-6.1 C
Nova Iorque
terça-feira, dezembro 9, 2025

Buy now

" "
Início Site Página 1364

Pioneiro faz caderno especial sobre o futuro da educação

O Pioneiro, de Caxias do Sul, publicou em sua edição conjunta de 31/3 e 1º/4 um caderno de oito páginas sobre educação. A reportagem foi a cinco países de três continentes para mostrar como vem sendo projetado o futuro da educação pública. Foram comparadas as realidades de crianças entre oito e dez anos em cidades com média de 500 mil habitantes: Nice (França), Málaga (Espanha), Fort Worth (Estados Unidos), Valparaíso (Chile) e Caxias do Sul (Brasil). No final, professores projetaram em cartas como será a educação daqui a 20 anos, quando essas crianças estarão no mercado de trabalho. Elas ficarão em uma cápsula do tempo enterrada em Caxias do Sul e serão abertas daqui a duas décadas. No www.pioneiro.com, o internauta pode acessar os cinco vídeos das escolas e outros cinco com mensagens dos professores, além de galerias de fotos sobre as cidades visitadas.

Economia, de mãe para filha

Desde criança desenhava em laudas e brincava com máquinas de escrever de Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil, enquanto sua mãe, jornalista, se esforçava na efervescente cobertura econômica da época, com o lançamento do Plano Cruzado. Com esse cenário, seria até difícil imaginar que Mariana Durão, repórter de Economia da Agência Estado, com passagens por Gazeta Mercantil, Jornal do Commercio (RJ), Exame e O Globo, não seguisse os passos de sua mãe no jornalismo.

Filha de Vera Saavedra Durão, repórter especial do Valor Econômico e que também atuou nas redações de O Globo e Jornal do Brasil, e sucursais fluminenses de Gazeta Mercantil e Folha de S.Paulo, Mariana bem que tentou outra carreira apesar de todo o envolvimento desde cedo com as redações. Formada em Direito pela Uerj, chegou inclusive a trabalhar na Procuradoria do Município do Rio de Janeiro, não sem antes ter tido sua primeira experiência no jornalismo. Pedi para conhecer o Fernando Horácio da Matta (falecido em 2003), que escrevia crônicas esportivas na Gazeta Mercantil, onde minha mãe trabalhava.

Ele era uma figura ímpar e foi logo me dando a missão de entrevistar ex-jogadores de basquete da seleção. Eu não tinha muita noção do que estava fazendo, mas entreguei um texto e ele publicou assinado. Daquele dia em diante virei estagiária da Gazeta?, conta Mariana. Sua mãe foi militante da clandestina VAR-Palmares, guerrilha política brasileira de extrema esquerda que combatia o regime militar, tendo chegado inclusive a ser presa no começo da década de 1970. Vera começou no jornalismo Econômico quase que por acidente, e pela necessidade de quem recém havia saído da prisão: “Fui ajudada na época pela Sueli Caldas, cujo marido estava preso junto com o meu, aqui no Rio.

Foi engraçado, pois ela trabalhava na pesquisa do JB e me arrumou um free-lancer sobre Trade Company. Eu, militante de esquerda, recém-saída da prisão, nem tinha ideia do que podia ser uma Trade Company, mas fiz o trabalho e ganhei na época o correspondente hoje a R$ 50”, afirma. Economia também não era a primeira opção de Mariana que, mesmo cursando Direito e estagiando num jornal especializado no assunto, sempre se identificou mais com Esportes, editoria para qual escrevia inicialmente na Gazeta. Porém, com o conhecimento adquirido na faculdade, sua mudança para cobrir segmentos ligados à legislação brasileira foi automática e natural. Após um convite do então editor do caderno de Legislação Gilberto Pauletti, caminhos de mãe e filha no jornalismo econômico finalmente se encontravam.

Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, elas contam sobre essa relação no dia-a-dia da cobertura econômica, a troca de informações, os furos, os bate-papos nos momentos de folga e o convívio familiar.

Portal dos Jornalistas – Até que ponto a carreira bem sucedida da mãe no jornalismo econômico pesou nas decisões profissionais da filha?

