apresentador do matinal Conexão GloboNews, ao lado de Leilane Neubarth e Camila Bomfim. Ele substitui a Daniela Lima, que deixou a emissora no início de agosto, após dois anos de trabalho. As informações são de Gabriel Vaquer, do F5 (Folha de S.Paulo).

Além do trabalho na GloboNews, Colombo seguirá com um programa na rádio CBN, aos fins de tarde, focado nas notícias de São Paulo. Desde abril, ele trabalhava como repórter de jornais locais da capital paulista. Antes, atuou por 22 anos na Bandeirantes, como apresentador do BandNews, da Rádio Bandeirantes, e de telejornais da emissora em TV aberta. Em 2020, assinou com a CNN Brasil, onde comandou o CNN Novo Dia. Um ano depois, foi para a Jovem Pan, na apresentação do Jornal da Manhã. Chegou ao Grupo Globo em abril deste ano.

Segundo apurou a coluna de F5, o Grupo Globo priorizou a equipe que já estava em casa na escolha do profissional que substituiria Daniela Lima no Conexão GloboNews. A emissora pretende fazer mais mudanças nos próximos meses, incluindo novos cenários e formatos em seus telejornais.

Apuração, checagem de dados, trabalho em equipe e segurança: o cotidiano do jornalista investigativo

Apuração, checagem de dados, trabalho em equipe e segurança: o cotidiano do jornalista investigativo

Foi realizado em 25/8 o quinto encontro do ciclo O Presente e o Futuro do Jornalismo – Insights, em comemoração aos 30 anos do Jornalistas&Cia, em parceria com a ESPM. O evento, na ESPM Tech, em São Paulo, reuniu repórteres, especialistas, lideranças de veículos, veteranos da comunicação e estudantes de jornalismo para debater o trabalho do jornalista investigativo no Brasil.

Participaram Juliana Dal Piva, do Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (CLIP), responsável por grandes investigações, como o podcast A Vida Secreta de Jair, sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em esquema de desvio de salários de assessores do seu gabinete quando era deputado federal; Luiz Vassallo, do Metrópoles, autor da série de reportagens A Farsa do INSS, que revelaram um grande esquema de falsas associações que descontavam irregularmente de aposentados; e Marcelo Soares, da Lagom Data, que há 27 anos trabalha com jornalismo de dados, parte essencial e crucial do trabalho de um jornalista investigativo. A mediação foi de Reinaldo Chaves, coordenador de Projetos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Eduardo Ribeiro (Crédito: Ana Laura Ayub/J&Cia)

Na abertura do evento, Eduardo Ribeiro, diretor do J&Cia e do Portal dos Jornalistas, reiterou a importância do jornalismo investigativo nos dias atuais: “É uma frente essencial da nossa profissão, que exige tempo, coragem e independência para enfrentar interesses de poderosos. Vivemos um momento em que o jornalismo investigativo se fortalece com jornalismo de dados, trazendo novas metodologias, maior alcance, mas ao mesmo tempo enfrentamos também muitos desafios, resistências e ataques que buscam descredibilizar esse trabalho. É neste equilíbrio entre avanço e ameaça que se desenha o futuro da reportagem investigativa, e nada mais importante do que ouvir quem está na linha de frente desse processo”.

Ao longo do evento, os convidados contaram um pouco das apurações e trabalhos investigativos que realizaram, explicando como funciona o dia a dia de um jornalista investigativo, o que fazer para realizar apurações de fôlego, como lidar com eventuais riscos à suas próprias seguranças e com ataques diários em decorrência do trabalho.

Para Juliana, todo jornalismo deve (ou deveria) ter algum tipo de investigação: “Não consigo entender jornalismo sem que esteja aliado a investigação. Às vezes, a mínima apuração de determinada pauta exige uma investigação profunda”. A repórter do Clip destacou que as ferramentas utilizadas pelos jornalistas durante a investigação são muitas, e dependem muito das pautas, do objeto que está sendo investigado.

