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sexta-feira, dezembro 19, 2025

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Projeto de lei paulista compromete carreiras de pesquisadores científicos

Helena Dutra Lutgens

O PLC 9/2025 da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), projeto de lei complementar que visa instituir a carreira de pesquisador científico no estado, tem gerado controvérsias e sido alvo de críticas por parte de associações de cientistas. Elas argumentam que o projeto desestrutura a carreira existente, ao criar “cheques em branco” para o executivo e retirar a autonomia técnica de avaliações, o que poderia prejudicar a ciência paulista. Devido à falta de consenso e ao debate em curso, o projeto foi adiado em votação para permitir o diálogo entre o governo e os pesquisadores.

Nesta entrevista, a dra. Helena Dutra Lutgens, presidente da Associação dos Pesquisadores do Estado de São Paulo (APqC), detalha as objeções da categoria ao projeto. Leia na íntegra:

Portal dos Jornalistas: Como o PLC 9/2025 pode influenciar a capacidade do Estado de responder a emergências sanitárias, climáticas e agrícolas?

Helena Dutra Lutgens: Enfraquece a espinha dorsal da resposta pública. Ao desestruturar a carreira, achatar salários e criar incertezas sobre regime de trabalho e avaliação, o PLC 9/2025 acelera o esvaziamento dos institutos públicos de São Paulo, fonte principal de pesquisas contínuas e de longo prazo, essenciais para reagir a surtos sanitários, eventos climáticos extremos e crises agrícolas. Sem quadros estáveis e sem áreas experimentais ativas, perde-se velocidade, memória institucional e capacidade de ação coordenada.

Portal: Quais riscos existem para a manutenção de acervos científicos, coleções biológicas e bancos de germoplasma?

Helena: São coleções que funcionam como “bibliotecas” da variabilidade genética e do conhecimento acumulado em décadas. O esvaziamento de equipes compromete a curadoria e a conservação desses acervos; e a venda de áreas experimentais, onde muitos desses bancos estão, ameaça diretamente sua integridade e continuidade. Perder esses registros é perder a base sobre a qual novas descobertas se apoiam.

Portal: Há estimativas sobre possíveis perdas de talentos qualificados para outros estados ou países?

Helena: Ainda não há um número oficial consolidado. O que já é nítido é a tendência: achatamento remuneratório e incertezas de progressão desestimulam a permanência e dificultam a atração de novos pesquisadores, ampliando o risco de evasão para instituições com carreiras mais previsíveis. Para se ter ideia da gravidade do quadro, uma bolsa de pós-doc é de R$ 12.550,00, enquanto o reajuste proposta aos primeiros níveis de carreira pelo PLC 9/2025 é de R$ 9.052,47. A carreira se torna desinteressante para o cientista com doutorado.

Portal: Quais impactos o PLC 9/2025 pode ter sobre a autonomia administrativa e científica dos institutos públicos de pesquisa?

Helena: A proposta acumula “pontos vagos” sobre regime de trabalho e avaliação, abrindo espaço para interferências e instabilidade normativa, gerando enorme insegurança jurídica. Autonomia científica exige regras claras, estáveis e baseadas em mérito, exatamente o contrário do que propõe o PLC 9/2025.

Portal: Qual a importância do Regime de Tempo Integral (RDI) para a produção de conhecimento científico?

Helena: O RTI é a condição que garante foco, continuidade e compromisso de longo prazo, a natureza da pesquisa pública. É essa dedicação, ao longo de anos, que permite responder a problemas complexos cujo resultado não é imediato. Além disso, a mudança proposta não está clara. O PLC 09, propõe que troquemos um regime de trabalho definido de forma explicita na lei 125/1975, por um regime que será determinado após a promulgação da lei complementar por um decreto, trazendo imensa insegurança jurídica. Ou seja, é uma viagem no escuro.

Portal: A extinção da CPRTI pode impactar a credibilidade das pesquisas?

Helena: Sim. Sem uma comissão de avaliação estável, técnica e com legitimidade entre os pares, abrem-se brechas para critérios pouco transparentes e para a politização da avaliação. A própria proposta já admite incertezas sobre “como” avaliar e “como” progredir, um terreno fértil para fragilizar a credibilidade. Assim como o novo regime de trabalho, a comissão e o processo de avaliação, não estão claramente estabelecidos no projeto de lei complementar.

Portal: Como a extinção da carreira atual pode afetar a estabilidade e a motivação dos pesquisadores?