Vera Saavedra Durão – Quando Mariana era pequena eu sempre a levava nos meus plantões e assim ela teve o primeiro contato com as redações. Com isso, ela conhecia também meus amigos jornalistas e acredito que sempre teve uma certa curiosidade em relação a esta profissão, já que frequentemente me ouvia falar das entrevistas que fazia, das viagens, dos fatos que tinha que cobrir, acho que isso a influenciou. Quando adolescente, era comum ela ler minhas matérias, e mesmo antes de se formar em direito apaixonou-se pelo jornalismo e começou a fazer algumas matérias esportivas lá na GZM. Ainda assim fiz questão de que ela terminasse o Direito antes de fazer Jornalismo. Mas sempre a adverti de que esta era uma profissão de “maluquete”, e ela me respondia: “Melhor maluquetes do que os chatos do Direito”. Tentei dar o alerta, mas não adiantou. O DNA falou mais alto.

Mariana Durão -” A culpa é toda dela, mas o fato de minha mãe ter uma carreira bem sucedida na área, apesar de alguma influência, não foi determinante para a minha escolha. Eu sempre achei o jornalismo uma profissão, apesar de sacrificante, também muito interessante. Minha mãe trabalhava muito e chegava tarde todos os dias. Ela é uma excelente repórter, perspicaz, com faro para a notícia, uma disposição invejável (é workaholic mesmo) e atenta ao que se passa no mundo. Apesar de todos os sacrifícios pessoais sempre a vi como uma pessoa realizada na carreira e com uma missão muito importante. Mas, na verdade, nunca me senti advogada e sempre fiquei mais à vontade no jornalismo, livre do “terno e gravata”.

PJ – Como é o dia a dia e a relação profissional entre vocês?

Vera – É muito legal a gente ter um filho que segue a nossa carreira, mas também dá um certo estresse, pois você torce para ele ser tão bem sucedido quanto você. Felizmente, a Mariana é muito competente e tem recebido bons convites. Eu até gostaria que ela trabalhasse comigo no Valor, mas infelizmente isto é impossível, porque o jornal não emprega parentes. Mas no começo era bastante engraçado, a Mariana me solicitava muito, mas não gostava que eu falasse para as fontes que ela era minha filha. Coincidência ou não, elas sempre lhe faziam essa pergunta e ela ficava “tiririca”. Achava que isso a obrigava a ser como eu, uma jornalista sênior.

Mariana – No início da carreira eu me sentia um pouco intimidada com o peso de ser filha da Vera Durão. Era um pouco estranho quando nos encontrávamos na rua durante as coberturas. Aos poucos fomos acertando a mão e acho que a relação hoje é bem tranquila. Considero um privilégio trocar ideias com ela sobre o que está acontecendo e aprender com a sua experiência nas coberturas, sempre dentro dos limites profissionais. Hoje já não temos mais tanto contato, pois trabalhamos em locais diferentes, mas até há pouco tempo nos encontrávamos no bandejão do prédio do Globo (onde fica o Valor também) e era engraçado.

Vera – Quando ela estava aqui no Globo eu ia visitá-la na redação e todo mundo ficava olhando. Eu brincava com os coleguinhas : “Vim lamber a cria”.

PJ – É comum o encontro entre vocês duas nas coberturas?

Vera – Acontecia bastante na época em que cobríamos o BNDES. Hoje é mais raro, pois ela está no Estadão cobrindo uma área diferente. Para mim é melhor. Quando ela me furava, em algumas coberturas de mineração e siderurgia, eu me sentia meio constrangida, apesar de orgulhosa. As fontes chegavam a brincar comigo quando isso acontecia. Quando ela levava um furo meu, também ficava nervosa, apesar de que sempre tirava de letra.

Mariana – Nessa época em que cobríamos BNDES também tivemos alguns episódios bem engraçados. Uma vez, lá no banco, pegamos o elevador com outros coleguinhas e sem querer, de repente eu soltei um “manhê!”. Foi aquele silêncio e em seguida a Cássia Almeida, de O Globo, perguntou: “Meu Deus! Quem está chamando a mãe aqui”.

Vera – Quando a Mariana falou ” sou eu” , todo mundo começou a rir.

PJ – Como funciona entre vocês a questão da troca de informações?

