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quarta-feira, julho 9, 2025

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Danylo Martins e Léa De Luca promovem fusão e lançam Finsiders Brasil

Danylo Martins e Léa De Luca criaram o Finsiders Brasil, portal especializado no mercado de fintechs. O site nasceu da fusão entre os portais que os sócios-fundadores comandavam separadamente, o Finsiders e Fintechs Brasil. A parceria existia originalmente desde 2022, quando começaram a trocar conteúdo. Porém, foi somente em 2023 que decidiram aprofundar e oficializar a colaboração através da união.

Para o J&Cia, Danylo Martins revelou que, entre as expectativas da junção, o foco atual é o aumento da audiência: “Em 2024, o objetivo é crescer ainda mais os números, tanto no portal quanto na newsletter semanal e nas redes sociais (no LinkedIn, já temos mais de 52 mil seguidores, por exemplo)” Ele acrescenta que desejam atrair novos anunciantes e patrocinadores: “Nos dois primeiros meses do ano já conquistamos apoio de marcas relevantes no setor e estamos com novos contratos no pipeline”.

Quando questionado sobre os próximos passos da marca, Danylo destacou que há diversos projetos que devem ser lançados a partir do segundo semestre deste ano: “Como nosso foco é escalar a audiência e reforçar as receitas, muitas dessas novas iniciativas estão planejadas para o segundo semestre e também em 2025”. Ele finaliza ressaltando a empolgação de ambos com a unificação: “O fato é que estamos bastante animados com o Finsiders Brasil, que já tem reputação e credibilidade no ecossistema de tecnologia e inovação financeira, não apenas entre as fintechs”.

Leia também: Entidades repudiam anulação de júri que condenou acusados de assassinar Valério Luiz

Entidades repudiam anulação de júri que condenou acusados de assassinar Valério Luiz

Entidades repudiam anulação de júri que condenou acusados de assassinar Valério Luiz
Crédito: Reprodução/ TV Anhanguera

Entidades defensoras da liberdade de imprensa emitiram nota de repúdio à decisão liminar que anula o julgamento dos assassinos de Valério Luiz de Oliveira, morto no município de Goiás em 2012. No texto, as organizações pedem que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconsidere e reverta a limiar, garantindo que os acusados sejam devidamente responsabilizados.

A decisão, concedida pela ministra Daniela Teixeira em 28/2, anula os atos processuais subsequentes a uma audiência realizada em 2015 em que, segundo os acusados, teria havido cerceamento de defesa. Na nota, as entidades argumentam que, apesar da ausência da defesa de outros réus na audiência em questão, o depoimento colhido não foi utilizado durante a condenação feita pelo tribunal do Júri de Goiânia em 2022, dez anos após o assassinato.

Para as organizações, a decisão “revela o cenário de impunidade dos crimes contra jornalistas e comunicadores no Brasil”, tornando-se mais um caso de ataque à liberdade de imprensa e ao exercício do jornalismo.

Valério Luiz foi morto a tiros em julho de 2012 enquanto saia da rádio em que trabalhava. Segundo denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado pelas críticas que ele fazia à direção do time de futebol Atlético Clube Goianiense. Estão entre os condenados Maurício Borges Sampaio, empresário e ex-presidente do Atlético, e Ademá Figueiredo, policial militar.

Leia também: Veja Negócios começa a circular em abril, nas versões digital e impressa

Veja Negócios começa a circular em abril, nas versões digital e impressa

Em edições digital e impressa, começa a circular em abril a revista Veja Negócios, ponto alto de um projeto editorial de Veja (Editora Abril) focado em conteúdos de economia nacional e internacional, negócios e finanças. O projeto começou em julho de 2023 e já inclui duas newsletters diárias, dois programas de vídeo (Veja Mercado, diário, e Veja S/A, semanal) e uma sub-home no portal de Veja. Esta representa praticamente um novo site dentro do portal de Veja, para expandir a cobertura de economia, negócios, finanças, sustentabilidade, tecnologia, inovação e outros temas afins ao chamado campo dos negócios. VN começa a circular em 26 de abril e no dia 29 haverá um evento, no Palácio Tangará − hotel localizado no bairro Panamby, na capital paulista −, com a entrega de um prêmio para as 100 empresas mais influentes do País, que inclusive será o tema da capa de estreia.

