Continua a repercutir o caso da citação de Policarpo Junior, da revista Veja, nos grampos que culminaram com a prisão do bicheiro Carlos Cachoeira. Mantiveram seus discursos Globo, Folha e Veja, eximindo o jornalista de envolvimento. O jornal paulista publicou um editorial no último dia 11/5 no qual registrou que não havia surgido até aquele momento ?qualquer indício de má conduta que justifique a intimação de jornalistas da revista Veja para depor, como almejam setores do PT?. Ao comentar esse editorial em seu Blue Bus, Júlio Hungria escreveu: ?Parece engraçada essa corrida que gera editoriais corporativistas em cascata ? todos juntos enfrentam a ameaça da CPI e tentam pressionar os frágeis parlamentares brasileiros para evitar convocações desmoralizantes. Mas não é engraçado, é trágico para o jornalismo?. Veja publicou nova capa no final de semana sobre o caso, com a manchete A imprensa acende a luz, em referência ao editorial de O Globo do dia 8 em defesa de Roberto Civita, que havia sido comparado a Rupert Murdoch em capa da CartaCapital ? a Record fez coro à acusação contra a revista da Abril em reportagem do Domingo Espetacular, como relatou Jornalistas&Cia em sua edição 845. Em comentário no Facebook, Guto Camargo, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, postou: ?Roberto Civita deve sim explicações aos seus leitores e toda a categoria precisa exigir um compromisso ético dos jornalistas envolvidos. Por isso, o editorial de ontem de O Globo, Roberto Civita não é Rupert Murdoch, é, no mínimo, impertinente?. Em sua capa atual, Veja ainda destaca, numa das chamadas, ?As táticas de guerrilha para manipular as redes sociais?, referindo-se à ampla repercussão do caso em blogs, sites e no twitter, onde a hashtag ?Veja Golpista? alcançou os trending topics mundiais. CartaCapital voltou à carga esta semana, com a manchete Os chapa-branca da casa-grande. A polêmica, que já havia sido noticiada na edição 840 deste J&Cia, ainda parece longe de terminar, aguardando a posição da CPI sobre a convocação ou não de profissionais de mídia. A conferir.
Acervo digital do Estadão traz ao público 137 anos de história
O Grupo Estado lançará na próxima 4ª.feira (23/5) o Acervo Estadão, um canal digital que tornará acessíveis todas as edições do jornal O Estado de S. Paulo desde a sua fundação, em 1875, quando se chamava A Província de S. Paulo. O projeto também vai publicar periodicamente matérias e reportagens que resgatarão dados históricos sob o olhar da atualidade. ?Não é só uma ferramenta de busca?, explica Edmundo Leite, coordenador do arquivo do grupo. ?Construímos um canal vivo, fazemos uma conexão de assuntos do passado com o presente.? O projeto é uma espécie de desenvolvimento do blog Arquivo Estado, equipado, agora, com a ferramenta de pesquisa por meio da qual mais de 2 milhões de páginas poderão ser consultadas ? incluindo fac-símiles dos originais censurados pela ditadura militar após o AI-5, em 1968. ?É um sistema de busca bem robusto. Além da digitalização por meio de OCR, que permite identificar textos em imagens, há vários filtros, para período e data específica, por exemplo?, afirma Edmundo. Como exemplo, ele cita o nome ?Tancredo Neves?: são 6 mil resultados na busca direta. Mas, por meio de uma timeline, é possível navegar por década, por ano, por mês… É possível ver as notícias somente do dia 22 de abril de 1985, posterior à morte dele, ou ainda navegar por toda aquela semana, desvinculado de palavra-chave. O sistema foi indexado a um dicionário de equivalência de grafia antiga do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, que permite ao pesquisador obter resultados sobre a palavra ?pharmacia? ainda que ele tenha digitado ?farmácia?, por exemplo. Haverá também um conversor de valores, que vai auxiliar no cálculo de preços segundo os índices atuais. Nos primeiros 30 dias, o acervo ficará aberto a livre consulta. Posteriormente, o acesso será restrito a assinantes. Apesar disso, o grupo assinará convênios com instituições públicas a fim de garantir acesso gratuito a pesquisadores e outros interessados por meio de bibliotecas municipais e universidades, como USP, Unesp e Unicamp, além de outras entidades educativas e culturais, como a Biblioteca Nacional. A digitalização de 137 anos de jornal demorou um ano e meio e pode até trazer surpresas. ?Muitos pesquisadores tentavam buscar informações específicas na consulta física e, às vezes, não encontravam, porque poderia estar num detalhe, como uma nota de rodapé?, explica Edmundo. ?Logo, devem surgir interpretações novas, até mesmo reescrevendo fatos históricos?. O arquivo físico, na sede do jornal, continuará a existir, porém com acesso restrito, já que muitas páginas de edições antigas começavam a se deteriorar e a digitalização do acervo também objetiva preservar os originais. Numa segunda fase, o projeto vai oferecer também o arquivo do Jornal da Tarde e de especiais do Estadão, como o Estadinho ? antes do suplemento infantil, esse era o nome de edições vespertinas e noturnas que circularam nos períodos das duas guerras mundiais. Por ora, o grupo convida para o lançamento da primeira fase do projeto no Auditório do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº), às 20h da próxima 4ª.feira (23/5). Confirmações pelos 11-3277-8891, ramal 29, e 9462-9496 ou marco@luciafaria.com.br, com Marco Barone.