Vera – “Chinese Walls”, como dizem no mercado financeiro. Às vezes a gente troca algumas fontes, mas nada de informações. Cada uma apura sem falar para a outra o que está fazendo. Só comentamos depois de a matéria ter saído. É um acordo tácito entre nós.

Mariana – Trabalhamos para veículos concorrentes e atuamos na mesma área, então é preciso separar bem as coisas. É como diz o ditado “amigos, amigos, negócios à parte”. Lembro que no Jornal do Commercio estava apurando uma matéria e ela publicou dias antes. Na hora fui falar com a Jô Galazi, minha chefe na época: “Fui furada pela minha própria mãe!”.

PJ – E fora do expediente de trabalho, no convívio familiar, o assunto ,economia, é recorrente?

Vera – É inevitável quando a gente se encontra, mas tentamos não ser “chatas”, pois o meu marido logo nos adverte: “Reunião de pauta, aqui, não”. Mas. na verdade, ele também sempre entra na conversa conosco e gosta de sugerir algumas pautas, todas muito legais. Acho isso muito engraçado.

Mariana – É quase inevitável porque é um assunto que nos interessa, e é comum, mas não vai além do saudável. Economia é um tema como tantos outros na família: política, cinema, viagens. O que vale mesmo é o debate.

PJ – Vocês se espelham (ou espelharam) em alguém em suas carreiras?

Vera – Ninguém em especial. Tenho admiração pelo Alberto Dines, que foi meu chefe na Folha, Samuel Wainer, Matías Molina e Paulo Totti, que considero meu guru. Optei pelo jornalismo porque sempre gostei de escrever, desde pequenina. E não me arrependo. É uma profissão fascinante!

Mariana – A Vera Durão certamente é uma referência no jornalismo econômico. Também admiro a Flávia Oliveira, com quem trabalhei nos últimos anos e é uma profissional que enxerga bem além dos números da economia. A Ramona Ordonez, do Globo, sabe tudo de petróleo e não se furta a ensinar os “não iniciados” no setor. Também admirava muito o trabalho do José Meirelles Passos, repórter de O Globo que foi correspondente em Washington e faleceu no ano passado.

Em tempo , Além de Mariana, Vera também é mãe de Carolina Durão que, apesar de não ser jornalista, também seguiu na área de comunicação. Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense, ela atuou como assistente de Direção dos filmes A Alegria (de Felipe Bragança e Marina Meliande), Sala de Espera (de Lucia Murat), Tatuagem (de Hilton Lacerda) e Agamenon (de Victor Lopes), que, coincidência ou não, conta a história de um jornalista, o personagem fictício Agamenon Mendes Pedreira, criado há mais de 20 anos pelos humoristas Marcelo Madureira e Hubert. Seu marido, tantas vezes citado na entrevista, é Jorge Eduardo Saavedra Durão, advogado que também não chegou a exercer a profissão. Com mestrado em antropologia, optou por trabalhar na área social e durante 25 anos foi diretor-executivo da ONG Fase.

Prêmio CNI de Jornalismo encerra inscrições nesta 5ª.feira

Termina nesta 5ª.feira (5/4) o prazo para concorrer ao Prêmio CNI de Jornalismo, que já conta com trabalhos inscritos de 12 estados e do Distrito Federal. Segundo a organização do concurso, coordenada pela Gerência Executiva de Jornalismo da CNI, São Paulo lidera o ranking, seguido pelo Rio de Janeiro. Entre as categorias, o maior volume até a última semana era de reportagens de jornais, com telejornalismo em segundo e revistas, em terceiro. A equipe prepara-se agora para distribuir as tarefas à Comissão de Seleção, formada exclusivamente por jornalistas, instância que ficará encarregada de fazer a triagem e encaminhar os finalistas à Comissão de Julgamento, composta por quatro jornalistas, dois empresários e um acadêmico. Podem ser inscritas reportagens veiculadas entre 1º/4/2011 e 31/3/2012 em tevês, jornais, revistas, rádios, sites e blogs. A data final das inscrições é dia 5 de abril. Os temas abordados devem ter relação com a indústria e com a agenda estratégica definida no documento A indústria e o Brasil ? Uma agenda para crescer mais e melhor, conforme prevê o regulamento. Ao todo, serão distribuídos R$ 240 mil em valores brutos. Serão contempladas com R$ 10 mil as melhores matérias regionais e com R$ 25 mil aquelas sobre educação profissional e inovação. As categorias jornal, rádio, revista, tevê e internet distribuirão R$ 20 mil aos vencedores. O melhor entre todos os trabalhos inscritos levará o Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo e R$ 40 mil. Outras informações em www.premiocnidejornalismo.com.br.