José Roberto Caetano, responsável pelo projeto, conta que, “objetivamente, ele motivou a minha contratação e eu tenho trabalhado nele desde que cheguei, em julho do ano passado. Assumi então a área de Economia de Veja, como redator-chefe (o quarto da revista, que já tinha como redatores-chefes Fábio Altman, Policarpo Júnior e Sérgio Ruiz). A nova revista, Veja Negócios, será o ponto culminante desse projeto. Neste quase um ano, além das newsletters, dos programas de vídeo e da sub-home, fizemos cadernos editoriais especiais temáticos e começamos a planejar eventos − um já foi realizado, em janeiro, em parceria com o Lide, do João Doria Jr. Foi em Zurique, na Suíça, como o nome de Brazil Economic Forum. Obviamente, tudo o que fazemos expande-se também pelas redes sociais, os programas de vídeo são oferecidos na opção podcast etc, de modo que, como não poderia deixar de ser, a frente digital é amplamente explorada”.

Caetano diz que, com VN, volta ao jornalismo de economia e negócios, no qual militou a maior parte da carreira − na Folha de S.Paulo, na própria Veja, na Exame (22 anos e meio) e até na Jovem Pan e na rádio Band News FM, na qual foi comentarista, além de ter trabalhado em editoras e veículos menores, e em comunicação corporativa.

José Roberto Caetano

“É uma volta desafiadora, mas que aceitei com muita honra e alegria, ao receber o convite de Maurício Lima, diretor editorial de Veja, quase um ano atrás”, enfatiza Caetano. “De lá para cá, o trabalho foi crescente, realizado a princípio só com a equipe que encontrei responsável pela entrega semanal das matérias de Economia em Veja e pela cobertura diária no site. A essa equipe, de oito pessoas, liderada pelo editor Amauri Segalla, estamos agora acrescentando duas profissionais: Camila Barros, que veio da Você S/A (revista que a Abril descontinuou, tendo publicado o último número em fevereiro), e Juliana Machado, ex-TC, Exame e Valor, que se integra ao nosso time nesta segunda-feira (11/3)”. A equipe conta ainda com Larissa Quintino, editora assistente; Victor Irajá, colunista do Radar Econômico; Diego Gimenes, repórter e apresentador dos programas em vídeo Veja Mercado e Veja S/A, além dos repórteres Juliana Elias, Luana Zanóbia, Pedro Gil e do estagiário Felipe Erlich.

“Com esse time, totalizando 11 profissionais, eu incluído, já estamos tocando as entregas da semanal Veja, do conteúdo diário do site e das newsletters e vídeos, e preparando a futura revista Veja Negócios, que será mensal. É um time que atua em todas as frentes. Importante dizer também que a revista Veja Negócios, assim como Veja, terá uma tiragem impressa. Obviamente, a grande vitrine será digital, como pedem os tempos atuais, mas, para minha satisfação, como um leitor que ainda tem assinaturas de veículos impressos e gosta da leitura em papel, essa opção está prevista. Estamos trabalhando com afinco, muito animados, para pôr de pé mais esta realização. Contar com a marca da nossa nave-mãe, a Veja, e sua estrutura e penetração consolidada no mercado, eu creio que é uma grande vantagem para essa ousadia de lançar uma nova revista e tudo o mais que está compreendido pelo projeto Veja Negócios”.

Jornalistas&Cia entrevistou Maurício Lima, diretor editorial de Veja, sobre a Veja Negócios. Leia na íntegra.

Repórter do Futuro abre inscrições para 16ª edição do Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter

O projeto Repórter do Futuro, da Oboré, abriu inscrições para a 16ª edição do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter, que vai selecionar 20 estudantes de jornalismo para atividades de cobertura do funcionamento da cidade. As inscrições vão até 31 de março.

Em 6 de abril, os interessados em participar do projeto participarão do Encontro de Confraternização e Seleção, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Os candidatos serão selecionados com base em critérios como afinidade com os temas propostos e domínio da língua portuguesa. Os selecionados serão divulgados em 16 de abril.

