O empresário e ex-primeiro-ministro de Portugal Francisco Pinto Balsemão morreu em Lisboa em 21/10, aos 88 anos, devido a um câncer.
Nascido em Lisboa, começou a trabalhar desde cedo na imprensa, assumindo o cargo de secretário de redação do Diário Popular em 1963. Dez anos depois, em 1973, fundou o semanário Expresso, um dos principais jornais da mídia de Portugal, que ganhou destaque durante a redemocratização do país. Ele também criou o canal SIC, o primeiro privado do país.
Após a Revolução dos Cravos, em 1974, fundou o Partido Popular Democrata, atual Partido Social Democrata (PSD). Tornou-se primeiro-ministro em 1981, preparando o país para ingressar na Comunidade Europeia e foi sucedido por Mário Soares. Em 1992, de volta à iniciativa privada, fundou a SIC (Sociedade Independente de Comunicação). Seu canal jornalístico, SIC Notícias, começou a operar em 2001.
O presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa decretou luto oficial de dois dias.
(*) Colaboração de Lena Miessva, jornalista e profissional de comunicação, de Portugal
A Folha de S.Paulo informou que Lívia Marra, editora-adjunta de Home, assumiu interinamente em 21/10 o cargo de secretária de Redação da publicação. Ela entra na vaga de Roberto Dias, que pediu desligamento do jornal, onde estava desde 1997, tendo nesse período exercido diversas funções. “Como integrante do comando da Redação, com rigor e ânimo incansável, ajudou o jornal a fazer sua transição digital. A Folha deseja boa sorte a ele em sua nova etapa profissional”, destacou o comunicado assinado pelo diretor de Redação Sérgio Dávila.
Roberto Dias (Crédito: LinkedIn)
Em um novo momento de sua carreira, Roberto deixa o dia-a-dia das redações e segue para a área corporativa, onde a partir da próxima segunda-feira (27/10) passará a atuar como diretor executivo da FSB em São Paulo, reportando-se ao diretor-geral Marcelo Montenegro.
Lívia Marra (Crédito: LinkedIn)
“A chegada do Roberto reforça o compromisso da FSB Holding em combinar talentos internos e novas experiências — uma mistura essencial para sustentar o crescimento acelerado da empresa”, destacou Alexandre Loures, sócio-controlador e líder da área privada na FSB Holding. “Trazer profissionais com vivências diversas amplia nosso olhar, gera aprendizado para todos e fortalece ainda mais a nossa capacidade de inovar”.
A Federação Internacional de Jornalistas Agrícolas (IFAJ, na sigla em inglês) anunciou em 18/10, durante o congresso da entidade realizado este ano em Nairóbi, no Quênia, os vencedores do IFAJ Star Prize 2025. Entre os trabalhos destacados pela iniciativa, uma das mais importantes dedicadas à cobertura do agronegócio no mundo, estão dois brasileiros, ambos contemplados com medalha de prata em suas categorias.
Com a reportagem Crédito de carbono chega à pecuária, publicada na edição de julho de 2024 pela revista DBO, Ariosto Mesquita ficou com a segunda colocação na categoria Impresso. Já em Cultura Rural, o prêmio foi para Leandro Fidelis, da revista Conexão Safra, pela reportagem Uma revolução verde capixaba, publicada em junho de 2024.
Ambos os profissionais são filiados à Rede Agrojor, que integra a lista de associações ligadas à IFAJ. “A conquista de Ariosto Mesquita e Leandro Fidelis no Star Prize 2025 mostra que o talento e a qualidade do jornalismo agro brasileiro já são reconhecidos lá fora”, destacou Vera Ondei, presidente da Rede Agrojor. “Agora é hora de ampliarmos essa presença, inscrevermos nossos trabalhos, participarmos dos congressos e mostrarmos ao mundo a força da nossa produção”.
O sexto encontro do ciclo O presente e o futuro do Jornalismo – Insights, que J&Cia realiza em comemoração aos seus 30 anos, em parceria com a ESPM-SP e que fechará a série, debaterá o tema Democracia sob espreita. A proposta é trazer reflexões sobre Os desafios da imprensa diante da ascensão e do protagonismo da extrema direita. Onde estamos errando e onde estamos acertando?
