Sandro Villar ([email protected]), correspondente do Estadão em Presidente Prudente, conta alguns causos curiosos sobre a perigosa relação entre locutores de rádio e a cachaça. No ar, locutores bêbados (Hic! Hic! Hic!) Na cidade de Adamantina (SP), terra natal de Cláudio Amaral, Gabriel Manzano Filho e Carlos Tramontina, os moradores aguardavam ansiosamente o momento do encontro dos ponteiros do relógio, marcando 12 horas. É que ao meio-dia em ponto e vírgula, naqueles criativos anos 1960, começava na Rádio Brasil o programa do locutor que só falava bêbado. Por uma questão de respeito, visto que o personagem já foi embora deste mundo de ilusões, seu nome será preservado. Sei que, antes, ele trabalhou em rádios paulistanas e, depois, foi morar em Adamantina. Teria sofrido uma desilusão amorosa, motivo que o levou a beber mais do que o personagem do cantor Vicente Celestino no filme O Ébrio. Um locutor de porre no rádio só pode mesmo chamar a atenção. O programa dava eco em Adamantina, e apresso-me em explicar que a expressão ?dava eco? quer dizer dava audiência. Os ouvintes se divertiam com o apresentador, ora agressivo, ora patético, que, ao contrário dos garotos da época, não amava os Beatles nem os Rolling Stones. Sem ser nem uma coisa nem outra ? agressivo e patético ?, um locutor da Rádio Record, que hoje reza dia e noite (a rádio, não o locutor), cismou que o relógio marcava mais de 24 horas. Ele também apreciava a água que colibri não bebe. Tanto que no armazém de secos e molhados a preferência dele era sempre pelos molhados, mas essa é outra história e vamos em frente que atrás vêm os cabos eleitorais que merecem ser promovidos a sargentos eleitorais. Mas do que é que eu falava mesmo? Confesso que estou mais perdido que o senador Demóstenes Torres nessa encrenca com o Carlinhos Cachoeira. Já me lembrei: o papai aqui falava do locutor que cismou com o relógio. Um belo dia, ele, que também já bateu as botas e outros calçados, tomou umas doses a mais de cachaça e entrou no estúdio para anunciar a hora certa. E meteu (epa!) bronca. Assim que o operador abriu o microfone, o locutor, com voz pastosa, mandou ver: ?Em São Paulo, são 29 horas?. E um locutor de Presidente Prudente, que virou nome de rua, também se complicou na hora de dar a hora certa por estar de pileque. Nos anos 1980, ele trabalhava na Rádio Difusora, que também virou igreja eletrônica, e apresentava o programa noturno Música Sem Compromisso. Uma noite, no momento de anunciar a hora certa, assim falou ao respeitável público ouvinte: ?Você ouve Difusora e Música Sem Compromisso. Em Prudente são 11 horas e 77 minutos?. Isso é que é hora certa sem compromisso com a exatidão. Um caso famoso em São Paulo é o de um locutor-noticiarista, também amante da loirinha e da branquinha. Ele tinha verdadeira loucura pelo álcool, assim como o senador Sarney tem pelo poder. É ótimo profissional, não sei se ainda está em atividade. Para evitar os tais melindres, será chamado aqui de Pantojas. Uma vez chegou para apresentar o jornal falado de uma das mais importantes rádios paulistanas, onde trabalhava havia anos, e deu o maior vexame. Pantojas estava mais bêbado do que o personagem do ator Jack Lemmon no filme Vício Maldito (crônica também é cultura). Depois que o operador de som tocou a vinheta de abertura e abriu o microfone, Pantojas teria de fazer a apresentação de praxe. O operador esperou, esperou e nada. Ao ver o clássico aviso ?No Ar? ? ou ?No Ara? como brincava Juca Amaral ?, o locutor tentou se recompor. Não conseguiu e reconheceu, falando alto e bom som: ?Maldita cachaça que não me deixa ler?. E teve o dia em que Pantojas interrompeu o trânsito ali pelos lados da avenida Nove de Julho. Bêbado, parou o carro dentro do túnel e dormiu a sono solto, se é que existe sono preso. Um buzinaço começou, como começou também um baita congestionamento na região. Só algum tempo depois é que o policiamento de trânsito descobriu