Helena: O desmonte da pesquisa pública em São Paulo não é novidade, já acontece de forma velada, há muito tempo. O achatamento salarial, o esvaziamento do quadro funcional dos institutos públicos e pesquisa, a redução de orçamento etc., são indícios claros desse propósito.

Entretanto o PLC 09/2025, desmonta uma carreira sólida, que está completando 50 anos, quebrando a espinha dorsal da carreira.  São mudanças estruturantes que tiram a autonomia da pesquisa pública, justamente o ponto indispensável para a realização de uma investigação científica idônea e isenta desmotiva equipes — com efeito dominó sobre a capacidade de entregar resultados públicos. Essa situação, somada aos demais pontos como o achatamento salarial e indefinição de critérios e falta de recursos financeiros é extremamente desmotivadora e terá como consequência um esvaziamento do quadro de pesquisadores ainda mais acelerado.

Portal: De que forma a nova estrutura proposta altera o processo de ingresso e progressão na carreira científica?

Helena: Ao tornar nebulosos os parâmetros de avaliação e progressão, a proposta desloca a lógica de mérito para um cenário de incerteza. Sem regras claras, o ingresso e a ascensão deixam de ser instrumentos de excelência e passam a ser fontes de insegurança institucional. A proposta também aumente em cerca de 6 anos o tempo para que um recém ingresso   atinja o ápice da carreira, pois eleva de 6 para 18 o número de níveis de progressão.

Portal: Que alternativas poderiam ser adotadas para modernizar a carreira sem comprometer a pesquisa pública e sua função social?

A carreira de pesquisador científico do Estado de São Paulo, completa seus 50 anos, atual e atuante, é uma carreira moderna, totalmente pautada na meritocracia, com um sistema de avaliação que efetivamente valoriza e favorece a evolução científica dos pesquisadores e das instituições de pesquisa.

Os institutos públicos de pesquisa de São Paulo, são amplamente reconhecidos pela classe científica e pela sociedade devido a sua grande contribuição ao processo de desenvolvimento, científico, tecnológico, econômico e social que deram a esse Estado. Para que essas instituições sigam contribuindo, especialmente nesse momento crítico de emergência climática e ambiental, no qual as questões de saúde, meio ambiente e agricultura, formam uma tríade imprescindível, com apenas duas ações de governo, seria possível alavancar barbaramente a carreira e as instituições: a valorização salarial dos pesquisadores e de todo o quadro funcional dos institutos, corrigindo os anos de injustiça sem qualquer correção e o provimento de cargos tanto de pesquisadores quanto das demais carreiras que atuam nessas instituições.


PERFIL

Dra. Helena Dutra Lutgens- Presidente da APqC

Pesquisadora Científica do Instituto Florestal desde 2004, Helena Dutra Lutgens é formada em Ecologia (Unesp), Mestre em Conservação e Manejo de Recursos (Unesp) e Doutora em Ecologia e Recursos Naturais (Ufscar). Antes de entrar para a carreira de pesquisadora, a ecóloga já atuava como servidora pública no cargo de assistente de pesquisa do Instituto Florestal, desde 1994. Suas principais atividades na área da pesquisa pública envolvem Unidades de Conservação, Zonas de Amortecimento, Interpretação da Natureza, Educação Ambiental, Plano de Manejo e Capacitação. No fim de 2023, após dois anos como vice-presidente da APqC, Helena foi eleita presidente da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) para o biênio 2024/2025.

Sobre a APqC

Fundada em 1977, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) representa servidores de 16 Institutos Públicos de Pesquisa do Estado, nas áreas de Meio Ambiente, Agricultura e Saúde. Além de incentivar o desenvolvimento da ciência, como instrumento de transformação socioambiental do Estado de São Paulo, a entidade tem como missão estabelecida em seu estatuto a defesa dos institutos e da carreira de pesquisador científico, criada em 1975, além do patrimônio público ligado à pesquisa, incluindo prédios históricos e fazendas experimentais. A entidade defende a recriação dos Institutos Florestal, de Botânica, Geológico e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), extintos em 2020*.

Os pesquisadores representados pela APqC atuam nos institutos:

Meio Ambiente: Instituto Florestal*, Instituto de Botânica*, Instituto Geológico* (Integram a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, infraestrutura e logística).

Agricultura: APTA Regional, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Biológico, Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca, Instituto de Tecnologia de Alimentos, Instituto de Zootecnia (Integram a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento).

