O grupo religioso Pró-Vida PE publicou nos jornais desta 3ª.feira (4/9) anúncios polêmicos nos quais defendeu, entre outras coisas, a proibição da entrada de homossexuais no estado. Na Folha de Pernambuco, a peça chamada ?Pernambuco não te quer? condenava prostituição, turismo sexual, pedofilia e, junto com elas, o homossexualismo. Por este último, muitos leitores e internautas condenaram não apenas o grupo, que se denomina católico, como também o próprio jornal. A Folha respondeu logo cedo pelo facebook: ?Erramos! Pedimos desculpas e garantimos que tal episódio não se repetirá. Sobre o anúncio publicitário (…), a Folha de Pernambuco afirma que seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do jornal, cuja prática sempre foi a de divulgar e promover todas as ações que esclarecem e propagam a tolerância e o respeito aos direitos humanos. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha construiu um histórico de respeito aos seus leitores, focado na promoção aos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com a qual o jornal mantém diálogo constante. Reconhecemos como dever assegurar o respeito ao próximo e não tolerar qualquer tipo discriminação, seja ela racial, religiosa ou sexual?
Grupo Estado inicia 23º Curso de Focas
O Grupo Estado iniciou nesta 2ª.feira (3/9) a 23ª edição do Curso Estado de Jornalismo, o Curso de Focas. Até meados de dezembro, 30 jovens profissionais participarão em período integral do dia a dia das redações e de aulas complementares à formação acadêmica, com cursos de Política, Economia, Português e Filosofia, entre outros. Integram a lista de aprovados desta edição: Aline Vieira Costa, André Cabette Fábio, Auber Silva Pereira Filho, Bárbara Ferreira Santos, Beatriz Farrugia Foina, Breno Lemos Pires, Clarice de Oliveira Cudischevitch, Danielle Villela de Carvalho Lima, Diego Cardoso, Érica Teruel Guerra, Fernando de Azevedo Otto, Gustavo Costa Foster, Isabela Constance Lamster, Júlio Ettore Suriano do Nascimento, Luciano Bottini Filho, Luísa Ferreira Melo, Luiza Dias Vieira, Marcio Dolzan, Mateus Magalhães Coutinho, Monica Pretto Reolom, Murillo Ferrari, Murilo Bomfim Lobo Braga, Pedro Augusto de Oliveira Proença, Rafael Sousa Muniz de Abreu, Renato Farias Vieira, Ricardo Zeef Berezin, Taisa Sganzerla de Santana, Thiago Mattos Batista, Thomás Mayer Petersen e Victor Vieira de Andrade.
Fernando Pedroso começa no Máquina, do Agora SP
Fernando Pedroso começou no caderno Máquina, do Agora São Paulo, na vaga de Alessandro Reis, que deixou a empresa. Fernando trabalhou no iCarros e teve passagem pelo WebCasas, site imobiliário do Banco Santander, antes de chegar ao Grupo Folha. Enquanto aguarda a criação do e-mail corporativo, seu telefone é 11-3224-3106. A equipe conta, ainda, com a repórter Anamaria Rinaldi (3224-3912 e anamaria.rinaldi@grupofolha.com.br) e com o editor Eduardo Hiroshi (3224-2133 e eduardo.hiroshi@grupofolha.com.br). Alessandro estava há seis anos no Agora, de onde se despediu oficialmente em 27/8 (2ª.feira). Por lá passou também por Cultura e Cidades, e há quase quatro anos era repórter do Máquina. Como plantonista, também participava do fechamento de Brasil e Mundo, além de eventualmente substituir Hiroshi no fechamento do caderno. Antes passou por Terra, Jornal do Commercio (PE) e Grupo RBS. Seus contatos são 11-97998-1662 e alessandrogilreis@uol.com.br.