a causa do congestionamento, conhecido também como engarrafamento. Quem estava ?engarrafado? mesmo era o Pantojas, que roncava mais que a cuíca da Vai-Vai. Acordado, não sabia onde estava. Foi multado e só não se complicou porque ainda não vigorava a lei seca. O locutor protagonizou outro episódio que, segundo as línguas ferinas, quase acabou com o seu casamento. Tarde ensolarada de sábado, nada para fazer em casa, Pantojas resolveu beber num bar. A mulher dele tinha um cachorrinho poodle que era o seu xodó. E pediu ao marido para levar o cão junto, argumentando que o animal já estava ficando neurótico de tanto ficar dentro do apartamento. Meio a contragosto ? ou inteiro a contragosto ?, ele resolveu atender a esposa. Botou o cachorro debaixo do braço, ligou o carro e saiu em disparada, pois estava doido para molhar a goela. Ao chegar ao bar deixou o cãozinho dentro do carro e foi beber com os amigos. Logo depois o cachorro começou a latir, e os latidos passaram a incomodar. Pantojas não teve dúvidas: retirou o bicho do automóvel, afrouxou a coleira e o amarrou no parachoque traseiro. O cão se aquietou e ele voltou ao bar. Lá pelas tantas, depois de tomar aquela e muitas que mataram o guarda e toda a corporação, o que explica a falta de policiamento na cidade, voltou para casa. Entrou no carro e foi embora correndo mais do que o Thor Batista. Estacionou, pegou o elevador e entrou no apartamento. ?Cadê o cachorro??, perguntou a ?dona da pensão?. Pantojas respondeu com um ?Ah!?. Desceu ao estacionamento e, atrás do carro, só encontrou a coleira. Para tentar limpar um pouco a barra, que estava mais suja do que cueca de mendigo, ele teria inventado uma história: à esposa, explicou que havia deixado o cachorro em uma clínica veterinária e que o pegaria na segunda-feira. Para a mulher não desconfiar de nada, seu plano era comprar outro da mesma raça, um verdadeiro clone do que morreu arrastado e esfolado no asfalto.
Termina nesta 2ª.feira prazo para credenciamento da Rio+20
Encerra na próxima 2ª.feira (14/5) o prazo para o credenciamento de imprensa para cobertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. As empresas deverão enviar carta em papel timbrado, com assinatura do editor responsável, contendo nome do jornalista e foto tamanho 5×7 cm em formato jpg para [email protected], aos cuidados de Isabelle Broyer. Os jornalistas também precisam preencher um formulário disponível no site das Nações Unidas. Quem não realizar o pedido online só poderá fazê-lo no Riocentro, a partir de 7/6, mesma data em que começa a retirada de credenciais pelos que se cadastraram com antecedência.
Terra levará 84 profissionais para Londres
O portal Terra levará a Londres, para a cobertura dos Jogos Olímpicos, uma delegação de 84 profissionais. O portal comprou os direitos de transmissão da competição para 18 países da América Latina, entre eles, Brasil. E colocará na rede 36 canais simultâneos, com transmissão em HD, cobrindo ao vivo praticamente todas as modalidades esportivas das Olimpíadas. Terá dois estúdios grandes e três míniestúdios e muitas inovações nas transmissões, como acesso instantâneo a todas estatísticas e aos melhores momentos das competições, possibilidade de acompanhar duas competições simultaneamente na tela e cobertura nos idiomas português, espanhol e inglês. Nomes como os de Marcelo Tas, Bob Fernandes e Sílvio Meira já estão confirmados na equipe. O planejamento da cobertura vem sendo feito há dois anos. O portal vendeu todas as cotas de patrocínio, num total de R$ 120 milhões. A primeira transmissão ao vivo de Londres está marcada para 26/6, um mês antes da competição. As revelações foram feitas na tarde da última 3ª.feira (8/5), pelo diretor de Conteúdo da América Latina Antonio Prada, em palestra no Master em Jornalismo Digital do IICS ? Instituto Internacional de Ciências Sociais sobre o tema Xtreme Live: os novos rumos da cobertura jornalística na era digital.