Saúde: Instituto Adolfo Lutz, Instituto Butantan, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Instituto Pasteur, Instituto de Saúde, SUCEN*, Laboratório de Investigação Médica-LIM HC-USP (Integram a Secretaria de Estado da Saúde).

Unesco: metade da população global, mulheres seguem como minoria nas notícias

Crédito: Levi Guzman/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O Global Media Monitoring Project (GMMP) 2025, realizado com apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), divulgado em 5/9, em Bruxelas, revelou que a representação das mulheres na mídia permanece estagnada: elas são personagens ou fontes em apenas 26% das notícias veiculadas globalmente.

O GMMP monitora a presença de gênero na mídia desde 1995. Em 2025, a coleta de notícias que deu origem ao relatório foi realizada em 6 de maio, com participação de comunicadores em mais de 100 países. Eles analisaram o noticiário de veículos impressos, televisão, rádio e plataformas digitais.

O crescimento na representação feminina nas notícias foi de apenas nove pontos percentuais em 30 anos e de apenas dois pontos nos últimos 15 anos.

A presença de mulheres é maior em notícias sobre ciência e saúde (36%), com aumento de seis pontos em relação a 2020.

Já em áreas como política (22%) e economia (25%), os avanços foram modestos.

E houve queda na representação em temas sociais e legais. A participação de mulheres como personagens ou fontes nessa cobertura recuou de 31% para 27%.

O estudo mostra que as mulheres continuam sendo representadas com maior frequência em papéis considerados cotidianos ou secundários: cidadãs comuns, celebridades, donas de casa ou testemunhas de fatos registrados pela imprensa.

A visibilidade como especialistas, porta-vozes ou lideranças é rara, mesmo com maior participação feminina em espaços de poder e profissões de destaque.

Um dado positivo é que jornalistas mulheres assinaram 41% das reportagens analisadas em 2025, avanço importante em relação aos 28% de 1995. Além disso, repórteres mulheres tendem a incluir mais mulheres como fontes: 29% nas reportagens feitas por elas, contra 24% nos textos assinados por homens.

Leia mais sobre a pesquisa em MediaTalks.


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Lúcio de Castro é o novo colunista do Lance

Lúcio de Castro é o novo colunista do Lance
Lúcio de Castro (Crédito: Divulgação/Lance)

O Grupo Lance anunciou a contratação de Lúcio de Castro, jornalista investigativo esportivo, que chega para integrar a equipe de colunistas do veículo. Ele assinará textos semanais sobre os bastidores do esporte e as relações de poder que o cercam. Lúcio também fará reportagens especiais.

“Chego ao Lance! com a mesma fome do primeiro dia de carreira. Na verdade, bem maior. Com a mesma vontade, convicções e princípios. Da única maneira que conheço de viver esse ofício: a ‘paixão insaciável’ a qual Gabo se referiu. Se não for para ser assim, não vale. E num momento rico do Lance!, em que ele amplia o olhar para muito além do campo e bola. E é esse olhar que atravessa as quatro linhas que quero sendo a alma da coluna”, declarou Lúcio, sobre o novo desafio profissional.

Formado em História e Jornalismo, Lúcio trabalhou em Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, O Globo, TV Globo, SporTV e ESPN, sempre focado na cobertura de bastidores do esporte e trazendo reportagens sobre o que está “por trás das cortinas”. Em 2012, na ESPN, dirigiu o documentário Memórias do Chumbo – O Futebol nos Tempos do Condor, sobre a ligação entre o futebol e as ditaduras militares do continente sul-americano nas décadas de 60, 70 e 80, em Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Em 2016, fundou a Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo.

Ao longo da carreira, venceu importantes prêmios jornalísticos, como o Gabriel García Márquez (2013), o Vladimir Herzog (2012), o Imprensa Embratel (2003, 2004, 2006 e 2014), além de reconhecimentos internacionais, como o Prêmio Ibero-Americano da agência Unicef/EFEm (2003) e o Festival de Milão de Cinema (2013).

Mais de 900 jornalistas latino-americanos foram forçados a buscar exílio em outros países, diz relatório

Mais de 900 jornalistas latino-americanos foram forçados a buscar exílio em outros países, diz relatório
Crédito: Leon Overweel/Unsplash

Cerca de 913 jornalistas de 15 países latino-americanos entre 2018 e 2024 foram forçados a buscar exílio em outros países em busca de melhores condições de vida e de trabalho, e para proteger suas vidas, sua segurança e a de suas famílias. Os profissionais tentam reconstruir suas carreiras, mas muitos deles acabam abandonando a trajetória jornalística.

