O Bufalos TV, comandado por Gerson Campos ([email protected]) e Guilber Hidaka ([email protected]), fechou parceria com o portal R7. Agora, os vídeos produzidos também podem ser vistos lá, como em UOL e Yahoo. Os seis episódios veiculados desde a estreia ultrapassaram as 800 mil visualizações, média superior a 130 mil views por vídeo ? resultado da soma dos acessos em youtube e vimeo, além dos portais. Outra novidade é o patrocínio da Red Bull, que se junta à loja America Parts, especializada em peças para carros clássicos.
Memórias da Redação ? A emprensa e os cocos
A história desta semana é novamente uma colaboração de Sandro Villar ([email protected]), correspondente do Estadão em Presidente Prudente (SP). A emprensa e os cocos Por essa nem o considerado Moacir Japiassu esperava: inventaram e credenciaram a emprensa. Tudo aconteceu em um evento realizado já há algum tempo em Presidente Prudente, para quem ainda não sabe a maior cidade do Velho Oeste paulista, quer dizer, extremo oeste paulista. Antes de prosseguir com a narrativa devo te dizer, como diria Vicente Matheus, que o que não falta é extremo na cidade, onde as cartas são dadas por coronéis da política desde a década de 20 do século 20 (eles jogam muito). Depois dessa explicação, que quase me fez perder o fio da meada, continuemos com esse papo sobre a emprensa. No evento em questão, coube a uma recepcionista, muito jeitosa, a missão de credenciar os jornalistas que foram fazer a cobertura – que não sei se era de chantilly ou não, mas isso é como certos programas grotescos da televisão: não tem a menor importância. Mais bonita do que cartão postal, a recepcionista distribuiu as credenciais, procedimento normal nessas ocasiões, e aproveito para lembrar que procedimento, assim como complicado, é uma palavra da moda. Hoje em dia – e creio que até hoje em noite –, o paciente, para dar um exemplo da área médica, não é examinado e operado: ele passa por um procedimento. E hoje em dia ninguém mais morre, o sujeito vai a óbito. O pior é que tem jornalista que adota esse modismo, digamos, linguístico. Por falar nisso, está aí a sugestão para o nome de uma dupla caipira: Procedimento e Complicado. Não é chique pra cachorro? De volta ao credenciamento. Em vez de imprensa, a moça escreveu emprensa nas credenciais e, por algum tempo, os jornalistas representaram a emprensa no evento. Quem percebeu a mancada foi a jornalista Carla Nogueira, então colunista social do jornal Oeste Notícias. Ela levou a credencial para a redação, uma prova cabal de que tinham acabado de inventar a emprensa em Presidente Prudente, onde uma jovem repórter, com mais jeito de morsa do que de foca, se enrolou toda ao descrever plantas ornamentais em uma avenida. A prefeitura tinha acabado de plantar coqueiros na avenida Washington Luis, uma das principais da cidade. E lá foi a mocinha fazer a reportagem, porque isso também é assunto em jornais, rádios e televisões do nosso interiorzão, onde essa história de jornalismo investigativo é quando a polícia investiga o sumiço do repórter (brincadeirinha, mas tem fundo e até raso de verdade). Às vezes, dá até chamada de capa. Não sei se foi o caso, mas sei que a colega, também muito da jeitosinha, se entusiasmou, deu uma de poeta e escreveu que a “prefeitura plantou árvores de coco na avenida Washington Luis”. E não é que ela, até certo ponto, lembrou Ary Barroso? Se o grande compositor, mineiro de Ubá (crônica também é cultura), pôde falar, em nome da liberdade poética – ou licença poética –, “esse coqueiro que dá coco” na letra de Aquarela do Brasil, considerada a melhor música brasileira de todos os tempos, por que uma jornalista não tem o direito de chamar coqueiro de árvore de coco? Presumo que, na visão dela, laranjeira é árvore de laranja, limoeiro é árvore de limão, abacateiro é árvore de abacate e ninguém tem nada com isso.