Farid Germano Filho estreia no Jornal da Pampa
Farid Germano Filho será a partir desta 5ª.feira (17/5) o novo âncora do Jornal da Pampa, no lugar de Peterson Furlan, que passa a atuar na reportagem. Farid também será comentarista nas jornadas esportivas da Rádio Gre-Nal e apresentador das 20h às 24 horas. Farid iniciou a carreira há 24 anos na rádio Fandango, de Cachoeira do Sul, e teve passagem pela TV Tarobá, de Cascavel, no Paraná. No Rio Grande do Sul, começou a trajetória no Grupo RBS, em que atuou nas rádios Gaúcha e Farroupilha, e participou da criação da TV Com, em 1995. No ano seguinte foi contratado pela Band RS, para atuar na Rádio e na TV Pampa. A partir de 2008, trabalhou na Record-RS até março desse ano, quando se afastou da empresa.
Gerson Camarotti estreia blog no G1
Gerson Camarotti estreou em 10/5, no G1, o Blog do Camarotti, com o slogan ?É exclusivo. É direto de Brasília. E está nos corredores do poder?. A página foi criada exatamente enquanto cobria a reunião secreta da CPI do Cachoeira, com o depoimento do delegado Matheus Mella Rodrigues, da Polícia Federal, responsável pela Operação Monte Carlo. Comentarista político da GloboNews e repórter especial do Jornal das Dez, Camarotti atuou nas sucursais de Veja e Época, além de O Globo, Estadão e Correio Braziliense. É coautor do livro Memorial do Escândalo (2005). Veja a seguir o seu depoimento a Kátia Morais, correspondente do informativo Jornalistas&Cia em Brasília: Jornalistas&Cia ? Após se tornar comentarista exclusivo da GN e fazer reportagens especiais para o Jornal da Dez, achou que já era hora de criar um blog? Gerson Camarotti ? Eu já havia lidado com multimídia, principalmente no Globo. Quando passei a acumular o trabalho no jornal com a GN, fazendo comentários ao vivo, essa nova forma de atuar ganhou incentivo. J&Cia ? E como nasceu a ideia? Camarotti ? Criamos o blog no calor dos acontecimentos, na semana passada, em Brasília. Eu já havia sido sondado pelo G1 nesse sentido. Mas na 5ª.feira (10/5), quando cobria a CPI do Cachoeira, o portal, que tem direção de Conteúdo de Márcia Menezes, ao receber minhas exclusivas diretamente da Câmara, decidiu criá-lo naquele exato momento. Foi um batismo de fogo! J&Cia ? Jornalismo impresso, telejornalismo e agora um blog. As mídias realmente estão convergindo? Camarotti ? Creio que sim. Há uma inovação no uso de recursos tecnológicos, que foi lançada há pouco no Jornal das Dez, que pretendo usar também no blog. Trata-se da utilização, pelo repórter, de qualquer instrumento de comunicação que tenha às mãos no momento da produção da notícia ? além, é claro, das informações exclusivas dos bastidores do poder. Assim, venho gravando entrevistas e reportagens para a emissora direto do celular, como fiz na posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, quando usei a câmera do aparelho para fazer as imagens. É um dado novo na cobertura política, uma maneira de contar os fatos de forma multimídia. A grande vantagem é tornar o assunto mais próximo do cidadão, e estar ao mesmo tempo em sintonia com as novas mídias. J&Cia ? Na estreia do blog, o texto da CPI rendeu 62 comentários, alguns questionando o fato de você ter revelado informações de uma reunião secreta da comissão. Os leitores teriam confundido reunião secreta com segredo de Justiça? Camarotti ? Acredito que sim, mas não quero polemizar sobre o assunto. Temos nossas fontes, que acompanham esse tipo de reunião, e é natural que divulguemos os bastidores das notícias. Isso é liberdade de informação. A reunião é secreta, mas a divulgação dos acontecimentos deve ser ampla.
