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quarta-feira, dezembro 17, 2025

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O Brasil visto por um correspondente internacional

Larry Rohter, hoje no caderno de Cultura de The New York Times, lança Brasil em alta ? a história de um País transformado (Geração Editorial), versão em português para Brazil on the rise ? the story of a country transformated (Palgrave), lançado nos Estados Unidos em 2010. Poliglota, formado em História, Economia e Ciências Políticas pela Georgetown University, em Washington (de onde é egressa boa parte da equipe do Departamento de Estado norte-americano), Rohter foi correspondente no Brasil em duas temporadas, de 1977 a 1982 e de 1998 a 2008. O interesse dele pelo País aconteceu partiu do interesse por Clotilde, então tradutora da Globo em Nova York, hoje sua esposa e mãe de seus dois filhos. ?Eu fazia pós-graduação sobre a China na Columbia, mas fui desviado, graças a Deus?, brinca. E emenda: ?Sabe, o Gil tem aquela canção, Aquele abraço, e isso não existe na China, só no Brasil. Aquele abraço?. Foi também na sucursal da Globo na Big Apple que conseguiu seu primeiro emprego: ?Eu tinha várias tarefas. Trabalhei no Jornal Nacional, comprando videoteipe de telejornais das tevês americanas, trabalhei no Festival Nacional da Canção, no Rio?. Ficou na emissora de 1971 a 1973, quando foi para o Washington Post como crítico de cinema, música e literatura. O passo seguinte foi como correspondente do jornal e da revista Newsweek no Brasil, onde chegou em 1º de setembro de 1977. A partir de então, o que se observa na carreira de Rohter é a realização do sonho do menino de Chicago, que aos oito anos via-se percorrendo o mundo em busca de notícias. Além de Brasil, foi correspondente na Ásia e na América Central (onde cobriu guerras em Nicarágua, El Salvador e Guatemala, na década de 1980). Também atuou como chefe de sucursal de NYT no México e no Caribe. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, Rohter fala sobre sua trajetória profissional, da paixão pelo Brasil, a polêmica com o presidente Lula e os próximos passos da carreira: Portal dos Jornalistas ? Como começou a se interessar pelo Brasil? Larry Rohter ? A verdade é que eu estava fazendo pós-graduação em História e Política da China moderna. E minha namorada, hoje minha mulher, trabalhava na Globo (ela é tradutora e intérprete). Nas aulas eu estudava a China, mas nas horas livres ia a festas e outros eventos com brasileiros da sucursal da Globo em NY. Aquilo foi o passo inicial. Depois de alguns meses, a Globo me convidou para trabalhar no escritório deles em NY. Claro que passei a me interessar cada vez mais pelos assuntos ligados ao trabalho. Isso foi durante a ditadura, em pleno governo Médici [início da década de 1970]. Portal ? Sobre o Brasil, especificamente, que mudança destaca desde quando você começou a se interessar, lá na década de 1970, até o momento atual? Rohter ? São mudanças profundas. Na verdade, o subtítulo do meu livro ? A história de um país transformado ? vem dessas mudanças, que ocorreram tanto no campo político como no econômico. Mas é preciso lembrar que quando cheguei ao Brasil, em 1972, o País estava vivendo debaixo de uma ditadura militar. Hoje em dia, claro que é eminentemente democrático, com uma vida cívica muito vigorosa, 20 e não sei quantos partidos, imprensa que não sofre censura. E vejamos os dois últimos presidentes: um líder sindical e a atual ex-guerrilheira. Mas, em 1972, os militares temiam os sindicatos e os guerrilheiros. Significa dizer que Lula e Dilma representam o pesadelo da ditadura. Mas veja o que aconteceu com eles no poder: o País não caiu numa ditadura comunista, muito ao contrário. Ficou ainda mais democrático do que era durante o governo do Fernando Henrique. Então, para mim são transformações profundas no âmbito político. E, ao mesmo tempo, no mesmo lastro, a economia também foi transformada. Trato disso em dois capítulos do livro: um fala sobre a economia e o outro, do âmbito político. No campo econômico, o Brasil de 1972 era um país cujas principais exportações eram café, açúcar etc., a indústria tinha um lugar, mas não um lugar destacado. Juscelino fundou a indústria automobilística na década de 1960. Mas, em 1972, podemos dizer que a indústria ainda era incipiente. E eu me lembro que em julho, agosto ? esta época do ano em que estamos agora ?, o País se preocupava com as geadas. Será que haverá geada em Minas Gerais ou no interior de São Paulo, que vai acabar com a safra de café? Isso já é coisa do passado, porque as exportações são imensas e diversificadas hoje em dia. Produtos industriais, comestíveis, grãos, minério de ferro, outros metais, madeira. E isso dá muita flexibilidade ao Brasil. Não é um país que depende de um produto só, como era há 40 anos. Então, a diversificação da