Car and Driver lança Supercarros, seu primeiro especial
Chegará às bancas em 18/7 o especial Supercarros, o primeiro filhote da revista Car and Driver no Brasil. Com 156 páginas, traz comparativos de superesportivos, como o teste de 0-320-0 km/h, e de carros famosos do cinema. Luiz Guerrero, diretor de Redação, conta que esse é o primeiro de uma série de especiais: “Ainda este ano devemos publicar duas edições com outros temas”. O Supercarros traz um apanhado dos comparativos que mais agradaram os leitores nos últimos cinco anos, como é o caso do teste do Batmóvel e do Delorean (De volta para o futuro). Além do trabalho da equipe da revista no Brasil, o especial teve a colaboração de frilas e do time da C/D americana.
Paulo Moreira Leite retrata história da resistência civil à ditadura
No momento em que o País recoloca em discussão os crimes cometidos durante o regime militar, com importantes fatos como a criação da Comissão da Verdade e a recente condenação, em primeira instância, do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra pela morte de Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em 1971, Paulo Moreira Leite lança na próxima 2ª.feira (16/7), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073), a partir das 18h30, A mulher que era o general da casa. A obra, com 224 páginas e preço de capa de R$ 36, retrata a luta de personagens como Therezinha Zerbini (cuja história dá o título à obra), Armênio Guedes, Washington Novaes, José Mindlin, Plínio de Arruda Sampaio, Henry Sobel e Florestan Fernandes na defesa dos direitos dos que eram sequestrados, presos e torturados durante o regime militar. Com mais de 40 anos de carreira, em que passou por JT, Folha de S.Paulo, Veja, Gazeta Mercantil (em Washington) e Época, onde está hoje, Moreira Leite reúne no livro entrevistas que fez em diferentes épocas de sua carreira. Na reportagem que dá nome ao livro, a única inédita, ele conta a história de Therezinha Zerbini, mulher de um general cassado pelo golpe de 1964 que transformou a sala de sua casa em refúgio para perseguidos e procurados. Portal dos Jornalistas ? Como se deu a escolha dos personagens retratados? Paulo Moreira Leite ? Cada um teve sua história e seu momento. O reverendo Jaime Wright era uma fonte importante dos jornalistas nos primeiros anos da democratização. Ele nos ajudava a conhecer o passado da tortura e da violência do regime porque era o responsável pelos arquivos do Brasil Nunca Mais. Ele estava ali, como uma memória viva, para impedir a acomodação e o esquecimento. Quando o reverendo morreu, surpreendendo a todos, eu achei que deveria fazer justiça a ele, reunindo casos que havia me contado em nossa convivência. O caso do Florestan Fernandes é diferente. Todos nós ouvimos falar do Florestan mas eu não sabia de sua militância política, dos atos de resistência contra o regime, que alguns colegas até achavam uma temeridade. Sua origem, como filho de uma empregada doméstica, era conhecida mas eu nunca havia pensado muito a respeito. A história do Henry Sobel foi uma sugestão que recebi da Época. Eles me ofereceram um frila e eu achei uma ótima ideia. O Sobel tem um lugar na história do País que não pode ser apagado em função de um episódio lamentável, mal explicado, mas menor. Portal dos Jornalistas ? O que o motivou a escrever esse livro? Paulo ? Acho que foi uma tentativa de reunir histórias que explicam uma parte da luta pela democratização do País. Minha geração esteve dentro desse processo. Todos ouvimos falar sobre a luta armada. Não faltam livros para falar sobre a luta