De papo pro ar ? Jumento e poesia
Ali pelos anos 1950, Geraldo Vandré era adolescente e estudava num colégio do município pernambucano de Nazaré da Mata. Certo dia, um de seus professores de canto e interpretação resolveu fazer uma declamação de poesia. Ao fim recebeu aplausos de toda a classe, menos de um aluno: Geraldo. O professor quis, então, saber por que ele não o aplaudira. Resposta: ? Achei pouco natural a sua declamação. O professor, um português, ligeiramente desconcertado, respondeu: ? Ora, pouco natural é um jumento, que não conhece nada da nossa língua e tampouco sabe declamar. A classe caiu na risada e Geraldo, indiferente, ficou na dele.
Sebrae divulga vencedores da etapa estadual
O Prêmio Sebrae de Jornalismo divulgou nesta 3ª.feira (8/5) a lista dos vencedores de sua etapa estadual. O corpo de jurados contou com jornalistas dos 27 estados, além de representantes de Sebrae, Fenaj, Intercom e revista Imprensa, correalizadora da premiação. Concorreram trabalhos sobre empreendedorismo e temas correlatos nas categorias Jornalismo Impresso, Webjornalismo, Telejornalismo e Radiojornalismo. Os vitoriosos seguem agora para a disputa nacional, cujos vencedores serão anunciados durante cerimônia em 3/7, em Brasília. Dos 1.143 inscritos em todo o País, 78 reportagens foram classificadas, sendo 12 do Centro-Oeste, 27 do Nordeste, 16 do Norte, 15 do Sudeste e oito do Sul. No total, serão entregues R$ 96,5 mil aos vencedores. Além das quatro categorias principais há ainda o Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo (R$ 25 mil), o Prêmio Especial do Júri (R$ 12,5 mil) e as Menções Honrosas de Fotojornalismo, Repórter Cinematográfico e Mídias Sociais (R$ 3 mil cada).
Bienal do Livro de Minas confirma atrações
Os jornalistas André Trigueiro, Carlos Alberto Sardenberg, Eliane Brum, Míriam Leitão e Roberto Pompeu de Toledo estão entre os novos nomes confirmados para a Bienal do Livro de Minas, que acontece de 18 a 27/5, no Expominas. O evento dará destaque à abordagem jornalística de temas como economia e sustentabilidade, entre outros, ainda que relacionados à literatura. A Bienal já confirmou também a participação de Lucas Figueiredo, cujos trabalhos têm focado a produção de livros-reportagem. Eles se somam a Zuenir Ventura, Humberto Werneck, Mary Del Priore, Fabrício Carpinejar e Marcia Tiburi, anunciados recentemente. Outro profissional com participação confirmada na Bienal é Bob Faria, responsável pela curadoria de um espaço destinado a discussões ?literário-futebolísticas?, chamado Goleada Literária. O curador adianta que pretende convidar comentaristas, executivos de canais de imprensa e, claro, autores relacionados ao universo esportivo para comentar temas que estejam na pauta do dia.
Mesas debaterão coberturas de conflitos e prevenção de riscos
A mesa Medidas de proteção para jornalistas em coberturas de conflito armado (12/7, às 9h) será um dos destaques do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, evento promovido pela Abraji que acontece entre os dias 12 e 14 de julho, em São Paulo, e que conta com o apoio deste Portal dos Jornalistas. Durante três horas, ela apresentará alguns dos maiores riscos a que estão expostos os profissionais que aceitam trabalhar em zonas de guerra e quais recursos de proteção estão disponíveis para eles. Participarão Marcelo Moreira (TV Globo/Abraji), João Paulo Charleaux (Conectas Direitos Humanos) Rodney Pinder (International News Safety Institute-Insi/Inglaterra) e Frank Smyth (Global Journalist Security/EUA). Pinder deve comentar também o relatório do Insi sobre os países mais perigosos para o trabalho jornalístico: Paquistão, México, Irã e Líbia. Deve ser discutida ainda a impunidade enquanto fator de incentivo a ameaças sobre jornalistas. Outros palestrantes já confirmados para o evento são José Paulo Kupfer, Eliane Brum, Juca Kfouri, Elvira Lobato, Míriam Leitão, Roberto Cabrini, Marcelo Tas, André Trigueiro, Fernando Mitre e Sérgio Dávila, entre outros. Inscrições e programação completa no www.abraji.org.br. Serviço: Termina neste domingo (13/5) o prazo de inscrições com descontos para o congresso. Depois dessa data, ao valor da inscrição para sócio da Abraji passa de R$ 180 para R$ 270, não-sócio passa de R$ 330 para R$ 440, estudante-sócio, de R$ 120 para R$ 200 e estudante não-sócio, de R$ 215 para R$ 290.