J&Cia Memória da Cultura Popular ? O multifacetado Câmara Cascudo
“Um homem é invariavelmente a soma de muitos homens que nele vivem. Esta máxima, que encabeça a página principal do Ludovicus “. Instituto Câmara Cascudo (www.cascudo.org.br), define com muita propriedade quem foi Luís da Câmara Cascudo, foco desta quinta edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que reproduz entrevista dele a Assis Ângelo, presidente do Instituto Memória Brasil, publicada no extinto suplemento Folhetim, da Folha de S.Paulo, em 4/1/1979. Etnógrafo, etnólogo, antropólogo, historiador, romancista, poeta e, principalmente, último grande pesquisador da cultura popular brasileira, Cascudo (1898-1986), nasceu, viveu e morreu em Natal, no Rio Grande do Norte, apesar das inúmeras oportunidades de desenvolver sua multifacetada carreira em grandes centros do País.
Considerava-se um provinciano, embora sua obra, que só de livros soma mais de 150 títulos, demonstre exatamente o contrário. O homem que Assis entrevistou por escrito, porque, já na casa dos oitenta anos? , como fazia questão de pronunciar, estava bastante surdo e tinha consciência de seu legado -Dei ao meu país uma bibliografia leal e legítima, porque não foi feita de imaginação e de livros sobre livros, mas do contato direto com o povo?. Mas era, acima de tudo, simples, cordial, brincalhão, irônico.
Sou bem-humorado porque trabalho. Se não trabalhasse, estaria perpetuamente mal-humorado…, explicou ele lá pelas tantas. Para em seguida arrematar: Depois de todas essas minhas respostas afetuosamente dadas a você, você agora vá baixar noutro terreiro…Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular ” O multifacetado Câmara Cascudo”.
Bufalos TV encerra 1ª temporada
Depois de produzir e colocar na rede 13 episódios, o Bufalos TV, de Gerson Campos e Guilber Hidaka, completa sua primeira temporada e comemora mais de 1,2 milhões de visualizações de seus vídeos. A conta inclui acessos via portais (UOL, Yahoo e R7); blogs parceiros (como Jalopnik, Car Place, Autos Segredos e Novidades Automotivas); e youtube e vimeo. O projeto, que começou de forma experimental em abril e foi apresentado oficialmente no final de maio, inovou por contar com um ônibus equipado com redação itinerante e produzir vídeos inusitados, que misturam as tradicionais avaliações de desempenho com relatos de histórias ? às vezes ficcionais, às vezes verídicas. Passearam por modelos como Ferrari California, Audi R8, Chevrolet Camaro, BMW M3 Frozen, Land Rover Evoque, Gol GTi 1994 e Novo Fiat Palio. ?Também contamos a história do Rafael Paschoalin, o primeiro brasileiro a se aventurar em uma das corridas de moto mais perigosas do mundo?, relembra Gerson, citando ainda o ?comparativo? de uma Honda CBR 1000RR com um Mercedes-Benz SLS, num teste de pista fechada; e o curta rodado na Argentina, que incluiu avaliação da nova Ranger. Comemoram, também, conquistas comerciais, já que iniciaram as produções ?na unha? e, posteriormente, fecharam patrocínios com America Parts e Red Bull. Entram, agora, em recesso para planejar a nova temporada, que deve estrear em pouco mais de um mês. Segundo Gerson, uma característica permanece: ?Nós não temos formato. Queremos um formato novo a cada semana. E é isso o que nos move?.
Novo site de ZH permite interação com banco de dados
Zero Hora abriu em seu portal a seção ZH Dados, ferramenta que permite ao leitor interagir com bancos de dados públicos e privados para buscar informações sobre política, educação, esportes, religião e infraestrutura. Já estão disponíveis dados como os da Secretaria Estadual de Segurança Pública, com estatísticas acerca dos crimes envolvendo furto e roubo de veículos em Porto Alegre. Na seção, também é possível buscar e analisar números sobre a diversidade religiosa por município do Estado, os nomes dos Cargos de Confiança (CCs) da Assembleia Legislativa, notas das escolas gaúchas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e até comparar e analisar o desempenho dos clubes na era do Brasileirão de pontos corridos. O novo serviço é alimentado por reportagens feitas a partir de grandes volumes de dados, normalmente organizados em arquivos que podem ser processados via softwares. Chamado jornalismo de dados, é uma tendência do jornalismo digital observada nos principais veículos de comunicação do mundo.