entre a linha dura contra os generais favoráveis à abertura política. Mas pouco se contou sobre a resistência civil, a luta pela anistia e contra a tortura. Foi por meio dessa resistência que a consciência democrática do País se manifestou. Acho que em 2012, quando se forma a Comissão da Verdade, e o País ainda não acertou as contas com esse passado, o livro pode cumprir um papel importante. Portal dos Jornalistas ? Dentre as histórias, qual o surpreendeu mais? Paulo ? Todas as histórias surpreendem. A gente não tem ideia do que essas pessoas fizeram. Você se pergunta: por que o Henry Sobel, um rabino americano, fã do John Kennedy, anticomunista, resolve tomar aquela atitude na morte do Herzog e muda a história do País? Não é fácil entender. Ou por que o Washington Novaes decidiu denunciar como tinha sido a morte do estudante Edson Luís Lima Souto num programa de tevê, desmentindo um ministro da ditadura ao vivo? Eu tive também uma grande surpresa com a história da Therezinha Zerbini. Como jornalista, tenho uma desconfiança de pessoas famosas, celebradas. A Therezinha já era famosa quando eu era estudante da USP e ela apareceu por lá na campanha da Anistia. Fui reencontrá-la 37 anos depois, na casa dela, no Pacaembu. Descobri que foi uma personalidade muito mais importante do que eu pensava. Eu não imaginava como tinha sido importante, corajosa. Portal dos Jornalistas ? Você começou a carreira durante a ditadura. Qual a sua história em relação a esse período? Paulo ? Acho que a ditadura nos politizou. Quando me tornei jornalista, eu queria ser escritor. Tinha mais interesse em literatura e música do que em política. Mas era impossível fechar os olhos para o que acontecia. Eu era repórter de esportes, gostava de escrever sobre luta de boxe, mas todo dia me contavam uma história sobre uma matéria censurada, ou então sobre a tortura. Eu trabalhava no Jornal da Tarde quando Luiz Eduardo da Rocha Merlino foi morto. Sempre ouvia falar de gente que tinha sido torturada. Isso incomoda. Dá medo. Tira o sono. Portal dos Jornalistas ? Teve contato com algum dos retratados durante aquele período? Paulo ? Tive contatos esparsos. Participei da luta pela anistia como jornalista e como militante. Nessa situação, você está mergulhado na ação, querendo alcançar determinado resultado. Só fui conhecer melhor essas pessoas quando tive a chance de entrevistá-las, já no fim da ditadura ou depois dela. Só então as pessoas tinham tranquilidade para conversar, falar de seus projetos. As matérias e textos que podemos ler hoje seriam impensáveis naquela época.
De papo pro ar – Gonzaga e os Beatles
Corria o nervoso ano de 1968, quando no Rio de Janeiro o provocador multimídia Carlos Imperial alardeou na televisão que o grupo inglês The Beatles iria gravar uma versão da toada Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Por esse tempo, Gonzaga andava ?em baixa?, sem ser lembrado pelos meios de comunicação e súditos. Com a notícia, porém, jornais, revistas e todo mundo logo correu para entrevistá-lo. E ele: ? Pois é, estão vendo, esses meninos têm futuro. Os Beatles jamais gravaram qualquer música do Rei do Baião, mas a falsa notícia o pôs de volta no caminho do sucesso e da eternidade. N. da R.: Gonzaga será o personagem da quarta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que vai circular em 6 de agosto. A terceira, que reproduz entrevista do maestro Eleazar de Carvalho a Assis Ângelo, publicada em 4/7/1985 no suplemento D.O. Leitura, do Diário Oficial do Estado de São Paulo, pode ser conferida no www.jornalistasecia.com.br.