Viviane Biondo começa na AutoData

Viviane Biondo chegou na última semana à equipe da AutoData Editora. Está na reportagem da Agência AutoData e na edição da revista Via Acav, publicação que a empresa produz para a Associação Brasileira dos Concessionários MAN Latin America. Viviane estava na Automotive News Brasil (atual Brasil Automotivo) havia pouco mais de um ano. Seus novos contatos são 11-5189-8921/9129-9035 e [email protected]. Seleção ? Na Brasil Automotivo, a editora Lucia Camargo Nunes ainda não definiu a substituição de Viviane, mas abriu processo seletivo para duas vagas de reportagem. Interessados devem enviar currículo com pretensão salarial para [email protected]. Imprescindível ter ótimo texto, boas fontes, conhecer o setor automotivo (segmentos de leves, pesados e autopeças) e experiência nas áreas de economia e negócios, além de fluência em inglês.

ONU seleciona jornalistas para programa de bolsas

O Departamento de Informação Pública das Nações Unidas seleciona quatro candidatos brasileiros para concorrer a uma vaga no Programa de Bolsas para Jornalistas Reham Al-Farra, que irá acontecer entre os dias 4/9 e 5 de outubro. No total, serão quatro semanas na sede da ONU, em Nova York, e uma em Genebra, na Suíça. Os candidatos devem ter entre 22 e 35 anos e vínculo empregatício com algum veículo de comunicação no Brasil. Os selecionados farão uma prova de fluência em inglês e uma entrevista via telefone. A ONU pagará as passagens classe econômica ida e volta para Nova York e Genebra. Também serão fornecidas diárias durante a cobertura. Inscrições até 31/5 pelo [email protected], aos cuidados do coordenador Zvi Muskal. Mais informações no site do Programa.

Pequeno dicionário brasileiro da língua morta é o novo livro de Villas

Se alguém lhe perguntasse: – O avião jogou muito?, o que você responderia. E se lhe dissessem que sua ourela está aparecendo ? . As respostas estão em Pequeno dicionário brasileiro de língua morta, novo livro de Alberto Villas (ex-TV Globo e SBT). Lançado nesta 2a.feira (2/4) em São Paulo, é o quinto da série escrita por “Villas ” em parceria com a Editora Globo, que aborda costumes, língua e comportamento da sociedade brasileira. Os outros quatro são O mundo acabou! (2006), “Afinal, o que viemos fazer em Paris (2007) “, Admirável mundo velho! (2009) e Onde foi parar o nosso tempo (2010).

A ideia desse livro surgiu de uma conversa com Joaquim Ferreira dos Santos, colunista de O Globo, que contou que disse um dia em casa: – Xiii, a radiola escangalhou?. Os jovens que estavam perto perguntaram:  Não sabiam nem o que era radiola, nem escangalhou. Então pensei que alguém podia recuperar essas palavras que estão morrendo, senão elas morrerão de vez e ninguém vai se lembrar delas nunca mais.

Villas conta que o formato de dicionário, com verbetes dispostos de A a Z, não foi planejado inicialmente. Comecei a anotar palavras que ouvia ou lembrava, e que sabia que já estavam em desuso, pelo menos com aquele significado específico. Quando vi, eram mais de 900! E não foram mais porque a editora tinha prazo para finalizar, brinca. No livro, os verbetes vêm acompanhados, além de seu significado, de uma pequena crônica que mostra como era utilizada essa palavra.

Segundo o autor, há só palavras que sumiram do mapa: beócio, garrucha, pinguço, sarongue e por aí vai. Ele exemplifica com o verbete balaio grande: Bunda grande. Zélia Gattai escreveu livros maravilhosos, quase diários de uma vida inteira que passou ao lado de Jorge Amado. Ela gostava de contar suas viagens pelo mundo com o escritor baiano e foi numa delas que, desconfiada que Jorge estivesse meio caidinho por uma moça, refletiu bem e chegou à conclusão de que não deveria ser verdade ?porque Jorge gostava mesmo era de mulher de balaio grande.

