Lolita Rodrigues, Nair Belo e Hebe Camargo eram amigas inseparáveis. Alegres e brincalhonas, à festa que uma ia mais das vezes as outras iam. Fosse aniversário, batizado ou casamento. Costumeiramente, viajavam juntas até para o Exterior. Certa vez, as convidaram para o velório de um artista famoso. O corpo jazia no Cemitério São Paulo. Lá pras tantas, Hebe teve um ataque de risos e recorreu a seu talento de atriz, desmanchando-se em soluços, choros e lágrimas. Salvou-se, assim, do inconveniente de uma gargalhada num lugar impróprio.
Apparicio Torelly por inteiro, no texto de Cláudio Figueiredo
Entre sem bater ? A vida de Apparicio Torelly, o Barão de Itararé é o novo livro de Cláudio Figueiredo, editado pela Casa da Palavra, um braço da LeYa. Jornalista, humorista, boêmio e personagem da vida política brasileira, Apparicio Torelly conviveu com personalidades da nossa história, como Getúlio Vargas e Oswaldo Aranha. Gaúcho, iniciou a carreira no jornalismo político de província. Foi para o Rio de Janeiro nos anos 1920, dividiu pensões baratas com Portinari e atritou-se com Mário Rodrigues, pai de Nelson Rodrigues e dono do jornal A Manhã. Torelly fundou então A Manha, jornal de textos irreverentes e anárquicos e ousadias gráficas, publicado por três décadas. Ali ocorreram as reuniões que dariam origem à Aliança Libertadora Nacional, e a adesão de Torelly à Revolta da Chibata o levou à prisão, em companhia de Graciliano Ramos, que o fez personagem do livro Memórias do Cárcere. Símbolo da resistência ao Estado Novo, no período em que teve uma coluna no Diário de Notícias, ganhou incomparável popularidade e elegeu-se vereador pelo Partido Comunista. Visitou a China e, depois do golpe de 1964, foi acusado de conspiração. No fim da vida, o materialista tornou-se esotérico, e seus estudos de alquimia e astrologia o afastaram dos amigos marxistas. Personagem excêntrico, destacou-se por confundir realidade e ficção ao inventar e encarnar o Barão de Itararé, aristocrata com negócios escusos e discurso revolucionário. Como contraponto ao humor, o livro lembra aspectos trágicos de sua vida pessoal. Cláudio Figueiredo iniciou sua pesquisa sobre Torelly em 1987. Mais tarde, retomou o trabalho, enriquecido com material proveniente da abertura dos arquivos das polícias políticas; de papéis pessoais do jornalista agora depositados na USP; de acervos no Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Brasília, e várias entrevistas. Figueiredo trabalhou por 20 anos no JB e foi redator no programa Casseta e Planeta.Serviço:Lançamento do livro Entre sem bater ? A vida de Apparicio TorellyData: 10/10 (4ª.feira)Horário: A partir das 19hLocal: Livraria Argumento – Leblon (Rua Dias Ferreira, 417)
Correio do Povo completa 117 anos e lança nova plataforma digital
O Correio do Povo, de Porto Alegre, completou 117 anos de fundação na última 2ª.feira (1º/10) e celebrou a data com uma nova versão de sua plataforma digital. Agora os leitores podem acessar o conteúdo do veículo por meio de diversos sistemas e formatos, com a possibilidade de realizar download completo da edição do dia e leitura offline, além de buscas rápidas por palavras-chave, visualização de vídeos e escuta de áudios relacionados às matérias. Ainda há a possibilidade de compartilhamento de notícias no twitter e de escolha entre quatro diferentes formatos de leitura. O acesso à versão digital pode ser feito pelo endereço http://digital.correiodopovo.com.br.
Portal ESPN cresce e contrata
O ESPN.com.br, portal web e mobile do Grupo ESPN no Brasil, cresceu e passa a cobrir diariamente, com reportagem de campo, os grandes clubes de São Paulo e Rio de Janeiro, além de aumentar a produção de vídeos próprios e programetes para o site e para a plataforma Watch ESPN. A equipe comandada pelo editor-chefe Julio Gomes crescerá de 16 para 30 profissionais. As contratações mais recentes foram dos editores Paulo Cobos, que estava havia 16 anos na Folha de S.Paulo, e Ricardo Zanei, com passagens por Abril e UOL.