Outro ponto destacado por Juliana é a importância de ser versátil ao trabalhar como jornalista investigativo: “Antes dessas grandes investigações e apurações focadas em corrupção, trabalhei por muitos anos cobrindo direitos humanos, publiquei recentemente livro sobre o desaparecimento do Rubens Paiva. E a coisa que mais aprendi como repórter é que ele deve ser um grande resolvedor de problemas. Não é porque você nunca fez ou cobriu algo que não pode aprender e até se especializar naquele determinado assunto. Aprendi a investigar na raça, investigando patrimônios públicos, entrevistando pessoas da área, aprendendo no campo, com outros jornalistas que fazem investigações desse tipo − ou seja, você vai encontrando soluções para resolver a sua pauta, ser ‘maleável’, esperto, tem um pouco de tudo”.

A repórter do Clip explicou também que, para além das técnicas e do conteúdo da investigação, é preciso pensar sempre em como os jornalistas e veículos vão apresentar para o público o trabalho que realizaram. É essencial pensar como contar a história, seja podcast, documentário, matéria com imagens, sempre refletir sobre a melhor maneira, o melhor formato de mostrar o conteúdo ao público: “O caso do Silas Malafaia, por exemplo. Resolvemos fazer um grande perfil dele, mostrando trajetória e a vida dele. Quisemos ir além de uma simples checagem ou investigação, queríamos apresentar quem ele é e como se construiu, como fez o dinheiro, o patrimônio que ele tem, envolvimento com a igreja, como botou família inteira nos negócios, criou várias empresas”.

Muitas vezes, pautas que acabam caindo, são abandonadas para sempre pelos repórteres. E Juliana afirmou que isso é um grande erro, pois, às vezes, é possível retomar aquele determinado assunto algum tempo depois, em outro momento, com mais informações à mão: “Não é porque a pauta está arquivada que não servirá para investigações futuras. Às vezes, muda muito repensar tópicos com uma cabeça nova, mais madura, anos depois, com novidades, em diferentes contextos. Nunca tire do radar uma pauta que tem potencial para virar uma grande investigação, mesmo que essa pauta tenha caído há anos”.

Juliana Dal Piva (na tela), Reinaldo Chaves (esq), Marcelo Soares e Luiz Vassallo (Crédito: Ana Laura Ayub/J&Cia)

Luiz Vassallo, responsável por um dos maiores furos do ano, falou sobre o trabalho de investigação para produzir a série de reportagens da farra do INSS. O repórter contou que a pauta caiu em suas mãos por acaso, e que ele não fazia ideia da dimensão que alcançaria no futuro.

“Eu estava de plantão, que é um desespero na vida do repórter. Aí, Fábio Leite, diretor da sucursal do Metrópoles em São Paulo, vinha recebendo denúncias de uma pessoa de seu círculo social sobre descontos estranhos nos vencimentos da previdência social. A entidade que fazia os descontos chamava-se Ambec, e essa pessoa não fazia ideia do que era, Fábio também não; então, ele me acionou. No começo, estava cético com a pauta, pois parecia algo comum, algum tipo de golpe, não sabia o tamanho que seria”.

Vassallo contou que a investigação começou com uma pesquisa rápida e superficial, que, apesar de simples, é essencial e pode ajudar muito como um pontapé inicial em grandes investigações jornalísticas: “Em dezembro de 2023, eu precisava entender o que era essa associação, então procurei o mais básico, fontes abertas, no próprio Google mesmo. E achei um número gigantesco de processos, quase 13 mil processos judiciais contra a Ambec, do País inteiro, nas mais diversas varas judiciais. E os processos eram muito semelhantes, descontos em vencimentos, desconhecimento da entidade etc. Encontrei também problemas de reputação da associação no Google, reclamações, baixas notas de competência. Essa pesquisa inicial me ajudou a identificar que, de fato, algo muito errado estava acontecendo”.