Mulher de balaio grande era mulher de bunda grande .   Outra palavra que o livro destaca é “babado”, que seria o equivalente da expressão que se fala hoje, qual é a  boa, Babado, tanto podia designar fofoca como novidade.  O babado corria de boca em boca, cada um dando sua opinião, se espantando ou criticando.

Não tinha babado que passasse em branco, diz Villas no livro.  O autor comenta que a proposta nunca foi fazer uma pesquisa etimológica aprofundada sobre verbetes antigos: A escolha das palavras está relacionada ao comportamento da sociedade de 1950 pra cá. Não é simplesmente uma reunião de verbetes. O interessante é mostrar como a palavra era utilizada e em que contexto ela surgiu com aquele significado .

As novelas, por exemplo, ditam essas expressões. Os bordões de personagens passam a fazer parte do vocabulário das pessoas nas ruas, explica. As filhas Maria Clara, de 21 anos, e Marília, de 17, tiveram papel importante na escolha dos verbetes. Eu perguntava se elas conheciam determinada palavra. Quando a resposta era , Não ou Já ouvi falar, mas não sei o que é ou quando conheciam com outro significado, eu anotava, conta o autor.Max Gehringer , que assina uma das orelhas do livro, diz que o que o Villas fez foi garimpar palavras por puro deleite, como quem encontra um empoeirado disco de vinil da Jovem Guarda (?Meu Broto?, com Teddy Milton) e aí embarca numa nostálgica viagem no tempo.

Pai e filha comandam o novo Site do Carsughi

Já está na rede o Site do Carsughi, hospedado no UOL e comandado por Claudio Carsughi (SporTV e Jovem Pan) e sua filha Claudia Carsughi. O conteúdo é dividido em quatro blocos: Indústria Automobilística (lançamentos e avaliações técnicas de veículos e vídeos com impressões de Carsughi ao volante e sobre o mercado), Fórmula 1 (com seus comentários para a Jovem Pan e especiais), Futebol (comentários da rádio e outros exclusivos) e Turismo (informações e dicas para quem viaja no Brasil e no exterior). “O espaço é uma evolução natural do Blog do Carsughi, há pouco mais de um ano no portal da Jovem Pan e que soma mais de um milhão de pageviews?, diz Claudia. ?Com ele, conseguimos organizar em um mesmo local os quatro tipos de informações que trabalhamos, deixando mais fácil a visualização das notícias”. Entre os destaques estão vídeos como a avaliação da Ferrari California, realizada por Carsughi em viagem recente a Maranello, e a história da fábrica. Livro ? Em junho Claudia deve lançar a biografia do pai. Intitulado Meus 50 anos de Brasil, o livro está há três anos em desenvolvimento e conta com patrocínio da Fiat, via Lei Rouanet, e apoio de Ford e Caçula de Pneus.