As informações são do relatório Vozes Deslocadas: Radiografia do exílio jornalístico latino-americano 2018-2024, realizado por Programa de Liberdade de Expressão e Direito à Informação da Universidade da Costa Rica, Organização Fundamedios e Cátedra UNESCO em Comunicação e Participação Cidadã na Universidade Diego Portales do Chile, com apoio da UNESCO.

Segundo o relatório, Venezuela, Nicarágua e Cuba são os países dos quais mais jornalistas fogem, representando 92% dos deslocamentos na América Latina. Os países que mais recebem jornalistas deslocados são Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Espanha e México. E os países onde não foram identificadas saídas forçadas de jornalistas são Brasil, Belize, Costa Rica, Panamá, República Dominicana, Porto Rico e Uruguai.

A pesquisa apontou que as duas principais razões para o exílio dos jornalistas são perseguição política e ameaças do crime organizado ou de atores corruptos. O estudo foi realizado através de entrevistas com organizações, pesquisas digitais e grupos focais com jornalistas no exílio. Os organizadores do relatório afirmam, porém, que os número de profissionais deslocados deve ser ainda maior do que os detectados.

“Muitos jornalistas não reportam sua saída a nenhuma organização, e os Estados não mantêm um registro das pessoas que saem ou das pessoas que entram. O fato de 15 países terem expulsado jornalistas pelo simples fato de fazerem seu trabalho revela que as democracias na América Latina estão passando por um processo bastante significativo de erosão”, declarou Óscar Mario Jiménez, coordenador de pesquisa do relatório.

Reportagem da LatAm Journalism Review abordou os dados do relatório e entrevistou jornalistas exilados como Víctor Manuel Pérez, que chegou à Costa Rica em agosto de 2018, fugindo da Nicarágua devido à investida da ditadura de Daniel Ortega contra a imprensa; e Diobert Tocuyo, que deixou a Venezuela e chegou ao Chile em 2018, em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Leia a reportagem aqui.

E confira os dados completos do relatório aqui.

Ricardo Kotscho receberá Prêmio IREE de Jornalismo pelo conjunto da obra

Ricardo Kotscho receberá Troféu Audálio Dantas
Ricardo Kotscho (Crédito: Brasil de Fato/YouTube)

Ricardo Kotscho, hoje colunista do UOL, receberá em dezembro o Prêmio IREE de Jornalismo pelo Conjunto da Obra, concedido pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE). Criado em 2020, o prêmio expressa a contribuição do instituto com a liberdade de informação e opinião, pilares do regime democrático.

Segundo o IREE, a categoria Conjunto da Obra é atribuída a profissionais “que contribuíram de maneira inconteste para que a imprensa livre exerça seu papel no País. Os seus 61 anos de atividade espelham os valores que nosso instituto pretende celebrar: excelência técnica, compromisso com a ética, a democracia, as liberdades e os direitos humanos”.

Foram contemplados anteriormente nessa categoria Elio Gaspari, Fernando Gabeira, Orlando Brito (in memoriam), Evandro Teixeira e Ruy Castro. O jantar de entrega será em 11 de dezembro, em São Paulo.

II Prêmio Nacional de Jornalismo do Judiciário anuncia vencedores

II Prêmio Nacional de Jornalismo do Judiciário anuncia vencedores
Crédito: Luiz Roberto/TSE

Foram anunciados os trabalhos vencedores do II Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário – Direitos Humanos, Cidadania e Tecnologia. As reportagens homenageadas foram anunciadas em cerimônia realizada no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF). O objetivo da premiação é incentivar e valorizar trabalhos jornalísticos sobre o papel do Judiciário na promoção da cidadania, dos direitos humanos e da justiça social.

O prêmio tem dois grandes eixos temáticos: Direitos humanos, cidadania e meio ambiente e Inteligência artificial, inclusão digital e desinformação. Os três primeiros colocados em cada categoria dos eixos temáticos receberam R$ 5 mil, além de troféus e certificados.