Paolo Mieli fala sobre liberdade de imprensa
O Globo recebeu em seu auditório, nesta 3ª.feira (15/5), em parceria com o Instituto Italiano de Cultura, uma palestra sobre liberdade de imprensa de Paolo Mieli, que foi diretor dos jornais La Stampa e Corriere della Sera e atualmente preside a editora RCS Libri. Ensaísta especializado em História e Política, com livros publicados, e jornalista desde os 18 anos, começou no jornal Espresso, e ali permaneceu por duas décadas. Trabalhou depois no Republica, onde tornou célebre seu estilo de jornalismo que trazia ao impresso elementos da televisão: o mielismo, um neologismo que ficou famoso na Itália. Mieli mudou seu posicionamento político ao longo dos anos, de extremista para moderado. Foi indicado, pela Câmara e o Senado italianos, para ser presidente da tevê estatal RAI, mas recusou o convite. Na palestra e no debate, mediados por Ancelmo Gois e Flávia Oliveira, Mieli traçou uma história da liberdade de imprensa, desde os primeiros jornais europeus ? que divulgavam o conhecimento autorizado pelos poderes públicos ? passando pela informação mais dinâmica dos autores britânicos Milton (de Paraíso Perdido) e Locke (do contrato social), no século XVII, pelo iluminista e liberal francês Voltaire, no século seguinte. Lembrou que o noticiário mais próximo do atual, de cobertura de fatos, teve sua origem na Revolução Francesa, quando havia jornalistas nos campos de batalha. Depois disso, a Guerra da Secessão Americana provocou na Europa uma demanda de notícias. Dessa época, ressaltou que a informação deturpada não era considerada falta grave na Europa, ao passo que, nos Estados Unidos, era considerada gravíssima. Daí resultaram alguns paradigmas seguidos até hoje: (1) a verdade, mesmo que provoque uma grande crise, obriga o repórter a dar a notícia; e (2) a concorrência faz com que o veículo antecipe qualquer detalhe. Citou Émile Zola, no caso Dreyfus, como um precursor do modelo de jornalismo apartidário, que não defende apenas os poderosos. Desde então, os melhores jornais procuram interpretar a notícia, sem explicitar quem é o dono da empresa, mas valorizando a figura do editor. Mieli citou a legislação americana que reconhece a boa fé, o que isenta o jornalista de culpa se publicar uma suspeita como se fosse um fato, e citou o caso Watergate. Sobre o conteúdo jornalístico mais recente, o palestrante o considera mais sereno, objetivo e menos agressivo. Os escândalos ? e exemplificou com as acusações contra o político italiano Berlusconi ? são divulgados intencionalmente pelos veículos para causar prejuízo político. Quanto ao noticiário na internet, vê uma grande alteração principalmente na legislação de controle. Sob um ponto de vista, dá-se uma grande batalha contra a censura da informação; sob outro ângulo, repete-se a antiga luta do liberalismo, resquício das ideias de Voltaire. Por muito tempo, os veículos dependeram de um provedor econômico ? ninguém publica coisa alguma desinteressadamente. E a internet é uma oportunidade para a liberalidade, na medida em que não depende do capital para se fazer ouvir. No debate que se seguiu, Ancelmo provocou a comparação com o caso Cachoeira e a revista Veja, e indagou se Mieli considerava lícitas as relações entre um jornalista e uma fonte mafiosa. Com a ressalva de não conhecer as instituições brasileiras, e o posicionamento de que tudo que não é feito às claras em algum momento vai aparecer, o convidado opinou: qualquer fonte é legítima, mas tudo que ela diz é propaganda em causa própria. No entanto, na História, assim como na pesquisa científica, as descobertas não se sucedem linearmente; pequenos detalhes fazem a diferença. Assim, o jornalista que traz um elemento, ainda que restrito, mas que ninguém mais tem, contribui para construir a verdade do fato. Flávia Oliveira argumentou que os veículos convencionais precisam ser sustentáveis financeiramente para bancar certas brigas. E o palestrante comparou a internet, que dá uma resposta complexa, em termos de conteúdo, e lembrou a verdadeira função de um jornal de escolher, entre milhares de informações fragmentadas, as poucas coisas importantes que o leitor precisa saber. Tem valor a capacidade profissional, reconhecida, de selecionar informação. Ainda respondendo a Ancelmo, sobre o fim da informação em papel, Mieli deu sua opinião ? ou não seria um jornalista europeu, que preza mais a opinião do que o fato. Além do rito que acompanha a leitura, como no livro, terá seguidores. O autor que quiser contar uma história em profundidade, terá que passar pelo impresso. O aumento da alfabetização de adultos no mundo cria um público novo, que pode ler o papel, mas talvez não tenha acesso ao texto virtual. Nas novas mídias, falta uma personalidade forte, como as que existem nos jornais, no rádio e na tevê. Sempre inserindo novas tecnologias, o texto impresso tende a ser elitista, e o jornal ? com a interpretação da notícia ? será um símbolo de status.