O repórter do Metrópoles foi até a porta da entidade, e encontrou um escritório comercial pequeno, uma sala pequena para o suposto tamanho da entidade. “Foi aí que tive a certeza de que tinha alguma coisa errada. Como pode essa associação, com esse espaço tão pequeno, ter tantos processos. Tinha algo errado, era muito grande para ser tão pequeno”. Vassallo conversou com o advogado de uma das vítimas, que passou ao repórter um processo que mostrava uma disputa pelo controle da associação, que revelou os sócios da Ambec.

“E aí eu dou uma grande dica a vocês: Sempre que encontrarem um personagem em suas investigações, nunca o percam ou tirem do radar. Na pandemia, na época da CPI da Covid, entrei em contato com um personagem peculiar, o empresário Mauricio Camisotti, envolvido em esquema de superfaturamento em vendas de vacinas para a Covid-19. Já naquela época eu tinha percebido que ele seria personagem importante mais para a frente. E, coincidência ou não, descobri que o próprio Camisotti era um dos sócios da Ambec, que estava envolvido na disputa pelo controle da empresa”.

Vassallo contou que o caso teve muitos acontecimentos estranhos, o que de certa forma contribuiu para enriquecer a reportagem. Ele falou sobre uma das condenações da Ambec, na qual a empresa usava áudio modificados e alterados com a voz de aposentados como tentativa de provar que eles estavam cientes e aprovavam os descontos indevidos. Mas os áudios em questão não tinham datas e nem seguiam protocolos-padrão, além de terem evidências claras de edição. Posteriormente, tais áudios foram comprovados como fraudulentos. O repórter também contou sobre a faxineira Maria Inês, funcionária “laranja” da Ambec, tida como presidente da entidade, sendo que ela própria se declarava como auxiliar de dentista.

O repórter do Metrópoles levantou um questionamento importante que permeia toda investigação jornalística: o conflito entre pedidos de acesso a dados via Lei de Acesso à Informação (LAI) versus a possibilidade de ferir a privacidade de pessoas e entidades segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): “No caso da Ambec, eu fiz vários pedidos, pois queria verificar os rendimentos mensais das associações fraudulentas. Fui negado várias vezes, depois recebi respostas incompletas, ou seja, demorou muito até conseguir dados concretos e evidência que fomentassem a pauta. E, de fato, os números eram muito estranhos. A quantidade de associados, por exemplo, cresceu de forma desproporcional. A Ambec tinha cerca de 45 mil associados e em pouco tempo saltou pra 500 mil associados”.

Em resumo, Vassallo reiterou a importância da apuração em grandes investigações. Ir a campo, fazer uma pesquisa prévia, depois ir a fundo nos dados, mexer com planilhas, buscar com fontes, vítimas e seus advogados. Todo esse trabalho foi essencial para a Farra do INSS, e inclusive as reportagens pautaram diversas mudanças e ações em órgãos públicos, incluindo a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

Marcelo Soares, especialista em jornalismo de dados, com mais de 27 anos de carreira dedicados à área, explicou como saber checar e utilizar dados é essencial em toda e qualquer investigação jornalística.

O criador da Lagom Data explicou que um dos pontos mais importantes quando se trabalha com dados, principalmente quando se fala de demografia, é saber analisar, interpretar e ir além dos mapas. Ele usou como exemplo os mapas de intenção de voto nas eleições de 2014. O mapa geral do Brasil, mostrando qual candidato “ganharia” em cada estado, esconde diversas peculiaridades e realidades que só podem ser vistas em nível municipal: “O mapa geral, mostrando intenção de voto por estado, é mentiroso, pois ao analisar estado por estado a situação é diferente. Às vezes, mesmo que, na média, um estado vote mais em determinado candidato, quando olhamos os mapas de intenção de voto por cidade e município daquele mesmo estado, vemos uma pluralidade de outros candidatos que podem ser diferentes daquele que o estado ‘elegeria’. Então, é preciso se atentar às nuances, às realidades de cada contexto, no caso, cada cidade, município”.