Prêmio SIP Brasil anuncia finalistas
A Sociedade Interamericana de Imprensa anunciou os 14 finalistas nas três categorias do Premio SIP Brasil ? J&F Jovem Universitário, que tem como tema Liberdade de Expressão no nosso dia a dia. Os vencedores por categoria serão anunciados durante a 68ª Assembleia Geral, encontro anual da entidade que acontecerá de 12 a 16/10, em São Paulo. Na categoria Texto, são finalistas Caio Felipe Ferreira Carvalho e Catarina Fonseca Bogéa, de São Paulo, Allan de Gouvêa Pereira e Igor Patrick Silva, de Minas Gerais, Camila Requião Faraco, do Rio Grande do Sul, e Felipe Lins da Costa Campos, da Bahia. Entre os finalistas na categoria Foto, estão Marcello Junior Lopes Dantas e Marina Muniz Mendes, de Goiás, Tatiane Gonsales Campagna e Alessandro Pelosof, de São Paulo, Francisco de Paula Vieira, do Mato Grosso do Sul, e Marco Favero, do Paraná. Já na categoria Vídeo, Rodrigo Mateus Franco Belga, do Rio de Janeiro, e Teresa Cristina Ribeiro, de Goiás, são os finalistas.
Nativa FM, do Grupo Band, entra no ar em BH
O Grupo Bandeirantes lança oficialmente nesta 4ª.feira (3/10) seu quinto veículo de comunicação em Belo Horizonte, a Rádio Nativa FM. A emissora, que está no ar desde 1º/10, passa a integrar uma rede de 17 emissoras, sendo considerada a marca de maior sucesso no País no segmento musical popular. A emissora entra na frequência da Extra FM (103,9), que em 25 anos de existência chegou ao quinto lugar de audiência na Região Metropolitana de BH. Combinando música e informação, a programação vai acompanhar as curiosidades do mundo artístico com linguagem simples e direta, além de notícias, promoções e prestação de serviço. Além da Nativa, a Band tem em Minas BandNews FM e Esportes FM, TV Band Minas e jornal Metro.
Luciano Suassuna dá aula inaugural de Jornalismo em Paris
Luciano Suassuna, diretor de Jornalismo do iG, dará nesta 5ª.feira (4/10), em Paris, a aula inaugural da principal faculdade privada de Jornalismo da França, o Centro de Formação de Jornalistas (CFJ). A chamada Leçon Inaugurale é uma tradição do CFJ, que convida uma personalidade do meio jornalístico a cada início do ano letivo. No ano passado, ela foi dada por Arianna Huffington, por ocasião do lançamento da versão local do Huffington Post. Suassuna falará sobre O jornalismo diante da revolução digital, apresentando vários casos emblemáticos da nova linguagem e números que mostram a mudança profunda pela qual passa a profissão. Segundo Julie Joly, diretora do CFJ, este ano a escola optou por apresentar a seus convidados a vitalidade do mercado brasileiro. Ela diz que, além dos estudantes, ex-alunos e profissionais de grandes veículos franceses estarão entre as cerca de 200 pessoas presentes ao auditório da revista L?Express, onde será dada a aula.