Rádio Gaúcha terá emissora em Santa Maria
A partir de 2/7, a Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, terá pela primeira vez uma emissora própria fora de Porto Alegre. A nova unidade vai operar em Santa Maria no dial 105,7 FM e contará com a programação da Gaúcha e produção local de jornalismo geral, esportivo e de entretenimento, cobrindo toda a região central do Estado com equipe própria, que atuará integrada às redações do Diário de Santa Maria e da RBS TV. A emissora também estará acessível por internet e aplicativos de smartphones e tablets. A Rádio Itapema Santa Maria, que ocupava a frequência, continuará operando online.
Jornal da Record News completa um ano e renova contratos
O âncora do Jornal da Record News Heródoto Barbeiro está de férias mas voltará a tempo de apresentar na semana que vem a edição de primeiro aniversário do telejornal, na próxima 4ª.feira (23/5). A emissora renovou o contrato de Ricardo Kotscho por mais dois anos para fazer o Balaio do Kotscho no R7 e os comentários políticos no JRN, e para trabalhar num novo projeto ligado aos 60 anos da Record, que serão comemorados no próximo ano. Quando esse contrato vencer, em 2014, Kotscho estará completando 50 anos de profissão. Celso Teixeira, diretor Nacional de Comunicação da Rede Record, informa que permanecem no JRN os demais comentaristas e que a partir de 28/5 a emissora inicia sabatinas com os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, mediadas por Heródoto, na seguinte ordem: 28/5 ? Celso Russomano (PRB), às 16h, e Carlos Giannazi (PSOL), às 16h30; 29/5 ? José Serra (PSDB), 16h, e Paulinho da Força (PDT), 16h30; 30/5 ? Soninha Francine (PPS), 16h, e Luíz Flávio D’Urso (PTB), 16h30; 31/5 ? Gabriel Chalita (PMDB), 16h, e Fernando Haddad (PT), 16h30; e 1º/6 ? Netinho de Paula (PC do B), 16h, e Levi Fidelix (PRTB), 16h30.
Business News lança portal PCMag no Brasil
A Business News lança no Brasil o portal PCMag, especializado em mídia de tecnologia e que está presente em América, Ásia e Oriente Médio. O lançamento faz parte da estratégia de expansão da Ziff Davis, proprietária da marca, que agora investe em mercados emergentes. O portal traz especificações técnicas, opiniões de usuários e resenhas sobre computadores, tablets, câmeras, celulares, aplicativos e artigos de áudio e vídeo, tanto para empresas como para o consumidor final. Nos textos são destacados os prós, os contras e a conclusão sobre o produto, e atribuído a ele um conceito. De acordo com pesquisa da International Data Corporation, o Brasil é o terceiro colocado em venda de computadores, atrás apenas da China e dos EUA. Sob comando de Helio Garcia, estão na equipe a diretora executiva Alessandra Garcia, o editor-chefe José Junior e os repórteres Vinicius Peixoto e Felipe Payão.
