A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou em 31/5 versões em inglês e espanhol do relatório Monitoramento de Ataques a Jornalistas: relatório 2023. Lançado em março, o projeto traz números relativos ao cenário brasileiro da liberdade de imprensa, que aborda questões como violência política online e de gênero em 2023.
De acordo com os dados coletados pela pesquisadora Rafaela Sinderski, 2023 apresentou 330 ataques, uma queda de 40,7% em relação a 2022, último ano do governo Bolsonaro, que teve 557 ataques.
As versões em diferentes idiomas visam ampliar o acesso às informações sobre a liberdade de imprensa no Brasil para outros países. O relatório também inclui um capítulo dedicado ao projeto Violência de Gênero contra Jornalistas, que identifica, registra e classifica casos de violência explícita de gênero contra profissionais da imprensa.
O 11º Prêmio Sebrae de Jornalismo prorrogou suas inscrições até a próxima segunda-feira (10/6). Segundo a organização do prêmio, a decisão de adiamento foi tomada devido às tragédias climáticas em várias partes do País, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, entre outras localidades. Com quase 2 mil inscrições em 2024, o Prêmio Sebrae de Jornalismo reconhece e incentiva trabalhos jornalísticos sobre o universo do empreendedorismo.
O prêmio tem quatro categorias principais: Texto, Áudio, Vídeo e Fotojornalismo. Neste ano, a novidade é a categoria especial Jornalismo Universitário, que premiará a produção jornalística no âmbito acadêmico por estudantes de Jornalismo de todo o País. Os vencedores nacionais de cada uma das categorias concorrerão ao Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo.
Podem ser inscritos em todas as categorias trabalhos veiculados de 5 de junho de 2023 a 2 de junho de 2024. No caso da categoria de Jornalismo Universitário, só serão aceitos trabalhos publicados em veículos laboratoriais de universidades, em formato de texto, áudio, vídeo ou foto. Cada profissional pode inscrever até no máximo três trabalhos.
As reportagens inscritas devem abordar o universo do empreendedorismo. A organização do prêmio sugere temas como produtividade e competividade, inovação e startups, inclusão produtiva e sustentabilidade, transformação digital, políticas públicas e legislação, estímulo ao consumo nos pequenos negócios, e acesso a crédito.
Faleceu em 26/5, em sua residência em São Bernardo do Campo, vítima de enfarte, aos 69 anos, Anselmo José Ferreira da Silva, fundador e diretor da agência Unit Comunicação.
Ao longo de sua trajetória, dirigiu também as agências Plenarte e Arte Plena, especializadas em publicações empresariais, principalmente no ABC Paulista.
Fez parte de um grupo de jornalistas que teve atuação relevante na cobertura das greves dos metalúrgicos do ABC nos anos 1970 e 1980, da qual também fizeram parte, entre outros, Róbson Moreira, Roberto Baraldi, Alzira Rodrigues, Margarete Acosta, Helena Domingues, Sonia Nabarrete, Osmar Mendonça, José Aparecido Miguel e Germano Oliveira. Foi casado duas vezes e deixa a filha Marília, hoje vivendo na Alemanha.
Sérgio Spagnuolo, do Núcleo Jornalismo, começou em fevereiro a trabalhar como consultor de projetos de inovação no International Press Institute (IPI), com a tarefa de gerenciar programas voltados a estratégias e negócios para organizações de imprensa.
IPI é uma organização global, voltada para a promoção e proteção da liberdade de imprensa e o aperfeiçoamento das práticas jornalísticas. Foi fundada em 1950 por 34 editores de 15 países, na Universidade de Columbia, EUA. Atualmente, tem acordos com ONGs internacionais para o monitoramento da liberdade de imprensa e violações da livre expressão em todo o mundo.
Spagnuolo continua como diretor no Núcleo Jornalismo – voltado para notícias e opinião sobre redes sociais –, mas agora atua principalmente no desenvolvimento institucional e escrevendo artigos. Ele afirma: “Essa nova função reflete uma vontade antiga de me dedicar mais a projetos para ajudar o empreendedorismo no jornalismo”.
Neste domingo (2/6) será realizada a 28ª Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, na capital de São Paulo. O evento, maior do mundo em sua categoria, contará com 16 trios elétricos, além de shows e outras atrações. Entre os destaques, está o Camarote Solidário, criado pela Agência de Notícias da Aids. Realizado desde 2002, o Camarote Solidário arrecada doações de alimentos para ONGs que atuam em prol de pessoas que vivem com HIV/Aids. Em 2023, a iniciativa arrecadou cinco toneladas de alimentos, que beneficiaram 11 instituições.