Marcelo destacou também o que ele chama de “A arte de sujar os sapatos”, ou seja, ir a campo, não focar só nos dados, para ter dimensão da realidade, do que de fato acontece: “Os dados mostram uma foto antiga da realidade. Eles raramente contam a história inteira. Eles contam uma história de um período específico, não necessariamente correspondem ao que de fato está acontecendo no aqui e agora. Por exemplo, há um tempo, fiz um trabalho sobre informações de serviços essenciais no Rio Grande do Sul. E, segundo dados que pesquisamos, em Jari, não tinha estrada asfaltada, nem escola, nem posto de saúde. Eis que vamos para lá, e adivinhem? Passamos por uma estrada asfaltada, uma escola novinha e bem ao lado um posto de saúde recém-construído. Então, é muito importante valorizar e checar os dados, mas ir a campo, é essencial para justamente comprovar esses dados”.

Para Marcelo, a importância do jornalismo de dados vai além da relevância jornalística, do interesse público, mas é essencial também para salvar vidas. Ele destacou um trabalho que fez durante a pandemia de Covid-19, no começo do período repleto de incertezas e dúvidas sobre comorbidades, contaminação, perfis de pessoas mais suscetíveis a contrair o vírus: “Não sabíamos muito bem o perfil de quem morria. O detalhamento dos mortos e dos pacientes, no começo, era impreciso e de difícil acesso. Então, comecei a verificar dados na base do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), focando nos desligamentos por mortes, quais profissões tiveram excesso de desligamentos por morte nos últimos meses, ou seja, um forte indicativo de mortes por Covid. A ideia era conseguir identificar as profissões essenciais, que não podiam parar durante a pandemia e ficar em isolamento, ou seja, que ficavam mais suscetíveis à contaminação. Esse estudo ajudou muito a mapear melhor os perfis dos mortos e de contaminados pela doença”.

Marcelo abordou a discussão sobre o uso da inteligência artificial no dia a dia dos jornalistas. Ele se diz cético em relação ao assunto, que já foi mais otimista no passado, e que hoje não confia tanto. Para ele, a tecnologia pode ajudar até certo ponto, sempre sob supervisão humana, mas jamais vai substituir o pensamento crítico dos homens: “Confie mais na sua própria inteligência do que nas IAs, pois elas mentem o tempo inteiro. São boas para sugerir títulos, mas para trabalhar com informação, não são boas, pois não têm visão factual. Não consigo confiar nas LLMs. Além disso, não basta ter o resultado, é preciso checar esses resultados gerados por IAs, sempre precisa ter uma previsão humana”. O criador da Lagom Data citou um exemplo cômico (porém preocupante) de uma matéria que trazia dez recomendações de livros para ler no verão, sendo cinco deles inexistentes, criados pela inteligência artificial que foi usada na construção do texto. Aí fica evidente a importância de supervisão humana no uso da IA.

Por fim, os convidados falaram sobre a convivência com ataques no cotidiano dos jornalistas investigativos, e como prevenir esses casos. Para Juliana, vítima de recorrentes ofensas e ameaças em decorrência de seu trabalho, segurança da imprensa é algo essencial e os ataques são cíclicos, de modo a infelizmente sempre voltarem uma hora ou outra: “Há muitas campanhas de ataques, de difamação, xingamentos. E isso mexe com nossa saúde mental, mas, frequentemente, esse tipo de episódio vem com ameaças online, ou seja, vai reverberando na vida prática também. No meu caso, tenho plena consciência de se tratar de um ataque coordenado direcionado a jornalistas mulheres, como também já foram vítimas as colegas Patrícia Campos Mello, Daniela Lima, Vera Magalhães, entre outras. Nunca podemos esquecer também o caso de Elvira Lobato, que sofreu tanto assédio judicial, com processos em diferentes varas e estados, que não conseguia comparecer a todas as audiências”.