economia brasileira é para mim uma mudança fundamental que destaco no meu livro. Portal ? Acha que essas mudanças são perceptíveis no cenário internacional? Que as pessoas veem hoje o Brasil de uma forma diferente da que viam, inclusive imprensa e cidadãos comuns? Rohter ? Estamos falando de duas esferas diferentes. Acho que a imprensa já tem uma imagem diferente do Brasil. Paulatinamente, a imagem do País está mudando. Já não é apenas o país de carnaval, futebol, praia etc. e tal. Também existe, sobretudo na imprensa especializada (em economia, negócios, finanças, comércio internacional), conhecimento dessa nova realidade, que o Brasil já é a sexta economia do mundo. E pouco a pouco acho que a nova percepção está penetrando também no mundo do cidadão comum. Quando meu livro foi lançado aqui nos EUA, em 2010, eu andei pelo país. 17, 18 cidades; 53, 55 eventos, palestras, entrevistas etc.. E me surpreendi com o teor das perguntas, que para mim revelaram mais conhecimento da realidade do novo Brasil. Perguntas sobre o que seria melhor, comprar ações da Petrobras ou da Vale do Rio Doce? Perguntas dessa natureza. Também perguntas sobre a política internacional do Brasil e outras mudanças recentes, que mostram um acompanhamento do Brasil no cenário mundial. E quando eu fazia palestras, falava, por exemplo, da compra de empresas americanas por grupos brasileiros. Em algumas cidades, claro, as pessoas se surpreendiam com isso, mas em outras, não. Já era fato conhecido. Portal ? Já tinham alguma informação prévia e, às vezes, informações profundas sobre o País… Rohter ? Sim, sim! Claro que depende um pouco do lugar. Na Flórida, por exemplo, o Brasil é o principal parceiro comercial. Então, lá, todo mundo sabe e já ouviu falar dessas transformações. E em outros lugares ? no coração do país, um pouco afastado do Brasil, sem muitos laços comerciais ou histórias ? é uma situação um pouco diferente. Portal ? Em que cidades morou aqui no Brasil? Rohter ? Eu sempre morei no Rio de Janeiro. Portal ? Mas viajava por todo o País… Rohter ? Sim. Por todos os 27 estados. E [passei] muito tempo em São Paulo e muito tempo em Brasília. Bom, a família da minha mulher é carioca. Então, eu tinha neles uma base de apoio e pessoas com quem sempre gostei de passar meu tempo, lazer. Mas viajar pelo País também foi algo de que sempre gostei. E destacaria Recife entre as cidades que curto. Sou muito fã de cordel, de desafio [repentistas], xilogravura, todas essas manifestações culturais do Nordeste que você vê facilmente em Pernambuco, no Recife. Claro que existem também no Ceará, na Paraíba. Mas é sempre mais fácil encontrar essas coisas em Pernambuco. E além de Recife sempre gostei de Belém do Pará. Portal ? O que acha que há de melhor e de pior no Brasil? Rohter ? Acho que o calor humano, a afetividade do brasileiro é muito louvável. Sempre desfrutei desse calor humano. Caminhando pelas ruas, por exemplo, as pessoas me reconhecem e querem bater papo comigo, comentar matérias que escrevi ou falar comigo sobre os últimos acontecimentos do País. Sempre gostei disso. Viajando pelo País, no interior, sertão, Amazônia, a presença de um estrangeiro sempre despertava curiosidade. E as pessoas me convidavam para sentar, comer, beber, tomar um café na casa deles e sempre foi algo muito prazeroso falar com o povão. Agora, o outro lado, o aspecto não tão agradável é a bagunça. Portal ? Em que sentido? Rohter ? As filas desordenadas, os carros estacionados na calçada, as coisas que qualquer brasileiro vai reconhecer do cotidiano. Portal ? Um dos capítulos de seu livro fala em “mito do paraíso racial”. Em que situações, por exemplo, observa a existência de racismo no Brasil? Rohter ? É mais disfarçada do que aqui. Começo dizendo que o racismo não é apenas um problema brasileiro. É um problema universal, inclusive aqui nos EUA. Mas acho que nós, aqui, fomos mais rápidos em reconhecer que temos o problema e que temos que enfrentar esse problema. Acho que o Brasil foi muito reticente, que resistiu no reconhecimento desse problema. E o primeiro passo para resolver um problema é reconhecer que ele existe. Não basta dizer ?ah, não! Nós não temos problemas de raça. Nosso problema é de classe?, porque as duas coisas são bem ligadas, relacionadas. E, muitas vezes, o que parece ser um problema de classe, na realidade é um problema de raça. Então, a ideia de democracia racial, de paraíso racial, não corresponde à realidade do País. No capítulo sobre racismo, cito vários exemplos tirados do cotidiano de amigos e conhecidos meus que mostram as dimensões do problema. Sei que o capítulo é um pouco polêmico, mas quero provocar o debate. E espero ter a oportunidade de conversar com brasileiros sobre esse capítulo. Portal ? Durante o período em que esteve no Brasil, vivenciou alguma situação de racismo? Rohter ? Sim, presenciei. Conto algumas histórias