Mostra resgata história de O Cruzeiro por meio de suas fotografias
O Instituto Moreira Salles do Rio abriu nesta 3ª.feira (10/7) a exposição Um olhar sobre O Cruzeiro: as origens do fotojornalismo no Brasil, que recupera a história de uma das maiores revistas ilustradas do País no século passado, com foco nas imagens que estamparam suas páginas. Há trabalhos de Jean Manzon, José Medeiros, Peter Scheier, Henri Ballot, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Luciano Carneiro, Salomão Scliar, Indalécio Wanderley, Ed Keffel, Roberto Maia, João Martins, Mário de Moraes, Eugênio Silva, Carlos Moskovics, Flávio Damm e Luiz Carlos Barreto, concentrando-se na produção das décadas de 1940 e 1950, auge da revista. A curadoria é da professora e curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP Helouise Costa e de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS. A exposição permanece em cartaz até 7/10 na sede do IMS (rua Marquês de São Vicente, 476), de 3ª a domingo, das 11h às 20h, com entrada franca. Mais informações pelos 21-3284-7400 / 3206-2500.
Primeiras impressões de Octavio Costa de volta ao Rio
De volta ao Rio de Janeiro após temporada em Brasília, Octavio Costa ([email protected] e 21-2222-8111) assumiu no final de junho como diretor adjunto do Brasil Econômico. Em sua primeira entrevista ao Jornalistas&Cia após essa mudança, ele conta sobre essa transição. Jornalistas&Cia ? Quanto tempo esteve longe do Rio? Octavio Costa ? Fiquei fora oito anos. Fui para Brasília dirigir o JB, já na gestão do Tanure. Como sempre estive muito ligado à família Nascimento Brito, e também por ter sido do Sindicato de São Paulo ? na mesma diretoria do Eduardo [Ribeiro] ? e da Fenaj, havia uma certa desconfiança. No ano em que saí do JB, ganhei o Esso de Primeira Página. Houve vaias, por ser quem era o dono do jornal, mas, na minha fala, lembrei às pessoas que aquele prêmio era do JB, uma instituição no jornalismo brasileiro. J&Cia ? Parece que você gostou de Brasília… Octavio ? A família gostou de lá. Minha mulher fez um doutorado na UnB (Universidade de Brasília) ? não sei se você sabe, ela é filha do [Luiz Carlos] Prestes ? e depois prestou concurso para professora da Universidade Federal Fluminense. Veio para o Rio assumir em setembro do ano passado, depois veio minha filha e, desde janeiro, estou na Ponte Aérea. Quando surgiu este convite, era hora de eu vir também. J&Cia ? E o que mais o motivou a voltar? Octavio ? Aqui, a cidade vive um grande momento, se comparado com o tempo em que saí. Vejo a cidade revitalizada, com um astral fantástico. Ninguém fala nisso, mas vem aí o aniversário de 450 anos do Rio, em 2015, entre a Copa e as Olimpíadas. São três eventos fortíssimos. Não só volto para a minha cidade como para uma empresa que está crescendo, olhando para o futuro, investindo. O Brasil Econômico está crescendo, e o jornal é inspirado no Diário Económico, de Portugal, que lá é o maior jornal de Economia. J&Cia ? Então você continua carioca… Octavio ? Quem não me conhece aqui, na redação, pergunta se eu sou de Brasília. Respondo que nasci na Muda da Tijuca, ali me criei e mostro onde está (*). E a cidade continua linda. Estou morando no Jardim Botânico, com vista para a copa das árvores e o Morro Dois Irmãos. Em noite de lua cheia, fico extasiado. (*) A redação dos jornais da Ejesa, na Cidade Nova, tem paredes envidraçadas com vista de 360o da cidade. J&Cia ? Alguma curiosidade nessa sua reestreia? Octavio ? O fato de termos aqui várias pessoas egressas da IstoÉ. O chefe de Reportagem de O Dia, Chico Alves, que acaba de entrar, foi por 20 anos da IstoÉ. Aziz Filho, o editor-chefe, chefiou a sucursal do Rio, e Ramiro Alves, o diretor de Redação da Ejesa no Rio, também foi de lá. E eu agora, como diretor do Brasil Econômico, venho dali. Diante dos planos de expansão, não é demais lembrar que o grupo Ongoing, acionista da Ejesa, é um dos detentores da SIC (Sociedade Independente de Comunicação), o primeiro canal comercial de televisão em Portugal, depois de 35 anos de monopólio estatal. Seu logotipo original foi desenhado por Hans Donner e, desde 2010, firmou parceria com a Rede Globo para a coprodução de novelas em português. Será que o próximo passo é entrar na mídia televisão no Brasil?