O debate, em 27 de outubro, das 9h30 às 12h30, na ESPM Tech (Rua Joaquim Távora, 1240, Vila Mariana, São Paulo), terá a participação de Carla Jimenez (UOL), Leão Serva (consultor e escritor) e Ricardo Gandour (ESPM/R.Gandour Estratégia e Comunicação), com moderação de Verónica Goyzueta (ESPM, Vocentro e Porvir). Inscrições gratuitas aqui, mas com vagas limitadas.
Os convidados
Carla Jimenez
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com extensão em Finanças (FIA-USP), Carla Jimenez é colunista do UOL, onde também ocupou o cargo de editora-chefe de Política entre dezembro de 2023 e agosto de 2025. Foi diretora e editora-chefe do jornal El País no Brasil (2013-2021) e cofundadora do portal Sumaúma Jornalismo (2022). Foi colunista de política na CartaCapital e no The Intercept Brasil (2022). Especializou-se na cobertura de macroeconomia e negócios em veículos como O Estado de S. Paulo, Agência Estado, IstoÉ Dinheiro, CanalRh, PEGN e revista Época. Apaixonada pelo Brasil, onde vive desde criança, nasceu em Santiago do Chile.
Leão Serva
Jornalista e escritor, ex-diretor de Jornalismo e correspondente da TV Cultura em Londres (2019-25), Leão Serva foi secretário de Redação e diretor de Marketing da Folha de S.Paulo e participou da equipe de criação do iG (Internet Grátis) e do jornal eletrônico Último Segundo. Teve passagens pelos jornais O Estado de S.Paulo, Lance e Diário de S.Paulo e pela revista Placar. Mestre e doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, fez pesquisa doutoral no Warburg Institute (School of Advanced Studies, Unversity of London). Atualmente realiza pesquisa em pós-doutorado no Departamento de Antropologia da USP. Colaborou com o projeto Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado. É autor de diversos livros, como Jornalismo e Desinformação (Ed. Senac), A Fórmula da Emoção na Fotografia de Guerra (Ed. Sesc) e Um Tipógrafo na Colônia (Casa Matinas). Professor de Ética Jornalística na ESPM-SP, acaba de ser eleito como um dos 100 +Admirados Jornalistas Brasileiros (Jornalistas&Cia).
Ricardo Gandour
Engenheiro civil pela USP-São Carlos, jornalista pela Cásper Líbero, mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e Visiting Scholar na Columbia Journalism School, Ricardo Gandour foi editor e diretor de publicações na Folha, diretor de publicações na Editora Globo, diretor executivo no Diário de S.Paulo, diretor de conteúdo do Grupo Estado e diretor de jornalismo da Rede CBN. É membro dos conselhos de Instituto Palavra Aberta, Instituto TornaVoz e do Columbia Global Center Brazil. É professor de jornalismo na ESPM e diretor fundador da RGandour Estratégia e Comunicação, que presta consultoria a entidades e instituições. Escreveu Jornalismo em retração, poder em expansão – A Segunda Morte da Opinião Pública (Summus Editorial).
Verónica Goyzueta
Peruana de nascimento, Verónica Goyzueta trabalha há quase 30 anos como correspondente internacional no Brasil, escrevendo sobre política, economia, cultura, Amazônia e meio ambiente para diversos veículos, como dos grupos Dow Jones, Financial Times e Vocento (Espanha). Foi editora no Brasil da revista AméricaEconomia, coordenadora do Amazon Rainforest Journalism Fund no Pulitzer Center e presidente da Associação dos Correspondentes de São Paulo (ACE) ao longo de uma década. Organizou os livros Guerra e Imprensa e O Brasil dos Correspondentes. É professora de jornalismo da ESPM, correspondente do ABC da Espanha e foi cofundadora do portal Sumaúma.
O grande poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) deixou uma obra enorme, em todos os sentidos.
Ainda na adolescência costumava escrever dois a cinco poemas diariamente.
Com a idade de 15 ou 16 anos, Neruda publicava seus escritos em periódicos da sua terra, em capítulos.
