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segunda-feira, dezembro 8, 2025

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Álbum – Automóveis e futebol na pauta de Paulo Rodrigues

Paulo Rodrigues, do Carros&Cia, é daqueles jornalistas que se profissionalizaram no dia a dia da atividade. Ele é advogado de formação, mas começou carreira na imprensa no início da década de 1970, na Rádio Caxias, aos 19 anos, como plantonista esportivo. Em 1975, começou a fazer na TV Caxias um programa de carros. Daquele tempo pra cá, a atração foi sendo aprimorada e hoje, além de falar de competições, abre espaço para lançamentos, produtos, salões internacionais e o mercado automotivo em geral. Há 15 anos com o nome de Carros&Cia, o programa de tevê vai ao ar aos sábados e pode ser visto também no site de mesmo nome. Na rádio, os boletins são diários. Rodrigues divide a pauta automotiva com a esportiva: às 2as.feiras, apresenta um programa de debate sobre futebol, o Zona do Agrião, também na TV Caxias. Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva ? Um carro inesquecível? Paulo Rodrigues ? O meu primeiro carro, um Fusca amarelo ovo. J&Cia Auto ? Um momento automotivo que marcou sua vida? Paulo ? A primeira vez que fiz um test-drive com um carro elétrico. Foi na pista da Ford, em Dearborne, Detroit (EUA). J&Cia Auto ? Onde iniciou suas atividades nessa área? Paulo ? Na TV Caxias, apresentando o programa Fórmula Zero, que tratava apenas de competições e que depois foi mudando para se tornar o Carros&Cia de hoje, que faz cobertura completa do setor automotivo. Nele fazíamos a espera das transmissões da Fórmula 1, reunindo convidados que debatiam o assunto até entrar a transmissão oficial. J&Cia Auto ? O que mais o impressiona na imprensa automotiva? Paulo ? A sua versatilidade e imaginação, além do seu crescimento volumétrico assustador. A capacidade de muitos profissionais, o bom profissionalismo de outros tantos e a picaretagem de alguns poucos. J&Cia Auto ? Um profissional da imprensa automotiva para homenagear o segmento? Paulo ? Mario Pati. J&Cia Auto ? Livro de cabeceira? Paulo ? Ainda o Pequeno Príncipe e a Bíblia. J&Cia Auto ? Time de coração? Paulo ? O querido E.C. Juventude de Caxias do Sul, onde até vice-presidente já fui em duas temporadas (2005/2006). Entrei no Juventude quando estávamos na série A e saí ainda na série A. Hoje, infelizmente, o time está na série D. J&Cia Auto ? O que mais gosta de fazer nos momentos de descanso? Paulo ? Curtir corridas de automóveis e futebol. J&Cia Auto ? Algum hobby especial? Paulo ? Colecionar bonés e exemplares de bons vinhos da serra gaúcha. J&Cia Auto ? Tipo de música que mais aprecia? Paulo ? Musica Popular Brasileira. J&Cia Auto ? Na televisão, qual programa predileto? Paulo ? Filmes e esportes. J&Cia Auto ? Quais os jornais e revistas de que mais gosta? E sites especializados? Paulo ? Folha de S.Paulo, Veja, Motor Show e a minha revista Acontece Sul, onde edito também o Carros&Cia impresso, além do site www.carrosecia.net, claro! J&Cia Auto ? Um sonho por realizar? Paulo ? Percorrer toda costa brasileira, de norte a sul, de automóvel. A ideia é fazer isso durante meses, acompanhado da minha esposa e da nossa cachorrinha. 