A repórter do Clip destacou a importância de impor limites, para cortar “pela raiz” essas campanhas de ataques e difamação contra jornalistas em decorrência de seu trabalho. Juliana explicou que, devido ao estresse, e com tanta coisa para pensar e fazer, muitos jornalistas acabam “deixando pra lá”, mas é muito importante denunciar esses casos e, em momentos extremos, judicializar e processar os autores dos ataques: “Judicializar ataques é incômodo, demora muito, com várias instâncias, quando recorrer da decisão etc. Mas é essencial. E aqui deixo uma dica: uma coisa que fiz muito é enviar notificações extrajudiciais, que são meio que ‘alertas’ para quem faz esses ataques. É uma estratégia, para tentar cortar antes que vire um processo, de modo a evitar desgaste físico e emocional”.

Juliana afirmou que existe uma dificuldade de noticiar violência contra jornalistas, por parte dos próprios colegas da imprensa, e que se essa cobertura fosse melhor realizada seria de grande ajuda para combater essa violência. Para a repórter, deve ser um movimento conjunto entre os profissionais e os próprios veículos jornalísticos: É preciso ter maior organização em termos de estrutura para apoiar os jornalistas em casos desse tipo nas redações.

Outro ponto discutido foi a questão da segurança dos jornalistas, que, para Juliana, deve estar presente desde antes de iniciar a realização da pauta: “Quando começamos a investigação, além da pauta, precisamos pensar nos métodos, o que precisamos para conseguir as informações, e o quanto isso nos expõe do ponto de vista ético e de segurança, tanto minha como repórter, como das fontes, das pessoas que estão em off e precisam estar seguras. É importante pensar sempre nisso: o que vai precisar em termos de segurança. E isso deve crescer até se tornar cultura, algo padrão dentro das redações, de modo que o próprio veículo ajude a pensar com os repórteres envolvidos.

Assista ao debate na íntegra aqui.

Preciosidades do acervo Assis Ângelo: O cego na História (20)

(Crédito: Fausto Bergocce)

Por Assis Ângelo

Eu falo o que falo porque poucos falam assuntos que tais.

Bom seria que tal tema fosse mais vezes abordado nas páginas de livros, jornais e revistas.

Bichinhos domésticos há muito são carinhosamente criados por homens, mulheres e crianças. Principalmente crianças.

Eu ia dizendo e agora concluo que a menina que mandou de presente um gatinho para o velho e bom Machado ficou pra lá de feliz quando dele, do gato, recebeu uma delicada cartinha. Dizia:

 

“D. Alba, Só agora posso pegar na pena e escrever-lhe para agradecer o obséquio que me fez mandando-me de presente ao velho amigo Machado. No primeiro dia, não pude conhecer bem este cavalheiro; ele buscava-me com palavrinhas doces e estalinhos, mas eu fugia-lhe com medo e metia-me pelos cantos ou embaixo dos aparadores. No segundo dia, já me aproximava, mas ainda cauteloso. Agora, corro para ele sem receio, trepo-lhe aos joelhos e às costas, ele coça-me, diz-me graças, e, se não mia como eu, é porque lhe custa, mas espero que chegue até lá.

Só não consente que eu trepe à mesa, quando ele almoça ou janta, mas conserva-me nos joelhos e eu puxo-lhe os cordões do pijama. A minha vida é alegre. Bebo leite, caldo de feijão e de sopa, com arroz, e já provei alguns pedaços de carne. A carne é boa; não creio, porém, que valha a de um camundongo, mas camundongo é que não há aqui, por mais que os procure. Creio que desconfiaram que há mouro na costa, e fugiram. Quando virá ver-me? Eu não me canso de ouvir ao Machado que a senhora é muito bonita, muito meiga, muito graciosa, o encanto de seus pais. E seus pais, como vão? Já terão descido de Petrópolis? Dê-lhes lembranças minhas, e não esqueças este jovem… Gatinho preto.”

 

E não podemos esquecer que o gatinho em questão era de cor preta.

Muitos poetas e romancistas, cronistas e contistas, também, escreveram sobre gatos. Pretos inclusive.