Em 1923, o mestre chileno das letras estreava no mundo da poesia com o livro Crepusculário. Nesse livro se acha o soneto Velho Cego, Choravas. Ei-lo:
Pablo Neruda (Crédito: Elfikurten)
“Velho Cego, choravas quando a tua vida
era boa, quando possuías nos teus olhos o sol:
mas se o silêncio já chegou, o que é que esperas,
o que é que esperas, cego, desta maior dor?
Em teu rincão pareces menino nascido
sem pés para a terra e sem olhos de mar
e como os animais dentro da noite cega
– sem dia e sem crepúsculo — cansas de esperar.
Porque se conheces o caminho que leva
em dois ou três minutos para a vida nova,
velho cego, o que esperas, que podes esperar?
E se pela amargura mais dura e destino,
animal velho e cego em caminho e tino,
eu que tenho dois olhos saberei te ensinar”.
Neruda andou por nossas plagas entre 1945 e 1954, ciceroneado pelo bom baiano Jorge Amado. E não custa dizer que, ao contrário do argentino Jorge Luis Borges (1899-1986), detestava poderosos de direita. E ao contrário de Neruda, que era declaradamente comunista, Borges que tinha especial admiração por poderosos fardados, desenvolveu toda a sua literatura sem a visão dos olhos. É dele o poema Um Cego. É muito bonito:
Jorge Luis Borges (Crédito: Elfikurten)
“Não sei qual é a face que me fita
Quando observo a face de algum espelho;
No seu reflexo espreita-me esse velho
Com ira muda, fatigada, aflita.
Lento na sombra, com as mãos exploro
Meus invisíveis traços. O mais belo
Fulgor me atinge. Vi o teu cabelo
Que é já de cinza ou é ainda de ouro.
Repito que perdi unicamente
A superfície sempre vã das coisas.
O consolo é de Milton e é valente,
Mas eu penso nas letras e nas rosas,
Penso que se pudesse ver a cara
Saberia quem sou na terra rara”.
O mestre argentino tinha entre seus leitores o conterrâneo que virou papa: Francisco.
Outro grande poeta que findou seus dias cego foi o inglês John Milton (1608-1674).
John Milton (Crédito: gravura de Jacob Houbraken, 1741)
John Milton escreveu muita coisa bonita em línguas diversas: latim, italiano, inglês, francês, alemão etc. Entre seus escritos poéticos se acha Paraíso Perdido, de 1667, no qual há um embate entre Deus e o diabo.
Ainda não foi dito, creio, que o nosso Machado de Assis se inspirou em Milton para escrever o conto A Igreja do Diabo, de 1884. Tanto numa como na outra obra, o diabo acaba onde sempre deveria ou deverá estar: no Inferno.
É em Paraíso Perdido, poema desenvolvido em 10.565 versos brancos, que se lê a famosa frase: “É melhor reinar no inferno do que servir no Céu”.
Atenção, meus amigos e amigas, alerto: o Milton a quem nos referimos é o Milton nascido e crescido na Inglaterra. Enfim, lá na terra dele chegou a ser preso político por criticar a monarquia. Detestava esse tipo de governo. E, por defender o que defendia politicamente, pagou caro: seus direitos foram cassados, inclusive o da profissão que exercia como professor.
O mais importante épico poético na língua inglesa de Shakespeare foi feito por John Milton e nasceu de modo ditado quando já estava completamente cego.
Quem diria que a velha pergunta “você ouviu o episódio?” ganharia uma continuação tão natural quanto estranha: “ou… assistiu?”. O movimento, que começou discreto, virou correnteza. Em 2025, podcasts de duas, três, cinco horas ocupam telas de TVs e celulares como se sempre tivessem sido feitos para isso. A questão, como provocou o Castnews ao ecoar uma reportagem do New York Times, é menos “por que tanto vídeo?” e mais “quem está vendo tudo isso — e como está vendo?”
A resposta, por enquanto, é híbrida. Em abril de 2025, um estudo da Cumulus Media com a Signal Hill Insights mostrou que quase três quartos dos consumidores de podcast reproduzem vídeos de podcasts (muito frequentemente minimizados ou em segundo plano), contra cerca de um quarto que fica só no áudio. Aproximadamente 30% admitem deixar o vídeo rodando enquanto trabalham e apenas “dão olhadelas” quando algo prende a atenção — uma escuta visual por osmose. A preferência, portanto, não é binária; é situacional. E vale para várias idades, não apenas para a Geração Z. Em números, o áudio ainda é o modo principal de consumo, mesmo com o avanço do vídeo. Ou seja: assistimos… ouvindo.