Além da arrecadação de doações, neste ano o Camarote Solidário contará com uma equipe da farmacêutica MSD que distribuirá material informativo a respeito da prevenção contra o HPV (papilomavírus humano), uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e incidentes no mundo, e que atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil. O vírus do HPV pode ser transmitido via contato direto com pele e mucosas infectadas, sendo mais comuns as transmissões durante sexo vaginal, peniano, anal ou oral.
O Camarote ficará aberto das 12 às 18h, no Parque Mario Covas, de onde os convidados poderão assistir à parada em espaço privilegiado. O evento terá transmissão via canais da Agência de Notícias da Aids em YouTube, Facebook e TV Agência Aids.
Nem inteligência artificial, nem cortes de verba, nem liberdade de imprensa: de acordo com a edição 2024 do relatório State of the Media, que acaba de ser publicado pela Cision PR − o que mais preocupa jornalistas continua sendo a desconfiança do público na imprensa.
E os efeitos da crise de sustentabilidade financeira da indústria sobre as redações, que em anos recentes apareciam em segundo lugar entre as preocupações sob uma perspectiva setorial, cederam espaço para a necessidade de adaptação para as mudanças na forma de consumir notícias, embora a falta de recursos lidere entre os problemas que mais afetaram os entrevistados em nível individual.
O estudo State of the Media examina anualmente as percepções de jornalistas sobre a atividade e sobre relacionamento com assessores, dando elementos para construir relações sólidas a partir do entendimento da realidade das redações.
No início deste ano, a Cision havia apresentado os resultados de outra pesquisa concentrada nesse relacionamento. No State of the Media o foco é ampliado, abrangendo as questões setoriais da indústria. Foram ouvidos em janeiro e fevereiro mais de 3 mil jornalistas de América do Norte, Europa e Ásia.
Ao serem perguntados sobre o maior desafio do jornalismo em 2023, 42% dos entrevistados apontaram “manter a credibilidade como fonte de notícias confiável e combater acusações de fake news“, a exemplo do vinha ocorrendo em anos anteriores.
Quase empatada vem a necessidade de o setor alinhar-se ao comportamento do público consumidor de informação, com 41% dos votos. Em seguida, com distância considerável (36%), aparece a falta de pessoal e de recursos.
Em 2023, a deficiência de estrutura ocupava o segundo lugar entre os problemas do ecossistema de mídia. O terceiro era a diminuição das receitas publicitárias e da circulação, que agora figura em quarto lugar na lista de preocupações setoriais.
A inteligência artificial foi mencionada como desafio setorial, mas apenas em 6º lugar, citada por 26% dos jornalistas entrevistados − que talvez não tenham percebido ainda o impacto que as mudanças na busca do Google terão sobre o jornalismo.
Antes dela emergiu outro temor mais imediato: a competição com influenciadores e criadores de conteúdo − dentre eles jornalistas que deixaram as redações para criar newsletters, podcasts e canais no YouTube.
Quando a pergunta mudou para o que mais afeta os profissionais diretamente, 6 em cada 10 apontaram o enxugamento e os recursos reduzidos. O segundo problema é associado: equilibrar a necessidade de fazer matérias importantes com a pressão para impulsionar os negócios. A disputa com a desinformação online ocupa um importante 3º lugar − 33% dos entrevistados a mencionaram.
Se no passado jornalistas de redação ficavam distantes do que se passava no comercial e achavam que seu trabalho seria medido pelo impacto social, hoje a realidade é outra.
Segundo a pesquisa da Cision, o número de “furos” aparece em um nada honroso quinto lugar na lista do que os jornalistas acham que as empresas em que trabalham consideram métricas de sucesso − 20% o citaram. Ganhar prêmios vem em seguida, com 19%.
No topo está o engajamento, incluindo tráfego de link interno gerado, inscrições em newsletters, interações sociais e tempo de permanência. Foi citado com o métrica número um por 47% dos entrevistados.
Gerar links para fontes de receita (assinaturas e publicidade) aparece em seguida, apontado por 33%. E compartilhamento, que leva tantos jornalistas a batalharem por atenção nas redes sociais, vem em terceiro, mencionado por 24%.
Por isso, estar nas redes não é uma opção. Apenas 3% dos participantes da pesquisa da Cision disseram que não a utilizam no trabalho. Dos que as utilizam, 77% o fazem para promover conteúdo, enquanto 63% interagem com o público diretamente.