O Povo lança Comes & Bebes e novo Buchicho Guia
O jornal O Povo registrou duas estreias no último dia 6/7: o caderno gastronômico Comes & Bebes e o novo Buchicho Guia, que ganhou seções e mais dicas para os finais de semana. Ivonilo Praciano, que há nove anos escreve a coluna Muito Prazer, encabeça a lista de colunistas do Comes & Bebes, ao lado de Felipe Araújo, editor-chefe de Cultura e Entretenimento do Grupo O Povo, que assina a coluna Papo de Botequim, e da chef Marie Anne Bauer, que passa a colaborar na seção Dica da Chef, com Lia Quinderé e Bia Leitão. Magela Lima, editor-executivo do Núcleo de Cultura e Entretenimento, disse que a transferência do conteúdo gastronômico para o novo caderno permitirá ao Buchicho Guia concentrar mais atrações para o final de semana. Temas como humor, programação infantil e forró ganham espaços específicos. O projeto gráfico de ambos é do editor de Arte Gil Dicelli.
As demissões anunciadas de Folha e JT
Os primeiros dias de julho foram tensos e tristes em duas das mais importantes redações de São Paulo, Jornal da Tarde e Folha de S.Paulo. As estimativas dão conta de um corte total de 40 vagas, metade em cada uma das redações. Como as empresas não se posicionaram oficialmente, este não é um dado preciso, mas é o número que corria entre os colegas dos dois jornais e o que apurou Jornalistas&Cia. Com novo corte, JT passa a ter 50 integrantes na redação Novo projeto gráfico e fim da edição dominical devem ser anunciados em agosto Embora esperado, o novo corte de pessoal realizado pelo Grupo Estado no Jornal da Tarde nos últimos dias espraiou tristeza pela redação, tanto entre os que saíram quanto entre os que ficaram. E nem poderia ser diferente. Teriam sido 21 os postos de trabalho fechados, entre demissões, transferências e congelamento de vagas. Há também a informação de que o corte foi um pouco menor, 19 postos de trabalho. De concreto, já se tem conhecimento de oito demissões, quatro transferências e três vagas congeladas, o que totaliza 15 postos. O editor de Economia, Roberto Capisano Filho, foi o primeiro a ser comunicado. Depois dele consumaram-se as saídas de José Costeira (editor de Internacional), Gabriel Batista (pauteiro de Geral), Gislaine Gutierre (redatora de Geral), Saulo Luz (repórter de Economia), Suzane Frutuoso (repórter de Economia), Solange Spligliatti (internet) e Felipe Branco Cruz (repórter de Variedades). Os transferidos foram Glauco de Pierri, da primeira página do JT para Esportes do Estadão; Mariana Lenharo, da reportagem de Geral para o Vida&, do Estadão; Gisele Tamamar, da reportagem de Economia do JT para Pequenas e Médias Empresas do portal; e Felipe Tau, da reportagem de Geral do JT para o portal. Com o corte de pessoal, a redação do JT, que em dezembro de 2010 tinha 110 profissionais, foi reduzida, em um ano e meio, para 50, sendo que desse total apenas 30 são jornalistas ? os outros 20 atuam em funções acessórias. ?Foi uma adequação do produto à receita comercial? disse fonte da empresa a este J&Cia, salientando que ela aposta na retomada do crescimento de circulação com o novo projeto gráfico que deverá ser anunciado em agosto (seria agora em julho, mas em função desse ajuste ficou para o próximo mês). Uma das novidades dessa nova fase será a extinção da edição dominical, retomando a fórmula original do JT, que foi lançado e circulou por mais de três décadas de 2ª a sábado, descansando aos domingos (período em que o Estadão descansava