Edição impressa do Diário de Natal deixa de circular
Em comunicado publicado na capa da edição do Diário de Natal desta 3ª.feira (2/10), a direção dos Diários Associados anunciou o fim da versão impressa do jornal. Segundo a nota, ?de acordo com o programa de reestruturação das nossas atividades empresariais no Rio Grande do Norte, vamos priorizar e ampliar a nossa versão eletrônica. Nesse sentido, estamos dando mais ênfase à internet e também às rádios. Tal decisão, aliás, se enquadra na tendência, de amplitude internacional, de se alargar, cada vez mais, as opções eletrônicas, graças aos formidáveis avanços tecnológicos. Aproveitamos a oportunidade para agradecer aos nossos colaboradores, aos parceiros e ao povo potiguar pela atenção que têm dispensado aos nossos veículos, ao longo de muitos anos?. Em fevereiro, os Diários Associados já haviam descontinuado dois importantes jornais paraibanos: Diário da Borborema, que existia havia 55 anos, e O Norte, de 103 anos. O motivo teria sido o forte prejuízo que os títulos vinham acumulando, cerca de R$ 2,5 milhões só em 2011. Naquela ocasião, a empresa também informou que iria concentrar investimentos em outras mídias na região, como internet, tevê e rádio. Em nota, o Sindicatos dos Jornalistas do Rio Grande do Norte lamentou a decisão dos Diários e criticou o fato de os funcionários terem sido informados pela publicação do comunicado, ?mostrando total desrespeito com os que o fazem? (…) “Por se tratar de um número tão alto de demissões, a empresa não poderia ter tomado tal atitude sem comunicar ao sindicato e ao Ministério do Trabalho”. Por isso, entidade protocolou pedido de mediação de urgência no Ministério do Trabalho para que a posição do Diário de Natal seja analisada.Última capa da versão impressa do Diário de Natal,publicada nesta 3ª.feira (2/10)
As duas guerras de Vlado Herzog chega às livrarias
Nas 400 páginas de As duas guerras de Vlado Herzog (Civilização Brasileira), que chega esta semana às livrarias, Audálio Dantas conta a história das duas guerras vividas por Vlado Herzog: a primeira, na infância, quando fugiu dos nazistas que haviam invadido a Iugoslávia; e a segunda, já adulto, durante ditadura militar brasileira, que o mataria em 1975. A vontade de escrever o livro ficou contida desde o culto ecumênico em homenagem a Herzog, em 31/10/1975, na catedral da Sé, em São Paulo: ?Aquele momento nunca saiu da minha mente. Ele está permanentemente gravado porque marcou a história do Brasil. Tínhamos dado a informação de que a desordem interessava a eles [militares], não à sociedade?. Em 2005, 30 anos após o episódio, Audálio decidiu que era tempo de colocar aquela ideia em prática. ?Este livro é a tentativa de reconstituição de um tempo ruim. Centrado nos tumultuados dias de outubro de 1975, quando a fúria dos agentes do lado mais escuro da ditadura militar golpeou a fundo a categoria dos jornalistas, ele mostra os acontecimentos do ponto de vista de quem os viveu intensamente. Eu, por exemplo, que não tenho dúvida de que aqueles foram os dias mais angustiantes da minha vida?, diz em trecho da obra. O ponto de partida de As duas guerras de Vlado Herzog é a fuga da família Herzog de Banja Luka, na Iugoslávia, para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Parte da família que ficou para trás foi exterminada em campos de concentração. Vlado e seus pais ? Zigmund e Zora ? chegaram aos Brasil às vésperas do Natal de 1946, com sonhos de uma vida melhor longe da guerra de devastara seu país de origem. Audálio conta a história da infância de Vlado a partir de uma carta escrita por Zigmund, em 1972. ?Resolvi fazer um plano do livro diferente, que não se fixasse na episódio da morte. Quis fazer no livro uma pequena biografia de duas fases da vida de Vlado: uma dele menino e outra na fase adulta no Brasil?, conta Audálio. Em outro trecho da obra, ele diz que ?escrever este livro significa reviver um pesadelo. Nos pesadelos, os momentos de maior angústia persistem na memória?. E completa: ?Muito da história que insistem em manter na sombra é aqui contada por pessoas que viveram os longos