Do lado das plataformas, a virada é oficial. Em fevereiro, o YouTube celebrou 1 bilhão de pessoas/mês consumindo podcasts por lá — um marco que reposiciona a plataforma como o “canal de TV” da podosfera, especialmente porque o consumo migrou para a sala de estar: mais de 1 bilhão de horas por dia na TV e centenas de milhões de horas de podcasts assistidas nos televisores por mês. O resultado: patrocínios e formatos passam a exigir componente de vídeo com mais frequência, e o feed se comporta como grade — com recomendação, clipes, cortes e “programas de entrevistas” que lembram a TV a cabo de outrora.
No Spotify, a trilha é semelhante. Em meados de 2024, já havia 250 mil podcasts em vídeo, com 170 milhões de usuários tendo visto pelo menos um; quase 70% dos que consomem vídeo por lá o fazem “em primeiro plano”. Em 2025, a plataforma reforçou a remuneração de vídeos de criadores, sinalizando aposta de longo prazo no formato e acirrando a disputa com o YouTube. Se antes o podcast vivia no bolso e no fone, agora ele ocupa a TV da sala — e disputa a mesma atenção de séries e jogos.
O retrato não é só de crescimento; é de mudança de gramática. A narrativa longa, de estúdio simples, contraria o culto do clipe de 15 segundos — e, ainda assim, encontra público. Parte assiste de verdade; parte “ouve com a tela ligada”. É por isso que a estatística engana quando não esclarece o que conta como visualização (30 segundos? Metade do programa? Clipes recortados?). O próprio levantamento mencionado pelo Castnews alerta: há um abismo entre acompanhar quatro horas de Lex Fridman e ver dezenas de cortes no TikTok e no Shorts. A mesma etiqueta (“view”) guarda comportamentos muito diferentes.
(Crédito: ageimagem)
Nessa crônica audiovisual, três peças estão se encaixando:
Descoberta e alcance: o YouTube empurra podcasts como empurra músicas e vídeos; o algoritmo sugere, a audiência responde, e os cortes virais “reabastecem” o funil. Daí a sensação de que podcasts viraram televisão de baixo custo: cenários simples, conversas longas, carisma no centro. A Wondery (Amazon) não esconde a previsão: mais programas sobre comida e viagens — categorias queridas de anunciantes — ganham tração justamente porque o vídeo “mostra” o que o áudio apenas evoca.
Hábito de consumo: o multitasking manda. O mesmo ouvinte ora assiste ativo, ora minimiza a janela e volta ao puro áudio. Na média, 58% ainda tratam podcast como áudio (mesmo em players de vídeo), e a maioria usa além do YouTube uma segunda plataforma favorita (Spotify ou Apple). A onipresença em telas não matou a intimidade do fone; apenas a colocou sob luz.
Economia e produção: vídeo profissional encarece a barreira de entrada e pressiona criadores menores — um dos temores relatados por produtoras que fizeram escola no formato narrativo em áudio. Ao mesmo tempo, para quem já tem público, o vídeo abre novas janelas (literalmente) e diversifica receita. A sala de estar voltou ao jogo — e com ela os CPMs de “tela grande”.
E a crítica? Ela passa por clareza de métricas e pluralidade de formatos. Se tudo passa a ser contabilizado como “view”, corremos o risco de julgar o ecossistema por uma régua que ignora o valor do escutar sem ver. A força do podcast sempre esteve em permitir que a vida siga — trânsito, cozinha, treino, trabalho — enquanto histórias nos acompanham. Ira Glass, guardião de uma estética que o vídeo não substitui, lembra o óbvio que esquecemos: “Há poder em não ver”. O audiovisual amplia; não precisa substituir.