João Mendes é o novo apresentador do Auto Garagem

O Auto Garagem, exibido na Band Rio aos sábados, às 10h30, tem novo apresentador, João Mendes ([email protected]), que já estava no programa desde sua estreia, em junho, mas apenas produzindo conteúdo e notas cobertas. A partir deste mês ele também está em frente das câmeras, e anuncia que as próximas reportagens deverão mostrar o Chevrolet Spin, os últimos lançamentos da Honda (NX 700, 400 Falcon, CBR 1000 RR), o Mitsubishi Triton 2013 e os novos Volkswagen Gol e Voyage, e Fiat Punto. O programa também transmite as etapas do Campeonato Carioca de Automobilismo da categoria Turismo. Completam a equipe Carlinhos Pereira (editor de imagens e cinegrafista) e Kadu Alvez (arte e finalização).

Abertas até 5/9 as inscrições para o Prêmio J&Cia/HSBC

Seguem abertas até 5/9 as inscrições para o Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, um dos cinco maiores do País em valor. A iniciativa reconhece trabalhos que tenham foco em sustentabilidade, seja no eixo econômico, ambiental ou social, para que o conceito seja melhor compreendido pela sociedade por meio da imprensa. Podem concorrer trabalhos de jornal, revista, televisão, rádio, internet, fotografia e criação gráfica, na categoria Mídia Nacional, publicados entre 1º/9/2011 e 31/8/2012. Este ano, exclusivamente, há a categoria Rio+20, para trabalhos que tenham como pano de fundo a cobertura do evento. A premiação para jornal, revista, televisão, rádio, internet e Rio+20 é de R$ 10 mil líquidos cada. Para fotografia e criação gráfica, serão distribuídos R$ 6 mil líquidos para cada. Há ainda a categoria Mídia Regional ? cujos vencedores são escolhidos pela Comissão de Premiação após a decisão dos vencedores da Mídia Nacional ? e o Grande Prêmio, escolhido entre os vencedores da Mídia Nacional, revelado na noite da entrega dos prêmios. As inscrições devem ser feitas pelo www.premiojornalistasecia.com.br. Em caso de dúvidas, a coordenação está à disposição pelo 11-2679-6994 ou [email protected]. Há ainda suporte técnico da Maxpress pelo 11-3341-2799.

Vaivém das redações!