Confira a seguir a lista completa dos vencedores:

Eixo temático 1 – Direitos humanos, cidadania e meio ambiente

Jornalismo escrito

Gigante pela própria imundice (Portal Metrópoles) – Isadora Teixeira Rodrigues Nogueira e Igo Estrela

Jornalismo de vídeo

Convenção de Haia – Mães em Luta (GloboNews) – Jerusa Campani e equipe

Jornalismo de áudio

Abrigos de recomeços (O Tempo Podcasts) – Núbya Mara da Silva Oliveira

Fotojornalismo

Amazônia vira líder mundial em emissão de gases de efeito estufa (O Globo) – Cristiano Mariz

Jornalismo regional

Tenentes-coronéis deram ordens para série de assassinatos (Jornal do Commercio – PE) – Raphael Guerra Chaves

 

Eixo temático 2 – Inteligência artificial, inclusão digital e desinformação

Jornalismo escrito

Série de reportagens: Delegado que investiga Bolsonaro relatou ameaça uma semana após indiciá-lo e outras (UOL) – Mateus Magalhães Cordeiro Coutinho, Letícia Casado e Rafael Neves

Jornalismo de vídeo

Eleições sem filtro (TV Brasil) – Marieta Cazarré e equipe

Fotojornalismo

Consequências (Folha de São Paulo) – Gabriela Biló

Jornalismo regional

Projeto Eleições 2024 – Ética e Cidadania no Voto (Rádio POP/Fundação Nossa Senhora Aparecida) – José Eduardo de Souza

 

A categoria Jornalismo de Áudio não registrou inscrições no Eixo Temático 2.


Últimas semanas para inscrições ao Prêmio Jatobá PR

Prêmio Jatobá PR 2024 bate recorde de inscrições e de participação

Faltam menos de 20 dias para o encerramento das inscrições para a edição 2025 do Prêmio Jatobá PR. O prazo final é 30 de setembro.

Este ano a premiação conta com 42 categorias, sendo 12 exclusivas para Grandes Agências, 12 para Agências-Butique, 12 para Organizações Empresariais e Públicas, 5 para América Latina/América Espanhola e 1 dedicada à COP30, aberta a todo o mercado.

Além das categorias regulares, o Jatobá premia Cases do Ano e Organizações do Ano, nas quatro verticais, e Cases Regionais, abrangendo as 5 regiões do País. São, no total, 55 troféus a serem entregues na noite de 1º de dezembro, no jantar de premiação, que será novamente realizado no Renaissance Hotel, em São Paulo.

No início desta semana, o Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom) divulgou a Comissão de Julgamento escalada para analisar os trabalhos de 2025, com 102 jurados, sendo 64 mulheres e 38 homens; e 76 profissionais de São Paulo e 26 de outras regiões. Em relação às atividades que exercem, 23 são das áreas de comunicação das empresas, 24 de grandes agências, 18 de agências-butique, 23 de outras instituições (mercado, academia e redações) e 14 consultores independentes. Confira aqui.

Inscrições: clique aqui.

Imprensa enfrenta restrições na cobertura na Câmara dos Deputados

Imprensa enfrenta restrições na cobertura na Câmara dos Deputados

A newsletter semanal Cartas Marcadas, do Intercept Brasil, denunciou nesta semana uma série de restrições que os jornalistas estão enfrentando para atuar na cobertura da Câmara dos Deputados. O texto, produzido pelo editor Paulo Motoryn e pelo repórter Thalys Alcântara, trouxe detalhes de como o deputado federal Hugo Motta, está criando barreiras físicas para limitar o trabalho de jornalistas e blindar sua atuação como presidente da Câmara dos Deputados.

No final de agosto o parlamentar já havia criado um corredor exclusivo com cavaletes para que caminhasse isolado dos jornalistas, além de montar um cercadinho para distanciá-los da cobertura de reuniões. As medidas rompem o direito de os jornalistas circularem livremente dentro da Câmara, impedindo que a imprensa questione os parlamentares sobre as pautas da casa.

A limitação teria ocorrido depois que Motta foi questionado pelo repórter Maniel Marçal, do Metrópoles, sobre um esquema de “rachadinhas” que funcionaria dentro de seu gabinete. O deputado ignorou as perguntas do repórter, que chegou a ser empurrado com truculência por seguranças para longe do parlamentar.

Na semana passada, uma barreira de seguranças também foi criada para impedir que a imprensa se aproximasse – e perguntasse, por exemplo, sobre o avanço da pauta da anistia.