Ao fim, o podcast virou televisão… sem deixar de ser rádio. O público escolhe quando precisa de companhia na tela e quando só quer uma voz no ouvido. Para quem produz, a lição é dupla: explorar o vídeo onde ele soma (descoberta, distribuição, patrocínio) e proteger o coração sonoro do formato (roteiro, edição, ritmo, proximidade). Para quem mede, o desafio é separar clipe de capítulo, play de atenção, tela acesa de ouvido presente. Sem isso, confundiremos barulho com escuta — e audiência com ausência.
Fontes
Castnews — “Do áudio ao vídeo: quem está assistindo a todos esses podcasts?” (21 jul. 2025), com base em reportagem do The New York Times e dados de Cumulus/Signal Hill. CASTNEWS
Cumulus Media & Signal Hill Insights — Podcast Download: Spring 2025 (relatório e release). Confirma que áudio segue modo principal de consumo e detalha hábitos de “assistir ouvindo”. Cumulus Media +1
YouTube (Tim Katz) — “Drop the Mic: 1 Billion Monthly Podcast Users on YouTube” (26 fev. 2025). Marco de audiência e posicionamento da plataforma para podcasts. blog.youtube
Bloomberg — “A Billion People Are Watching Podcasts on YouTube Every Month” (26 fev. 2025). Cobertura do marco e contexto competitivo. Bloomberg
The Verge — cobertura de living room e TV: “YouTube is now even bigger on TVs than phones” (2025) e “400 million hours of podcasts watched on TVs monthly” (2024).
A Escola de Dados, programa mantido pela Open Knowledge Brasil, anunciou em 17/10 os vencedores do Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados 2025. Promovido em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a iniciativa homenageia Cláudio Weber Abramo, um dos pioneiros no jornalismo de dados e transparência pública no Brasil, falecido em 2018.
“O Prêmio Cláudio Weber Abramo é mais do que um reconhecimento. É um encontro entre profissionais, ideias e propósitos que ajudam a manter o jornalismo vivo, inovador e relevante”, destacou Thays Lavor, coordenadora da Escola de Dados, durante a cerimônia.
Com o Projeto Escravizadores, que neste ano já havia conquistado a categoria Jornalismo de Dados e Infografia do Prêmio SIP, a Agência Pública faturou desta vez o prêmio de Investigação. Participaram do projeto Ana Alice De Lima, Babak Fakhamzadeh, Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Bruno Penteado, Catarina Bessel, Danilo Queiroz, Darlene Dalto, Ester Nascimento, Ethieny Karen, Fernanda Diniz, Leandro Aguiar, Leticia Gouveia, Lorena Morgana, Mariama Correia, Marina Dias, Matheus Pigozzi, Matheus Santino, Patricia Junqueira, Pedro Ezequiel, Rafael Custodio, Rafael de Souza Oliveira, Raphaela Ribeiro, Raquel Okamura, Renata Cons e Romeu Loreto.
Em Inovação e Experimentação o troféu ficou com o Aos Fatos pelo especial Check-Up, produzido por Bianca Bortolon, Bruno Fávero, Milena Mangabeira, Rhenan Bartels e Yvna Sousa.
Além dos quatro prêmios principais, a Comissão Julgadora do prêmio concedeu uma Menção Honrosa para o portal Metrópoles, pelo trabalho Tentáculos da máfia chinesa.
“Hoje celebramos não apenas os trabalhos excepcionais do jornalismo de dados, mas a resiliência e dedicação de toda uma classe de profissionais que diariamente transformam a realidade, dando a números tom, forma e contexto; construindo conhecimento a partir de dados; e municiando a cidadania com informação”, acrescentou Haydée Svab, diretora-executiva da Open Knowledge Brasil.
O Instituto AzMina completa, em 2025, dez anos de atuação em prol da igualdade de gênero, da informação de qualidade e da tecnologia a serviço das mulheres e pessoas LGBTs. Para marcar a data, a organização realiza o Festival AzMina: 10 Anos Sonhando Feminismos, no dia 1º/11, das 14h até às 20h, na Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94, República), em São Paulo.