no livro. Cheguei numa época em que os anúncios nos jornais, para empregos, exigiam ?boa aparência?. E quando eu perguntei aos primos da minha mulher ?o que significa isso??, eles explicaram: ?Significa que se você é negro, não vai receber esse emprego. Que é melhor não desperdiçar o seu tempo buscando aquele emprego?. Isso nos anos 1970. Claro que as coisas mudaram e melhoraram. Há negros no Congresso, na Corte Suprema. Mas ainda existe um abismo social entre negros e brancos. Social e econômico. O negro ganha menos. É mais provável que ele seja vítima de violência policial etc.. Portal ? E a população prisional no País, que é predominantemente negra também… Rohter ? Sim. Mas eu diria que nós ainda temos esse mesmo problema aqui. Embora tenhamos um presidente negro, a população prisional continua sendo desproporcionalmente negra. E outra coisa: eu diria que a mudança profunda aqui nos EUA começou com a Corte Suprema, em 1954, declarando ilegal a discriminação nas aulas, nas escolas, na educação. Isso já faz 58 anos. Nesse meio tempo, surgiu uma classe média negra. E isso é muito importante. Que o negros também façam parte da classe média. Portal ? O que pensa sobre a política de cotas raciais nas universidades que vem sendo implementada no Brasil? Rohter ?  Acho que em teoria o País precisa tomar medidas para ajudar os afrodescendentes. O problema no Brasil é ser muito mais complicada do que aqui nos EUA a definição de quem é negro e quem não é. Acho que o Lula usou critérios raciais no primeiro mandato. No segundo, a política mudou um pouco, para ajudar os menos favorecidos, os pobres. Que é outra maneira de ajudar os negros. Mas acho que o País precisa adotar medidas dessa natureza. A forma exata depende do lugar e da conjuntura. Portal ? Sobre a polêmica envolvendo seu nome, em 2004, da matéria publicada sobre o presidente Lula. Como supõe que seria a reação das autoridades do governo norte-americano numa situação contrária? Por exemplo, em que um correspondente brasileiro nos EUA emitisse em matéria uma opinião contrária ao presidente, que o presidente tomasse por ofensa, como fez o presidente Lula. Rohter ? Tenho certeza de que não teria acontecido absolutamente nada. Porque, na verdade, vários correspondentes brasileiros criticaram fortemente o Bush e o governo não tomou nenhuma medida contra eles. Agora, diria que minha matéria não foi opinativa. Foi fundamentada em fatos e declarações de políticos, jornalistas e outras pessoas com conhecimento íntimo do Palácio do Planalto. Quando falei logo no início [da entrevista] sobre a transformação do Brasil num país eminentemente democrático, aquele episódio de 2004 para mim é uma prova disso. Porque as instituições brasileiras funcionaram como devem funcionar. A Corte Suprema baixou uma liminar proibindo minha expulsão, o Executivo acatou e a imprensa brasileira ? mesmo não gostando da matéria ? defendeu o princípio da liberdade de imprensa. O princípio de que um jornalista pode escrever livremente. Então, para mim, o resultado do episódio foi uma prova de que o Brasil é um país democrático. Porque eu fiquei. E ainda hoje vou e volto sem problemas. Portal ? Então o saldo foi positivo? Rohter ? Sim, e acho que para o País também. Porque nenhum outro correspondente estrangeiro foi ameaçado com expulsão por ter escrito matéria que não era do agrado do governante. Portal ? E qual é o seu próximo destino? Rohter ? Gosto muito de escrever livros. E pretendo continuar escrevendo livros. E livros sobre o Brasil, porque para mim o Brasil é um tema inesgotável. São tantos aspectos da vida brasileira que acho interessantes… é uma fonte que não acaba nunca! Música, cinema, política, acho que cada capítulo do livro mais recente daria um novo livro. Pretendo aproveitar alguns desses temas nos próximos livros. Pretendo visitar o Brasil sempre para me atualizar, para renovar o conhecimento do país e do povo. Claro que aqui em NY acompanho pela imprensa, leio online os principais jornais e revistas. Mas não há nada como caminhar pelas ruas rua ouvindo as conversas. Ou sentar numa mesa de botequim em São Paulo ou Rio de bater papo com o pessoal. Portal ? Sempre quis ser jornalista? Rohter ? Sim. Inclusive posso ser mais específico: sempre quis ser correspondente estrangeiro. Porque quando eu tinha oito anos, no jornal local de onde nasci, Chicago, sempre lia com muita curiosidade as matérias dos correspondentes estrangeiros, principalmente na América Latina e na Ásia (China, Japão, Malásia, Filipinas etc.). Então, sendo criança, eu pensei: ?Puxa, que vida interessante!?. Viajar, conhecer outras culturas, outras realidades e escrever, isso é para mim. É a vida que eu quero. E tive sorte! Porque, além de ser correspondente no Brasil, fui correspondente no México, na América Central, no Caribe, na China, no Japão, nas Filipinas. Então foi o sonho realizado.