Ronny Hein vai dirigir a nova Forbes Brasil
Ronny Hein será o diretor de Redação da nova Forbes Brasil, cujo lançamento está previsto para julho, pela editora BPP. J&Cia havia antecipado a estreia em abril, mas já existe um número zero circulando, em avaliação. ?A nova versão trará perfis de empresários de sucesso, de novos empreendedores e muito mais. Conjuntura, ações, macroeconomia e finanças já são bem cobertos por grandes jornais e outras revistas?, afirma Hein. Ele diz que esta será a principal diferença em relação à publicação anterior, editada pela Peixes: ?A revista vai tentar defender de forma mais light uma palavra difícil, estigmatizada, que é o capitalismo, a livre iniciativa?. As famosas listas da Forbes serão mantidas na edição brasileira, assim como a seção Lifestyle, com reportagens sobre comportamento e itens de consumo citados pelos próprios perfilados. ?A proposta é utilizarmos cerca de 40% de conteúdo selecionado a partir das Forbes estrangeiras (há edições em outros 22 países) e os restantes 60% de conteúdo nacional?, diz Hein, que anteriormente dirigia o projeto Interview, de revistas regionalizadas da Abril, que encerrou em janeiro último. O novo diretor de Redação também antecipou alguns nomes já confirmados na equipe: Françoise Terzian, vinda do Brasil Econômico, será uma das editoras. Outra editora que lá estava desde outubro de 2009 é Lurdete Ertel, com passagem anterior por Zero Hora, onde assinou as colunas Informe Econômico e Informe Especial. A editora-executiva será Gabriela Arbex, que acumulará função similar na revista Billboard, outro título da BPP, onde já vinha atuando. A Direção de Arte caberá a Alessandra (Duda) Bottini. No Conselho Editorial estarão Aloisio Falcão (diretor da primeira versão da Forbes Brasil) e Maria Teresa Gomes (ex-Exame e Você S/A). Antonio Camarotti, sócio-fundador da BPP, é o publisher. Hein, que tem expertise em publicações sobre turismo e viagem, mantém sua coluna na revista da TAM sobre o assunto.
Jornal Metro chega a Brasília
O lançamento oficial da versão candanga do gratuito Metro em Brasília foi nesta 3ª.feira (8/5), no Complexo Brasil 21, em cerimônia reservada a convidados do mercado publicitário e outras autoridades locais. Brasília é a 150ª cidade em todo mundo a receber o jornal, que está presente em 22 países. No Brasil ele é publicado pelo Grupo Bandeirantes em sociedade com a Metro International e já circula em São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e região do ABC paulista (Santo André). Sua tiragem inicial na Capital Federal é de 40 mil exemplares por dia, elevando a circulação total do jornal no Brasil para 483 mil exemplares diários. A Direção de Redação em Brasília está a cargo de Cláudio Humberto, com edição-executiva de Lourenço Flores, subedição de Érica Montenegro e reportagem de Adson Boaventura, Nana Queiróz e Raphael Veleda. A edição brasiliense circula a partir desta 4ª (9/5).
O Fluminense consolida posição em Niterói com novo canal de tevê
O jornal O Fluminense montou este ano um canal de tevê a cabo, a TV O Flu, que vai ao ar pela operadora Sim, pertencente ao grupo Band, com atuação em Niterói e São Gonçalo. Há planos de, até o final de 2012, chegar também à capital do Estado. Liliane Souzella, diretora de Multimídia do grupo O Fluminense, responde pela operação do canal. Ela tem na equipe cerca de 15 pessoas na parte técnica ? todos os produtores são jornalistas ? e duas repórteres exclusivas para televisão, Flávia Abranches e Flávia Tenente. Na produção, estão Renan Barreto ? que também apresenta um programa sobre games, assunto que ele domina ? e Eduardo Carvalho, entre outros. Na edição de imagens, Fabiano Castellar e Fabiano Guedes. O impresso contribui com todas as editorias e, da Rádio Fluminense AM, o repórter Flávio Oliveira gera material específico para a tevê. O coordenador de programação da rádio, Cristian Ferraz, acumula o mesmo cargo na tevê. No ar das 6h da manhã à meia-noite, o canal tem foco em notícias. Aline Novaes é a apresentadora dos telejornais da casa.