Os participantes do curso terão aulas com especialistas sobre diversos temas relevantes para a cidade de São Paulo. No final do módulo, os selecionados farão uma reportagem de fôlego, em duplas, sobre algum dos temas discutidos nas aulas.

Confira a programação completa e inscreva-se aqui.

Pesquisa mostra que 60% das mulheres da imprensa latino-americana sofrem violência de gênero

Pesquisa mostra que 60% das mulheres da imprensa latino-americana sofrem violência de gênero
Crédito: Christina Wocintechchat/Unsplash)

Pesquisa realizada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) mostrou que quase 60% das mulheres jornalistas da imprensa na América Latina e no Caribe sofrem violência de gênero por parte de colegas do sexo masculino. Além disso, cerca de 60% das entrevistadas declarou que seus locais de trabalho não possuem ferramentas para lidar com essas situações.

A pesquisa, feita com o apoio da Union to Union (UTU), entrevistou 300 jornalistas em 15 países das regiões citadas, entre setembro e novembro de 2023. Outros dados relevantes do levantamento são que quase 67% das entrevistadas precisam ter outros fora da área do jornalismo para complementar sua renda, e mais da metade das participantes ganham menos que colegas homens que ocupam os mesmos cargos que elas.

Outro problema detectado pelo levantamento refere-se a agressões sofridas pelas mulheres. Mais de dois terços das entrevistadas disseram que foram questionadas sobre seu trabalho de forma diferente dos colegas homens. Pouco menos de 40% das participantes sofreram ameaças de gênero online em decorrência de seus trabalhos.

“É necessário reconhecer a existência da violência contra as mulheres jornalistas e suas consequências como um problema que afeta a pluralidade de vozes e, portanto, as democracias como um todo”, diz o relatório. “Tanto as associações como os sindicatos profissionais devem oferecer a estas mulheres espaços de trabalho seguros e garantir seu desenvolvimento profissional, que é afetado pela autocensura e outras estratégias adotadas diante dos ataques”.

Confira mais detalhes do levantamento aqui.

Tiago Maranhão é o novo diretor de Conteúdo da Vibra Digital

Tiago Maranhão (Divulgação: Grupo Bandeirantes)

Depois de quase cinco anos de atuação no mercado corporativo, com passagens por Amazon e Stages, Tiago Maranhão está de volta ao dia a dia das redações. Ele acaba de assumir o cargo de diretor de Conteúdo da Vibra Digital, spin-off de tecnologia e estratégia digital do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Será responsável pelo conteúdo do Grupo Bandeirantes no universo digital (site, BandPlay, YouTube, Facebok e demais plataformas), além de programas originais com foco em Esporte, Jornalismo e Entretenimento.

Esta será sua segunda passagem pela Band, onde já havia atuado de 2004 a 2007. “O bom filho à casa torna”, anunciou em seu perfil no LinkedIn. “Sinto que tudo que eu fiz na minha carreira me preparou para essa vaga. Os 20 anos em redações, quase sempre em televisão, e 5 anos no mundo corporativo, trabalhando com gestão, inovação e tecnologia. Quero deixar aqui o meu agradecimento ao André Luiz Costa, pela oportunidade e por confiar no meu trabalho. E a todo time por uma recepção tão generosa”.

Tiago Maranhão (Divulgação: Grupo Bandeirantes)

Além da experiência no setor corporativo, e sua passagem anterior pelo próprio Grupo Bandeirantes, Tiago Maranhão teve passagens por Thomson Reuters, iG, ESPN, Exame e Grupo Globo, onde foi repórter, correspondente internacional em Tóquio e apresentador na TV Globo e no SporTV.

Alice Granato começa na Veja São Paulo

Alice Granato é a nova redatora-chefe da Veja São Paulo

Alice Granato é a nova redatora-chefe da Veja São Paulo. Ela substitui a Alessandra Balles, que aceitou convite do Jornal Nacional e deixa a publicação.