Redação da História Viva muda para sede da Ediouro, no RJ

Em abril de 2009 Alfredo Nastari e Edmilson Cardial venderam sua metade da Duetto Editorial à Ediouro, dona dos outros 50%. Desde então o processo de transição tem sido discreto, mas recentemente foi anunciada mudança mais drástica: a transferência da redação da revista História Viva de São Paulo para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da Ediouro. O processo começou em outubro de 2011, quando Ana Claudia Ferrari, que ficava na capital paulista, foi substituída por Janir Hollanda, do Rio, na direção do Grupo Conhecimento, núcleo que cuida de quatro títulos mais especiais. Em janeiro deste ano se iniciaram conversas para transportar algumas redações para a sede da Ediouro, o que se decidiu agora em julho, com a História Viva. Com isso, Marlos Mendes ([email protected]) é o novo editor da revista, no lugar de Bruno Fiuza ([email protected] e 11-99328-9917), que fechou a edição de julho e agora busca novas oportunidades. Bruno passou na revista os últimos cinco anos, depois que voltou de uma pós-graduação em Jornalismo em Barcelona. Marlos foi editor de Mídias Sociais de O Dia e editor de conteúdo no Globo Online. Colaboradores, como acadêmicos e jornalistas, que trabalhavam como frilas, devem ser mantidos. Ainda está indefinido o destino do departamento gráfico da revista, já que a equipe era compartilhada com as outras publicações do núcleo. 

Festa será dia 30 de outubro na EcoHouse

A entrega do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade já tem data e local confirmados. Será no dia 30 de outubro na EcoHouse, na capital paulista, local totalmente projetado com a aplicação dos conceitos de sustentabilidade e de recursos renováveis, onde também foi realizada a premiação de 2011. A EcoHouse é a primeira casa de eventos a ser certificada pelo processo Acqua Construção Sustentável ? Uso e Operação. A laje é tomada por um canteiro, que fornece parte dos ingredientes utilizados na cozinha. O amplo espaço receberá os vencedores, conselheiros e jurados da terceira edição do Prêmio e convidados. Então, se você ainda não fez sua inscrição, ainda há tempo para participar, pois elas vão até 5 de setembro! Basta acessar o site www.premiojornalistasecia.com.br e enviar o trabalho online. Lembrando que são R$ 102 mil em dinheiro, livres do IR. Se tiver dúvidas, é só entrar em contato com a coordenação pelo telefone 11-2679-6994 ou email [email protected].