São Paulo ? Juliana Diniz é efetivada como redatora-chefe de Nova: Juliana Diniz assumiu recentemente o cargo de redatora-chefe de Nova, função que já vinha exercendo interinamente. Ex-Women?s Health e Claudia, ela começou na publicação em março de 2010, inicialmente como editora-assistente, passando mais tarde a editora. Entra na vaga de Joyce Moysés, que desde fevereiro é redatora-chefe de especiais e eventos de Claudia, além de coordenadora da área de novos projetos multimídia do núcleo de Comportamento da Editora Abril.A repórter Alline Dauroiz despediu-se do Estadão em 12/7, depois de cinco anos no jornal, em que passou pelo suplemento TV e, mais recentemente, pelo Caderno 2. Foca da 17ª turma do Curso de Jornalismo Aplicado do Grupo Estado, Alline também teve passagem pela assessoria de imprensa da Sabesp.No portal da RedeTV, o redator da tarde Diego Salmen, que estava havia pouco mais de um ano no cargo, deixou a equipe para trabalhar na assessoria da campanha de Fernando Haddad. Quem também saiu foi o redator da manhã Rafael Balago ([email protected] e 11-7998-8965), que continua com frilas para o blog Mural, da Folha de S.Paulo, para a Editora Casa Nova e trabalha em um livro sobre gestão de marketing para shopping centers. O estagiário Gustavo Gobbi foi efetivado e começou no turno da manhã na área de notícias. Na madrugada, quem chegou foi o redator Rodrigo Alvares, ex-Terra, MTV e portal do Estadão.Guilherme Azevedo ([email protected] e 11-8162-4750) começou na revista O Empreiteiro em junho, para atuar na equipe responsável pela produção e edição de uma publicação especial com cerca de 500 páginas. Intitulada O Empreiteiro ? 500 Maiores da Construção, circulará no final do mês com o ranking das 500 maiores construtoras, empresas de engenharia e de projetos e reportagens sobre as principais obras de infraestrutura que estão acontecendo no Brasil, em áreas como transporte, saneamento, habitação e energia. Guilherme segue editando o portal Jornalirismo, que, segundo ele, está no sexto ano de vida, ?com muita poesia e risco?.Daniel Morales está desde o começo do mês colaborando como repórter do Jornal da Gazeta, na TV Gazeta. Ele esteve antes por quase seis anos na TV TEM, em São José do Rio Preto, e passou ainda pela RIT TV.   Rio de Janeiro: Marcela Maciel Souza chega à TV Record. Ela começou como trainee na Band, teve breve passagem pela Regional Rio da TV Globo em 2011, voltou à Band como editora e agora saiu novamente.   Brasília: Começou em maio no Correio Braziliense Marcela Ulhoa, como repórter de Novos Conteúdos, editoria que trabalha na interface do jornal com o novo CorreioWeb. Anteriormente, Marcela passou pela TV Comunitária de Brasília e pela Solos Comunicação. Ainda por lá, Helena Mader deslocou-se de cidades para política.O repórter Vinícius Sassini, ex-Estado de Minas, chega à redação de O Globo no lugar de Roberto Maltchik. Para a reportagem do Extra-DF foi contratado Guilherme Amado, vindo do Correio Braziliense.   Minas Gerais: No caderno de Opinião de O Tempo, Ana Paula Campos substitui a Ana Carolina Caetano, que deixou o jornal.Marcela Gonzaga voltou à Record como chefe de Pauta depois de passagens por Rede Minas e Rede TV.Carlos Amaral deixou a Produção do Rede Mídia, da Rede Minas, para se tornar produtor de Jornalismo da Rede TV.Thaís Pacheco transferiu-se da reportagem do caderno de Cultura do Estado de Minas para a do caderno Gerais. Carlos Herculano, que estava de licença da redação, ficou no lugar dela. Outra mudança no caderno foi a saída de Thaís Pimentel, em direção à BandNews FM.Com as férias de Joelmir Tavares, entra em recesso até seu retorno a coluna Banco de Ideias de O Tempo. Como ele é também repórter de Cidades, a própria equipe do caderno se organiza para o substituir. Ainda por lá, registro para a chegada de Johnatan Castro, vindo do caderno de Imóveis, onde foi substituído temporariamente por Letícia Murta.   Bahia ? Perla Ribeiro é nova chefe de Reportagem de Cidades do Correio: Mudanças diversas sacudiram a redação do Correio recentemente. Perla Ribeiro deixa a coluna VIP, comandada por Telma Alvarenga, para assumir a Chefia de Reportagem de Cidade no lugar de Linda Bezerra. Rafaela Ventura trocou o online pela vaga na coluna, enquanto Linda é a nova editora de Produção, cargo criado há pouco. Edvaldo Araújo (Divo) é o editor de Fechamento, posto que o editor-executivo Oscar Valporto acumulava, e Juan Torres, que estava como sub, passa agora a coordenador da editoria de Cidade.