Quem não se lembra do conto O Gato Preto, de Edgar Allan Poe (1809-1849)?

De qualquer modo, não custa refrescar a memória: o protagonista, um jovem amante de animais domésticos, casou-se com uma garota que também amava gatinhos, cachorros etc. Numa hora qualquer, o cara perde as estribeiras e cega um dos seus gatos. A história segue e termina em terrível tragédia.

Poe, como tantas e tantos autores nacionais e estrangeiros, também gostava de gatos e gatas. Sua mulher, Virgínia, adorava Catterina.

Era uma gatinha e tanto, Catterina…

O nosso pernambucano Nelson Rodrigues foi um entre os 11 filhos de seus pais. Cresceu achando que um dia poderia ficar cego. Essa crença lhe veio depois que seus olhos viram um moleque de uns 9 anos cegando um passarinho.

O tempo passou e ele se casou três vezes. A segunda mulher, Lúcia, deu-lhe uma menina que nasceu cega. Por pouco ele não enlouqueceu. Anos depois, num livro de memórias, Nelson conta essa tristeza sob o título A Menina Sem Estrela (1967). Lá pras tantas, lembra:

 

“Uma noite, Lúcia foi internada, às pressas, na Casa de Saúde São José. Parto prematuro….

Tudo aconteceu numa progressão implacável. Daniela nasceu e não queria respirar… Mudaram o sangue da garotinha. E ela sobreviveu.

Lúcia quis ver a filha no dia seguinte. E veio numa cadeira de rodas… Voltou chorando, e dilacerada de felicidade. Também fui espiar Daniela pelo vidro do berçário. Uma enfermeira aparece e me pergunta, risonhamente: ‘O senhor é o avô?’. Respondi, vermelhíssimo: ‘Mais ou menos’. Mais uma semana, Lúcia e Daniele vinham para casa. Tão miudinha a garota, meu Deus, que cabia numa caixa de sapatos.

Dois meses depois, Dr. Abreu Fialho passa na minha casa. Viu minha filha, fez todos os exames. Meia hora depois, descemos juntos. Ele estava de carro e eu ia para a TV Rio; ofereceu-se para levar-me ao posto 6. No caminho, foi muito delicado, teve muito tato. Sua compaixão era quase imperceptível. Mas disse tudo. Minha filha era cega.”

 

O tema gato também não passou batido em Nelson Rodrigues. É dele uma pequena história a que intitulou O Gato Cego. Nesse conto, curtíssimo, ele fala de um jovem que encontrou dificuldade para escolher a profissão que deveria seguir. Os pais queriam que fosse psicólogo. Optou por Veterinária.

Um dia, bateu à porta do consultório uma mulher dizendo-se arrependidíssima por ter cegado um gato preto.

Ao ouvir o que ouviu, o jovem profissional partiu pra cima da mulher e fez com ela o que ela fez com o gato.

Baixa o pano.

O gato de Edgar Allan Poe lutou pra se salvar. Não conseguiu.

O gato de Nelson Rodrigues vingou-se da dona que o cegou.

Agora tem um gato de Stephen King que apronta loucuras inimagináveis. Chegou a uma casa como quem não quer nada. Manhosamente foi mostrando suas garras. Primeiro, matou uma mulher. Depois, outra. E, depois, o cara que cuidava da casa. Foi uma morte bárbara: atirou-se ao rosto da vítima, furando-lhe os olhos.

Refiro-me ao conto O Gato do Inferno.

Tudo isso ao contrário do que bem fazia o gato da menina Alice no País das Maravilhas.

(Crédito: Fausto Bergocce)

Os gatos, como as pessoas, só são iguais no DNA. Tem uns que andam se balançando, outros que, além de andarem se balançando, miam charmosamente chamando para si a atenção de homens, mulheres e crianças. São vaidosos, não é Fausto Bergocce?


Contatos pelos [email protected], http://assisangelo.blogspot.com, 11-3661-4561 e 11-98549-0333

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