anos de opressão da ditadura e são testemunhas dos fatos ocorridos durante os dias tumultuados de outubro de 1975. Depoimentos de quase meia centena de pessoas foram registrados para este livro. Todos os jornalistas que passaram pelo DOI-Codi, antes e depois da morte de Vlado, foram entrevistados. Foram ouvidos diretores do Sindicato e personalidades que tiveram participação relevante no episódio?. Na época, Audálio Dantas era presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Foi o próprio Sindicato, que, no dia seguinte à morte de Vlado, denunciou o ocorrido como assassinato e responsabilizou o Estado pela morte do jornalista. ?Vlado foi o 12º jornalista sequestrado naquele período. E denunciamos um a um, desde o primeiro. Claro que com ele foi mais grave, porque resultou em morte. No dia seguinte à notícia ? quando ainda não havia sido divulgada a foto dele morto na prisão ? emitimos nota responsabilizando o Estado pela morte. Dois pontos foram fundamentais para a repercussão dessa nota: o primeiro foi que a responsabilidade pela morte do preso que estava em poder das autoridades era, sim, do Estado, independentemente das circunstâncias dessa morte; o segundo, foi que havia um convite para o velório do Vlado, o que não era comum. Na época, as pessoas que morriam vítimas de confrontos policiais, suicídio etc. eram enterradas sem barulho. Vlado foi a primeira vítima da ditadura a não ser enterrada em silêncio?, conta. Audálio completa dizendo que a principal missão do livro é ressaltar a importância do papel do Sindicato na luta contra a ditadura: ?O Sindicato deu passos ousados. Destaco entre eles a elaboração de um documento, intitulado Em nome da verdade, no qual se contestavam ? com apoio de advogados ? as conclusões do inquérito sobre a morte de Herzog, cujo objetivo era provar um suicídio que não existiu. Esse documento circulou em redações de vários estados e reuniu 1.004 assinaturas, além de dinheiro para que o publicássemos como matéria paga. Apenas O Estado de S. Paulo publicou?. ?A sensação agora é semelhante a que eu tive em 31/10/1975, quando desci as escadarias da Sé: de alívio, de dever cumprido. Com este livro, pago uma dívida comigo mesmo?.SERVIÇO Lançamento do livro As duas guerras de Vlado Herzog, de Audálio Dantas São Paulo Data: 16/10 (3ª.feira) Horário: 19 horas Local: Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (rua Rego Freitas, 530 – sobreloja)Data: 23/10 (3a.feira)Logo após a entrega do Prêmio Vladimir HerzogLocal: TUCA (rua Monte Alegre, 1024) Rio de Janeiro Data: 25/10 (5ª.feria) Horário: 20 horas Local: Livraria Travessa do Shopping Leblon (av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º piso)*Haverá lançamento também em Presidente Prudente (SP), dia 27/10, e em Vitória (ES), dia 30 de outubro.
Apesar da crise européia, Salão de Paris credencia 13 mil
O Salão de Paris abriu ao público, oficialmente, no último sábado (29/9) e assim permanece até 14 de outubro, mas jornalistas de todo o mundo já estão no Mondial de L?Automobile desde 4ª.feira (26/9) conferindo as novidades do evento que, mesmo em ano de crise europeia, promete ser grande: 96 mil m2 que esperam receber 1,5 milhão de pessoas para assistirem à mostra de 270 marcas e mais de cem lançamentos. Foram credenciados 13 mil profissionais de 103 países. Entre os brasileiros, passaram pela Porte de Versailles Anelisa Lopes, Guilber Hidaka e Rodrigo Vasconcellos (iCarros); Benê Gomes, Guilherme Greghi e Marcello Sant?Anna (Auto+ TV); Claudio Luis de Sousa e Murilo Góes (UOL Carros); Daniela Fernandes e Paulo Ricardo Braga (Automotive Business); Eduardo Hiroshi (Agora SP); Fernando Valeika e Joaquim Oliveira (em colaboração com a Quatro Rodas); Gustavo Henrique Ruffo (Car and Driver); Igor Veiga (O Tempo); Jason Vogel (O Globo); Joaquim Rocha (Zap Carros); Luís Perez (Car Press e J&Cia Auto); Marcelo Monegato (Diário do Grande ABC); Paulo Cruz (Auto News TV); Priscila Dal Poggetto (G1); Ricardo Sant?Anna (revista Auto Esporte); Ricardo Meier e Sueli Osório (iG); Roberto Massignan Filho (Gazeta do Povo) e Roberto Nunes (A Tarde).