Diário Catarinense apresenta mudanças em suas estrutura e conteúdo
O Diário Catarinense chegou às bancas nesse domingo (2/9) com novidades em sua estrutura e conteúdo. As principais mudanças visam a aumentar a participação e interação do público com o time de colunistas da casa, que ganhou alguns reforços, mas também incluem novos espaços para anunciantes. ?O jornal abre mais janelas para conversar com os leitores. As mudanças têm o objetivo de fortalecer o vínculo entre público e os colunistas?, explica o diretor de Redação dos jornais SC do Grupo RBS Ricardo Stefanelli. Com a reestruturação, a coluna de Sérgio da Costa Ramos assume a página 2 no lugar de Ancelmo Gois, que migra para o final da edição. Visor, de Rafael Martini, passa a ocupar integralmente a página 3, que dividia com Moacir Pereira, e este também ganhou uma página inteira, onde aborda assuntos variados de Santa Catarina, com foco principal em política e economia. A seção de artigos cresceu e ampliou o espaço para colaboradores do estado, e a página dos leitores ficou maior, ao lado do editorial, reduzido a apenas um por edição. Em Esportes, destaque para as chegadas dos colunistas Marcos Castiel e Rodrigo Faraco. Ainda por lá, a nova página dominical Os Passionais reúne textos que traduzem a paixão de cinco torcedores dos principais times catarinenses: Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville. O jornal prepara ainda para 12/9 (4ª.feira) o retorno do caderno semanal Casa Nova, que ganha também uma extensão online, e em 16/9 (domingo) a seção de classificados ganha cara nova, com mais espaços editoriais conectados com a plataforma digital Pense.
Costábile Nicoletta começa em CartaCapital
Costábile Nicoletta começou na última semana como editor de Projetos Especiais de CartaCapital. Entra no lugar de André Siqueira, que foi para a Brasileiros em junho, cuidando dos cadernos especiais e de seminários. Ex-diretor adjunto de Redação do Brasil Econômico, de onde saiu em fevereiro, Costábile (costabile.nicoletta@gmail.com) esteve também em veículos como Estadão, Gazeta Mercantil, Valor Econômico e Meio & Mensagem.
Vaivém das redações!
Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná. São Paulo: No Jornal da Tarde, registro para duas saídas: Pedro Antunes, que foi para a Rolling Stones, e Cristiane Bonfim, rumo à Vejinha.Janaína Demarque, chefe da Pauta e Produção do SBT, deixou a emissora e foi para a Rede TV. Ela coordenava as equipes da Pauta de SBT Brasil, Jornal do SBT e SBT Manhã.Rodolfo Viana começou como blogueiro do Iba, a banca digital da Abril para baixar revistas, livros e jornais. O contato dele é rodolfo.viana@abril.com.br. Distrito Federal: Eduardo Brito foi efetivado na editoria de Política do Jornal de Brasília, que estava com editor interino. Ao menos num primeiro momento, ele acumula também a editoria de Opinião, além de fazer a coluna Do alto da torre, de política local. Millena Lopes, que havia deixado o jornal por decisão própria, retornou como sub de Política. A repórter de Geral Camilla Costa também passou a ser efetiva na Política. A expectativa é de que haja mais reforços na editoria e em outras áreas da Redação.Kelly Matos está de volta ao Grupo RBS, após breve passagem como setorista da Folha de S.Paulo no Palácio do Planalto. Ela assumiu na última 4ª.feira (29/8), na Rádio Gaúcha da Capital Federal, o lugar deixado por Léo Saballa Júnior, que foi para TVCOM em Porto Alegre. Minas Gerais: O repórter Victor Andrade deixou o Portal O Tempo após um ano na editoria de Cidades e vai integrar em São Paulo a próxima turma do Curso Estado de