Blogueiro profissional
Paulo Cézar Guimarães (pcguimar@gmail.com), ou simplesmente PC, é o que se pode chamar de blogueiro profissional. Com cinco blogs na rede, cada um deles sobre um tema específico, PC diz que apesar de não ser um nerd sempre foi antenado em lançamentos tecnológicos: ?Quando lançaram o DVD, fui logo comprar. A mesma coisa com o celular. Gosto de descobrir quais recursos aquela nova tecnologia pode me oferecer?. Com blogs, em especial, a história foi um pouco diferente, mas não menos curiosa. ?Como professor universitário [da Facha, no Rio de Janeiro], levei meus alunos para acompanhar o fechamento de O Globo, com meu amigo Jorge Antônio Barros. Quando terminou a visita, já de madrugada, eu e ele fomos jantar. No caminho, fomos abordados com certa agressividade por policiais em uma blitz. Eu tenho cabelo e barba branca, o Jorge é evangélico e nós nos identificamos. Não havia necessidade de tudo aquilo?, conta. Após o episódio, Jorge comentou que publicaria o acontecido em seu blog. Curioso, PC diz que logo se interessou pela explicação do amigo sobre o que era o tal blog. ?Logo depois, o Blog do PC Guima estava na rede?, lembra. Os demais vieram em consequência do primeiro. ?Após um período publicando assuntos variados no Blog do PC Guima, notei que eram muitos os comentários sobre esportes. Então resolvi focar sobre o assunto no blog, mas não queria deixar de lado o conteúdo que postava para meus alunos da faculdade?. Foi assim que no ano seguinte ? 2007 ? PC estreou seu segundo ?filho virtual?, o Blog do Professor PC Guima. Um ano mais tarde, este se desmembrou e deu origem a outro blog, agora específico para crônicas, o Crônicas do PC Guima. O espaço mais recente de PC é o Livros de Jornalismo, em que dá dicas de obras importantes para estudantes, professores e profissionais da área. Além de seus blogs independentes, PC escreve sobre o Botafogo para o portal do JB. Também utiliza a ferramenta com seus alunos da Facha. ?Dependendo da disciplina que estou ministrando, escolho o enfoque do blog. Já fizemos blogs sobre os 100 anos de Noel Rosa, Beatles e Woodstock. Agora estamos fazendo um explorando a revista Realidade?, conta. Sobre a relação internet e Jornalismo, ele comenta: ?A internet valorizou a nossa profissão de todas as maneiras, mas também trouxe muitos aventureiros. Por exemplo, um blogueiro que escreve sobre o Flamengo no JB é advogado ? muito competente, por sinal. Quando ele se intitula jornalista, periodista ou cronista, eu rebato dizendo que jornalista sou eu. Ele é um advogado blogueiro?. PC atribui o sucesso de suas publicações justamente ao olhar diferenciado do jornalista. ?O leitor entra no blog pra ver uma brincadeira, comentários sobre coisas que saíram na grande imprensa (que, inclusive, eu replico no meu espaço). Porém, já tive chamada de posts publicados no site do JB?, afirma. E completa, assertivo: ?Li muitos livros sobre blogs, inclusive estrangeiros. Manter o blog atualizado é o segredo, senão você perde o leitor?. ?O blog que começou como diversão, tornou-se um meio de trabalho. A única coisa que ainda não consegui com eles foi ganhar dinheiro?, brinca o jornalista, que hoje também faz blogs sob encomenda.
Congresso Abraji: Lei de Acesso será um dos temas principais
A Lei de Acesso a Informações Públicas, que entra em vigor nesta 4ª.feira (16/5), será um dos principais assuntos em debate durante o 7° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, entre os dias 12 e 14/7, em São Paulo, que conta com o apoio de divulgação de Jornalistas&Cia. O mecanismo é importante para a produção de reportagens e será um dos temas de painéis como Transparência Pública e Lei de Acesso: o papel da mídia, comandado pelo diretor-executivo da ONG Transparência Brasil Cláudio Weber Abramo; Lei de Acesso: primeiros meses de implementação, com Guilherme Canela (Unesco) e Vânia Vieira (Controladoria Geral da União); e Projetos de transparência na mídia, em que Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, falará sobre o projeto Folha Transparência. Outro destaque será o Mapa de Acesso a Informações Públicas, estudo realizado anualmente pela Abraji, que será apresentado pelos associados Fernando Rodrigues (Folha de S.Paulo) e Ivana Moreira (Veja BH), trazendo um diagnóstico da transparência de entidades públicas no Brasil. Demais palestrantes já confirmados para o evento são José Paulo Kupfer, Eliane Brum, Juca Kfouri, Elvira Lobato, Míriam Leitão, Roberto Cabrini, Marcelo Tas, André Trigueiro, Fernando Mitre e Sérgio Dávila, entre outros. Inscrições e programação completa aqui.