Alberto Villas lança Pequeno dicionário brasileiro da língua morta

Alberto Villas (ex-TV Globo e SBT) autografa nesta 2ª.feira (2/4) Pequeno dicionário brasileiro da língua morta (Globo Livros), composto de minicrônicas na forma de verbetes, de A a Z. Segundo Villas, ?há só palavras que sumiram do mapa: beócio, garrucha, pinguço, sarongue e por aí vai?. Ele exemplifica com o verbete balaio grande: ?Bunda grande. Zélia Gattai escreveu livros maravilhosos, quase diários de uma vida inteira que passou ao lado de Jorge Amado. Ela gostava de contar suas viagens pelo mundo com o escritor baiano e foi numa delas que, desconfiada que Jorge estivesse meio caidinho por uma moça, refletiu bem e chegou à conclusão de que não deveria ser verdade ?porque Jorge gostava mesmo era de mulher de balaio grande?. Mulher de balaio grande era mulher de bunda grande?. Outra palavra que o livro destaca é ?babado?, que seria o equivalente da expressão que se fala hoje ?qual é a boa??. ?Babado? tanto podia designar fofoca como novidade. ?O babado corria de boca em boca, cada um dando sua opinião, se espantando ou criticando. Não tinha babado que passasse em branco?, diz Villas no livro. Ele conta que a obra faz parte de uma série que vem recuperando costumes, língua e comportamento do Brasil: ?A ideia desse livro surgiu de uma conversa com Joaquim Ferreira dos Santos, colunista de O Globo, que contou que disse um dia em casa: ?Xiii, a radiola escangalhou?. Os jovens que estavam perto perguntaram: ?Quê??. Não sabiam nem o que era radiola, nem escangalhou. Então pensei que alguém podia recuperar essas palavras que estão morrendo, senão elas morrerão de vez e ninguém vai se lembrar delas nunca mais?. Max Gehringer, que assina uma das orelhas do livro, diz que ?o que o Villas fez foi garimpar palavras por puro deleite, como quem encontra um empoeirado disco de vinil da Jovem Guarda (?Meu Broto?, com Teddy Milton) e aí embarca numa nostálgica viagem no tempo?. Mineiro de Belo Horizonte, Villas também é autor de O mundo acabou! (2006), Afinal, o que viemos fazer em Paris? (2007), Admirável mundo velho! (2009) e Onde foi parar o nosso tempo? (2010), todos pela Editora Globo.   SERVIÇO Lançamento do livro Pequeno dicionário brasileiro da língua morta, de Alberto Villas Data: 2 de abril (2ª.feira) Horário: 19 horas Local: na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073) Editora: Globo Páginas: 304  Preço: R$ 39,90Leia mais:Pequeno dicionário brasileiro da língua morta é o novo livro de Villas