Jornalismo, mais conhecido como Curso de Focas do Estadão, que começa em setembro.Rodrigo Freitas deixa a Chefia de Reportagem da BandNews e volta para O Tempo a partir desta 2ª.feira (3/9), com novo desafio: a subeditoria de Cidades.De regresso ao Grupo Bandeirantes, a repórter de esportes Dimara Oliveira deixou a CBN/Globo para apresentar o Nossa Área na Esportes FM (94,1), que entrou no ar em 13 de agosto. Paraná: Em movimentação interna da RPCTV, pertencente ao GRPCOM, Marçal Dias Jordan vai retornar de Guarapuava para Curitiba. No começo de outubro, deixa a Coordenação de Jornalismo da emissora na cidade do interior paranaense, onde esteve nos últimos três anos, para assumir a Editoria Executiva do Globo Esporte. Os contatos dele são marcal@rpctv.com.br e marcalj@globo.com. Internacionais: Marcio Orsolini deixou a editoria de Negócios da IstoÉ Dinheiro e embarca no início deste mês para Barcelona, onde irá cursar um mestrado em História pela Universidade Pompeu Fabra. Oriundo do Curso Abril de Jornalismo, Orsolini passou por Época, Veja e pelo site da Exame, quando em novembro do ano passado se transferiu para a Editora Três. Estará disponível para frilas pelo morsolini@gmail.com.Os contatos do casal de repórteres Sabine Righetti (Folha de S.Paulo) e Marco Túlio Pires (Veja), que embarcou em 27/8 para uma temporada de estudos nos Estados Unidos, são, respectivamente, sabinejor@gmail.com e mtrpires@gmail.com.
Memórias da Redação – História de rádio
A história desta semana é de Márcio ABC (marcioabc@marcioabc.com.br e 14-9651-4126), ex-diretor de Redação da rede de jornais Bom Dia, no interior de São Paulo. Antes, passou por Diário de Bauru (em duas ocasiões), O Imparcial (de Presidente Prudente), Lins Rádio Clube, Veja Interior, TV Manchete, TV TEM e portal iModelo. Também atuou como assessor de comunicação, publicitário e professor de Jornalismo. Autor dos romances Parabala (2002), Desrumo (2011) e Pater (em 11/8, na Bienal do Livro de São Paulo), hoje é professor universitário, comentarista da TV TEM (afiliada Globo) no oeste paulista e mantém o blog www.marcioabc.com.br.
História de rádio
Vi hoje na rua um sujeito curioso que me lembrou um velho conhecido com quem trabalhei num dos meus primeiros empregos. Eu era chefe de Jornalismo da Lins Rádio Clube, em 1990. Havia na emissora um apresentador de programa sertanejo chamado Jota Marques. Há alguns anos escrevi sobre ele no meu blog. Vou reproduzir aqui a pequena história. Era um sujeito baixinho, bigodudo, de cabelos pretos lisos que ele mantinha razoavelmente compridos e penteados como um ator de novela mexicana.
Simpático e boa praça. Todo fim de tarde ele ia ao ar para atender aos pedidos de ouvintes. Num certo período, criei um ouvinte fictício. Chamava-se Elenildo Madeira e todo santo dia ligava (da própria redação da rádio) para o Jota com histórias malucas que aconteciam com ele. Uma pescaria onde um jacaré mordera-lhe a bunda e coisas do tipo.
Também costumava falar de receitas mirabolantes que ele inventava, tipo uma fritada de ovos que levava cachaça. O curioso é que o apresentador foi se afeiçoando ao Elenildo Madeira, ouvinte que ele julgava realmente existir. Havia dias em que, de propósito, eu não fazia a ligação só para ver a reação do Jota. E, nessas ocasiões, ele sempre comentava em tom de lamento a ausência do amigo Elenildo.
O papo entre os dois passou a fazer parte do programa. A ficção foi se espalhando entre o pessoal da rádio. Virou atração. Todo mundo parava para ouvir a conversa que ia ao ar. Só o Jota não sabia. E nunca soube. O Jota já morreu. O Elenildo Madeira também.