O evento reunirá jornalistas, ativistas, pesquisadoras e artistas em uma programação gratuita que inclui painéis, oficinas, performances e um show de encerramento. Durante todo o evento, o público poderá visitar a feirinha com produtos e publicações da Lojinha AzMina, El Cabriton, Ubu Editora e Grupo Editorial Record. Confira a programação completa:
14h às 15h | Painel 1 – Resistindo à ofensiva moral sobre o aborto com Bárbara Barboza(Oxfam Brasil), Marcello Medeiros (Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde) e Simony dos Anjos (Rede de Mulheres Negras Evangélicas) mediação: Joana Suarez (AzMina)
14h às 15h30 | Oficina – Escrevivência: nossas histórias, nossos textos com Natália Sousa (do podcast Para dar nome às coisas)
15h às 15h30 | Performance Artística e Poética com Mel Duarte(escritora, poeta e compositora)
15h30 às 16h30 | Painel 2 – Primavera feminista: das hashtags às novas formas de falar sobre gênero no Brasil com Ana Flor (mestranda em educação), Carolline Sardá(comunicadora) e Débora Baldin (comunicadora popular) mediação: Marília Moreirae Helena Bertho (AzMina)
16h às 17h | Oficina – Representar para resistir: colagem e design como ferramentas de luta com Giulia Santos e Kath Puri (AzMina)
17h às 18h30 | Painel 3 – Hackeando a desigualdade: um papo sobre tecnologias feministas + lançamento QuitérIA com Fernanda Martins (Doutora em Ciências Sociais), Iana Chan (CEO da Programaria) e Veronyka “Travahacker” Gimenes (Associação Código não binário) mediação:Ana Carolina Araújo (AzMina)
19h às 20h | Show de encerramento com Samba das Minas
A entrada para os painéis será gratuita, tendo que reservar somente os ingressos para as oficinas pelo link. Saiba mais no instagram da Revista Azmina.
Uma edição histórica – e não poderia ser diferente. Para celebrar seu décimo aniversário em grande estilo, o prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças apresenta, neste especial, os jornalistas e veículos preferidos nestas áreas, na opinião de profissionais de Comunicação de todo o País.
E não faltaram novidades. Entre os destaques da edição comemorativa chamou a atenção a grande renovação entre os profissionais homenageados, que representaram 43,6% dos eleitos. Estreiam em 2025: Alex Akira Peixoto (Varejo S.A./CNDL), Alexandre Versignassi (InvestNews), Ana Luiza Serrão (O Povo), Bia Azevedo (Seu Dinheiro), Bruna Damasceno (Diário do Nordeste), Camille Bocanegra (InfoMoney), Camille Lima (Seu Dinheiro), Darlan Alvarenga (IstoÉ Dinheiro), Edgard Matsuki (EBC), Eduardo Cucolo (Folha de S.Paulo), Elisa Calmon (Broadcast/Agência Estado), Fábio Turci (Times Brasil | CNBC), Isabela Rovaroto (Exame), Jasmine Olga (Forbes), Laelya Longo (Valor Investe), Layane Serrano (Exame), Leo Branco (Exame), Lucas Amorim (Exame), Marcelo Torres (Times Brasil | CNBC), Márcio Rodrigues (Broadcast/Agência Estado), Mitchel Diniz (Exame), Nathália Larghi (Valor Investe/Valor Econômico), Vinícius Pinheiro (Money Times) e Wellton Máximo (Agência Brasil).
Além disso, a seleção dos tradicionais TOP 50 +Admirados Jornalistas do Ano foi ampliada provisoriamente para reconhecer o trabalho dos 55 jornalistas mais votados na eleição. “Foi uma edição muito disputada, com pontuações mínimas separando quem entraria ou não entre os TOP 50”, explica Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora, que publica este J&Cia e organiza a premiação. “Por isso, depois de avaliarmos os resultados finais, optamos por conceder mais cinco vagas entre os premiados de 2025. Além de reconhecer o trabalho de qualidade destes profissionais, também teremos um evento de premiação ainda mais recheado de grandes talentos”.
Entre os veículos a renovação foi um pouco menor, mas ainda significativa, chegando a 30% dos vencedores. As novidades foram a Agência Brasil, em Agências de Notícias; De Frente com CEO (Exame), em Áudio; CNN Brasil Money e ICL Notícias, em Canal de Vídeo; Abertura de Mercado e ICL Mercado e Investimentos, em Programa Especializado; e Jornal GloboNews e Live CNN, em Telejornal Geral.