Memórias da Redação – A rainha, Pelé, Havelange e o coro no Maracanã

Antonio Epifânio Moura Reis ([email protected]) volta a colaborar com este espaço instigado, segundo o próprio, por manchetes recentes da imprensa. Piauiense, atuou em Belo Horizonte (Diário de Minas, Diário da Tarde e Correio de Minas), Rio de Janeiro (Correio da Manhã, Última Hora e O Globo) e São Paulo, onde vive desde 1972. Na capital paulista, foi chefe da Redação da sucursal de O Globo, onde ficou quase dez anos, chegou a montar uma empresa de comunicação especializada em publicações empresariais, foi crítico de cinema do Jornal da Tarde e depois da revista VIP, e chefe de Reportagem de Política e repórter do Estadão. Passou também pela assessoria do Governo do Estado de SP, dirigiu o Diário do Comércio e foi editor de Suplementos e dos cadernos especiais no Diário de S.Paulo, de onde saiu em 2007. A rainha, Pelé, Havelange e o coro no Maracanã Novembro de 1968. Tempos bicudos. A traulitada que pertence aos registros históricos como AI-5 estava em gestação desde setembro, por causa de discurso do deputado e ex-colega de redação Márcio Moreira Alves conclamando as mulheres e namoradas de militares a greve de sexo ao longo das comemorações da Semana da Pátria. Mas o clima de tensão nos bastidores da política entrou em ameno recesso, antes do compulsivo recesso do Congresso, após a chegada ao Rio de Janeiro do imponente iate inglês Britânia. A bordo, Sua Majestade a Rainha Elizabeth II e seu consorte Phillip, em visita oficial a começar em Brasília com recepção no Itamarati e se encerrar, numa tarde de domingo, com partida de futebol no Maracanã, entre seleções carioca e paulista, especialmente convocadas para a ocasião. E tudo foi uma festa, com situações emocionantes e outras absolutamente hilárias. No primeiro ato, o marechal-presidente indireto Costa e Silva acomodou sem muita elegância a faixa presidencial em austero fraque, deselegante barriga e seu jeito muito peculiar de caminhar. No discurso de saudação, citou a “feliz coincidência” de que Sua Majestade e a cidade de Brasília aniversariam no mesmo 21 de abril. Alguém, no meio do salão, bateu palmas e tentou iniciar o clássico “parabéns pra você” sob severos olhares de estupor da diplomacia nacional. Mais tarde cochichou-se ao pé do ouvido que, na apresentação oficial, a primeira dama Yolanda Costa e Silva verteu para o inglês o termo popular feminino para os galãs da época – o “gato” de hoje – e saudou o príncipe Phillip com frase lapidar: ”You are a bread”. Nós, mortais repórteres, mantidos à distância no imponente salão, nunca soubemos qual a resposta ou reação de Sua Alteza. Mas deu para notar discretos olhares para o teto, conjugados a esfregar de mãos de aflitos diplomatas. De volta ao Rio, após passar por São Paulo (a edição local ficou com a cobertura), Sua Majestade enfrentou com elegância a inevitável apresentação de passistas de escola de samba, passeou de Rolls Royce por ruas e avenidas salpicadas de marcas de asfalto recente, onde até dias antes havia buracos de diferentes formas e tamanhos. Na orla de Copacabana recebeu palmas e gritos de populares de diferentes idades, muitos em informais trajes de praia. Nunca se soube se observou, em Ipanema, tarjas escuras colocadas sobre o final das placas da rua Rainha Elizabeth da Bélgica, uma homenagem ao casal real belga em visita ao Brasil nos anos de 1920. Porta-vozes do governo do então Estado da Guanabara e do Itamarati negaram com veemência qualquer responsabilidade em eventual tentativa de enganar a soberana visitante por meio da insinuação de homenagem (falsa) numa das ruas do trajeto. A tarja escura havia sido efetivamente colocada nas placas. Eu vi e constatei, no dia seguinte, que tinham sido retiradas. Após outras gafes – durante visita às obras da ponte Rio-Niteroi, financiada com capitais ingleses, o ministro dos Transportes, coronel Mário Andreazza, convidou a rainha a retornar ao Brasil para inaugurar a obra, demonstrando desconhecer o cerimonial real inglês que determina uma única visita a países não integrantes da comunidade britânica –, Sua Majestade enfrentou com a mesma elegância o cancelamento, por causa do tempo nublado, da também inevitavelmente programada visita ao Corcovado. E então, afortunadamente numa tarde de sol, fomos todos ao Maracanã. Segundo as informações oficiais, mais de 120 mil pessoas compraram ingresso para ver o aguardado, pois bem divulgado, “Jogo da Rainha”, com a assegurada presença de Pelé na seleção paulista. Ou seja, “o Rei no Jogo da Rainha”. Certa sombra de preocupação baixou no cenário impressionante e no clima de alegria do imenso estádio lotado: a informação de que “as autoridades de segurança” haviam proibido o anúncio pelos autofalantes da chegada da rainha e do príncipe por terem descoberto conspiração de vaia articulada por “elementos subversivos“, mas não tiveram tempo de a desarticular. E foi sob o alegre barulho da multidão que a rainha e o príncipe ocuparam discretamente a Tribuna de Honra do estádio, acompanhados por ministros, governador e, entre outros, o então presidente da CBD (atual CBF) João Havelange. Ao colunista social e cronista de esportes Jacinto de Thormes, meu colega na redação da Última Hora, convidado pelo Itamarati a pedido da embaixada da Inglaterra, coube a missão de explicar ao casal real os detalhes do jogo. Minutos depois a multidão nas arquibancadas percebeu a presença da rainha e, de forma espontânea e alegre, de pé, passou a aplaudir. Em segundos o Maracanã era inteiro um coro emocionante: “Rainha, rainha!”. Sua Majestade, de pé, acenou em agradecimento até a entrada das seleções, que tinham Rivelino, Adhemir da Guia e Clodoaldo entre as estrelas paulistas ao lado de Pelé. E Gerson, Felix, Brito e Jarizinho, do lado carioca. E o jogo estava 2×2 no segundo tempo quando o juiz Armando Marques marcou pênalti contra os cariocas. O Maracanã entoou então seu já clássico coro: “Bicha, bicha!”. Do “cercadinho da imprensa”, deu para notar a curiosidade do casal real e as explicações de Jacinto de Thormes. No dia seguinte ele contou na redação que a rainha não reagiu à explicação e o príncipe gargalhou. A uns 15 minutos do final foi anunciado pelos autofalantes que Pelé e Gerson seriam substituídos pois deveriam se apresentar na Tribuna de Honra: a rainha entregaria taça ao vencedor e medalha ao perdedor. Começou então o tradicional empurra-empurra entre fotógrafos, seguidos de gritos após a chegada dos suados jogadores, de João Havelange carregando a imensa taça e vários políticos, entre os quais o chanceler Magalhães Pinto. – Rainha, dona rainha! Por favor, olha pra cá! – gritava uma das alas de fotógrafos, em meio aos cliques característicos. – Pelé, Pelé! Fica do lado da rainha! – gritava outro grupo, nervoso. – Sai da frente, ô de gravata! Sai da frente, “seu” Pinto! – berrava a ala que herdou o pior ângulo. Nas arquibancadas, a multidão acompanhava a gritaria dos fotógrafos em relativo silêncio. Diplomatas e Jacinto pediam calma, inutilmente, sob olhares raivosos dos engravatados. A rainha passou a conversar com Pelé, ao lado de intérprete do Itamarati, com Gerson um pouco atrás. Os fotógrafos, então, se uniram num só coro: – Havelange, entrega a taça pra rainha, entrega a taça pra rainha! O alto e atlético presidente da então CBD estendeu a bonita taça prateada para Sua Majestade, que demonstrou o peso da peça, pois deu um passo para trás, quase cambaleando. – Rainha, dona rainha! Entrega a taça pra Pelé! – ecoou o grito dos fotógrafos, sempre em meio aos cliques característicos. E quando Pelé estendeu as mãos para receber o troféu, o fez sob novo e mais forte coro dos fotógrafos: – Havelange, Havelange! Tira “seu” Pinto da frente! “Seu” Pinto não apareceu nas fotos de primeira página dos vespertinos do dia seguinte e dos matutinos da terça-feira. Todas exibiram, de diferentes ângulos, a rainha, Pelé e a taça prateada, confeccionada em Lisboa, segundo Havelange, especialmente para a ocasião.