Memórias da Redação ? Thanks for the Memory

A história desta semana é de Antonio Carlos Seidl ([email protected]), ex-assessor-chefe de imprensa do HSBC, ex-correspondente da Folha de S.Paulo em Londres e ex-produtor do Serviço Brasileiro da BBC de Londres, hoje atuando como consultor em Comunicação Corporativa.   Thanks for the Memory Uma homenagem à memória de Ivan Lessa (foto), um grande nome em redações deste e do outro lado do Atlântico, jornalista, escritor, tradutor e cronista admirado e polêmico, é o tema desta seção nesta semana. E as minhas lembranças dessa estrela da imprensa internacional começam na hora do almoço de uma quarta-feira cinzenta de 1986 no Topo Gigio, a cantina italiana preferida de Ivan no Soho, bairro boêmio de Londres, terra que ele escolheu para viver por 34 anos e meio, desde que deixou o “Bananão” por vontade própria em janeiro de 1978, até a morte no dia 8 do mês passado. Honrado pelo convite para o repasto, lá estava eu com um dos baluartes do saudoso Pasquim, minha leitura mais prazerosa nos anos 1970 e então colega do Serviço Brasileiro da BBC, à espera de um ilustre convidado, que, homem de letras, também passara pela Redação da BBC em Londres. – Salve o grande cronista! –, exclamou Ivan, saudando a chegada de Fernando Sabino (1923-2004) ao restaurante. – É a mãe! –, retrucou impromptu Sabino, referindo-se, com o devido respeito, a Elsie Lessa (1914-2000), a mulher que trouxe Ivan ao mundo, e que, com um texto refinado, delicado e com profundo senso de observação, contava a seus leitores as histórias de viagens pelo mundo em suas crônicas na coluna Globe-Trotter, do segundo caderno de O Globo. Fiquei emocionado em testemunhar a irônica troca de gentilezas dos colegas de BBC. Antes de ir para Londres em 1978 para fazer um mestrado na London School of Economics e trabalhar na BBC, as colunas da mãe, no jornal dos Marinho, e a do filho, no icônico Pasquim, eram leituras obrigatórias, uma espécie de mestrado para curtir Londres. Elsie Lessa, na ocasião, morava em Londres. Com ela aprendi muito sobre os hábitos, tradições e o caráter dos ingleses, em geral, e londrinos, em particular. Aprendi também a gostar do Royal Borough of Kensington and Chelsea e de suas atrações, onde depois morei por quase 15 anos. Uma vez lá, inclui em meus passeios visitas às casas de chá, feiras de antiguidades, museus e parques que ela descrevia com verve e graça de um enorme talento para escrever crônicas. Com o filho, divertia-me com as Cartas de Londres e com os Diários de Londres, suas colunas no célebre Pasquim, onde Ivan encarnava o personagem Edélsio Tavares, que com irreverência, sarcasmo e humor contava suas aventuras na capital britânica ao seu fictício amigo Caldas Marombão, que ficara em Ipanema. Foi com Edélsio que me iniciei, cautelosamente, na culinária indiana, presente em cada esquina de Londres e, até hoje, tão rara no Brasil. Em uma de suas cartas a Caldas, Edélsio narrou uma conversa dele com o indiano Zulfimar, que ele chamava de Zulfa, um de seus “comparsas” dos pubs da, como dizia, “Estrada da Corte do Conde” (Earl’s Court Road). – Estou aprendendo a comer indiano, não o Zulfa, mas a cozinha Tandoori, que