Wallace Nunes comanda retomada jornalística da TV+

Wallace Nunes, que em novembro de 2011 associou-se à TV+, da região do ABC, para lançar a revista Leia+ABC, desvinculou-se da parceria e, a convite do ex-sócio e presidente do canal de vendas a varejo Carlos Carreiras, retoma a produção jornalística da emissora. Segundo Wallace ([email protected]), após reestruturar a empresa e demitir em março mais de 80 profissionais ? entre profissionais da TV+ e da TV Corinthians ?, passando a exibir apenas programas de varejo, ?ele entendeu a falta que o jornalismo diário faz e me convidou para ser o novo diretor de Jornalismo. A retomada deverá acontecer na segunda quinzena de agosto com o jornal diário J+, de 30 minutos. Vamos priorizar um jornalismo de atualidades, com ênfase nos principais fatos e em serviços e economia nas sete cidades da região. Também teremos um programa de economia e negócios dirigido a empresas e consumidores, mas não vai estrear junto com o J+ porque que ainda estamos pensando no formato ideal?. A redação contará inicialmente com 25 profissionais. Embora Wallace deixe a revista Leia+ABC, ela continuará a ser produzida por sua editora, a Sustentabilidade Editorial.

Zero Hora cobrará por conteúdo online a partir deste mês

Zero Hora passou a aderir ao modelo paywall (muro de cobranças), que a Folha de S.Paulo adotou em junho, e também inicia seu ciclo de cobrança pelo conteúdo online e pelos aplicativos para tablets e celulares a partir de um número ainda não informado de acessos. De acordo com o portal Coletiva.net, nada muda para os pagantes da chamada ?Zero Hora Completa?, de 2ª a domingo, e os atuais assinantes da Digital. Para estes, o acesso seguirá livre e garantido a todos os exclusivos conteúdos digitais de ZH, em todas as plataformas de comunicação, o tempo todo. Segundo comunicado enviado aos assinantes, ZH adotará ?a cobrança do acesso digital a não assinantes para manter e reforçar seu alto padrão de jornalismo, suas inovações e constante aprimoramento?.

Grupo Otimiza compra revista Truck&Motors

Aguinaldo Bastos, proprietário do Grupo Otimiza, e o publicitário Roberto Reis (ex-DPZ e MCR Comunicação) compraram recentemente a Truck&Motors. A revista é focada em produtos do mercado de caminhões (de todas as categorias), vans, utilitários e picapes. O negócio também inclui o Truck&Motors Show, direcionado a veículos antigos e provas esportivas no segmento de caminhões, e o lançamento de duas revistas de outras áreas. O editor-executivo Luís Alberto Caju (11-2283-3622/9964-4434 e [email protected]) é quem comanda o conteúdo editorial da publicação.

Vaivém das redações!

Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará.   São Paulo: Alexandre Gonçalves deixou recentemente a reportagem de Ciência do caderno Vida, do Estadão, para fazer mestrado no MIT, nos EUA. Sua viagem será custeada pela bolsa do Instituto Ling, dentro do programa Jornalista de Visão, pela qual ganhou US$ 55 mil.A revista Galileu passou recentemente por várias mudanças, na equipe e no projeto. Chegou recentemente o editor Diogo Sponchiato, vindo da revista Saúde, no lugar de Guilherme Pavarin, que foi para Época. Também da Saúde veio Ana Paula Megda, para ocupar a edição de Arte, que estava sob responsabilidade de Fábio Dias, promovido a diretor da área no lugar de Ricardo Martins, que foi para Casa&Jardim. Além disso, Galileu estreia em sua edição de agosto uma nova seção, Dossiê Galileu (DG), com reportagens especiais sobre temas em evidência. A novidade vem no embalo das mudanças gráfica e editorial que a publicação estreou em junho, e também marca os 21 anos da revista que, segundo o diretor de Redação Emiliano Urbim, vem num crescente de vendas nos últimos três meses.Daniela Moreira deixa o site Exame.com para se dedicar ao StartupBlog (www.startupblog.com.br) e desenvolver projetos pessoais. ?A ideia do blog é cobrir o mercado de startups no Brasil, que está em plena ebulição, com muitos investidores estrangeiros voltando suas atenções ao País e jovens cada vez mais cheios de ideias originais e dispostos a abrir mão de carreiras tradicionais para empreender?, comenta. Ela estava como editora do site desde 2010, primeiro na área de Pequenas e Médias Empresas e, a partir de outubro de 2011, em Economia. Já havia passado por ItMídia, IDG Now e Info Exame. Seus novos contatos são [email protected] e 11-7461-8269.Roberta Lippi aceitou convite de Paulo Nassar, presidente da Aberje, e passou a editar a revista Comunicação Empresarial, que vai ganhar novo visual, com a reformulação no projeto gráfico, e contará com a colaboração de profissionais com experiência em grandes redações, como Rosi Rico, Jacílio Saraiva, Rosângela Capozzoli e Françoise Terzian. Ex-repórter de Gazeta Mercantil e Valor Econômico e com experiência em comunicação corporativa, Roberta ([email protected]) tem sua própria empresa de comunicação há cinco anos, além de ser sócia do site sobre maternidade Mamatraca (www.mamatraca.com.br).Marcelo Gripa e Elber Mazaro reforçam o grupo O Olhar Digital, focado em comunicação multimídia de tecnologia. Marcelo, editor-chefe do portal, estava havia seis anos na mesma função no site e revista Adnews. Elber (ex-Intel) entra com o desafio de unir marketing e vendas, incluindo o desenvolvimento de produtos e soluções de comunicação sobre tecnologia, criação de novos canais e parcerias, fortalecimento da marca e relacionamento com clientes e agências.   Rio de Janeiro: Ana Paula Ragazzi vem da sede do Valor Econômico em São Paulo para cobrir Finanças na sucursal do Rio. Também foi contratada, para reforçar a área, Luciana Bruno. Ela esteve na France Presse e entra no lugar de Juliana Ennes, que foi estudar em Nova York.   Distrito Federal: Lúcio Vaz, que deixou a sucursal da Folha de S.Paulo em julho (ver J&Cia 854), assumiu nesta 4ª.feira (1º/8) a Assessoria de Imprensa da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em Brasília. Lúcio teve passagens por Correio do Povo (RS), Correio Braziliense, O Globo, Estado de Minas e IstoÉ e é autor dos livros A ética da malandragem e Sanguessugas do Brasil. Pedro Lacerda, que está deixando a F7 Comunicação, também integrará a nova equipe de assessoria da Ajufe.   Minas Gerais: Bárbara Vasconcelos e Alisson Ferreira são os novos contratados da Rádio Esportes, do Grupo Band. Bárbara acumula a apresentação e a produção com as mesmas funções na TV BH News. Com passagens pelas rádios CBN e Globo, Alisson é produtor e apresentador.Enzo Menezes deixou a redação de O Tempo para se tornar repórter do portal R7.Luísa Melo deixou a redação do Metro e começou como repórter no Hoje em Dia. Aline Lourenço a substitui no jornal do Grupo Bandeirantes.   Pernambuco: Clarissa Siqueira está de volta à Rádio Jornal, agora no gerenciamento de Conteúdo do site da emissora, na vaga de Ismaela Silva. De malas prontas para a Espanha, Ismaela vai fazer mestrado durante um ano.   Ceará: Toni Nunes deixou a TV Jangadeiro e está de volta à TV Diário com seu programa de entrevistas e shows de bandas de forró. Anézia Gomes também saiu da Jangadeiro e está na TV Verdes Mares, onde já faz reportagens.

Memórias da Redação ? Avante, paulistas!