Diante desse contexto, a expectativa dos jornalistas de que os assessores entendam seu público e ofereçam pautas que interessem a ele não é apenas intolerância ou má-vontade, e sim uma necessidade para atender aos desafios de uma indústria transformada.
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Eleito na última semana entre os TOP 30 +Admirados Jornalistas da Imprensa do Agronegócio, Jhonatas Simião deixou o Notícias Agrícolas, onde foi repórter e editor nos últimos três anos, para assumir o cargo de coordenador de conteúdo da agtech mineira Seedz, empresa de soluções tecnológicas e dados para o agronegócio.
Ele chega em um momento de estruturação do setor, que no começo do ano ganhou o reforço da CMO Gabriela Viana (ex-Xiaomi, Google e Adobe) e em abril contratou a gerente de Conteúdo e Marketing Danielle Geneolle Carrion.
Com mais de uma década de experiência, Simião teve passagens pela comunicação do Instituto Agronômico de Campinas e pela consultoria Datagro, além de trabalhos como freelancer para empresas do setor. Ele passa a atender pelo [email protected].
Zileide Silva é a vencedora da primeira edição do Prêmio Glória Maria de Jornalismo, concedido pela Câmara dos Deputados ao profissional cujo trabalho ou ações mereçam especial destaque no jornalismo brasileiro. O resultado da votação, feita pela Mesa Diretora da Casa, foi anunciado em 22 de maio. A entrega do prêmio será em sessão solene marcada para 7 de agosto.
Zileide iniciou suas atividades profissionais na Rádio Jornal de São Paulo. Trabalhou na Rádio Cultura Brasil, na Rede Bandeirantes, na TV Cultura e no SBT. Atua na TV Globo desde 1997, como repórter de política e economia, e como apresentadora de telejornais da emissora. De 2000 a 2003, foi correspondente em Nova York, quando participou da cobertura histórica dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Vale lembrar também que ela foi considerada a +Admirada Jornalista Negra de 2023, na primeira edição da premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, realizada em novembro do ano passado, em São Paulo, iniciativa de Jornalistas Editora (que edita este J&Cia), 1 Papo Reto, Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) e Instituto Neo Mondo.
O Brasil247 anunciou em 28/5 um acordo de cooperação com o canal de notícias argentino C5N. O acerto inclui a produção conjunta de conteúdos jornalísticos, a colaboração em redes sociais e a criação de novos produtos audiovisuais, além da realização de seminários e eventos em ambos os países, fortalecendo ainda mais a relação entre Brasil e Argentina.
Na reunião de fechamento do acordo estiveram presentes representantes de ambos os meios de comunicação. Pelo Brasil247, participaram Leonardo Attuch, fundador e diretor presidente, Leonardo Sobreira, chefe de edição, Mario Vitor Santos, diretor de Relações Institucionais, e Marcia Carmo, correspondente em Buenos Aires. Pelo C5N, participaram Julian Leunda, vice-presidente de Relações Institucionais, Nicolas Bocache, diretor de Notícias e Conteúdos, Nelson Rivas, gerente Corporativo de Jurídico, e Guillermo Gammacurta, diretor de Conteúdos da Seção Digital.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) abriu as inscrições para o seu 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento será realizado de 11 a 14 de julho, no campus Álvaro Alvim da ESPM, em São Paulo. O Congresso terá formato híbrido, com atividades presenciais na ESPM que também serão transmitidas ao vivo, e conteúdos gravados exclusivos da modalidade online do evento.
Serão mais de 100 atividades temáticas no Congresso, que abordarão temas como a cobertura jornalística da Amazônia, eleições, segurança pública, corrupção, políticas públicas, democracia, técnicas de investigação e de gestão, produtos jornalísticos, uso e interpretação de dados, financiamento, segurança de jornalistas, audiência e estudos sobre jornalismo.
Nos três primeiros dias do evento ocorrerão as atividades do Congresso e do XI Seminário de Pesquisa em Jornalismo Investigativo. E no domingo, 14 de julho, será realizado o tradicional Domingo de Dados.
Em 2024, a homenageada é a jornalista, professora e escritora Fabiana Moraes. A cerimônia de homenagem acontecerá no primeiro dia do Congresso da Abraji, em 11 de julho, às 16h30. A organização exibirá um documentário sobre a trajetória da homenageada, transmitido simultaneamente pela internet.
Confira a programação e informações sobre inscrições no site da Abraji.