é tudo que entra num forno enorme e que sai dando tapa em culinária baiana e endemia rural. Nossas pimentas, perto dos molhos deles, parecem quindim ou baba de moça. Com essa peça de cultura utilíssima, evitei queimar a língua na minha primeira vez em um restaurante indiano em Londres. Já na invejável condição de colega das transmissões em ondas curtas da BBC para o Brasil, pedi a Ivan para escrever uma crônica sobre Londres para uma edição especial do caderno de Turismo da Folha de S.Paulo. Ele topou na hora. Combinamos o prazo. Dias depois, ele me trouxe o texto datilografado em duas laudas, com algumas correções feitas a caneta. E ficamos sabendo que, nas palavras dele, a primeira coisa que descobriu “sobre a cidade à beira-Tâmisa espraiada” foi que Londres não é um “estado de espírito”: – Querem toda a verdade sobre Londres? –, perguntou Ivan em seu texto. – Eu conto. É tudo um bando de estrangeiros metidos a falar inglês e eu não quero intimidade com eles. A gente dá os pés e querem logo pegar nas mãos, dizendo rauduiudú. Ivan não queria intimidade com os “ingleses”, mas era um amigão de seus colegas da BBC, uma referência de bom humor e cultura na nossa Redação – formada por profissionais bem mais jovens – para os assuntos do passado, pois, conforme bem definiu Ruy Castro na seção Memória da “ilustríssima” na Folha, Ivan tinha “complexo de Peter Pan”, seu sonho era estacionar no passado. Cinema, música e literatura eram seus temas preferidos. Generoso, tinha satisfação em repassar a um colega as edições lidas da The New York Times Review of Books, da qual era assinante, a outro seus antigos elepês aos poucos substituídos por CDs, a outros livros raros que desencavava nos sebos da Charing Cross Road. A mim me coube um cassete que guardo com carinho até hoje. Sim, uma fita cassete. Na pele de Edélsio, Ivan revelou o seguinte a Caldas em carta de 4 de março de 1981: “Saio cada vez menos de casa. Sinto-me como se tivesse encontrado, finalmente, depois de tanto zanzar, o meu canto. Nele me afundo com meu milhão de melodias, minhas cem páginas de gibis mensais… E preparo na mente cassetes, cavalgando meus discos. Como preparo cassetes!”. Num papo regado a Carlsberg Special Brew, nossa marca preferida de cerveja no pub da BBC, uma verdadeira extensão das mais de 40 Redações do Serviço Mundial da BBC, confessei-lhe que estava brindando ao fim de um caso. Feliz porque acontecera e não triste porque acabara, cantarolava naqueles dias Thanks for the Memory, para me lembrar com carinho dos altos e baixos daquela experiência. Certamente depois de “cavalgar seus loucos corcéis”, ele me surpreendeu me dando um cassete com várias versões da música composta em 1938 por Ralph Rainger e Leo Robin, desde a original com Bob Hope e Shirley Ross, vencedora do Oscar de melhor música no filme The Big Broadcast, passando por Dorothy Lamour, Ella Fitzgerald e Frank Sinatra. De quebra, no lado B, mais dor de cotovelo nas vozes de Dick Farney e Dorival Caymmi e, como não poderia deixar de ser, a gloriosa I apologise, na voz inconfundível de Billy Eckstine, sua preferida e que tão bem imitava enquanto “batucava as pretinhas” na Redação da BBC à beira do Tâmisa.