Outra novidade foi a criação do troféu especial Hors Concours, que será entregue a Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg em reconhecimento às respectivas trajetórias profissionais, à presença deles sempre com destaque nos +Admirados e à celebração do décimo aniversário da premiação.
Miriam, vale lembrar, é a maior vencedora do prêmio, com cinco títulos (2016, 17, 18, 19 e 22), um deles inclusive dividido com o próprio Sardenberg (2019), que por sua vez tem outros quatro troféus de segundo colocado (2016, 17, 18 e 22). Ambos também acumulam diversos troféus em outras posições ou conquistados pelos veículos em que atuam.
E tem ainda uma outra novidade a destacar, o local da premiação. Após realizar todas as edições no Renaissance Hotel (exceção ao período de pandemia), o prêmio vai pela primeira vez para um espaço ainda mais charmoso e personalizado, que tem recebido alguns dos mais importantes eventos da cidade, o Bisutti Cardoso de Melo (Av. Dr. Cardoso de Melo, 1283 — Vila Olímpia, São Paulo), que tem na decoração, no atendimento e na gastronomia alguns de seus pontos altos. Um diferencial que marcará ainda mais essa celebração.
Na cerimônia de premiação, marcada para 24 de novembro, em São Paulo, além dessas homenagens especiais, serão anunciados os TOP 10 +Admirados Jornalistas do Ano e os vencedores nas categorias Agência de Notícias, Áudio, Canal de Vídeo, Jornal, Programa de TV/Webtv, Revista,Site/Portal e Telejornal Geral.
Neste ano comemorativo, o Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças conta com patrocínios de APqC, BTG Pactual, CNseg, Deloitte, Febraban e Grupo Nexcom; apoio de Honda, Press Manager e PressID; além do apoio institucional do IBRI e apoio de divulgação da 2Live.
Vladimir Herzog (Crédito: Wilson Ribeiro/Instituto Vladimir Herzog)
O assassinato do jornalista Vladimir Herzog no Doi-Codi, em São Paulo, ocorrido em 25 de outubro de 1975, completa nesta semana 50 anos. Entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa realizam uma série de ações em homenagem à vida e ao trabalho do jornalista.
No sábado (25/10), às 17h, será realizada uma caminhada coletiva em homenagem a Vlado, com início na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque) até a Catedral da Sé, que será palco, a partir das 19h, do ato 50 Anos por Vlado – Ato Inter-religioso em Homenagem a Todos os Familiares de Mortos e Desaparecidos.
O evento reunirá lideranças religiosas, políticos, artistas, amigos e familiares de Vlado e de outras vítimas da ditadura. O evento, aberto ao público, está sendo organizado por Comissão Arns e Instituto Vladimir Herzog. Estão previstas manifestações inter-religiosas de Dom Odilo Pedro Scherer, da reverenda Anita Wright (filha de Jaime Wright) e do rabino Ruben Sternschein, além de apresentações musicais e a exibição de vídeos especiais, como a leitura de uma carta de Zora Herzog, mãe de Vlado, pela atriz Fernanda Montenegro.
Vale lembrar que, na próxima sexta-feira (24/10), Jornalistas&Cia circulará uma edição especial sobre os 50 anos do assassinato de Vladimir Herzog, relembrando os acontecimentos e trazendo o depoimento de personalidades que viveram aqueles tristes momentos da ditadura militar no Brasil. O especial será liderado por Carlos Carvalho, ex-presidente executivo da Abracom.
SJSP apresentará ação judicial por danos morais coletivos contra jornalistas na ditadura
Ainda como parte das ações em memória de Vladimir Herzog, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) realizará na próxima terça-feira (28/10), às 10h30, uma coletiva de imprensa para apresentar uma ação judicial por danos morais coletivos que moverá contra a União e o estado de São Paulo em razão das violações aos direitos humanos de jornalistas ocorridas durante a ditadura militar.
Na coletiva, Raphael Maia, coordenador jurídico do SJSP, e Bruno Talpai, advogado especializado em Justiça de Transição, explicarão os fundamentos jurídicos e o objetivo da ação, que visa a fazer justiça e responsabilizar os culpados pelos crimes cometidos contra jornalistas durante o período militar, em movimento de reparação histórica coletiva da categoria.