Em mais uma divertida história, Plinio Vicente da Silva ([email protected]) conta a luta etílica de quatro paulistas pela defesa da honra de seu estado nos bares de Boa Vista.   Avante, paulistas! Era setembro de 1985 e fazia pouco mais de um ano que eu deixara a redação do Estadão para ser correspondente do Grupo Estado em Boa Vista, capital do então Território Federal de Roraima. Ainda meio deslocado numa terra estranha, sentia falta dos meus amigos e das coisas próprias do interior paulista, onde nasci e me criei. Jogar truco era umas delas. Foi com esse estado de ânimo que liguei no único canal de televisão disponível naqueles tempos para ver o noticiário da terra. Logo de cara veio a entrevista com uma figura morena, até que bonitona, acaboclada, um tanto quanto rechonchuda, cabelos negros e lisos mostrando sua origem indígena. A declaração da moça na tevê local veio bater-me bem no baixo-ventre. A mim me pareceu um pontapé sem endereço, mas por estar na rota de colisão acabei vitimado. Como, aliás, devem ter sido atingidos os 80% dos habitantes de Boa Vista, que formam até hoje uma espécie de “contingente estrangeiro” neste pequeno “país” tropical que o Brasil desconhece. A coisa deu-se da seguinte maneira: a entrevistada se apresentou como pintora da terra e a repórter perguntou-lhe se ainda incluía em seus trabalhos temas regionais com as características próprias da região do extremo norte. A senhora, que até tem entre seus trabalhos alguns que considero interessantes, respondeu que sim, pois preocupava-se em preservar os valores tradicionais de Roraima, que, segundo ela, “estão sendo destruídos pelos aventureiros que para cá fugiram”. Foi então que gritei para mim mesmo: – Paulistas, uni-vos e preparai-vos! Essa gringa pisou no meu calo e em nome de São Paulo vou declarar guerra à República Macuxi. Saí disposto para a primeira batalha e sem perda de tempo tratei de localizar três membros do nosso pequeno exército de caipiras. Tá certo que ele era menor do que o de Brancaleone, mas assim como eu todos os meus companheiros de “armas” haviam sido apanhados pelo cocô da pintora: Renato, de Bauru, dono de um posto de gasolina (já falecido); Valdeir, de Jales, gerente de uma agência bancária, hoje andando por não sei onde, e Adão, paulistano do Limão, executivo de uma empresa de engenharia e construção, hoje empresário bem-sucedido por aqui. Fiz-lhes uma proposta, a de buscar vingança com as melhores armas de que dispúnhamos. Todos toparam. Então discutimos o assunto e definimos a estratégia, claramente dispostos ao revide. Afinal, não éramos aventureiros, não estávamos aqui foragidos e fazíamos de tudo para ajudar a preservar as tradições locais, inclusive melhorando algumas coisas. Tarefa que cabia principalmente aos “estrangeiros” solteiros, que não era meu caso, pretendentes caçados não apenas pelas moçoilas, mas principalmente pelos pais com filhas em idade de casar. Em todo caso, as alcovas que o digam, pois durante décadas muita gente tem recebido um bom banho de civilização. Sexta-feira, noite de bandalha. Encomendamos o frango com polenta, reunimos nossas armas e lá fomos nós para o campo de batalha.  Entramos no Cosa Nostra falando um caipirês genuíno, com todos os erres do idioma muito bem falado pelo povo de Piracicaba. O local era estratégico, pois o restaurante ficava bem ao lado, parede-meia com a casa da detratora. De início, entre uma caipirinha e outra, parecíamos um bando de matutos discutindo o preço da égua. Todavia estávamos mesmo era à espera da fulana, que só chegou por volta das nove da noite. Assim que ouvimos o barulho da porta rangendo ao se abrir consideramos o momento propício para dar a largada ao nosso plano maquiavélico, embora a cachaça já desse claros sinais de seus efeitos, refletidos nas vozes meio empasteladas de nós quatro. Então, percebendo que poderíamos perder rapidamente o que ainda nos restava de dignidade e domínio da consciência, suspendemos a próxima dose e começamos a nos preparar. Entretanto, ainda era cedo para os propósitos definidos, o principal deles tomar como butim a paz da referida senhora. O tempo passou enquanto traçávamos o frango com polenta entre goles de cerveja. Ao final do repasto chegou então o momento de colocarmos em prática o que fora planejado. Quando saímos do banheiro, agora devidamente uniformizados, percebendo que alguma caca estava a caminho o pessoal no restaurante parara tudo para ver em cena quatro guerreiros: eu com a camisa do Palmeiras; Renato vestindo o vermelho do Noroeste; Valdeir com uma impecável jaqueta 9 da Jalense e Adão exibindo orgulhoso a de no. 7 do Parque da Moóca, que, segundo ele, defendeu como um sofrível ponta direita em jogos do Desafio ao Galo da TV Record. Nos pusemos os quatro de olho na janela do quarto que dava para a rua. Assim que a rapariga apagou a luz logo acima de nós, no andar superior, Adão tirou da capanga um Copag zero quilômetro. Com dedos de punguista desembaralhou, limpou as cartas podres – o combinado foi de a gente jogar mania velha – e botou na mesa. O gesto veio automaticamente: os quatro cruzaram as mãos sobre o baralho tal como mosqueteiros amazônicos. Com Renato de parceiro, eu fui contrapé na primeira mão, portanto era a minha vez de cortar. Cartas distribuídas, começou o jogo. Primeira vai, segunda vem e na terceira mão um grito de guerra ecoou forte no meio da longa noite de vingança: – Truuuuucoooooo! E assim a cena foi se repetindo outras vezes e mais outras tantas, rompendo o silêncio profundo que reinava até então na pacata e provinciana Boa Vista dos anos 1980. Madrugada a dentro a moça entregou os pontos. Vestindo um peignoir com estampas de raminhos, desceu, encarou os quatro e destemperou toda a sua ira. Ah!, mas era isso que a gente queria. E então ela levou, em uníssono, o troco dos mais barulhentos truqueiros que o Norte do Brasil já conheceu. Foi então que, ao ouvir de quatro “estrangeiros” cambaleantes uma eloquente exposição de motivos, percebeu a mancada que dera na entrevista à moça da tevê. E não teve outra saída senão pedir desculpas humildemente. Obviamente aceitas de imediato, pois vimos que a presa estava abatida e não havia mais motivo para seguir com a vingança. Honra refeita, alma lavada, satisfeitos e embriagados (em ambos os sentidos) pela vitória, levantamos acampamento. No caminho de volta bateu a alcoólica certeza: se a pintora tivesse resistido mais um pouco, teria amanhecido com três paulistas e um paulistano desmaiado sob a sua janela… 