Agência Warm Up prepara reformulações gráfica e de conteúdo

No final de julho, a revista eletrônica Warm Up e o site Grande Prêmio ? produtos da Agência Warm Up ? devem apresentar os leitores novos projetos gráfico e de conteúdo. Durante o GP da Hungria, em 29/7, o www.grandepremio.com.br vai ganhar novo visual, com valorização da manchete principal e das notícias de cobertura in loco. O site será reformulado para se alinhar ao parceiro no qual está hospedado, o portal MSN. Já a revista terá novos colunistas a partir da próxima edição, a 28ª. Também mudam as seções e o número de páginas, no mínimo 84. Entre as novidades estarão as seções 10+ (sempre uma lista diferente, que estreia com os acidentes mais bizarros da história do automobilismo) e Área de Imprensa (dedicada às notícias de bastidores e comentários sobre o esporte no Brasil e no mundo). Na coluna O automobilismo não é tudo, Felipe Corazza, do Estadão, abordará assuntos diversos ao esporte a motor. Outra novidade é a chegada de Américo Teixeira Jr. como colunista.

Congresso da Abraji ? Um outro olhar

Portal dos Jornalistas deu apoio de divulgação ao congresso da Abraji e escalou a repórter Mariana Ribeiro para assistir a algumas palestras. É dela o depoimento a seguir: ?Olhos jovens e ávidos por conhecimento. A primeira impressão seria confirmada mais tarde, ao saber que mais da metade dos 636 inscritos eram estudantes. Foi quando a quase-não-mais-foca (sentindo-se praticamente uma orca idosa) se viu alimentando-se daqueles olhos, revendo seus dias não tão distantes de universidade e reforçando a vontade (vocação?) de produzir jornalismo de qualidade. ?Isso é interessante porque mostra que o jornalismo está se renovando numa velocidade muito intensa. As pessoas já na universidade se preocupam em se preparar melhor, em buscar qualificação, procurando entrar no mercado de trabalho já com algum tipo de informação que faça a diferença?, comentou Marcelo Moreira, presidente da Abraji. Roberto Cabrini, âncora do Conexão Repórter (SBT), observou com entusiasmo a participação dos estudantes ? tão latente durante todo o congresso ?, reforçando que discutir jornalismo investigativo é um avanço para toda a sociedade: ?O jornalismo investigativo é um jornalismo denso e que faz a diferença dentro de uma sociedade. Quando vejo jovens preocupados em descobrir quais são os limites da ação de um jornalista investigativo, isso significa que estamos construindo uma sociedade que tem mais possibilidades de ser justa. E o jornalismo investigativo cumpre um papel insubstituível em termos da construção de uma sociedade mais justa?. E completou dizendo que ?na época do Tim Lopes a gente não tinha congressos tão bem feitos, tão elaborados quanto este, que possibilitam a cada jornalista discutir com seus pares, com seus colegas, quais as proteções que você pode ter. Qual o tipo de retaguarda jurídica que você pode ter para o seu trabalho. Acho que Tim Lopes deixou o legado da necessidade de se aprofundar no jornalismo investigativo e também dos riscos que o jornalismo envolve. Acredito que a melhor notícia é saber que estamos avançando. Estamos discutindo mais quais são os limites da nossa ação, qual o tipo de embasamento jurídico que se pode ter para agir como jornalista investigativo, qual o tipo de retaguarda e de segurança que se pode desenvolver para fazer um bom trabalho, mas que, ao mesmo tempo, possa proteger a você e sua família. E isso envolve um constante exercício de troca de informações entre profissionais da área. Por isso esse congresso é tão importante: porque ele possibilita que profissionais que exercem a mesma função, que assumem riscos semelhantes, troquem informações e descubram a melhor forma de avançar?. Os olhos da quase-não-mais-foca também brilharam ao ouvir David Carr, polêmico e bem-humorado colunista de The New York Times, dizer que esses são os anos dourados da profissão. Carr disse acreditar que os jornalistas serão cada vez mais uma marca própria, com público e valores também próprios, e que isso despertará o interesse dos veículos de comunicação. Para fechar o balanço do congresso, o presidente da Abraji Marcelo Moreira comemorou as ?mais de 800 pessoas envolvidas no evento [entre congressistas, palestrantes e colaboradores] durante esses três dias, em quase 90 palestras. Estamos muito felizes porque o evento já está consagrado no calendário como um dos maiores do jornalismo brasileiro. E só esperamos poder continuar desempenhando esse papel, fazer com que esses congressos e o trabalho da Abraji funcione como ferramenta que ajude a melhorar a qualidade do jornalismo no Brasil?. E emendou a fala com o convite para a próxima edição: de 12 a 15/10/2013, na sede da PUC, no Rio de Janeiro. Convite feito, convite aceito.?

De papo pro ar – Fuga interrompida

Em 1930, a carioca Carmélia Alves tinha sete anos de idade e era louca por circo. Um dia, o circo do palhaço Carequinha foi instalado nas proximidades da casa onde ela morava. E todo dia ela ia lá, para conversar com os artistas. Fez-se amiga de todos, até do próprio Carequinha, a quem contou da sua grande paixão, que era ser trapezista. Carequinha ficou curioso e pediu para conhecer seus pais, pois, quem sabe… E ela, depressa, mentindo: ? Eu não tenho pais. A menina seguiria com a trupe dias depois, mas a mãe desconfiou da mala que a filha estava arrumando… Foi assim que o Brasil perdeu uma trapezista e o baião ganhou uma rainha. N. da R.: O personagem da quarta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que vai circular em 6/8, será Luiz Gonzaga, o ?Rei do Baião?. A terceira, que reproduz entrevista do maestro Eleazar de Carvalho a Assis Ângelo, publicada em 4/7/1985 no suplemento D.O. Leitura, do Diário Oficial do Estado de São Paulo, pode ser conferida no www.jornalistasecia.com.br.