J&Cia celebra parceria cultural com o Instituto Memória Brasil

J&Cia fechou parceria com o Instituto Memória Brasil, que tem como presidente Assis Ângelo, e a partir de abril começa a publicar a coluna semanal De papo pro ar, em que ele, que tem atuação marcante como estudioso da cultura popular brasileira, narrará causos reais e engraçados de artistas brasileiros, e o especial mensal J&Cia ? Memórias da Cultura Popular, que trará a íntegra de algumas das grandes entrevistas que Assis fez em seus quase 40 anos de carreira. Eduardo Ribeiro, diretor de J&Cia, diz que ?esta parceria tem por objetivo levar aos jornalistas brasileiros fragmentos relevantes do Instituto Memória Brasil, particularmente algumas das grandes entrevistas que marcaram época e que em seu tempo tiveram ampla repercussão. São momentos históricos e de grande inspiração do jornalismo brasileiro que mereciam ser resgatados e novamente colocados à disposição de todos aqueles que cultivam e se interessam pela cultura popular. Ao mesmo tempo, e para dar um toque de humor, convenci Assis a trazer semanalmente para as páginas de J&Cia causos que testemunhou ao longo da carreira, no convívio com alguns dos mais importantes artistas brasileiros. Tenho certeza de que se trata de um grande e merecido presente para nossos leitores, com gosto de quero mais?. Assis, que assina também um blog com seu nome, afirma que ?para nós, do Instituto Memória Brasil, é muito importante essa parceria com o Jornalistas&Cia, uma das mais dinâmicas e respeitadas newsletters do País. Dentre outras prioridades, pretendemos instrumentalizar o Instituto digitalizando e difundindo o seu acervo, constituído por discos de todos os formatos, partituras, livros, jornais e revistas de várias épocas, além de milhares de fotos e centenas de entrevistas de artistas e personalidades da nossa cultura, como Câmara Cascudo, Waldir Azevedo, Geraldo Vandré, Marcos Rey e Lourenço Diaféria, registradas em fitas-cassete e outros meios, que depois de catalogadas ficarão disponíveis para consulta pública. Essa parceria com o Jornalistas&Cia nos dará fôlego para renovarmos a esperança por um Brasil culturalmente melhor?. O especial J&Cia ? Memórias da Cultura Popular vai publicar, entre outras, entrevistas com Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo, Eleazar de Carvalho, Luiz Gonzaga e Inezita Barroso.

Últimas notícias

pt_BRPortuguese