às 2as.feiras). A ideia é reforçar a edição de sábado, caracterizando-a como de fim de semana. E a aposta é que ela possa ter um retorno comercial e de circulação que compense o domingo, que não teve o desempenho que se esperava desde que foi lançada, pouco mais de dez anos atrás. Sobre os rumores que sempre retornam ao Grupo Estado em períodos de turbulência como esse, de que o JT pode acabar, parecem continuar sendo apenas rumores. Na Folha, cortes objetivam reduzir 6% da folha salarial Se no JT as demissões já eram esperadas, pois a informação estava nos corredores do jornal, na Folha o novo corte surpreendeu. E teve início na 5ª.feira passada (5/7). J&Cia apurou que o corte deve atingir 6% da folha salarial do jornal, o que totalizaria 20 profissionais ? razão pela qual a opção foi por funcionários com salários maiores e com mais tempo de casa. A empresa alega dificuldades econômicas e necessidade de ajustar seus custos para fazer frente ao cenário que se avizinha. Outras medidas estão em estudo. Entre os que saem estão: Lucia Valentim, da Ilustrada; Vaguinaldo Marinheiro, repórter especial; Julio Veríssimo, da Agência Folha; e Lucio Vaz e Claudio Angelo, da Sucursal de Brasília. Também saiu Carolina Vila-Nova, da Internacional, cujos contatos pessoais são [email protected] e 11-8332-3631. Pegou carona no corte, como voluntário, o editor Ricardo Feltrin. E o fez para se dedicar a projetos no campo da literatura, um desejo de muitos anos. Mas ele se despede apenas do dia a dia e do cargo de editor, permanecendo como titular da coluna que leva seu nome no site de entretenimento F5, que criou, e do programa Ooops, transmitido pelo UOL ? ele também participará eventualmente de reportagens para o jornal. Feltrin contabiliza 21 anos de Grupo Folha, onde ingressou como trainée, na 9ª turma, em julho de 1991 ? seu período digital começou em 2001, como editor-chefe da Folha Online, onde em 2007 passou a secretário de Redação; em 2010 assumiu a Secretaria de Redação de Novas Mídias.
Edição especial de J&Cia celebra os 80 anos de Audálio Dantas
Ícone do jornalismo brasileiro, Audálio Dantas completou 80 anos de vida no último dia 8 de julho. Para comemorar a data, J&Cia circulou em edição especial homenageando o mestre. A edição traz um resumo da trajetória de Audálio; depoimentos de amigos e admiradores, entre os quais Helena Chagas, Juca Kfouri, Washington Olivetto e Carlos Chaparro; e uma entrevista que ele concedeu ao editor Igor Ribeiro, tomando por base o lançamento do livro Tempo de reportagem, que acontecerá na próxima 3ª.feira (17/7), em São Paulo. Para o diretor de J&Cia Eduardo Ribeiro, ?Audálio Dantas é uma das grandes referências do jornalismo e dos jornalistas brasileiros, por tudo o que fez e pelo que representa em campos como direitos humanos, cidadania, solidariedade e outros mais. Poderia ter dormido nos louros de sua gloriosa carreira ? jornalística e política ?, mas nunca sucumbiu aos encantos do poder. Ao contrário. Valeu-se dele para defender os mais necessitados e lutar por justiça. E assim tem sido desde sempre. Por fim, nunca é demais lembrar o carinho que esse alagoano de Tanque D’Arca sempre teve com Jornalistas&Cia, sendo o seu primeiro assinante, quando este ainda estava na edição zero”. Leia a edição completa aqui.SERVIÇO Lançamento do livro Tempo de reportagem, de Audálio Dantas Data: 17/7 (3ª.feira) Horário: 19 horasLocal: Jacaré Grill (rua Harmonia, 321, Vila Madalena)