Formada em Jornalismo pela PUC-SP, Granato tem 32 anos de trajetória no jornalismo. Trabalhou em Cidades no Estadão; em Geral e Comportamento na revista Veja; em Gente, Grandes perfis na revista Serafina, da Folha de S.Paulo; em Gastronomia na Gula; e com cultura e modo de vida no Jornal da Tarde.

Alice Granato

Participou da implementação da revista Quem, da editora Globo, e passou pela TV Bandeirantes. Foi também colunista da Veja Rio, e colaboradora das revistas Ela e Elle Brasil. É autora de livros como Sabor do Brasil e Fabricando Chocolate.

Ao Portal dos Jornalistas, Granato comentou sobre a nova função: “Estou felicíssima com o convite e muito entusiasmada com o desafio. Veja SP tem um pouco de todas as áreas em que já trabalhei no jornalismo nesses 32 anos de trajetória profissional. Pretendo fazer com que a revista tenha mais visibilidade, ganhe em modernidade visual e de matérias, esteja aberta ao novo e sempre presente nos eventos mais importantes da cidade”.

O primeiro trabalho dela na Veja SP poderá ser visto nesta sexta-feira (8/3), em um especial sobre o Dia Internacional da Mulher.

Sesc oferece curso de jornalismo em quadrinhos

Sesc oferece curso de jornalismo em quadrinhos

Estão abertas as inscrições para o curso Pensando o jornalismo visual: quadrinhos e expressões, do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo. A iniciativa, que ensinará formas de utilizar narrativas jornalísticas em quadrinhos, conta com mentoria da quadrinista Gabriela Güllich, autora de Filhas do Campo e São Francisco.

Em quatro aulas, serão abordadas as principais etapas da construção de um produto de Jornalismo em Quadrinhos (JHQ), da apuração à finalização, com dicas para publicação e divulgação. As aulas serão presenciais, de 26 de março até 4 de abril, das 10h30 às 12h30, toda terça-feira. Os participantes não precisam saber desenhar.

As inscrições permanecem abertas até 26/3 e as vagas são limitadas. Mais informações e inscrições estão disponíveis aqui.

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Lucas Battaglin deixa o comando do Globo Rural e será sucedido por Camila Marconato

Após 43 anos na equipe do Globo Rural, os últimos seis como editor-chefe, Lucas Battaglin anunciou na última semana que deixará o programa ao final de março. Em entrevista a este Portal dos Jornalistas ele informou que a decisão foi pessoal e que em princípio representa um ponto final em sua carreira de 50 anos de jornalismo.

Lucas Battaglin

“Amo o que eu faço, amo o Globo Rural, mas acho que chegou o momento de encerrar essa história”, explicou. “Nos últimos anos enfrentei alguns problemas de saúde e meu desejo agora é descansar um pouco. Em princípio não tenho nenhuma perspectiva de voltar ao mercado, mas vamos deixar o tempo passar para ver o que acontece”.

Contratado em 1980, seis meses após o lançamento do programa, Lucas fez parte de uma das mais longevas equipes do jornalismo brasileiro. Ao longo de mais de três décadas, atuou ao lado de nomes como Gabriel Romeiro, José Hamilton Ribeiro, Ivaci Matias e Humberto Pereira, a quem sucedeu como editor-chefe, para fazer do Globo Rural um sucesso de audiência nas manhãs de domingo da TV Globo. Antes, passou pelas tevês Bandeirantes e Cultura, e pela própria Rede Globo, onde fez parte da equipe inaugural do Bom Dia SP, e foi professor na ECA-USP, além de ter trabalhado com Roberto de Oliveira, empresário de Elis Regina e Tom Jobim.

Camila Marconato

Com a saída dele, Camila Marconato, atual chefe de Reportagem do programa, foi confirmada pela emissora como nova editora-chefe. Cria da TV Globo, Camila começou a carreira como estagiária, em 2003, e no ano seguinte passou a integrar a equipe do Globo Rural como produtora. Por lá, atuou ainda como repórter e editora, até assumir como chefe de Redação há dois anos.