Congresso da Abraji ? Próxima edição será no Rio

Mal terminou o 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado em São Paulo de 12 a 14/7, e a Abraji já fechou local e parcerias para o encontro de 2013. E são novidades de peso: o evento se transfere para o campus da PUC-Rio, no bairro carioca da Gávea, e acertou sua realização conjunta com a Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación 2013, promovida pelo Ipys (Instituto Prensa y Sociedad), e a 8th Global Investigative Journalism Conference, sob responsabilidade da Global Investigative Journalism Network. Segundo Marcelo Moreira, editor-chefe do RJTV ? 2ª Edição e presidente da Abraji, o sucesso da edição deste ano e as perspectivas para o próximo encontro são prova de que o congresso está mais do que consolidado: ?Foram cerca de 800 participantes, metade deles estudantes e incluindo os conferencistas, quase 90 painéis com conteúdo de altíssimo nível, grande repercussão na mídia e a presença das direções dos principais veículos. Discutimos temas cruciais como o futuro dos jornais face a concorrência da internet; a utilização da Lei de Acesso, luta antiga da Abraji; a segurança nas coberturas, questão da qual sou militante e que ganhou força depois da morte de Tim Lopes; e como fiscalizar obras de megaeventos. Aliás, José Roberto de Toledo publicou no Estadão, nesta 2ª.feira (16/7) uma série de frases de conferencistas que dão uma boa noção do que foi esse conteúdo. O congresso, em suma, nos ajuda a compreender melhor como exercer a profissão e serve de estímulo para novas ideias?. O evento, que marcou os dez anos da Abraji, teve homenagens a Tim Lopes (também pelos dez anos de sua morte) e a Janio de Freitas, pelo conjunto de seu trabalho (confira depoimentos sobre ele de Carlos Heitor Cony, José Ramos Tinhorão e Ferreira Gullar). Marcelo diz que outra novidade para o próximo ano será uma Hackers fest, para ajudar os jornalistas a desvendarem segredos da internet: ?Nosso objetivo é oferecer cada vez mais qualidade de conteúdo, para que os profissionais produzam trabalhos de mais qualidade?. Cobertura ? Pelo terceiro ano consecutivo, a cobertura do congresso ficou a cargo de alunos ou ex-alunos do Projeto Repórter do Futuro, da Oboré. Este ano, um grupo de 25 estudantes de 12 diferentes universidades trabalhou sob coordenação de João Paulo Brito e do editor Milton Bellintani, um dos coordenadores pedagógicos do projeto. Ao longo dos três dias do evento eles cobriram 70 painéis, realizando cerca de 80 entrevistas e fazendo cerca de 700 fotos, que resultaram na publicação de mais de uma centena de conteúdos no blog do evento. Mais informações com Cristina Cavalcanti, no [email protected] ou 11-3214-3766.

Abertas inscrições a bolsas de curso para correspondentes

Está aberto o período de inscrições a bolsas do curso para correspondentes promovido por União Sul-Americana de Correspondentes, Associação Mundial de Rádios Comunitárias e a Pontificia Universidad Católica de Valparaíso. A meta é promover nessa cidade chilena a capacitação de cerca de 200 correspondentes e editores da região, com participação das principais agências da ONU (Unesco, Cepal, Unicef, OIT e FAO). Os profissionais selecionados pelos organizadores receberão bolsas que cobrem custos de estudos, viagem, hospedagem e manutenção. O programa tem duração de um mês e será realizado em novembro. Mais informações no site da organização. Interessados devem entrar em contato com a Associação dos Correspondentes Estrangeiros do Brasil, pelo [email protected].

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