Ainda sobre a Cartas Marcadas, a newsletter lançada há menos de três meses já enfrenta seu primeiro processo de censura. Por decisão do juiz Felipe Agrizzi Ferraço, da 2ª Vara Cível da Comarca de Imbituba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a plataforma foi obrigada a remover o conteúdo de sua edição de 12 de agosto. “A reportagem censurada envolve pessoas que ocupam cargos como servidores públicos na elite do funcionalismo público federal”, explica Paulo Motoryn. “Ela foi feita como manda o jornalismo: com base em documentos oficiais, dados públicos, apuração em campo e entrevistas – inclusive com a pessoa que pediu a censura à justiça”.

Jornalistas de São Paulo fazem paralisação nesta quarta-feira (10/9)

Jornalistas de jornais e revistas de SP fazem paralisação nesta quarta-feira (10/9)

Profissionais de jornais e revistas de São Paulo realizaram nesta quarta-feira (10/9), das 16h às 18h, uma paralisação contra o descumprimento de acordos relacionados a reajustes salariais negociados na Campanha para a categoria na capital paulista.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP), profissionais de Editora Globo/Valor Econômico, Estadão, Folha e Editora Abril aderiram à paralisação. Em comunicado, a entidade afirmou que as empresas jornalísticas demonstraram “enorme intransigência em negociar reivindicações absolutamente justas e razoáveis da categoria”.

A entidade explicou ainda que, na semana passada, em decisão unilateral, as direções dos veículos realizaram uma antecipação dos reajustes salariais, desconsiderando o processo de negociação estabelecido nos últimos meses: Jornalistas com salários até R$ 13 mil receberam reajuste pela inflação, de 5,2%, enquanto profissionais com vencimentos acima desse valor tiveram aumento fixo de R$ 700. O SJSP informou que a decisão, considerada um “golpe” contra a negociação, foi amplamente rejeitada pela categoria.

Demissões no Estadão em meio à negociação

O SJSP e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informaram que o Estadão demitiu ao menos três profissionais às vésperas da paralisação. As entidades exigirão a revogação imediata das demissões: “As alegações dos patrões de que tais cortes de pessoal são necessários para que a empresa consiga ‘bancar’ financeiramente o modesto reajuste antecipado pelo sindicato patronal para desmobilizar a categoria (que se resume à reposição da inflação do período) são falsas e inconsistentes: não convencem ninguém”.

Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar define finalistas

Prêmio Einstein: Mais uma semana para votar no 1º turno

Foram definidos os finalistas do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem-Estar 2025. Em sua quinta edição, a iniciativa do Einstein Hospital Israelita, com organização deste J&Cia, tem como objetivo valorizar e reconhecer o trabalho de profissionais e publicações que atuam na cobertura desses temas, tão essenciais para a sociedade.

Com a conclusão do primeiro turno, 112 jornalistas e 72 veículos seguem na disputa, agora, para figurarem entre os +Admirados do Ano em suas respectivas categorias. Destes, 66 profissionais concorrem a uma vaga entre os TOP 25+ Admirados Jornalistas, 60 disputam as categorias regionais e 24 as especiais (Colunista e Jornalista Especializado em Ciência). No total, 33 jornalistas estão na disputa em mais de uma categoria. Já entre as publicações, 72 disputarão uma vaga entre os TOP 3 mais votados nas categorias Agência de Notícias, Áudio (Programa de Rádio/Podcast), Jornais e Revistas (Impresso ou Digital), Programa ou Quadro de TV, Veículo Especializado em Saúde, Veículo Especializado em Jornalismo Científico e Site/Portal. Na segunda fase, que tem início nesta terça-feira (9/9) e segue aberta até 19 de setembro, os eleitores poderão selecionar, do 1º ao 5º colocado, seus profissionais e publicações favoritos em cada categoria. Cada posição renderá uma pontuação, seguindo a ordem de 100 pontos para o 1º colocado, 80 para o 2º, 65 para o 3º, 55 para o 4º e 50 para o 5º.

O resultado final será obtido da soma dessas pontuações e definirá, além dos TOP 25 +Admirados Jornalistas do Brasil, os TOP 3 +Admirados profissionais e veículos nas demais categorias. Na cerimônia de premiação, marcada para 27 de novembro, serão anunciados os jornalistas e veículos vencedores em cada uma das categorias, além dos TOP 5 +Admirados Jornalistas do País. Para participar do segundo turno, basta acessar a cédula de votação e preencher um rápido cadastro.

Confira a lista completa dos finalistas.

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