Em ano de eleições gerais pelo mundo, pesquisa revela percepções sobre impacto das redes sociais na democracia

Crédito: dole777/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

As redes sociais fortalecem ou enfraquecem a democracia? A resposta depende do país, como demonstra uma pesquisa do Pew Research Center em 27 mercados, divulgada no ano em que boa parte do planeta vai às urnas para eleger chefes de estado e de governo.

 

E é justamente nos EUA, no centro das atenções eleitorais devido à possibilidade da volta de Donald Trump ao poder, que mais gente vê as redes como ameaça ao regime democrático.

O Brasil, viciado em redes, aparece em quinto lugar entre os países onde a população vê menos riscos causados por elas: 71% acham que elas são boas para a democracia, enquanto 25% acreditam que não são benéficas.

O país mais favorável às redes como elemento positivo para a democracia é a Nigéria, com 77% do público entrevistado pensando dessa forma.

Na média geral dos países pesquisados, segundo o Pew,  as redes são mais aprovadas do que reprovadas sob a perspectiva de seu impacto sobre o ambiente democrático.

Traços comuns entre países

Mas olhando com lupa, os pesquisadores encontraram alguns traços comuns entre grupos de países. Nas economias emergentes − como Brasil, Nigéria, México, Quênia e Índia − as pessoas são mais propensas a dizer que as redes sociais promovem a democracia.

Em países mais desenvolvidos, como EUA, França, Holanda, Austrália, Canadá e Reino Unido, o sentimento é inverso, com mais entrevistados afirmando que as redes sociais tiveram um efeito negativo sobre a democracia do que declarando achar que contribuem para seu fortalecimento.

Em algumas nações esse sentimento pode ter sido influenciado por movimentos do governo. O estudo destaca a França, onde Emmanuel Macron tomou posição forte em favor da regulamentação das redes sociais para conter a propagação de desinformação.

Em 2023, o presidente também sugeriu que o acesso às mídias sociais deveria ser cortado em tempos de agitação política, inclusive durante os protestos por causa da violência policial na França.

Em linha com outros estudos examinando comportamentos nas redes sociais, a idade conta na opinião do público. Em 14 dos países pesquisados, adultos mais jovens têm maior probabilidade do que os mais velhos de dizer que as redes sociais são boas para a democracia.

Esta diferença é mais acentuada na Polônia, onde 86% dos adultos com menos de 40 anos afirmam que as redes sociais beneficiaram a democracia no seu país, em comparação com 56% das pessoas com 40 anos ou mais.

O Brasil não ficou longe: 76% dos entrevistados entre 18 e 39 anos veem benefícios das redes, mesma visão de 67% daqueles acima dos 40.

“Não vi e não gostei”

Outro fator que influencia a opinião é a frequência de uso das redes sociais, lembrando o ditado “não vi e não gostei”.

Os que as utilizam são bem mais inclinados do que os não usuários a dizer que as redes sociais beneficiaram a democracia em seu país.

Em todos os mercados pesquisados pelo Pew, há uma diferença de pelo menos 10 pontos entre usuários e não usuários de redes sociais nesta questão. No Brasil ela é de 14 pontos.

O estudo pode surpreender diante de tantas críticas a respeito do impacto das plataformas digitais sobre a sociedade e escândalos como o do Cambridge Analytica, em que o Facebook foi usado para influenciar eleições nos EUA.

No entanto, isso aconteceu em uma era em não havia o escrutínio de hoje sobre as plataformas digitais. Nem as organizações sérias de mídia estavam tão bem desenvolvidas para exibir seu conteúdo nas redes sociais como hoje.

Atualmente, quando se fala em conteúdo de redes, o conjunto engloba o que extremistas ou disseminadores de desinformação postam, mas também o jornalismo de qualidade − e isso é bom para a democracia, levando informação confiável aos feeds de pessoas pouco proativas na busca de notícias ou sem acesso a assinaturas pagas.

Outro elemento dessa equação é a pluralidade. Expostas a várias opiniões, as pessoas podem escolher no que acreditar. O risco é que, em países com baixo nível educacional e pouca educação midiática para desconfiar de extremismos ou de fake news, a democracia pode estar sendo mais afetada do que os entrevistados pelo Pew percebem.


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