Extra lança caderno e mexe na equipe

O jornal Extra lança caderno Anote & Poupe, desdobramento da coluna de mesmo nome, com dicas de economia para o dia a dia e pauta de consumo popular. Visto como prestação de serviço, traz informações sobre liquidações, promoções e pesquisas de preços, como usar o cartão de crédito em benefício próprio e fugir do endividamento. O diretor de Redação Octavio Guedes comenta: ?O caderno reforça o compromisso do jornal em ajudar o leitor a planejar sua vida financeira e a fazer as melhores escolhas nas compras”. Para os anunciantes, é um espaço atraente. O caderno orienta sobre gastos que pesam no orçamento, como alimentação e material de construção ? o Rio, segundo o Dieese, já tem a quinta cesta básica mais cara do Brasil. Houve também troca de cadeiras no jornal. Leonardo Bruno passa a gerente de Produto da Unidade Populares da Infoglobo, no lugar de Luiz André Alzer, agora diretor da área. Leo Bruno entrou no Extra em 2001 como estagiário, foi repórter e, depois, editor-assistente; em 2010, assumiu como editor-chefe do Expresso. Para o lugar dele vai Marco Antonio Rocha, que também está no Extra desde 2001. Ele começou na Geral, até se tornar editor-assistente do caderno Motor Extra, de onde sai para comandar o Expresso.

RBS lança novo suplemento em jornais de Santa Catarina

Começou a circular no último dia 30/7 (2ª.feira), encartado nos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina, em Itajaí, Balneário Camboriú e região, o suplemento O Sol Diário, também disponível no www.osoldiario.com.br. Com 16 páginas, tiragem inicial de 7.750 exemplares e foco em assuntos comuns à região (como trânsito, segurança e economia), qualidade de vida (diversão, gastronomia, estilo de vida, lazer) e desenvolvimento (turismo, setor imobiliário e atividade portuária), o novo veículo do Grupo RBS chega de 2ª a sábado às cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema, Navegantes, Penha, Piçarras e Porto Belo. A redação, em Itajaí, conta com 15 profissionais, sob coordenação da editora Fabiana Roza ([email protected]), que integrava a equipe do Jornal de Santa Catarina, e direção de Edgar Gonçalves. O caderno impresso conta com as colunas Guarda-sol, de Carlos Praxedes, e Social Club, assinada pelo DJ Ton Antony, que também denominam seus blogs no site. Outros tratam de tecnologia e games, previsão de tempo para o Litoral, moda, surfe e esportes radicais, universo feminino, fotografia, saúde e bem-estar, e cultura do vinho. O site também oferece serviços de classificados e informações da Programação de Navios e do Aeroporto de Navegantes.

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